Aprendendo escrita por Laila


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Beta na área!! Eu criei a Bella e a tenente, mas também sou ameaçada por ela. Pode isso, produção? Estou amando ver as reações de vocês. Capítulo de hoje promete momentos fofos e divertidos. Nessie é doida e disso já sabemos. Vamos apenas confirmar. COMENTEM!!



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Bella tentou novamente ligar pra o marido, mas sua chamada foi recusada outra vez.

Ela respirou fundo e escreveu uma mensagem pra ele: “Quanto mais você se nega a falar comigo, com mais raiva eu fico”. No mesmo instante Edward visualizou e sem esperar resposta ela voltou a ligar.

— O que aconteceu? — Ele perguntou se fazendo de inocente. Sabia que ela estava furiosa com ele.

— Que história é essa de levar o Yudi pra essa entrevista estúpida? — Bella praticamente rosnou a pergunta.

— Bella, foi apenas uma entrevista. —  Tentou explicar calmamente. —  Não teve nada demais. — Acrescentou, passando as mãos no cabelo,  irritado.

— De quem foi a ideia? — Ela questionou.  

— Minha, Isabella. — Respondeu, suspirando.

— Mentira. — Retrucou, ainda mais irritada.

— Se você já sabe a resposta. por que você pergunta? — Questionou frustrado. Claro que a ideia havia sido de Carlisle e Bella sabia disso

— Pra ver a sua cara de pau! —  Ralhou com o marido. —  Olha, Edward, você não vai usar o meu filh... — Ela foi interrompida pelo marido.

— Ela não é seu filho! — Cuspiu as palavras, deixando a morena ainda mais irritada.

— Ele é meu filho, sim! Eu cuidei e cuido mais dele do que você e aquela desgraçada juntos! — Vociferou cada palavra, fazendo com que ele estremecesse ao telefone. — Tudo que vocês sabem fazer é maltratar o pobre menino! — Acrescentou completamente enfurecida. Como ele ousava dizer que ela não era mãe do menino? Era necessário muito mais do que botar uma criança no mundo para ser considerada mãe dela.

— Escute, Isabella... — Tentou argumentar, mas ela o interrompeu aos gritos.

— Cale essa maldita boca, que eu não terminei! — Ralhou, fazendo com que Edward se calasse novamente. — Vocês são dois merdas, que nem deviam ser pais! Não deviam nem ser gente!

Edward estava farto de ouvir os gritos e sermões, decidiu revidar.

— Você fala como se fosse uma santa! — Grunhiu, tentando atingi-la onde sabia que doía. — Se não tivesse feito tantos abortos, poderia ter seus próprios filhos! — Acrescentou, fazendo com que Bella perdesse toda a paciência e tranqüilidade que lhe restara.

— Cala a porra dessa boca! Você não sabe da minha vida! — Vociferou, completamente transtornada.

— Eu sei muito da sua vida, Isabella! Muito mais do que imagina! — Rosnou, com a raiva transbordando em cada palavra.

— Você só sabe o que lhe convém, Edward! — Retrucou com a voz tingida de raiva e amargura. — E se eu fiz tantos abortos, foi para não fazer a merda que você e aquela piranha fizeram! Por que eu colocaria uma criança no mundo para ficar sofrendo? — Questionou, sem realmente esperar uma resposta.

— Bella, eu não vou discutir com você! — Respondeu procurando se acalmar.

— Eu só vou te avisar uma coisa, Edward. E não pense que me conhece, porque não conhece. —  O ameaçou. Ela era a única que ousava fazer isso. —  Não mete o Yudi nesse seu teatro! —  Rosnou.

Edward estava com o telefone, mas caminhava de um lado ao outro, apenas ouvindo.

— Ele é uma criança! Não tente comprá-lo, porque é isso que você faz pra ter atenção das pessoas, você as compra! — Acrescentou, rosnando as palavras. — Seu pai é um filho da puta que faz qualquer coisa pra subir na política, porque o dinheiro e o poder são mais importantes que a própria família!

—  Você não vai... —  Começou a falar, mas ela voltou a interrompe-lo.

— Não vou o que? É a verdade e você sabe! Ele arriscaria perder a mulher e o filho por causa dessa merda! — Respondeu, tentando se acalmar. — Agora, preste muita atenção, Edward. Se você quiser ser igual a ele, seja! Mas os meus filhos não vão se tornar uma cópia sua, porque você é carente, Edward! Carente de atenção! —  A essa altura, ele estava completamente chocado para retrucar e ela continuava o ofendendo. — Você sente necessidade de ser o centro das atenções sempre! De ser o melhor, e isso é só um reflexo da sua infância torta. O seu pai estragou você e você e quer fazer a mesma coisa com o seu filho.

