- Marinette- 

Acordei e peguei meu celular pra olhar as horas, eram nove e quinze da manhã. Por que acordei tão cedo num domingo? Olhei e vi que tinha uma mensagem não lida no whatsapp. Quando vi era do Adrien. Ai meu coração! 

Adrien - Oi, Marinette, bom dia. Hoje vamos continuar com o trabalho? 

Marinette – Oi. Bom dia. Vamos sim. Quer vim onze horas? 

...

Adrien - Sim!! Eu deixei meu jogo ai, podemos continuar jogando e passar aquela fase.

Marinette – Certo! Estou te esperando então. Até.— Nesse exato momento dei um pulo da cama e sai correndo.

— TIIIKKIII, ACORDA, O ADRIEN TA VINDO PRA CÁ. - Tikki acordou assustada e me olhou, quando entendeu o que estava aconteceu respirou aliviada e me olhou mais calma.

 - Por que esta tão nervosa? Já é o terceiro dia que ele vem pra. - Ela disse enquanto coçava os olhinhos.

— Eu sei!! Mas é que sempre que ele vem eu fico tão feliz e nervosa ao mesmo tempo. – Eu disse eufórica.

— Eu sei. Por que não vai tomar um banho e relaxar? Ele só vai vim onze horas mesmo. - Então eu fui para o banheiro e tomei um banho, lavei os meus cabelos e depois escovei os dentes. Sai e coloquei um shorts jeans  e uma blusa, causei uma sapatilha e depois desci para tomar café e ajudar meus pais na padaria, até o Adrine chegar. Logo deu onze horas e ele chegou. 

— Oi Mari e sr. e sra. Dupain-Cheng.                                                                                                                    

— Olá, Adrien. - Meus pais responderam juntos.

— Quer um croissant, querido. - Minha mãe estendeu uma bandeja cheia de croissants para Adrien, que aceitou no mesmo instante.

— Oi. Vem. Vamos jogar. - Puxei Adrien e fomos para a sala, ficamos jogando ate a hora do almoço, depois almoçamos e minha mãe voltou para padaria para ajudar o meu pai, mas antes de ir, ela deu uma ideia.

— Hoje não tive tempo de prepara um doce para vocês comerem depois do almoço. Por que vocês não fazem algum? Assim vocês poderão se divertir enquanto fazem e depois poderão saborear o trabalho de vocês. Podem usar os ingredientes da padaria, não tem ninguém na cozinha lá de baixo, vocês podem ficar á vontade enquanto cozinham. O que acham? - Realmente a ideia da minha mãe não era tão ruim, seria bem legal cozinhar com o Adrien. 

— Eu não sou bom com isso de cozinhar. - Adrien disse um pouco tímido. 

— Não tem problema, eu te ajudo. - Eu disse para ele enquanto sorria, então ele olhou para mim e sorriu também.
— Está bem! - Então nos colocamos os pratos na pia, e eu dei uma ajeitada na cozinha enquanto Adrien me ajudava com algumas coisas, mesmo eu dizendo que não precisava. 

Descemos para a cozinha da padaria, então eu pequei algumas receitas e coloquei na mesa, chamei Adrien e o mesmo ficou do meu lado olhando os papeis.

— Então, o que quer fazer? Aqui tem varias receitas de doces.

— Que tal... Essa aqui? - Ele pegou um dos papeis e me mostrou: " bolo de chocolate ". - Eu adoro bolo de chocolate, a minha mãe fazia sempre pra mim. Tem muito tempo que não como. - Ai senhor, não faz isso comigo.

— Então vamos fazer bolo de chocolate. Quer escolher mais algum?
— Bem, eu escolhi o bolo, por que você não escolhe agora? - Então eu olhei para as receitas e peguei a de sonho. Eu amos sonhos. - Vamos fazer essa ? 

— Claro! 

Então fui pegando os ingredientes e Adrien foi me ajudando, logo tudo que iriamos precisar já estava na mesa. Então eu fui fazendo os sonhos e Adrien o bolo. Ele estava colocando os ingredientes sem nem olhar para receita e estava tudo certo.

— Pensei que não sabia cozinhar. - Disse enquanto dava um sorriso brincalhão. -
—

 E não sei. Bom... sei, mas não sou muito bom com doces. - Ele riu sem graça enquanto coçava a nuca.

