Illusion escrita por Ana


Capítulo 7
Capítulo Sete - O Legado da Canário


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Eu sei que eu disse que ia postar há algumas quartas atrás, mas o capítulo não quis sair de maneira alguma e só consegui terminar de escrever ele agorinha mesmo.
Ainda assim, é aqui que as coisas começam a se ligar, e estou quase certa de que vocês vão amar esse capítulo tanto quanto eu o amei.

Vejo vocês nas notas finais!



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ILLUSION, CAPÍTULO SETE:

O LEGADO DA CANÁRIO

“Ação: disposição para agir; atividade, energia, movimento”. Essa palavra — uma simples palavra de quatro letras — poderia fazer parte do vocabulário de qualquer pessoa (e não há dúvidas de que faça), mas nenhuma família que não a família Merlyn goza do privilégio de usar essa palavra com convicção em todos os momentos de sua vida. Ninguém aprecia tanto a ação quanto os residentes da Mansão Merlyn, em Star City; e tudo isso vinha como uma herança de família, já que a palavra “medo” não combinava com o sobrenome Merlyn.

Malcolm Merlyn, o patriarca dos Merlyn, sabia muito bem disso. Ele não havia nascido destemido — na realidade, havia nascido com muito temor —, mas a dor da perda é capaz de mudar até mesmo o coração mais bondoso. E foi o que houve; a perda corrompeu-o de tal maneira que nem mesmo seu melhor amigo (que, na realidade, foi quem o impulsionou para o mau caminho) foi capaz de resgatá-lo do fundo do poço ao qual chegara. Com o tempo, o bondoso Malcolm se tornou no assassino Al Sāḥir, que não media esforços para alcançar seus objetivos, ainda que tivesse que matar todos os que estivessem em seu caminho.

Esse mesmo Malcolm tinha, na época de seu desvio, um filho. Filho este que — abandonado pelo pai ainda muito jovem — passou a andar por um caminho tempestuoso de álcool e prazeres carnais. Ele retomou seu caminho após começar a namorar com Laurel Lance — sua atual esposa — e descobrir que aquela que sempre considerou uma irmã era, na realidade, sua meia-irmã. Após se acostumar com as viradas que sua vida deu, esse garoto (agora um homem) tomou uma decisão: pegaria o manto do pai, mas não se tornaria um assassino; se tornaria um herói. Esse filho é Tommy Merlyn.

Tommy, despido de qualquer medo, passou a treinar arduamente, abandonou seus costumes carnais, investiu em seu relacionamento (não que isso tenha sido importante para a evolução como herói dele, mas é um ponto crucial para a história) e em poucos meses havia se tornado o Arqueiro Negro, um herói tão conhecido quanto o próprio Arqueiro Verde, com quem trabalha.

Além disso, até mesmo sua irmã e sua esposa o apoiaram de sua maneira. Sua irmã, Thea Queen, o ensinou tudo o que havia aprendido com seu pai — desde a arte do tiro com arco até a luta com espadas — além de ter sido Thea a introduzi-lo primeiro ao time do Arqueiro, onde descobriu que também encontraria outras pessoas importantes para ele.

Como sua esposa, por exemplo.

Apesar de terem um relacionamento sincero, Laurel sempre foi muito boa em esconder segredos. Quando iniciaram seu relacionamento, Laurel contou a Tommy uma história sobre aulas de luta, dizendo que esse era o motivo de ela possuir alguns machucados; a descoberta do time do Arqueiro e da Canário Negro — pseudônimo de sua esposa, Laurel — foi o bastante para causar uma briga colossal que apenas teve seu fim quando — com um enorme sorriso no rosto — Laurel anunciou que esperava por seu primeiro filho. Filha, na verdade.

E é sobre ela que falaremos agora.

Felicity Lance Merlyn fora um marco na vida dos Merlyn; ela havia chego como um milagre, um sonho impossível, principalmente após sua família passar meses — se não anos — acreditando que Laurel não poderia ter filhos. Quando ela chegou a surpresa foi ainda maior: a família que tanto acreditava e aguardava o nascimento de um menino (que chamariam de Oliver) havia sido agraciada com o nascimento de uma menina.

