Anoitecer escrita por Lynx Melnik


Capítulo 8
Capítulo Oito — Alerta de vampira louca na área.


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO NOVO MEUS ABORES ♥
Desculpem a demora e fiquem com mais um capítulinho do nosso casal favorito, nesse primeiro dia do ano de 2018!
A história está de capa nova e agora será atualizada com uma frequenta maior, prometo!
Amo vocês ♥



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Passado todo o drama de uma louca ciumenta – eu –, Sam reuniu toda a matilha para um assunto sério. Isabella tinha sido levada embora por Emily, então o assunto era algo relacionado aos preciosos sanguessugas da Swan. Me sentei no sofá ao lado de Jacob e peguei o celular no meu bolso, sentindo-o vibrar ao receber uma mensagem de Cole perguntando se poderia me ligar mais tarde.

Não respondi, por que na hora que cliquei na caixa de texto, Sam entrou pela porta da frente e olhou todo mundo, e pela carranca que ele trazia o assunto era realmente sério.

— Desculpem por ter me atrasado. — Sentou-se na poltrona e continuou a falar: — Ontem antes de anoitecer, os Cullen atravessaram a fronteira.

Muitos rosados foram ouvidos na sala e revirei os olhos. Um bando de animais.

— Estavam caçando uma vampira, que já deu trabalho pra eles antes. Mas isso não nos interessa, contanto que os humanos estejam a salvo. Vamos aumentar as patrulhas e o alcance delas. Vamos continuar no território Quileute, mas estejam sempre alertas, em qualquer lugar.

Todos assentimos e eu me senti estranha. Estávamos oficialmente numa caça louca a vampiros, minha primeira e eu não sabia se estava preparada para matar alguém caso necessário. Me repreendi internamente. Não era alguém. Era um assassino que matava sem hesitar.

— Serena. — Sam me chamou e eu levantei os olhos do seu tapete felpudo, olhando-o. — Não quero você em confronto direto com nenhum vampiro. Suas patrulhas serão na fronteira, junto de Jacob.

O que? Ah, porra, fala sério, eu seria deixada de lado na diversão?

Mesmo contrariada, assenti, sabendo que aquilo era uma ordem do alfa e não uma sugestão amigável.

Bem, pelo menos Jacob estaria comigo.

Senti algo vibrar no sofá e olhei curiosamente para Jacob, que retirava seu celular do bolso e atendia uma ligação.

Ouvi a voz de um cara e pelo que supus, devia ser um dos Cullen, por que a primeira coisa que ele disse foi: Bella está em perigo.

Quem mais se importaria com a sonsa senão Edward, o coitado masoquista que adorava ficar do lado de uma garota palerma mas que é uma tentação pra ele, e não de uma forma boa, com um pouco do bom e velho teor sexual?

Claro, os Cullen e, da maneira que Jacob ficou retraído pelo que Edward lhe falava ao telefone - eu não queria escutar, então concentrei minha audição em outro lugar -, Jacob Black também se importava com a humana ridícula.

Respirei fundo, ignorando o sentimento possessivo que me tomava e olhei para ele, enquanto explicava que enquanto Isabella esteve em La Push, um vampiro entrou em sua casa. Charlie estava dormindo no sofá e não tinha visto nada, e felizmente o vampiro desconhecido resolveu ignorar o xerife e se concentrou em o que quer que seja que ele tenha ido fazer lá.

E disse que os Cullen queriam nos ver, agora, na fronteira. E pelo tom de voz de Jacob supus ser urgente.

Todos levantamos na hora e corremos para a floresta ao lado da casa de Sam - uma das melhores coisas em La Push era que as casas sempre, ou na maioria das vezes, dava direto para a floresta em alguma direção próxima.

Todos nos transformamos, ignorando as peças de roupas que se partiam e os retalhos que ficaram no chão úmido da floresta, trapos do que antes fora bermudas e um short e regata. Sam ia na frente, liderando o bando e nós o seguíamos por perto. Jacob estava ao meu lado e eu podia sentir, através do imprinting e da ligação que todos tínhamos, que ele estava malditamente preocupado com a Swan.

