- Marinette - 

— Marinette, não acha melhor ir dormir? Já são mais de dez horas. - Tikki disse coçando os olhinhos. 

— Eu vou acabar de costurar a blusa e já vou, Tikki. Se quiser, pode ir dormir. - Eu disse rindo, pois dava pra ver que Tikki estava caindo de sono.

— Então eu já vou. Boa noite, Marinette. - Ela disse indo se deitar nas almofadas que estavam em minha cama.

— Boa noite. 

Depois que Tikki foi dormir, eu fiquei mais alguns minutos costurando. Eu terminei a blusa e a deixei em cima da mesa. Amanhã eu faria o bordado da patinha, era um pouco mais demorado, mas era a parte que eu mais gostava. Depois que arrumei tudo, fui tomar um banho, coloquei meu pijama e fui me deitar.

Quando eu me deitei senti uma mão no meu braço, eu me levantei da cama em um pulo e acendi as luzes.

— Olá, princesa.

— Chat! Seu gato estupido. Quase me matou de susto. - Eu disse com a mão no peito.

— Me desculpe, princesa, eu queria te fazer uma surpresa. Esta surpresa?

— O que veio fazer aqui? 

— Ora essa minha princesa, eu disse que viria lhe ver hoje. 

— Mas já é quase meia noite. Eu pensei que não viria mais.

— Eu tive um compromisso e acabou que me atrasei. Desculpe. 

— Esta tudo bem. Agora é melhor você ir, eu estou muito cansada e quero dormir.

— Mas, princesa... eu acabei de chegar. - Ele abaixou as orelhinhas e me olhou com os olhinhos de gatinho. 

— Esta bem, Chat. Pode ficar mais um pouco. - Eu olhei para as almofadas e vi que Tikki não estava mais lá. Ainda bem, ela deve ter ouvido o Chat chegando e deve ter se escondido.

— Ei, princesa, como foi com o seu amigo? Ele te perdoou? 

— Sim, Chat, ele me perdoou, e foi do melhor jeito. - Eu dei um sorriso e me sentei na cama.

— Me conte tudo, princesa. 

— Bom, eu pedi desculpas e ele aceitou, então ele me disse que fez aquilo com o meu outro amigo porque ele estava com ciúme, então... Então ele me beijou. - Eu olhei para Chat e sorri. Ele deu um sorriso e pude ver que ele estava um pouco vermelho, mas decidi que seria melhor ignorar.

— Você gosta dele, princesa? - Ele deu um sorriso estilo Alya.

— N-não, e-eu não gosto dele. - Droga! Eu não podia ter gaguejado.
— Verdade? 

— S-sim, eu não gosto. - Chat se aproximou do meu rosto.

— Tem certeza?

— E-esta bem. Eu gosto dele. - Chat ficou parado por uns segundos e estava ainda mais vermelho, então ele começou a rir. - E-ei... N-não ria. 

— Desculpe, princesa. - Ele continuou rindo. 

— E você, gatinho bobo. Gosta de alguém? - Ele voltou a ficar vermelho. Então ele se aproximou do meu rosto.

— Eu gosto sim, princesa. Quer saber o nome dela? - Ele falava com a voz baixa.

— Q-quero. - Então ele aproximou sua boca do meu ouvido e disse com a voz baixa e rouca:

— O nome dela é Marinette. - Eu senti as minhas bochechas esquentarem e meu coração começou a bater rápido. Chat viu como eu estava vermelha e riu. - Se acalme, princesa. Eu só estava brincando.
Eu peguei uma almofada e joguei nele.

 - Gato idiota. - Ele ficou rindo. - Chat, agora vai embora, você já ficou muito tempo. Eu estou com sono.

— Posso ficar aqui mais um pouco com você, princesa? Por favor. - E mais uma vez ele abaixou as orelhinhas e fez os olhinhos de gato. Droga! Eu odeio quando ele faz isso, ele fica tão fofo que eu acabo cedendo. 

— Esta bem. Mas vai ficar quieto, sem dar nem um miado. - Eu apaguei as luzes e me deitei. Chat já estava sentado no canto da cama, então quando eu me deitei ele fez o mesmo.

— Princesa?

— Chat, pensei ter dito que não queria ouvir nem um miado. 

— ... 

— Esta bem! O que você quer?

— Posso segurar sua mão?  - Esse gatinho ta muito manhoso.

— Pode. - Ele segurou a minha mão e me puxou para perto dele, então ele me abraçou e começou a fazer cafune nos meus cabelos. - Você disse que queria segurar a minha mão.

— Mas isso é bem melhor, não é?