— Mas você esta colocando os ingredientes corretos sem nem olhar pra receita. 
— O único doce que sei fazer é bolo de chocolate. Eu fazia com a minha mãe quase todos os dias. Então eu meio que decorei a receita. - Ele me olhou e sorriu, e então voltou a olhar para os ingredientes na tigela. - Bolo de chocolate era o favorito dela, então acabou virando o meu também. - Ele olhou para mim novamente e deu um sorriso meio fraco e eu pude ver nos seus olhos que ele estava triste. Então eu rapidamente mudei de assunto.

— O meu doce favorito é sonho... ou melhor... um dos meus doces favoritos. – Eu disse rindo e Adrien também riu. -  Sempre que o meu pai faz eu roubo alguns escondido, não sei como ainda não estou uma baleia de tanto comer sonhos. - Adrien começou a rir. Ainda bem, ele esta voltando a ficar feliz. - É serio. E, eu não roubo só os sonhos, também pego biscoitos, pedaços tortas e vários outros doces. Acho que ele percebe, mas não diz nada. - Eu disse e nós rimos.

 Nós ficamos rindo, conversando e brincando por um tempo, ate pegarmos mais algumas receitas e preparar mais alguns doces. 
Depois que começamos a fazer os outros doces, vi que Adrien estava meio perdido no que estava fazendo, então comecei a ajuda-lo, depois de um tempo, olhei para Adrien e os cabelos dele estavam brancos de farinha e sua blusa preta agora era branca. Eu sabia que ele estava assim por causa das nossas brincadeiras. Eu também estava suja, mas não anto quanto o Adrien. Eu comecei a rir de ver como ele estava sujo e por não ter notado nada, ou não ter notado que estava tão sujo. Ele olhou para mim sem entender o porquê de eu esta rindo.

— Do que esta rindo? – Ele perguntou sorrindo fraco.

— É que você esta todo sujo de farinha. 

— O QUE?! - Ele pegou o celular e foi na câmera. - Meu Deus! Meus cabelos.

— Não é só os seus cabelos, sua blusa também. - Apontei para a blusa branca que antes era preta, ele olhou e arregalou os olhos. 

— Meu Deus, a Nathalie vai me matar. 

— Não se preocupe, Adrien, é só farinha. – Eu disse rindo do desespero dele. - E só passar um pano úmido que a farinha sai, e depois usamos o secador de cabelos nos seus cabelos que eles voltam a ser loiros. Não se preocupe, você vai pra casa limpinho. – Eu disse rindo e então ele respirou aliviado, depois me olhou. 

— Marinette, você poderia me dar queijo? - De novo? Uau... Ele gosta mesmo de queijo. E isso foi bem do nada.

— Claro! - Quando eu ia buscar ele segurou o meu pulso e disse: 

— Eu posso ir buscar. - Depois ele sorriu.

— Esta bem. - Então ele subiu as escadas correndo.
         

— Adrien - 

Cheguei na sala, peguei minha bolsa e abri para que Plagg pudesse sair. 

— Até que enfim! Pensei que fosse me deixar aqui ate eu morrer de fome. - Plagg disse enquanto saia da minha mochila e voando ate a cozinha.

— Desculpa, Plagg, não deu pra vim antes. - Eu abri a geladeira e peguei o queijo fedido, cortei um pedaço e dei a Plagg.

— Oh, meu amado, lindo e cheiroso camembert, como senti sua falta. - Ele falava enquanto abraçava e beijava o queijo. Logo depois começou a come-lo. Então Plagg me olhou e depois começou a rir. – Você esta gozado.

— Há, há... Muito engraçado. Tomara que engasgue com o queijo. – Eu disse, mas ele continuou rindo, sem se importar com o que eu estava dizendo. - Quando acabar volta pra mochila. E vê se não faz nada de errado e não pega mais queijo. 

— Tá, tá. Pode voltar pra sua namorada.

— Ok. Eu já estou ind... Ela não é minha namorada!

— Tanto faz. Vai logo e me deixe sozinho com o meu bebê. - Eu sai e deixei Plagg na cozinha comendo o seu " bebê fedido " quando cheguei a cozinha da padaria Marinette já estava tirando os sonhos do forno e preparando recheios de creme, morango e chocolate.

