— Adrien -

Quando Max disse que havia sumido todos se desesperaram e se levantaram de onde estávamos sentados, menos Juleka, Chloé e Sabrina.

— Onde estão os professores? Precisamos falar com eles. - Rose disse.

— Os professores sairão para comprar mantimentos para amanha, só a sra. Lewis está aqui, e ela está na barraca dormindo. - Max disse andando de um lado para o outro.

— Mas a sra. Lewis e a mesma coisa de nada. Por que deixaram uma velha tomando conta da gente? - Kim disse levantando os braços pra cima.

Eu precisava me transformar, mas precisava ir para a barraca para Plagg me transformar, quando eu ia sair Mari segurou o meu braço.

— O-onde você vai?

— Eu vou na barraca, ver se Nino e Alya voltaram.

— E-eu vou com você. - Eu confirmei com a cabeça, se ela fosse eu teria que dar um jeito de me transformar depois, espero que Plagg já tenha voltado.

— Marinette -

Quando Adrien disse que ia para barraca eu pedi para ir com ele, precisava ir buscar Tikki e me transformar, mas estava com medo de ir sozinha, como Adrien ia, eu aproveitei para ir com ele. Espero que Tikki já tenha voltado.

Quando chegamos nas barracas Adrien disse que ia pegar uma coisa e eu entrei na minha para procurar Tikki.

— Tikki, você está aqui? - Eu disse baixo para Adrien não ouvir, fiquei mexendo nas coisas para tentar encontrá-la, ela poderia estar em algum lugar dormindo, mas eu não a encontrei, então sai da barraca e vi Adrien parado olhando para o nada.

— Adrien?

— A-ah, Mari, acho que eles ainda não voltaram, melhor irmos ficar com os outros.

— Está bem vam… - Nesse momento ouvimos um barulho vindo das árvores.

— Adrien -

Quando Mari e eu chegamos nas barracas, eu disse que iria pegar uma coisa na minha barraca e já voltava, quando eu entrei comecei a procurar por Plagg.

— Plagg, cadê você. - Eu fala baixo para Mari não ouvi. - Plagg, onde você tá? Não é hora para brincadeiras. - Eu dizia enquanto mexia nas coisas pra tentar encontrá-lo, aquele gato preguiçoso comedor de queijo ainda não tinha voltado. Eu juro, Plagg vai ficar uma semana sem camerbet. Eu sai da barraca e olhei para o céu, ia chover, então eu ouvi a voz da Mari.

— Adrien?

— A-ah, Mari, acho melhor irmos ficar com os outros, quando Alya e Nino chegarem eles devem ir para lá nos procurar.

— Está bem vam… - Nesse momento ouvimos um barulho vindo das árvores, Mari correu para perto de mim e me abraçou, quando eu ia começar a correr escuto a voz da Alya.

— Atalho, vamos pegar um atalho, foi o que você disse. Por que eu fui te ouvir?

— Mas foi você quem quis vir por esse lado.

— Eu? Eu estava te seguindo Nino. - Então eles sairão de trás de uma árvore e olharam pra gente.

— Ráaa! Viu? Chegamos no acampamento. - Nino disse olhando para Alya e rindo.

— É, depois de uma hora andando pedidos. - Alya cruzou os braços e revirou os olhos. - Por que estão abraçados e com essas caras de quem viu fantasma? - Alya disse apontando para gente. Nesse momento eu e Mari nos separamos.

— A Alix sumiu, e o Kim e o Max estão falando que foi o fantasma da história da Juleka que pegou ela. - Mari começou a falar super rápido.

— Que? Calma, que fantasma? - Nino perguntou me olhando. Eu comecei a contar para eles a história do fantasma e o que Kim e Max contaram no refeitório, Nino e Alya se olharam e começaram a rir.

— E sério isso? Vocês realmente acreditaram no que eles disseram?

— Adrien e eu também ouvimos esse barulho da pessoa se afogando, depois do jantar quando voltamos para cá.

— Ah, pelo amor de Deus… - Alya disse levantando os braços. - Isso só pode ter sido coisa de… - Antes de Alya acabar de falar ouvimos um grito vindo perto de onde ficava os vestiários. Nós nos olhamos e fomos correndo ver o que tinha acontecido. Quando chegamos aos vestiários vimos nossos colegas de sala junto com alguns outros alunos, e parecia ter alguém sentado em um dos degraus das escadas.

— O que aconteceu? - Alya perguntou Rose.