—... É sim. - Eu disse sorrindo. - Agora boa noite, Chat. 

— Boa noite, princesa. - Ele deu um beijo na minha testa. O abraço dele estava tão bom, ele tinha um cheiro tão gosto e ele estava quente. Eu estava me sentindo tão bem daquele jeito e o cafune estava me deixando tão relaxada que acabei dormido bem rápido.
 

— Adrien - 

Depois que Marinette dormiu, eu fiquei lá mais um pouco, ate que meu anel apitou avisando que eu só tinha mais alguns minutos. Então eu desfiz o abraço devagar para não acorda-la, dei mais um beijo em sua testa e fui para casa. Quando pisei na janela do meu quarto eu voltei a ser Adrien. 

— Dessa vez você demorou na casa da sua namorada. Eu estou cansado e com fome. 

— Para de reclamar, Plagg, eu já vou pegar o seu queijo. - Eu procurei minha mochila e peguei o queijo fedorento do Plagg. -Droga. Se a sessão de fotos não tivesse atrasado e o professor de mandarim não tivesse me enchido de exercícios eu poderia ter ido visitar a Marinette mais cedo.

— Mas você poderia ter ido as nove, ver sua namorada. Não foi porque não quis.

— Eu não fui porque um certo gato magico comeu todo o queijo que era pra durar o dia todo. Então eu tive que comprar mais queijo já que esse gato magico estava com fome e se eu me transformasse não ia dar pra ficar assim por muito tempo.

— A culpa é sua que levou pouco queijo. 

— Eu levei UM queijo inteiro, seu fominha. - Eu peguei meu pijama e fui pro banheiro. 

— Devia ter levado dois. - Eu fechei a porta e deixei Plagg falando sozinho. Quando eu sai do banho Plagg já estava dormindo. Eu me deitei também na cama e fiquei me lembrando de Marinette e no que no que ela me disse. Ela me amava, Marinette me amava. Isso era incrível.

Eu fiquei pensando nela enquanto estava dormindo abraçada comigo, ela era tão fofa e tinha um cheiro doce e gostoso, fiquei pensando nisso por um tempo e acabei dormido, dormi feliz, como nunca tinha dormido a muito tempo.

Acordei de manhã com Plagg dando alguns tapinhas no meu nariz.

— Adrien, acorda. Acorda Adrien, acorda. Eu estou com fome. - Eu peguei o meu celular e olhei as horas.

— Plagg, são seis e quarenta da manha. Esta muito cedo, eu ainda estou com muito sono, espera dar sete horas que vamos descer. 

— Não. Pode ir levantando. Você esta com sono porque ficou ate tarde na casa da sua namorada. Você não pode me deixar com fome. Adrieeeen! - Plagg começou a puxar a gola da minha camisa.

— Argh... Esta bem! Eu vou lá pegar o seu queijo. - Eu me levantei e fui ate a cozinha, peguei o queijo do Plagg e subi para o meu quarto. - Toma o seu queijo fedido.

— Não fale assim dele. - Plagg pegou o queijo e o abraçou.

— Ta, ta. - Eu deixei Plagg comendo o seu queijo e fui tomar banho. Quando acabei coloquei minhas calças jeans de sempre, uma blusa qualquer e uma jaqueta. Arrumei minha mochila e coloquei Plagg dentro. Desci e fui ate a cozinha pegar mais queijo para levar. - Vê se não come o queijo todo de uma vez. Hoje eu tenho sessão de fotos depois da escola e vai demorar. Se o queijo acabar você vai ficar sem ate chegarmos em casa.

— Então nesse caso leve mais queijo.

— Eu não vou levar mais queijo!

— Adrien?

— Nathalie! – Eu fechei a mochila e me virei para a porta. Será que ela me ouviu conversando com o Plagg?

— Com quem estava falando? - Droga, Adrien, pense em alguma coisa, rápido.

— Eu estava... – Eu olhei para a mochila e vi o meu celular, então o peguei e mostrei para Nathalie. Estava conversando com o Nino.

— Ah, sim, esta bem. - Ela acreditou. Obrigado Deus. - Vou te passar sua agenda de hoje.

— Esta bem. - Nathalie começou a falar e eu fiquei ouvindo enquanto comia.

— E Adrien, seu pai pediu para lhe falar que não poderão ir jantar juntos esta noite.

— O que?! Como assim. Por que não? - Eu senti uma enorme tristeza tomar conta de mim, eu não estava acreditando que o meu pai havia feito isso de novo.

— Ele pediu para te avisar que não poderia ir mais, pois ele terá que ir em uma reunião essa noite. - Eu me levantei e peguei minha mochila.

