Charlotte entrou na casa da fazenda onde morava a anos, gritou de dor a ser atingida com uma faca entre as costelas, olhou confusa em volta vendo um loiro baixo e um moreno alto a encarando confusos, puxou a faca das costelas e o ferimento em poucos segundos se fechou

—Mais o que? – o loiro começou a falar mais foi interrompido quando foi lançado na parede ficando preso ali, logo o moreno também estava grudado a parede

—Quem são vocês e o que fazem na min... – antes mesmo de terminar de falar desviou de um golpe quase certeiro no peito vindo de um moreno de sobretudo, um anjo caído. “Mais o que um anjo caído está fazendo aqui?” pensou consigo mesma o jogou na parede também o grudando ali – Agora me respondam o que estão fazendo aqui? – olhou para eles confusa

Nunca havia ferido um humano e não seria agora que isso iria acontecer por mais que eles tenham quase a matado. Virou-se para olhar a mulher parada atrás de si e arregalou os olhos ao sentir o poder do que a loira carregava.

—Devolva – estendeu a mão para a mulher que a olhou assustada – Agora – vociferou avançando um passo em direção a mulher

—Mãe – a voz fraca de um dos rapazes a chamou atenção – Do que ela está falando? – tossiu com a falta de ar, os três puxaram o ar com força assim que a garota afrouxou o aperto.

—Me dá agora – os olhos castanhos transmitiam fúria

Sem paciência ergueu a loira no ar prendendo seus movimentos caminhou até ela

—Se afasta dela seu demônio maldito – o anjo praticamente rosnou, ela o olhou completamente confusa, achavam que era um demônio?

Continuou, abrindo o sobretudo da mulher e segurando com força o objeto que lhe pertencia o mesmo se acendeu em suas mãos soltando pequenas labaredas de fogo, o anjo arregalou os olhos ao ver a espada de seu irmão nas mãos daquela estranha e como a espada respondia completamente a ela e então a espada sumiu de suas mãos, indo para seu devido lugar.

Desceu a loira no chão e soltou os três homens.

—Vão embora – ordenou abrindo a porta mais ninguém se mexeu – Não esperem que eu ofereça o jantar depois de tentarem me matar não é – riu sarcástica

—O que você é? – questionou o moreno alto se aproximando

—Nada que vá ferir vocês agora vão embora – apontou um dedo pra fora novamente nem um movimento

—Por que aquela espada está com você? – questionou o anjo pendendo a cabeça pro lado com a típica expressão confusa que lhe deixava parecendo um gatinho confuso

—Espera ai, por que estava com aquela espada mãe? – questionou o loiro a mulher que não respondeu apenas abaixou o olhar

—Está bem já que não vão embora – fechou a porta com força se colocando a caminhar em direção a cozinha – Eu não quero te matar anjo – se virou pro anjo que lhe seguia empunhando a espada prateada ficando rente a seu rosto – Mais vou ser obrigada se apontar isso pra mim novamente – encarou os olhos azuis do anjo, eram profundos, magoados e completamente triste. O mesmo estava confuso por não conseguir ler a garota não sabendo o que ela é.

Voltou-se para a pia pegando um bule de alumínio enchendo de água e colocando no fogo.

—Acho que temos uma discussão familiar na minha sala – se virou encarando as três figuras na sala discutindo em sussurros – Afinal quem são vocês?

—Primeiro o que você é – questionou o anjo ainda empunhando a espada

E nesse momento ela estava se perguntando por que apenas não os colocou para fora com seus poderes, estava intrigada com a coragem daquelas pessoas e o porquê de terem pegado sua espada.

—Está bem, papai se deu ao trabalho de me manter longe de vocês anjos – levou as mãos até o fecho do colar dourado que carregava uma pequena pedra brilhante de diamante, abriu o fecho e retirou o colar por um momento permitindo o anjo ver sua áurea, brilhante como uma super nova metade humana e metade angelical se difundindo em um belo brilho acinzentado.

Era um nefilim, os olhos do anjo se acenderam em um brilho angelical e ameaçador

—Eu não vou machucar vocês – colou o colar novamente e se virou pro fogão paralisando o anjo atrás de si o mesmo se preparava para atacar a garota

—Cass vamos – o loiro chamou o amigo se aproximando do mesmo junto com a mulher e o moreno

—Não me disseram seus nomes – levou o bule até a pia e pegou o coador com o pó do chá

—Eu sou Sam Winchester meu irmão Dean, minha mãe Mary e Castiel – explicou o mais novo – Nós não queriam...

—Charlotte Xavier West – ela se virou sorrindo

—É uma nefilim – disse Castiel tentando se mexer em vão

—Oh – exclamou Charlotte soltando o anjo que se lançou para trás esbarrando no amigo loiro

—Não eram extintos? – Sam exalava confusão

—Assim você me ofende – a garota fez beicinho se virando e servindo as xícaras com chá – Não costumo oferecer chá para meus supostos assassinos, mas vou abrir uma exceção – sorriu levando as xícaras flutuando até eles as mesmas não foram pegas – Vamos lá não vou envenenar vocês – rolou os olhos e Sam foi o primeiro a pegar a xícara, seu movimento foi repetido por Mary depois Dean.

—Não quero nada que venha de você – ralhou Castiel entre dentes

—Por que queria a espada de meu pai? – questionou dando de ombros a Castiel olhando a mulher loira a mesma se embolou nas palavras

—Gabriel não cometeria uma atrocidade dessas – Castiel tinha indignação a espada flamejante pertencia ao arcanjo Gabriel, por mais que o irmão tivesse se submetido aos humanos não aceitava o fato de ter infringido uma regra antiga do céu e proibida

—Você não pode simplesmente pegar ela, tem que merece – lá ou passada de poder a poder – ignorou novamente Castiel, bebendo seu chá – Respondendo sua indignação Castiel, sim ele cometeu essa “atrocidade” – fez aspas com os dedos

—Como ficou fora do radar do céu a tanto tempo? – questionou Sam franzindo o cenho

—Proteção enoquiana e de sangue, bom ele era um arcanjo afinal – sorriu se lembrando do pai brincalhão e extremamente divertindo

—Onde está sua mãe? – questionou Mary, fazendo Charlotte abaixar o olhar triste – Desculpe – pediu recuando um passo

—Tudo bem – sorriu amarelo

—Vamos embora – Dean parecia nervoso e ansioso para conversar corretamente com a mãe e saber por que a mesma havia tramado isso para pegar uma espada.

—Não até mata – lá – Castiel avançou sobre Charlotte que o lançou longe o prendendo novamente na parede e prendendo os movimentos dos três Winchesters ao que iam ataca – lá

—Você vai pegar seu traseiro angelical e sair daqui vivo e junto com seus amigos – se aproximou do anjo – Ou eu vou fazer questão de fazer sopa com os picadinhos que vou fazer de você – ameaçou mesmo sabendo que não tinham coragem para isso, seus olhos atingiram o brilho acinzentado um tanto ameaçador.

Ela ainda não entendia mais sentia que já ouvira esses nomes antes, talvez de seu pai antes do mesmo morrer mais não se lembrava muito bem. Soltou o anjo no chão e os meninos se moveram.

—Vamos Cass – Sam puxou o amigo saindo todos pela porta.

—Mais essa agora – a garota rolou os olhos assim que a cor castanha voltou.

Dirigiu-se até seu quarto, banhou e se deitou logo pegando no sono