Edward mantinha o telefone pressionado contra o ouvido. Sua mão o segurava com força e sua garganta estava fechada com as palavras que ouvia. Mas Bella não tinha intenção de parar. Não até que ele ouvisse cada palavra que ela tinha a dizer.

 — Mas eu quero que ouça muito bem minhas palavras, senhor Primeiro ministro. Você pode ser uma cópia perfeita do seu pai, mas eu não sou e nem nunca serei como sua mãe! Eu não vou aceitar isso!

  Bella se calou e logo escutou o barulho da ligação sendo finalizada. Edward tinha desligado na cara dela, mas ela se sentia aliviada por falar a verdade pra ele. Porque era disso que ele precisava ouvir.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

    Dentro da mansão Cullen, Renesmee corria atrás de uma Emille completamente sem roupa. A criança gargalhava da cara da babá, até se bater em algum coisa e ir ao chão.

— Olha por onde anda, garota — A loira ralhou e Emille franziu o cenho.

— Essa casa é minha! — Ela disse de nariz empinado. A mulher se abaixou até a sua altura e segurou o braço da criança, com raiva no olhar.  

— Você é tão ousada quanto a sua mãe! Eu sou prima do seu pai e ele vai ficar muito bravo quando souber que você falou assim comigo. Aposto que ele vai te dar umas palmadas — Ela ameaçou, com um sorriso diabólico nos lábios.

— Meu pai não me bate, sua louca! — A menina disse se sacudindo, tentando se livrar das garras da mulher.

— Ei, solta a garota! — Nessie mandou, se aproximando.

— Quem você pensa que é, serviçal? — Kate, que agora Nessie sabia quem era, perguntou em tom debochado.

— Não sou sua serviçal! Não é você que paga o meu salário e quem paga, vai ficar muito brava quando descobrir que você estava botando medo na filha dela. Sua amarela! — Disse, cruzando os braços e levantando o rosto. Nessie não baixava a cabeça para ninguém. Kate fez menção de falar alguma coisa, mas a voz de Edward a interrompeu.

— Vamos, já estou pronto! — Edward apareceu mexendo nas mangas de sua camisa.

— Vamos, Ed — Kate respondeu, sorrindo e Nessie revirou os olhos.

— Não vou jantar aqui. Se certifique que eles comam. — Edward ordenou e se abaixou até a filha. — O papai vai jantar com as primas dele, mas volta logo. Coma direitinho e vai se vestir, você não pode ficar com a borboletinha de fora. — Mandou, vendo a pequena assentir e beijou a testa dela saindo.

 Kate esperou Edward passar pra mandar um olhar felino para as duas. Nessie mostrou o dedo do meio pra ela, enquanto Emille mostrava a língua.

— Vadia! — A babá ralhou quando eles saíram.

— É! Valdia! — Emille imitou, com sua mãozinha na cintura.

— Garota, você não pode falar isso! Se a sua mãe escuta, ela me mata! — Disse arrastando a menina para o quarto.

 ~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

   Bella ainda estava chateada com o marido. Sabia que tinha falo coisas que machucavam, mas ele também tinha falo a ela.

Não gostava de ficar relembrando dos abortos que tinha feito e Edward não tinha o direito de lembrá-la. Bufou irritada se levantando da cama e foi para o banheiro se despindo, entrou embaixo do chuveiro sentindo a água quente tocar suas costas.

   Não via a hora de voltar pra casa. Passou aqueles dois dias desenhando as jóias da nova coleção e tendo reuniões com os fornecedores. Estava exausta e encostou sua cabeça na cerâmica fria da parede, se lembrando novamente da discussão com Edward.

Suas mãos foram até seu estômago, tocando a pequena e quase imperceptível marca, que havia ali, em seu baixo ventre.

 Ah se ele soubesse o verdadeiro motivo dela não poder ter filhos...

~*~*~*~*~*~*~*~*~*

   O restante da noite passou rápido. Nessie estava jogada no sofá com uma vasilha de pipoca na mão e assistia um filme na televisão de setenta polegadas, que tinha na sala da casa. Ela ignorava os dedos de Emille que a cutucavam a toda hora.