— Esta bem, Nathalie, obrigado, eu já vou indo. - Eu sai de casa e fui para o carro. Quando cheguei à escola tinha poucas pessoas no pátio já que estava um pouco cedo. Eu me sentei em um dos bancos e fiquei esperando por Mari, então eu senti uma mão em meu ombro e levantei a cabeça.

— E ai, cara. Ta tudo bem?

— Sim. - Eu dei um sorriso forçado. 

— As meninas já chegaram? - Ele se sentou do meu lado no banco.

— Eu não sei, eu acabei de chegar. 

— Quer ir lá na sala conferir? 

— Acho que vou ficar aqui. 

— A Mari pode esta lá. - Ele me olhou e deu um sorriso pervertido.

— OK, então vamos. - Eu precisa ver a Mari, ela era a única que me fazia me sentir bem. Quando chegamos à sala só Rose e Max estavam lá. Eu e Nino nos sentamos em nossos lugares para esperar a menina.

— Alya esta atrasada. Ela sempre chega primeiro que a gente. A Marinette já é normal, sabemos que ela sempre se atrasa. - Eu fiquei calado, estava pior do que quando cheguei, Mari não estava na sala, eu precisava vê-la e falar com ela.

— Olá, meninos. - Eu levantei a cabeça e vi Alya na nossa frente. - Bom dia.

— Bom dia. Eu e Nino respondemos juntos. 

— A Mari já chegou? - Eu perguntei na esperança que ela disse que sim.

— Não, Adrien, se ela tivesse chegado estaria aqui comigo. Sabe como a Mari é, esta sempre chegando atrasada. Agora... um de vocês fez o dever de física? Eu acabei me esquecendo de fazer, só me lembrei agora que vi a professora.

— Eu fiz. - Nino pegou sua mochila e tirou o caderno de física.- Aqui.

— Valeu, Nino. - Alya correu para o seu lugar e começou a copiar. Enquanto isso, fiquei olhando para a porta esperando por Mari.

Depois de um tempo o sinal tocou e a professora entrou na sala. Passou o primeiro e segundo horário e a Marinette não tinha chegado.

— Já estamos no intervalo do segundo horário e a Marinette ainda não chegou. - Quando Alya acabou de falar, Mari entra pela porta da sala quase caindo. 

— Eu... Perdi... Hora. – Mari disse em pausa enquanto recuperava o folego.

— Normal. Agora senta e descansa que o sinal vai bater. - Mari foi andando e se sentou. Eu me virei para trás e sorri para ela, ela me olhou vermelha e retribuiu o sorriso. Nisso eu já me senti um pouco melhor. O sinal tocou e logo a professora de biologia entrou na sala.

— Bom dia, alunos. 

— Bom dia - Todos falaram desanimados.

— Tenho uma noticia para dar a vocês. Quinta faremos uma viagem para a praia. - Todos começaram a falar entre si. - Silencio! Eu ainda estou falando. - Então a sala voltou a ficar em silencio. - A viagem não vai ser só para diversão, também vamos estudar as plantas que tem naquela região. De manha teremos aula e depois do almoço vocês serão liberados para ir à praia e explorar o lugar. A viagem será na quinta a noite e voltaremos no domingo a noite. Todos terão de ir, já que teremos aula e isso valera nota. Vou entrega a autorização para os pais de vocês assinarem. No papel esta explicando tudo.- Então a professora começou a nos entregar as autorizações.

Depois disso as aulas passaram super rápido, já que todos estavam super animados para a vigem.

 Quando íamos para o almoço a professora chamou a Marinette para que ela a ajudasse com algumas coisas. Então não pude falar com Mari. Depois do almoço Mari não voltou para a sala, então logo deu o sinal para irmos para casa. Fiquei esperando por ela nas escadas, ate que Alya e Nino apareceram.

— Ei, cara, quer ir à sorveteria?

— Sorveteria de novo? - Alya perguntou nervosa. - Pensei que tínhamos decidido que iriamos ao cinema.

— Mas não tem nenhum filme bom. Sorvete e melhor. 

— Não aguento mais tomar sorvete, Nino. 

— Ei, Adrien, o que você prefere? Sorvete ou cinema. 

— Nenhum. - Eu disse com a voz baixa.

— O que?!

— Nenhum, Nino, eu não prefiro nenhum! - Eu acabei explodindo. Não estava mais aguentando, eu estava triste e com raiva, eu só queria sair dali e ir pra casa. 

— Calma, cara, você esta exaltado, tem que relaxa.