 - Por que tantos recheios? - Perguntei me aproximando de Mari.
— Assim você vai poder comer e dizer de qual gosta mais. - Ela pegou a bandeja com os sonhos e colocou na mesa para ir esfriando. - O seu bolo já está quase pronto. Quer ir fazendo o recheio? 

— Claro. - Ela pegou uma panela e colocou no fogão, depois disso foi pegar uma colher, enquanto isso fui pegar os ingredientes. 

Depois de um tempo já tínhamos acabado de fazer tudo, o bolo, colocar recheio nos sonhos, enfeitamos alguns biscoitos e arrumamos tudo. Depois subimos com tudo que tínhamos feito e fomos para a cozinha da casa da Marinette, ela perguntou se podíamos deixar o bolo para comer depois do jantar, eu apenas concordei, afinal tínhamos vários sonhos, biscoitos e cookies para comermos. Mari pegou refrigerante na geladeira e fomos para a sala ver desenhos. Então ela estendeu a bandeja com os sonhos e disse pra eu escolher um, para que eu pudesse experimentar.  Eu peguei o de morango.

— Então, o que achou? - Ela me perguntou com os olhinhos brilhando de alegria. 

— Uau!! Que delicia! É muito bom. - Disse enquanto dava mais uma mordida no sonho. Aquilo estava muito gostoso.

— O meu favorito e o de creme. - Ela disse pegando um de creme e comendo. Depois disso comemos mais alguns sonhos e biscoitos. Quando vimos já eram cinco e vinte da tarde, então subimos para o quarto de Mari e terminamos o trabalho de historia. Logo a mãe de Mari nos chama para jantar, descemos e comemos espaguete com almondegas, estava uma delícia, depois do jantar, Mari pegou o meu bolo e o colocou sobre a mesa. 

— Foi o Adrien quem fez. - Mari sorriu e olhou para mim que retribui o sorriso.

— Ohh... Deve esta uma delicia! Chocolate é o meu favorito. - A mãe de Mari me olhou e sorriu. Então ela partiu o bolo e começou a nos servir. - Adrien, que delicia, querido. - A mãe de Mari disse enquanto levava mais um pedaço do bolo a boca.

— Esta mesmo muito bom, garoto. - O pai de Mari disse e eu sorri sem graça. - Você fez um bom trabalho, esse bolo esta delicioso. Estou ate pensando em contrata-lo para fazer os bolos da padaria. – O pai de Mari disse e nos rimos.

— Papai, o Adrien fez o bolo sem nem olhar para nossa receita. Ele fez tudo sozinho. 

— Sim. Esse bolo é uma receita da minha mãe. 

— Esta uma delicia, querido. Vou até comer outro pedaço. Você e sua mãe estão de parabéns.

— Obrigado. - Eu sorri e olhei pra Mari que estava me olhando com um sorriso no rosto. 

Depois de comermos o bolo a Mari me levou ate o quarto dela, pois eu ainda estava um pouco sujo de farinha. Ela me deu uma toalha úmida e eu limpei minha blusa, ela não estava tão suja quanto antes, mas ela ainda estava com farinha. Então ela veio com o secador de cabelos e disse pra eu me sentar na cadeira do computador dela. Eu fiz o que ela pediu, logo ela já estava com o secador de cabelos ligado. Então ela começou a tirar a farinha dos meus cabelos, eu fiquei observando ela, ela era tão linda e fofa e seus lábios eram tão rosados e perfeitos, como eu queria beij... Espera, no que eu to pensando? Tenho certeza que estava super vermelho, então Mari pareceu ter notado.

— Ta tudo bem, Adrien? Você ta vermelho. 

— S-sim, eu e-est-estou bem. - Eu sorri meio sem jeito. Então a Mari desligou o secador e disse que meu cabelo já estava livre de farinha. Então eu levantei a cabeça e percebi que a Mari estava me olhando de um jeito estranho. - O que foi? Tem farinha no meu rosto? 

— Ahhh... Não! Não tem nada.- Mari disse rindo nervosa.

— Ta bem. Obrigado, Mari.- Eu disse enquanto arrumava meus cabelos.

— Bom, eu tenho que ir. Já esta tarde e meu pai deve esta preocupado. - Até parece... Ele nem deve ter notado que sai.

— Eu vou com você ate a porta. 

— Esta bem.

Quando descemos para a sala a Mari me pediu para esperar um pouco e foi ate a cozinha. Então vi o seu pai vindo da cozinha com uma cara estranha.

