Pottertale - O Encontro de Dois Mundos escrita por FireboltVioleta


Capítulo 16
Técnicas de Combate




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— Eu realmente não acredito nisso – rosnou Asriel, fazendo Monster Kid rir – o professor Mettatou pirou. Dois pergaminhos sobre o que achamos de mais fabuloso em sua interpretação de Romeu e Julieta. E o cara não pensa na possibilidade de um aluno ter detestado. Não preciso de dois pergaminhos pra escrever “odiei tua aula”.

Frisk ergueu a cabeça, sorrindo torto, ao ouvir uma risadinha fina ecoar ao seu lado.

Asriel pareceu espantado, encarando Chara.

— Qual a graça, Chara?

— Você é a graça – ela replicou, risonha.

Por alguma razão, embora fechasse a cara, Asriel parecia estranhamente satisfeito.

— Chara... – Frisk comentou – alguém descobriu o que roubaram da Caixa de Snowdin?

— Pelo visto, ainda não – a garota deu de ombros – até onde entendi, era informação sigilosa. Provavelmente não querem ter que se envergonhar terem roubado algo da Caixa, bem debaixo do nariz deles.

Interromperam-se quando Papyrus se aproximou. Até o momento, o professor havia separado os alunos em duplas, a fim de que treinassem suas técnicas de combate - e finalmente havia chegado a vez dos garotos.

— Muito bem… - o esqueleto murmurou – vejamos… Frisk… vai ficar comigo. Asriel com Kideon – ouviu-se um guincho coletivo quando ele acrescentou – Chara… fique com Sans;

Chara empalideceu, olhando de esguelha para o colega da Sonserina. Sans lhe devolveu o olhar de modo duro – havia começado a odiar abertamente a garota, desde que havia se tornado amiga de Frisk e Asriel.

Sem coragem de contestar, Chara assentiu, indo até o pequeno revenant. Asriel e Monster Kid se ladearam, enquanto o professor e Frisk se colocavam em posição de duelo.

— Muito bem, Frisk – o professor lhe sorriu – já tem treinado seus poderes? - a menina assentiu – excelente. Me mostre o que já sabe fazer.

Durante seus horários livres, Frisk havia treinado bastante os poderes de sua alma, experimentando novas formas de usá-lo com a varinha, e estava animada para demonstrá-los.

Papyrus exclamou quando a menina girou a varinha, conjurando o extenso escudo vermelho que havia evocado uma vez. Em seguida, fez surgir uma lâmina longa e incorpórea, de igual cor rubra, na ponta da varinha, tornando-a a bainha de uma brilhante espada mágica.

— Wowie! Fantástico! - o professor elogio, dando uma risadinha pretensiosa – mas será que é o suficiente para te proteger?

Enristando sua própria varinha, o professor fez surgir diversos ossos azuis acima de Frisk. A criança manteve-se imóvel, seguindo as instruções dos livros que havia estudado.

— Ataques azuis exigem que o oponente não se mova – ofegou, ainda brandindo suas armas mágicas – certo, professor?

— Sim, Frisk! - exultou Papyrus – dez pontos para a Lufa-Lufa! - acenou com a cabeça – que tal tentarmos ataques sólidos agora?

Dois longos ossos emergiram diante da menina. Frisk usou sua espada para corta-os ao meio, e baixou seu escudo para impedir que as lascas lhe ferissem as pernas.

— Magnífico. Realmente magnífico, Frisk! - elogiou o esqueleto, virando-se para a dupla adiante – como estão indo, garotos?

Frisk sufocou o riso, vendo Kideon estava sentado em cima de Asriel, que mal conseguia balançar seu afiado espadim na direção do amigo.

— Estou bem – bufou o cabrito, apoiando o rosto na mão -acho que fui derrotado aqui, professor – debateu-se no chão – sai de cima de mim, Kid!

— Yo – Monster Kid negou com a cabeça – eu finalmente consegui te derrubar. Só saio daqui quando a aula a aula acabar.

Antes que Frisk pudesse terminar de gargalhar, porém, um grito de dor foi ouvido do outro lado da sala de aula, chamando a atenção de todos.

Horrorizada, focalizou Chara estirada no chão, convulsionando aflitivamente. Prendendo-a contra o mármore, traspassando sua perna, havia um comprido e pontiagudo osso.

Angustiada, cobrindo a boca para reprimir um soluço alto, Chara gemeu, sem coragem de se erguer para vislumbrar o sangue que escorria na perfuração.

Papyrus correu até ela, vendo Sans recuar uns dois passos. O pequeno esqueleto sacudiu o rosto, fazendo a chama brilhante em seu olho direito desaparecer;

— Minha nossa… se acalme, Chara. Vamos tirar esse osso de sua perna.

— Foi sem querer, professor – mentiu Sans, encenando uma expressão arrependida – eu não sabia que isso ia machucá-la. Foi um acidente!

As mãos de Frisk se fecharam em punhos, fazendo suas armas desaparecerem no ar.

O professor não pareceu perceber a falsidade nas desculpas e seu aluno, voltando sua atenção à garota ferida. Contudo, também não aparentou notar a mistura fugaz de angústia e raiva no rosto de Chara.

— Tudo bem, Sans. Eu devia tê-los orientado melhor sobre o treinamento. Por favor, vá chamar a professora Undyne;

Sem hesitar, Sans correu para fora da sala.

Os garotos podiam jurar que ele havia aberto um largo sorriso, antes se desaparecer porta afora.

Com um puxão, Papyrus quebrou a parte de cima do osso, deixando apenas a outra ponta cravada na perna de Chara.

Frisk foi ajudar a amiga a se levantar, segurando-a pelos braços. Sentia-a estremecer dolorosamente, e, mesmo que não pudesse ter certeza, sabia que o HP dela havia diminuído violentamente.

Chara sufocou o choro quando retiraram sua perna do que havia sobrado do osso. Com dificuldade, apoiou-se em Frisk, apoiada em um pé só.

— Não se preocupe – Papyrus a tranquilizou – iremos levá-la à Ala Hospitalar, e curar o ferimento. Fique calma.

Inexpressiva, Chara apenas assentiu, debruçando-se no ombro da amiga.



Mais tarde, Asriel e Frisk haviam ido visitar Chara na enfermaria.

A garota parecia bem melhor agora. A perna havia sido enfaixada, e seu rosto havia recuperado um pouco de rubor.

— E aí? - condoeu-se Frisk – como se sente?

Chara virou-se para ela, torcendo a boca.

— Como me sinto? - grunhiu – enfurecida… - guinchou alto quando contraiu sem querer a perna que se curava – e com dor.

— Aquele saco de ossos nojento! - Asriel vociferou – e ainda teve a cara de pau de dizer que foi um acidente!

— Não se preocupe, Chara – Frisk afagou a mão da amiga – isso não vai ficar assim. Sans não vais e safar dessa. A gente só precisa pensar num jeito de desmascarar o quanto ele é horrível!

Frisk havia se decidido. Havia tolerado Sans até agora, ignorando suas provocações. Mas agora, havia ficado realmente raivosa pelo que ele havia feito com Chara. Assim que possível, se tibesse alguma chance, daria uma lição naquele monstrinho tão cruel.

E em breve, mesmo que não soubesse, teria essa oportunidade.

 

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