Por um instante desviou o olhar para Kody que estava de quatro, tentando se manter firme e logo começaria a engatinhar. Ele tentava se esticar para pegar um urso, que estava a sua frente. Assim que levantou o braço, o bebê caiu com o rosto no chão e o choro tomou conta da casa, fazendo com que Nessie corresse, o segurando.

— Vou tonta tudo pra mamãe! — Emille falou rindo e a babá estreitou os olhos pra ela.

— Fica quieta pestinha! — Mandou balançando o garoto que gritava. Logo Yudi apareceu correndo com uma arminha nas mãos e apontou pra irmã, atirando. Uma peça de borracha saiu da arminha, pegando diretamente na perna de Emille, que gritou, assustando ainda mais Kody. — Para com isso pirralho! — Nessie gritou para Yudi, mas a menina já tinha descido do sofá e corria atrás do irmão gritando, fazendo Nessie revirar os lhos — Que inferno, senhor!

— O que está acontecendo aqui? — Edward perguntou, assim que passou pela porta e viu aquela confusão. — O que eles fazem acordados sua maluca? São 02:00 da manhã! — Ele parecia realmente bravo e atrás dele estavam as duas loiras aguadas, observando e rindo da situação. — Por que ele está chorando assim?

 Edward foi até ela pegando Kody e o embalando nos braços, quando percebeu porque o filho chorava tanto.

 — Você machucou a boca dele?  — Questionou, ainda mais irritado.

— Meu Deus! Quantas perguntas — Nessie levou a mão a cabeça — Para com isso! — Ela gritou para Emille  e assim que a garota passou por ela, a segurou impedindo que corresse. Yudi se jogou no sofá rindo — Olha, eles não queriam dormir e o Kody ele se esticou pra pegar um brinquedo e acabou caindo e batendo à boca.— Explicou, tomando fôlego. Nunca imaginou que pudesse ser tão difícil cuidar de três pirralhos.

— Você deu doce a eles? — Edward tinha escutado em algum lugar, que crianças ficavam agitadas com doces e os dois maiores pareciam ligados no 220v.

— Talvez um pouco — Murmurou, suspendendo os ombros e o patrão revirou os olhos. Onde diabos, Bella havia encontrado essa garota?

— Trate de fazê-los dormir! Eles têm escola amanhã. Vou levar o Kody pra dormir comigo esta noite. — Disse, ainda embalando o menino nos braços.

— Ed, nós não íamos beber um pouco e jogar conversa fora? — Irina questionou manhosa.

— Valdia — Emille chamou e Nessie tampou a boca dela, a encarando de olhos arregalados. Por sorte, o choro de Kody não deixou Edward escutar as palavras que a diabinha havia dito.  

— Não vai dar, Irina, Vamos deixar para amanhã. — Respondeu, fazendo Kate bufar.

— Mas, Ed... — Começou a questionar, mas ele as interrompeu gentilmente.  

— Sinto muito meninas, mas preciso olhar o meu filho agora. — Disse, subindo as escadas.

 Nessie pigarreou alto rindo e as duas a encararam com raiva estampada nos olhos.

— Vamos garoto, hora de dormir — Nessie disse, chamando Yudi que passou em sua frente correndo, enquanto Emille olhava feio para as duas.

Ao olhar a expressão que Emille carregava nos olhos, Nessie só conseguia pensar no quanto aquela garota era parecida com Bella e com ela mesma.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

    Edward balançava o pequeno Kody, que agora só soluçava baixinho. Cheirou o cabelo do pequeno, que estava com a cabeça em seu ombro e sentiu aquele cheirinho de bebê. Sua mão segurava a mãozinha do pequeno, beijando seus dedinhos gorduchos.

Rapidamente, pegou seu celular e ligou para Bella. Sabia que era tarde e provavelmente ela estaria dormindo, mas para sua surpresa ela atendeu no segundo toque.

— Oi. — Ela disse, sem emoção na voz.

— Onde você está? — Perguntou, ignorando seu tom frio.

— No hotel. — Respondeu, suspirando. — Aconteceu alguma coisa?

— Nada demais. — Retrucou sarcasticamente. — Só a sua babá, que deixou as crianças até agora acordadas, correndo de um lado a outro e deixou o Kody cair e bater a boca no chão. —  Acrescentou. — Agora estou aqui tentando fazê-lo dormir!

— Não acredito! Me atende no notebook. — Pediu e desligou.