— Sabine, querida, o queijo que estava na geladeira acabou? - Eu gelei na mesma hora. Plagg, vou te deixar sem queijo por uma semana. Depois de alguns minutos Marinette veio da cozinha com uma vasilha.

— Aqui. Eu coloquei mais uma fatia de bolo pra você e também alguns sonhos e biscoitos que fizemos.- Ela disse me entregando a vasilha.

— Ah. Obrigado. - Depois disso me despedi dos pais de Mari e ela foi comigo ate a porta. Foi então que eu tomei coragem e a abracei, depois lhe dei um beijo na bochecha. - Ate amanha, Mari. 

— A- até. - Ela estava super vermelha e muito fofa. Eu sorri e me virei para ir embora, quando estava quase virando a rua eu olhei para trás e Mari já não estava mais lá. Esse com certeza foi o melhor fim de semana da minha vida. 
                   

— Marinette - 

— Tikki, o Adrien me beijou. - Eu disse enquanto carregava a kawami em minhas mãos.

— O que!? Como assim te beijou? Onde foi o beijo? - Ela perguntou sorrindo tão animada quanto eu.

— Na bochecha. 
— Mari, eu pensei que tivesse sido em outro lugar. - Ela fez uma cara falsa de tristeza.- Não me iluda mais. - Ela voltou a sorrir. 

— Como assim? Na boca, Tikki? – Ela fez que sim com a cabeça enquanto sorria. - Ta maluca? Adrien nunca me beijaria na boca... Ele só me vê como amiga. - Eu disse triste enquanto fazia biquinho.

— Aham... Amiga. - Ela me olhou e eu vi que ela estava com o mesmo sorriso que Alya faz quando Adrien vem conversar comigo na escola. 

— Não começa, Tikki. Já basta a Alya. - Nos duas rimos. - Tikki, hoje depois que usei o secador para tirar a farinha dos cabelos do Adrien, os cabelos dele estavam muito parecidos com os do Chat. - Tikki me olhou e então começou a rir. – O que foi? – Eu perguntei com duvida.

— Ai, Marinette... aquele gatinho esta mexendo tanto assim com você? 

— Claro que não! Talvez um pouco... - Nesse momento ouvimos um barulho vindo da varanda e Tikki se escondeu. Foi quando vi duas esmeraldas verdes na portinha que dava para a varanda. - Olha só, se não é o gatinho bobo. - Eu disse indo ate a portinha e logo depois a destrancando para que ele pudesse entrar.

— Como vai princesa? - Ele sorriu e beijo minha mão.

— Estou ótima, gatinho. 

— Então, já começou o vestido? - Ele perguntou indo ate a minha mesa onde ficava minha maquina de costura. 

— Ainda não, gatinho. Hoje meu amigo veio pra cá e foi embora tem pouco tempo, então não tive tempo de mexer com nada do vestido. - Disse enquanto me aproximava dele.

— Que pena. Estou louco pra te ver usando o vestido de joaninha e a blusa do gatinho. - Ele disse chegando com o rosto perto do meu. 

— Vai demorar um pouco pra isso acontecer, gatinho bobo. - Disse enquanto empurrava o rosto dele.

— Bem princesa, tenho que ir. So vim aqui paa lhe ver e lhe dar seu beijo de boa noite. Amanha esse gatinho aqui vai pra escola, então preciso ir para cama cedo. 

— Pensei que gatos não estudassem.

— Esse gatinho aqui estuda. - Ele disse pegando minha mão. - Ate mais princesa. - Deu um beijo na minha mão e logo depois saiu correndo pela janela da varanda.

— Já posso sair, Marinette? - Olhei para Tikki que estava escondida atrás de alguns livros. 

— Pode sim, ele já foi.

— Que bom que a visita dele foi rápida. Assim você pode me alimentar. - Tikki me olhou com os grandes olhinhos brilhando e com carinha de cachorrinho abandonado.

— Ta bem... Eu já volto. - Fui ate a cozinha e peguei três cookies para Tikki, depois fui tomar um banho, escovar os dentes e colocar um pijama bem fresquinho. Depois disso me deitei em minha cama e Tikki fez o mesmo se deitando em algumas almofadas que estava na cama, depois disso conversamos um pouco e eu logo dormir.