— Relaxar? Você não sabe de nada, Nino, não sabe como a minha vida é uma droga, e eu não quero ir a lugar nenhum. Então me deixa em paz. - Nisso meu motorista chegou e eu desci as escadas correndo e entrei no carro.
 

— Marinette - 

Depois que ajudei a professora a separar as folhas de exercícios que iriamos fazer na viagem, eu fui para a porta da escola para poder conversar com os meus amigos. Quando eu estava quase saindo da escola ouvi alguém gritando, parecia a voz do Adrien. Então eu vi Adrien descendo as escadas correndo, eu fiquei preocupada e fui ate Alya e Nino que estavam parados olhando um para o outro.

— Nino, Alya, o que aconteceu? 

— Sei lá, cara. Eu só perguntei o Adrien se ele queria ir para a sorveteria ou para o cinema, dai ele me xingou. - Nino e Alya terminaram de me explicar tudo o que aconteceu, eu não estava conseguindo entender o porquê do Adrien ter feito aquilo. Depois nos despedimos e cada um foi pra sua casa.
— Tikki, acho que vou ver o Adrien.

— Agora? 

— Sim. Eu preciso saber o que esta acontecendo com ele. - Eu fui para a casa do Adrien. Quando cheguei toquei a campainha, uma câmera apareceu e a voz de uma mulher perguntou quem eu era e o que eu queria.

— E-eu sou Marinette, amiga do Adrien, será que eu posso falar com ele? 

— Adrien foi para uma sessão de fotos e só vai voltar depois das dezesseis horas.

— Ce-certo, obri...- Antes de eu acabar de falar a câmera sumiu e a mulher desligou o interfone. 

— Credo, que falta de educação.

— Deixa, Tikki, vamos pra casa. À noite eu volto, mas vou vim como LadyBug, assim poderei falar com  o Adrien. - Eu fui para casa e fiquei esperando dar a hora para eu ir ver Adrien. Aproveitei para acabar minha blusa. Quando eu estava quase acabando eu tive uma ideia. Decidi que faria uma igual para o Chat, só que sem as manguinhas caídas. Eu terminei a minha e comecei a cortar os panos para fazer a do Chat. Acho que ele vai gostar. Logo deu o horário para eu ir ver o Adrien, então chamei Tikki e me transformei.
 

— Adrien -

Quando eu entrei no carro, eu sentia raiva e tristeza ao mesmo tempo. Por que a professora tinha que chama a Mari? Eu queria conversar com ela, eu precisava. Eu não devia ter falado daquele jeito com o Nino, ele deve estar com raiva de mim. Droga!

Quando cheguei à sessão de fotos entrei para uma sala para que eu pudesse me trocar, então Plagg saiu da minha bolsa.

— Adrien, você esta bem? 

— Sim, Plagg. - Eu disse enquanto tirava minhas roupas e pegava a que estava separada para as fotos.

— Não parece. 

— Por que o meu pai tinha que cancelar o jantar? Isso tudo é culpa dele.

— Eu disse tirando meus tinis e jogando em um canto qualquer. - Eu nem sei por que estou com raiva, já devia ter me acostumado, ele vive fazendo isso. 

— Adrien, não fique assim. - Plagg veio voando ate mim. - Pense na viagem que você vai fazer com seus amigos.

— Isso se o meu pai me deixar ir, Plagg, já que sexta tenho sessão de fotos de novo  

— Olha, já sei. A sua amiga, Marinette, ela sempre faz você se sentir bem, certo? 

— Sim. - Eu disse e logo soltei um suspiro. 

— Então, a noite, depois que você voltar pra casa, você pode ir fazer uma visita para ela como Chat. O que acha? Se bem que você já ia mesmo. - Ele riu e eu acabei rindo também. - Isso mesmo, agora que você já esta se sentindo melhor que tal cortar um pedaço daquele queijo que esta na mesa e me dar.

— Esta bem, Plagg. - Eu cortei um pedaço do queijo e entreguei a Plagg, depois eu acabei de me trocar e fui para sessão de fotos.

Como sempre a sessão de fotos foi um saco, quando acabou eu voltei para sala e troquei de roupa, colocando as que eu estava usando quando cheguei, peguei minhas coisas e fui para casa.

Quando cheguei, fui para o meu quarto para tomar um banho e depois desci para jantar. Nathalie veio com minha agenda na mão.

— Adrien, o resto da semana você esta livre, não tem nada marcado, você tinha uma sessão de fotos na sexta, mas o seu pai pediu para cancelar como um pedido de desculpas por ter cancelado o jantar de vocês. - O que?! Não acredito que o meu pai fez isso. 