 Edward se sentou em frente a mesa e abriu o notebook vendo o Skype tocar com o nome da mulher aparecendo. Logo ele atendeu e o rosto dela apareceu

 — Oi meu bebê! — Ela falou para o menino, que assim que escutou a voz da mãe, suspendeu o rosto e olhou pra tela do computador, sorrindo,  fazendo com que Bella sentisse os olhos cheios de lágrimas.

— Você está chorando? — Edward perguntou surpreso.

Nesses seis meses de casamento, ela nunca tinha chorado ou nem ao menos se emocionado uma única vez. Era sempre uma pedra de gelo.

— Não. — Ela foi curta e grossa

— Está sim. — Retrucou a observando. — Não é feio chorar, Bella. Não vou te achar fraca por isso. — Explicou com um sorriso sincero. — Apenas fiquei surpreso. — Falou a encarando e Kody voltou a encostar a cabeça no ombro do pai.

— Eu só estou com saudades. — Admitiu suspirando.

— Das crianças? — Questionou com uma expressão triste e Bella sentiu vontade de rir da pergunta dele. Mas não fez.

— De você também — Respondeu honestamente e ele sorriu como uma criança.

— Eu também estou com saudades. E tenho certeza que as crianças também! — Afirmou sorrindo e embalando Kody nos braços. — Você já sabe quando vem? — Questionou, fazendo o sorriso de Bella desaparecer e dar lugar a um sussurro cansado.

— Tenho uma reunião no sábado pela manhã e só chego aí de tarde, quase a noite. — Contou e Edward fechou a cara na mesma hora.

— Você está lembrada que domingo é o meu aniversário, não está? — Perguntou, com uma carranca, fazendo Bella revirar os olhos.

— Claro que estou Edward! — Exclamou cansada daquela discussão.

— Era pra você está aqui! — Respondeu, fazendo birra.

— Eu estarei aí. — Indagou tranquilamente.  

— Você vai chegar quase no dia do aniversário, Bella! Você deveria está aqui a semana toda, ajudando a minha mãe a arrumar a festa! — Ralhou irritado.

— Eu estou a ajudando, Edward! A distância, mas estou. — Ela não sabia se sentia-se irritada pela cobrança ou se sentia pena, por ver o quanto de atenção, seu marido queria.

— Disse a minha mãe que não quero repórteres? — Questionou, ainda com a cara fechada.

— Sim, eu disse. Embora não entenda porque de você não querer.

— Porque eu não quero! Passei a minha vida toda tendo aniversários cercados por repórteres, que me perseguiam a todo instante. Eu nunca podia ser eu mesmo, porque ficava com medo. Na verdade eu nem queria aniversário. Estou aceitando isso, só por causa de Esme! — Reclamou e Bella assentiu. Ela ficou calada por alguns segundos e voltou a encara-lo.

— Onde você estava? — Questionou vendo a roupa do marido.

— Fui jantar com meu pais, Kate e Irina. — Respondeu e  Bella revirou os olhos, bufando.

— Você sabe que não gosto de suas primas! —Ralhou irritada, cruzando os braços.

— Eu sei, mas meu pai disse que elas fizeram questão de ficar aqui. Você sabe que eu não podia dizer não. Isso seria falta de educação e no fim elas são minha família. — Respondeu suspirando.

— Família não transa com a família!  — Acusou, voltando a ficar irritada.

— Bella! — Exclamou, ele já tinha transado com elas, uma única vez em que estava bêbado, eles fizeram um ménage. Na época ele era bem mais jovem e irresponsável e aquilo não se repetiria, mas Bella não tinha como ter essa certeza.

—  Nós já conversamos sobre isso! —  Ralhou, tentando manter a voz baixa, para não acordar Kody. — Não quero elas aí! Principalmente sem estar por perto. Se mantenha longe delas, Edward. — Ordenou e ele revirou os olhos. —  Estou avisando! — Ameaçou.

— Está com ciúmes, Isabella Cullen? — Provocou, com seu sorriso torto.

— Não. — Respondeu monossílaba — Como está a Emille e o Yudi? — Era claro que ela sabia como as crianças estavam, mas além de querer mudar de assunto, também queria escutar da boca do marido.

— A Emille está infernizando um pouco a vida da babá e o Yudi eu creio  que esteja bem. Pelo menos mais cedo ele parecia bem e estava correndo pela casa. — Ele deu de ombros ajeitando Kody que aquela altura já tinha pegado no sono.