— Nos ouvimos um grito e viemos ver o que aconteceu, quando chegamos aqui ela estava sentada desse mesmo jeito, ate agora ela não nos disse o que aconteceu. - Então Alya, Nino, Mari e eu passamos por algumas pessoas e fomos ver a garota, ela estava sentada no degrau olhando para o chão, ela estava pálida e com uma expressão de medo. Então um garoto abaixou na sua frente.

— Eloise, o que aconteceu? - Ela olhou para ele

— E-eu estava no banheiro, então ouvi vozes e perguntei se tinha alguém, então ficou em silêncio, eu sai do banheiro e fui lavar as minhas mãos, então eu ouvi um barulho do lado de fora, um barulho estranho de água, ou alguma coisa assim, quando eu sai do banheiro, vi uma mulher, ela estava com uma roupa branca e parecia esta molhada, assim como os seus cabelos, e tinha algumas manchas vermelhas em sua roupa e corpo. - Todos estavam em silêncio ouvindo o que a menina estava dizendo, nesse momento eu olhei para os meus colegas de sala, todos estavam bem assustados, assim como os outros alunos de outras salas. A menina abraçou o seu amigo e ficou chorando, então ele pegou ela e a levou para a barraca.

Alya, Nino, Mari e eu, assim como nossos colegas de sala, fomos para onde Juleka estava. Quando chegamos lá, ela estava sentada ouvindo música no celular e Chloé e Sabrina estavam sentadas conversando.

— Juleka, diga a verdade, aquela história, ela e de verdade ou você inventou? - Kim perguntou. Juleka tirou os fones de ouvido e olhou para Kim.

— Já disse que é inventada. - Então ela olhou para nós. - Por que estão com essa cara de espanto?

— Você não ouviu o grito?

— Eu estava com fones. Então foi por isso que vocês sairão correndo? O que aconteceu?

— Acontece, que uma menina viu o seu fantasma inventado, ela estava no banheiro e quando saiu o viu. - Kim disse nervoso. Nesse momento ouvimos um forte barulho e todos gritaram.

— É só um trovão, seus medrosos. - Juleka disse se levantando de onde estava sentada.

— Medrosos? O fantasma da sua história está solto por ai assustando todo mundo, e ele pegou a Alix.

— A menina deve ter ouvido a história e imaginou coisas. E tenho certeza que a Alix deve ter ido dar uma volta sabe se lá onde.

— Não seria melhor procurarmos a Alix? - Max sugeriu. - Se ela estiver mesmo caminhando vamos encontrá-la.

— Grande ideia Max. - Kim colocou a mão no ombro de Max. - Vamos todos juntos, assim não tem perigo de mais ninguém sumir. - Então todos concordaram e fomos procurar por Alix.

Enquanto caminhávamos Mari segurava a minha mão, eu podia sentir ela tremendo.

— Ei, Mari, não precisa ficar com medo, não vai acontecer nada, nos estamos com todos os nossos amigos, nenhum fantasma seria louco de enfrentar tanta gente. - Eu disse rindo.

— Mesmo assim eu… - Antes de Mari acabar de falar foi interrompida por um grito de Kim.

— Max! Pessoal, o Max sumiu! - Nesse momento todos se apavoraram. - Meu Deus, por que os fantasmas sempre levam os bons?! Por que não levam a Chloé? - Kim disse gritando.

— O que?! - Chloé olhou para Kim e bateu o pé no chão. Ate que não séria má ideia o fantasma levar a Chloé. - Escuta aqui seu…

— Já chega! - Todos se assustaram e olharam para Rose, nunca tínhamos visto ela se exaltar – Parem com isso, temos que procurar nossos amigos! - Nós ficamos calados, apenas concordamos com a cabeça e voltamos a procurar por Alix e agora por Max.

Passaram alguns minutos que estávamos procurando por Alix e Max, nós já estávamos cansados de andar e estava começando a chover, então do nada começa a tocar a música do Illuminati, todos nos olhamos para Nino.

— O que? É só a trilha sonora da nossa missão. - Alya pegou o celular de Nino e desligou a música.

— Quer que o fantasma nos escute? - Ela disse com a voz baixa.

— Por que está cochichando, o fantasma já deve te achado a gente, depois que seu namorado idiota colocou a música. - Kim disse com o tom de voz normal.

— Eii! - Nino e Alya falaram juntos.

— Só vocês mesmo. - Juleka disse se sentando em uma pedra. - Já disse que não tem fantasma.

— É claro que tem! - Kim disse. - Como você explica o sumiço do Max?

— Ele deve ter se perdido da gente. - Juleka disse.

— Você é a única que não está acreditando que nossos amigos foram sequestrados pelo fantasma da sua história. - Kim disse alterando o tom de voz.

— Eu não estou acreditando simplesmente por que eu inventei essa história. Esse fantasma não existe. - Enquanto eles discutiam a chuva começou a ficar mais forte.