— Certo. Obrigado Nathalie.  - Quando ela ia saindo eu me lembrei da viagem. - Nathalie, espere. É que, amanhã os alunos do primeiro ano faram uma viagem a praia, e para eu poder ir preciso que meu pai assine a autorização. Alem disso, vamos ter aula na viajem, e isso valera nota, então... Já que o meu pai cancelou a sessão de fotos na sexta, eu pensei que...

— Me de o papel que eu falo com o seu pai hoje e, amanhã de manha de dou a resposta.

— Certo. O papel esta no meu quarto na mochila, quando eu subi eu pego e levo para você no escritório. - Ela fez que sim com a cabeça e saiu. Eu acabei de comer e subi para o quarto correndo, peguei a autorização e levei para Nathalie, voltei para o quarto escovei os dentes e deitei em minha cama, logo Plagg veio.

— será que o seu pai vai te deixar ir na vigem ? 

— Acho que sim, já que vai valer nota e ele cancelou a sessão de fotos na sexta. 

— ...Tem alguém no telhado. 

— Que?! - Plagg correu e se escondeu atrás da tela do meu computador. Então eu ouvi uma batida na minha janela, quando eu olhei, eu não acreditei no que estava vendo.

Era My Lady. Eu corri e abri a janela para que ela pudesse entrar.

— M...Ladybug, o que faz aqui?

— Eu estava passando e pensei em vim lhe fazer uma visita. Esta tudo bem? - Ela me olhou nos olhos e eu não aguentei, eu a abracei. - V-você esta bem? - Como eu ainda estava um pouco triste por causa do jantar, decidi desabafar com ela, já que não poderia fazer a mesma coisa com Mari. Se eu contasse o que aconteceu, ela poderia desconfiar ou ate mesmo descobrir que eu sou o Chat.

— Não. Aconteceu uma coisa que me deixou triste e com muita raiva e, eu acabei descontando no meu amigo. - Eu desfiz o abraço e a encarei.

— Quer me contar o que aconteceu? - Ela colocou sua mão direita no meu ombro esquerdo e sorriu. 

— E-eu... Eu quero. - Então eu levei My Lady para se sentar em minha cama e comecei a contar tudo. 

— Adrien, não fique assim, a reunião devia ser importante. Vocês terão outras chances de saírem juntos. 

— Eu já não acredito mais nisso, Ladybug. Não é a primeira vez que ele faz isso. Ele nunca tem tempo pra mim, ele só pensa no trabalho. As criações dele são mais importantes do que eu.

— Isso não é verde, se ele não se importasse com você ele não teria desmarcado sua sessão de fotos na sexta como pedido de desculpas. Eu tenho certeza que ele não queria ter desmarcado o jantar.

— Então por que ele não veio falar comigo? 

— Bom, ainda são oito horas, quem sabe ele não venha mais tarde falar com você? - Eu ri.

— Duvido muito. 

— Sobre o seu amigo... Nino, certo? - Eu fiz que sim com a cabeça. - Por que não liga pra ele e pede desculpas? Tenho certeza que ele vai aceitar, afinal, vocês são amigos.

— E se ele estiver com raiva e não quiser falar comigo? 

— Tenho certeza que ele vai falar com você. Agora eu preciso ir. Ate mais, Adrien. - Antes de sair ela me deu um beijo na testa. 

— A-ate m-mais, Ladybug. - Ela subiu na janela e antes de ir ela acenou com a mão e depois foi embora. Eu corri para janela e fiquei vendo ela jogando o seu Ioiô e pulando de prédios ate desaparecer. 

— Ei, Romeu. Aposto que esta se sentindo melhor. - Plagg riu. - Isso significa que não ira ver a sua namorada? 

— É claro que irei ver a Marinette. Mas não se preocupe, não vai ser agora, vai ser mais tarde, depois que todos estiverem dormindo.                                                        

Eu deixei pra falar com Nino e pedir desculpa amanhã na escola, seria melhor que ligar.

Então eu e Plagg ficamos conversando até da a hora de eu ir ver minha princesa. Enquanto o tempo passava eu fiquei na esperança de ouvir uma batida na porta e meu pai entrar no meu quarto para me pedi desculpas, mas ele não veio. Eu fiquei triste, mas resolvi ignorar, já que estava quase na hora de eu ir ver Marinette. Foi então que a ultima luz se apagou e eu pedi para Plagg me transformar, depois que me transformei eu pulei a janela e fui para casa da minha princesa, e eu não pretendia voltar pra casa tão cedo.