E os anos passaram assim; enquanto os anos se passavam, novas surpresas cercavam a vida corrida dos Merlyn, a maioria delas girando em torno da única filha biológica de Tommy Merlyn e Laurel Lance.

O dia do qual falaremos, tal como o dia de todos os outros, havia sido um dia estranho. Quando Fellie (apelido que seus padrinhos haviam lhe dado) acordou naquela manhã, tinha certeza de que algo estava errado, algo estava... faltando. Ainda deitada em sua cama confortável, olhou para suas mãos e percebeu que não usava uma aliança; pensou que pudesse ser isso, mas lembrou-se imediatamente de que nunca tivera um namorado. Deu de ombros e levantou-se de sua cama, ainda com a sensação de que havia algo faltando; olhou-se no espelho e, mais uma vez, não conseguiu identificar o que estava errado. Virou-se para sua cama e decidiu que sairia de seu quarto, esperando que seus pais ainda estivessem em casa para que ela não tivesse que ligar para Queenie para que fosse busca-la. Felizmente eles estavam.

— Bom dia, querida — Tommy a cumprimentou, beijando sua testa — Dormiu bem?

— Sim — Fellie respondeu, um pequeno sorriso no rosto e a sensação de vazio reinando em seu coração. Sentou-se ao lado de Sin, sua irmã mais velha (meia-irmã) e pegou uma maçã na fruteira, deixando-a em seu prato enquanto se servia de cereal — Onde está a mamãe? Queria usar o carro dela.

— Ela saiu logo cedo — Amanda, a irmã do meio, se pronunciou — Foi até a casa do tio Oliver, acho. O conversível está na garagem, ela foi com o carro do papai.

— A Thea pediu para você passar na casa dela para pegar James — Tommy entrou novamente na sala, sentando ao lado de Sin — Ele passou alguns dias na casa de Amara, em Central City, mas está de volta e quer falar com você.

Vazio. Vazio. Vazio.

— Tudo bem — respondeu, pegando sua maçã e levantando-se — Vou terminar de me arrumar e sairei. Alguém quer carona?

Ninguém respondeu, todos se mantiveram parados, exatamente do jeito que estavam dois segundos antes de Fellie perguntar qualquer coisa. Ela olhou ao redor, aquela sensação de vazio parecendo maior do que no segundo anterior, quando esta já era grande o suficiente; deu um passo a frente, notando que era a única que parecia ainda conseguir se mexer e, decidida a descobrir o que estava acontecendo, caminhou até o lado de fora da casa (ou mansão, como suas irmãs preferiam chamar) em busca de uma resposta plausível para o que havia acabado de acontecer.

E então ela o viu. Por um segundo — um nano segundo, no máximo — sentiu que seu coração havia parado de bater; observou enquanto ele a observava com um olhar de medo no rosto, como se estivesse clamando por ajuda. Ela não o via há anos, mas seu rosto não havia mudado nada, nem mesmo um único traço.

E então, usando de seus poderes — poderes estes que ela havia puxado de sua mãe — ela gritou; sentiu que seu grito saía mais poderoso do que nunca, possivelmente podendo alcançar outros lugares, outras cidades, outras pessoas.

A imagem sumiu de sua frente, tal como o jardim da mansão Merlyn e todas as outras que lá estavam. Dois segundos depois — exatamente este tempo —, seu pai e suas irmãs saíram da casa, seus olhos fixos na garota morena que convulsionava no chão.

Em Metrópolis, porém, uma garota ruiva alguns anos mais nova ouvia uma simples mensagem, um sinal de aviso.

Seu nome.

Zara.


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Notas finais do capítulo

Hello again ♥
Não sei se vocês ainda lembram, mas no primeiro capítulo a Zara ouviu alguém chamando ela, mas não sabia quem. Bem, respondido quem foi.
Algumas histórias vão começar a se ligar agora que acabaram os capítulos de apresentação dos personagens. Em breve teremos a Amara recrutando a equipe inteira, e não apenas o Arthur.

*Eu disse que o James ia aparecer, mas ele não ia se encaixar nessa linha da história, espero que me perdoem.

Kisses Darling ♥



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