— Você não o destratou, não é? — Edward revirou os olhos, respondendo.

— Não, Bella — Afirmou

— Tudo bem. Melhor ir colocar o Kody para dormir. E vou dormir também. — Disse, encerrando a conversa.

— Você tem certeza que não tem como vir antes? — Voltou a perguntar e ela sorriu fraco, com a insistência dele. Ele a olhava com cara de cachorro que caiu da mudança e aquilo apertava seu coração.

— Eu juro que vou tentar, pode ser? — Disse, tentando argumentar com ele.

— Tudo bem. Boa noite, beijos.

— Beijos.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

   Edward estava no meio de uma reunião com mais alguns ministros. Ele batia o pé no chão, completamente entediado.

Estava a mais de uma hora lá dentro só escutando eles conversarem bobagens, quando olhou para a porta vendo sua secretária entrar.

— Com licença, senhores — Pediu e Edward a encarou. — Senhor primeiro-ministro, telefone para o senhor — Avisou o observando.   

— Informe que eu estou em reunião. — Respondeu, mas ela não se moveu.

— É da escola de seus filhos. — Ela sabia que quando fosse algo relacionado a família dele, tinha permissão para repassar as chamadas em qualquer situação.

— Com licença, senhores — Ele pediu e se levantou saindo, assim que chegou em sua sala pegou o telefone — Edward Cullen — Cumprimentou.

— Bom dia senhor, Cullen. Aqui é a diretora da escola dos seus filhos. — A mulher se identificou. —  Tentei falar com a sua mulher, mas ao que parece ela está viajando — Beatriz disparou a falar.

— O que aconteceu? — Edward interrompeu impaciente.

— O pequeno Yudi se envolveu em uma confusão e tomou uma pequena suspensão. Eu sugiro que o senhor venha buscá-lo — Ele passou as mãos no rosto impaciente, fechando os olhos.  

— Que tipo de confusão? — Perguntou, curioso.

— Uma briga, senhor. Estarei aguardando a sua presença para que possamos esclarecer tudo isso. — Declarou suspirando. — Até logo, senhor Cullen. — Ela desligou e ele bufou levando o telefone ao gancho. Rapidamente se levantou saindo de sua sala.

— Avise que não voltarei a reunião. Estou saindo e voltarei a tarde. — Avisou a secretaria e saiu entrando no elevador.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

   Ele adentrou a escola pisando fundo. Era só o que lhe faltava. Precisar sair de uma reunião importante, por causa de uma confusão daquele garoto. Estava muito irritado e sabia que precisava se acalma. Havia prometido a Bella, que teria paciência com o menino. Ele respirou fundo e abriu à porta que dava acesso a sala da diretora.

— Bom dia. — Cumprimentou, ao notar que dentro da sala havia um casal e junto a eles, um garoto aparentemente mais velho que Yudi. Atrás de uma enorme mesa, uma mulher que supôs ser a diretora, o observava atentamente. E por último, um Yudi chorando, no canto da sala encolhido.

— Bom dia — Os outros devolveram o cumprimento, mas a mulher, quem Edward supôs ser a mãe do outro menino, o olhou com desprezo.

— Que bom que o senhor chegou. — A diretora falou e Edward gostava cada vez menos daquela situação.

— Você pode me explicar o que aconteceu? — Ele pediu calmamente, se sentando.

— Ao que parece, o seu filho agrediu um outro aluno no horário de intervalo, senhor Cullen. —  A mulher começou a explicar e Edward olhou para o menino, que mantinha os olhos baixos. — Nós não admitimos agressão de nenhuma forma aqui.— A mulher dizia, Edward enfiou as mãos no bolso relaxando a postura, encarou o casal e o menino, que  tinha o rosto vermelho e a boca um pouco cortada no canto.

— Seu filho não tem educação, senhor Cullen! — A mulher, mãe do garoto gritou. Ele pensou no que aconteceria se Bella estivesse ali.

 Com certeza sua mulher faria um barraco com ela e a daria uma resposta altura.

— Venha aqui.— Edward chamou Yudi que desceu da cadeira onde estava e foi até ele a passos lentos — Por que você bateu nele? — Perguntou a criança, que murmurou uma resposta.

— Ele chamou a mamãe de vadia gostosa. — Yudi contou e Edward trincou os dentes para não xingar aquele pirralho metido a besta que tinha falado da sua mulher.