— Acho melhor voltarmos para o acampamento, a chuva está ficando forte e os professores já devem ter voltado. - Marinette disse enquanto colocava o capuz de sua blusa para não se molhar.

— Eu também acho. - Alya disse.

— Mas e os nossos amigos. - Kim disse colocando a mão na cabeça.

— Vamos voltar pro acampamento e chamar a polícia. - O tomatinho disse.

— A grande ideia, vamos ligar para a polícia e falar o que? “Olá senhor policial, nossos amigos foram sequestrados por um fantasma que saiu da história da nossa amiga, teria como mandar ajuda? “ - Eu disse com a voz sarcástica e o tomatinho fechou a cara.

— Adrien está certo, os policiais não iram acreditar. - Mylene disse.

— Então o que vamos fazer? - Rose disse indo para perto da Mari. - Mari, você é a líder de turma, você deve nos dizer o que fazer.

— Eu?! - Mari olhou para nossos colegas de sala e depois voltou a olhar para Rose. - Ah, bem... acho que devemos voltar para o acampamento, a chuva está ficando forte, pode ser perigoso ficar andando por ai. Nós devemos voltar e falar com os professores. - Então todos concordaram e nós voltamos para o acampamento.

Quando chegamos ao acampamento já eram umas oito e quarenta da noite, todos os outros alunos já estavam em suas barracas por causa da chuva, nos procuramos os professores e eles ainda não haviam voltado, então nós resolvemos ficar no refeitório. Onde ficavam as mesas era aberto, então dava pra ter uma visão completa do acampamento.

— Por que temos que ficar aqui? - Chloé perguntou nervosa.

— Porque assim ficaremos juntos e assim ninguém some. Mas se você quiser sair, tudo bem, melhor pra nós. - Alya disse e Chloé ficou em silêncio.

Passaram poucos minutos e a chuva começou a ficar mais forte e o frio aumentar, Chloé, Sabrina e Rose, ficaram sentadas nos bancos, o resto de nos estávamos sentados no chão já que os bancos da frente estavam molhados por causa da chuva de vento.

— A gente deveria ter ido para as barracas. - Alya disse tremendo de frio.

— Eu também acho, eu estou morrendo de frio. - Nino disse enquanto abraçava Alya. Eu olhei para Mari e ela estava tremendo e abraçada ao seu corpo.

— Está com frio? - Eu perguntei a Mari.

— Sim. - Eu a abracei e ela deitou sua cabeça em meu peito.

— Melhor? - Ela concordou com a cabeça. Passaram-se algumas horas e a chuva ainda caia forte, todos estavam cansados, assim como eu. Alguns começaram a dormir, só ficaram acordados: Juleka, Kim, Sabrina, Mari e eu.

— Adrien, que horas são? - Mari perguntou. Eu peguei o meu celular e olhei as horas.

— Uma e quarenta e três.

— Por que será que os professores ainda não chegaram? - Ela perguntou levantando a cabeça e ficando sentada do meu lado me olhando, eu continuei segurando sua cintura com a minha mão esquerda. - Será que eles também foram pegos? - Ela ficou me olhando, dava para ver que ela estava assustada.

— Eles devem ter ficados presos na cidade por causa da chuva, por isso ainda não voltaram. - Eu coloquei a minha mão direita em seu roto. - E não precisa ficar com medo, não vai acontecer nada.

— Mas a Alix e o Max desapareceram.

— Eu sei, mas tenho certeza que eles estão bem, devem está em algum lugar esperando a chuva passar. - Eu não tinha muita certeza disso, mas não podia falar isso com a Mari, ela precisava se sentir segura. - Você parece cansada, por que não dorme?

— Acho melhor eu ficar acordada.

— Ei, não precisa ficar com medo, eu estou aqui com você, eu não vou deixar nada acontecer com você, eu prometo. - Eu sorri e fiz carinho em sua bochecha. - Eu vou ficar acordado enquanto você dorme.

— Está bem. - Eu sorri e a puxei para perto de mim, eu deitei um pouco o meu corpo para que ela ficasse confortável, ela deitou a sua cabeça em meu peito e eu a abracei. Ela estava mesmo cansada, porque ela dormiu super rápido.

Passaram se alguns minutos e a chuva finalmente parou. Kim se levantou e foi para perto das escadas do refeitório.

— Agora que a chuva parou, podíamos ir dar mais uma olhada pra ver se achamos Max e Alix.

— Acho que não é uma boa ideia, melhor ficarmos aqui e esperarmos os professores. - Ivan disse se levantado de onde estava sentado e indo para perto de Kim, então nós ouvimos uma batida na mesa, era Chloé, ela estava olhando para mim e Mari.