Mas o que me acalmou era que ele estava preocupado de uma maneira fraternal. A loba dentro de mim ronronou gostando de que ele tinha posto a Swan de lado, pelo menos romanticamente falando.

Posso ouvir o que pensa, a voz de Jacob soou em minha mente.

Não é momento para conversarmos sobre isso, Jake. Falei suavemente, mostrando para ele que estava tudo bem e que não devia se preocupar. Conversamos depois disso tudo, okay?

Meu pai não está em casa, podemos conversar lá, ele sugeriu, inocentemente, mas os outros garotos latiram e riram em nossa mente, pensando coisas pervetidas e que, se eu tivesse em minha forma humana, talvez fossem responsáveis por me fazer corar.

Calem a boca!, Sam rosnou, assim que chegamos na fronteira e derrapamos no solo de areia, fazendo-nos parar.

Oito pessoas estavam ali. Os sete Cullen, com suas peles pálidas e aparências perfeitas e simétricas, mas com um cheiro tão doce que fazia meu nariz coçar e eu tive que retorcê-lo em desgosto. E a Swan, que estava agarrada ao vampiro telepata como se ele fosse uma tábua salva-vidas e ela estivesse num oceano sem fim.

Sam grunhiu, como se dissesse para falarem logo qualquer merda que tivessem que falar e um cara deu um passo a frente, parecendo o líder da matilha. O cabelo loiro - platinado, praticamente -, o rosto numa expressão amistosa e um sorriso suave nos lábios.

Carlisle Cullen, pelo que Sam havia me dito e me mostrado, através de imagens em sua cabeça, em um dos muitos treinos que tive com ele desde que me transformei.

Sabia que era o mais velho de todos ali, que tinha transformado maioria e que era o líder da família, o Papai Adotivo de todos, praticamente. O mais humano, talvez. Com seus olhos irritadoramente dourados e jeito amistoso e humano, como se fosse um.

— Obrigada por virem. — Sua voz melódica agradeceu.

Passei minha pata em meu nariz, afastando-me um pouco desse bando de vampiros e indo para mais atrás, enquanto ele explicava o que havia acontecido com mais detalhes e sobre uma suposta ligação com coisas que andavam ocorrendo em Seattle. Contaram sobre como o namorado vampiro da vampira psicopata que entrara nas nossa terra, havia tinha uma obsessão por Bella e que ele a caçou. Muito drama depois, Edward matou o cara e agora ela queria vingança, montando um exército de recém-transformados.

O que significava a mesma coisa que um exército de adolescentes loucos com poderes sobrenaturais que adoravam enfiar suas presas num pescoço humano.

Jacob andou até meu lado, passando sua cabeça enorme em mim, acariciando e depois lambendo meu rosto.

O cheiro é horrível quando se sente pela primeira vez, mas você se acostuma com o tempo, ele disse, carinhoso, lançando um olhar meloso na minha direção.

Rocei meu focinho em seu rosto, numa forma de retribuir o carinho.

A reunião fora encerrada e os Cullen foram correndinho para sua casa, enquanto a matilha voltava em passos rápidos para a reserva.

Decidimos manter observação 24hrs na humana desastrada, e começar a treinar. Jasper, o loiro com cara de quem estava com uma dor de barriga constante, tinha uma experiência com recém-transformados e iria nos dar aulas. Sam estava odiando isso, mas se fosse para manter os humanos a salvo dessa merda toda, teríamos que fazer essa aliança-não-amigável.

E isso significava que iríamos cobrir alguns postos de vigília na floresta ao lado da casa da Swan e que eu, sendo a única mulher do bando, iria ter que ser uma segurança particular da ímã de problemas, quando o cabeça de fósforo não estivesse por perto.

A vida é uma tomação no cu constante. Bufei, revirando os olhos e indo em direção a casa de Jacob, com ele ao meu lado, soltando o que poderia ser uma risada se ele estivesse em sua forma humana e não no lobo enorme de pêlo castanho-avermelhado.


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