— Isso é um absurdo, diretora! — A mulher gritou, fazendo com que Yudi se assustasse e com um passo para trás, batesse nas pernas do pai. — Meu filho nem sabe o que isso significa. É apenas um menino. Uma criança.

— Não vamos nos exaltar! Por favor!— A diretora pediu, mas Edward a interrompeu.

— Quantos anos o garoto tem? — Edward questionou respirando fundo.

— Sete anos. — A diretora respondeu, cruzando as mãos.

— Eu com sete anos, sabia muito bem o significado de “ Vadia gostosa”, e ao que parece o sem educação aqui é o seu filho senhora! E eu espero que todos os dois tenham levado uma punição igual — Ele olhou para a diretora que fugiu do seu olhar.

— O meu filho não tem o porquê levar uma suspensão. Afinal foi o seu que o atacou e o esmurrou. — A mulher lamentou, apontando para o próprio filho. — Veja só a situação do meu bebê! — Ela choramingou e Edward sentiu vontade de revirar os olhos.

— Então o meu filho também não tem o porque de levar uma suspensão!  Já que se o seu filho não tivesse xingado a minha mulher, ele não teria o batido. — Comentou voltando a se irritar. Ao olhou para cara do pai do garoto, notou que o homem não tinha aberto a boca para falar nada. Era apenas um expectador.

— Isso é ridículo! — A mulher resmungou, abraçando o filho.

— Ridículo é eu pagar caro por uma escola, pra os alunos estarem ofendendo a minha mulher! — Ralhou nervoso e a diretora se mexeu desconfortavelmente em sua cadeira. — E eu espero que isso não volte a se repetir, ou meus filhos mudaram de escola no mesmo dia! — Ameaçou e a diretora arregalou os olhos com a possibilidade.

— Os dois terão punições iguais e isso não voltará a se repetir, eu garanto. Preciso que vocês assinem aqui. — Ela entregou uma folha a ele, que logo assinou e devolveu. — Eles estarão suspensos pelo resto da manhã, mas na segunda podem retornar normalmente a suas atividades. — Explicou e ele bufou irritado, tocando as costas do filho e se levantando. Ao toca-lo, pôde sentir o menino estremecer, mas ignorou aquilo.

— Onde estão suas coisas? — Perguntou e Yudi apontou para uma bolsa de carros no canto da sala, junto a uma lancheira do mesmo tema. Edward foi lá, pegando a bolsa e entregou a mochila ao garoto. — Vamos — Chamou e saiu sem se despedir.

 Yudi seguia ainda amedrontado, na frente do pai. Tinha medo do que o pai ia fazer com ele, agora que sua mãe não estava lá para defende-lo. Ele entrou no carro batendo à porta e Edward fez o mesmo, se posicionando a frente do volante.

— Você vai me bater? — Edward pôde ouvir a voz baixa da criança soar dentro do carro.

— Não, você fez bem. —  Respondeu, o observando pelo retrovisor. — Não deve deixar que ninguém fale da sua mãe ou da sua irmã. Você é um homem e tem que protege-las. — Dizia, prestando atenção na estrada.

— Ele chamou a mamãe de vadia gostosa, aí fui lá e soquei a boca dele, pra ele nunca mais falar isso! — Yudi explicou, fazendo o movimento com a mão.

— Era pra você ter socado mais a cara dele. Que garoto estúpido! — Edward sabia que Bella o mataria se o ouvisse dizendo isso ao garoto. — Não conte a sua mãe que eu lhe disse isso. Se ela souber, vai ficar furiosa comigo! — Explicou ao menino.

— É um segredo? — Yudi perguntou hesitante.

— Sim. — Ele afirmou e o menino pareceu pensar em algo.

— Tudo bem. — Yudi concordou, sorrindo e se encostando na cadeirinha. — Da próxima eu bato nele até ele sangrar. — Acrescentou, olhando para o pai.

— Você não pode bater nele mais! — O censurou. — Se fosse a sua mãe que tivesse vindo até aqui, ela estaria pirada com você! — Declarou, fazendo o sorriso do menino morrer.

— Ela vai brigar comigo? — Yudi perguntou, sentindo medo por um instante.

— Não, eu vou dizer a ela que conversei com você. Mas você tem que confirmar isso, pelo bem de nós dois — Edward explicou, voltando sua atenção para a estrada.

— Ok — Yudi sacudiu a cabeça, enquanto observava aquele que era seu pai.


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Notas finais do capítulo

Então? Edward está amolecendo? Ou foi só a situação? Comentem!!