— O que ela está fazendo! - Eu senti Mari se mexendo, ela levantou a cabeça e olhou para mim.

— O que foi?

— Nada, pode voltar a dormir. - Eu dei um beijo na ponta do seu nariz, ela sorriu, quando ela estava abaixando a cabeça eu olhei para Chloé ela estava vindo em nossa direção.

— Marinette -

Eu acordei com algumas vozes, pude ver que era de Kim e Ivan, eu continuei deitada no colo do Adrien, eu ainda estava com sono, e estava bom ficar daquele jeito com Adrien, ele estava quente. Então eu ouvi uma batida na mesa.

— O que ela está fazendo! - Era a voz da Chloé, será que ela estava falando de mim? Então eu virei um pouco meu corpo e levantei a cabeça para olhar para Adrien.

— O que foi?

— Nada, pode voltar a dormir. - Ele me deu um beijo na ponta do meu nariz, eu sorri e então voltei a me deitar em seu peito, foi então que ouvi passos vindo em nossa direção.

— Sai de cima dele, sua vadia. - Era a Chloé, eu senti o Adrien segurar os meus braços como se estivesse me puxando, quando eu me virei vim Kim e Ivan entrando na nossa frente, nos separando da Chloé.

— Melhor nem tentar nada Chloé. - Kim disse cruzando os braços.

— Mari, levanta. - Adrien disse enquanto me ajuda a levantar.

— Nos já estamos cansados de ver você maltratar a Marinette. - Ivan disse. Então eu vi os meus outros colegas de sala levantarem, e virem em nossa direção.

— Mas essa vadia estava dando em cima do meu Adrien.

— A única vadia aqui é você Chloé, e eu não estou dando em cima de ninguém. - Eu disse nervosa, não estava mais aguentando nem ouvi a voz dela.

— Eu vi quando você beijou ele.

— A Marinette não me beijou, Chloé, eu beijei a Marinette.

— Não precisa mentir, Adrien querido, eu sei que ela está te ameaçando.

— Chloé, ou você é burra ou se faz de burra. - Alya disse vindo para o meu lado com Nino.

— Por que você não vai cuidar da sua vida, Chloé? - Nino disse cruzando os braços.

— E vocês que deveriam estar cuidado da vida de vocês, o meu assunto e com a pé rapado da Marinette, parem de se intrometer.

— A Marinette é nossa amiga, vamos nos intrometer sim! - Rose disse.

— Vocês são uns idiotas, não estão vendo que ela está se fazendo de vítima?! - Chloé disse apontando para mim.

— Cala essa boca, Chloé, ninguém aguenta mais nem ouvir a sua voz. - Alya disse.

— A única aqui que se faz de vítima é você, e ainda fica fingindo um falso choro imitando o Papai Noel. - Kim disse rindo e imitando o choro da Clhoé, todos nos rimos.

— O meu pai vai ficar sabendo disso. - Chloé disse batendo o pé.

— Está bem Draco Malfoy, fale o que quiser com o seu pai, ninguém liga. - Eu disse e todos riram.

— Cale a boca sua… - Chloe foi interrompida por um barulho estranho vindo de fora do refeitório, era um barulho de alguém se afogando.

— Adrien -

Todos olhamos para a porta, e o que vimos foi a mulher da história da Juleka.

— Ta legal, agora eu acredito que é ela e real. - Juleka disse se afastando de perto da entrada do refeitório. Eu senti a Marinette segurar o meu braço com as duas mãos, eu olhei para ela e ela estava me olhando assustada, eu a abracei e fui me afastando com ela.

— O-o que v-você quer? - Kim perguntou ao fantasma.

— Ta maluco, cara? Não fala com essa coisa. - Nino disse baixinho. Então o fantasma apontou para alguém, nos olhamos para onde ela estava apontando e vimos que era na direção em que Chloé estava.

— S-sabrina? É-é Ela q-q-que você q-quer? - Clhoé apontou para Sabrina. O fantasma negou com a cabeça e apontou novamente para Chloé.

— V-você quer a C-chloé? - Kim disse apontando para Chloé. O fantasma confirmou com a cabeça.

— O que? Como assim eu não… - Antes dela acabar de falar Kim e os outros rapazes a interromperam.

— Cala a boca Chloé! - Kim disse enquanto pegava ela com os outros rapazes e a levavam ate o fantasma.

— Vocês não podem fazer isso, me soltem! - Chloé gritava e se debatia, então os meninos a entregaram para o fantasma e se afastaram.

— O-o que você q-quer d-de mim?