Pottertale - O Encontro de Dois Mundos escrita por FireboltVioleta


Capítulo 12
Professor Mettaton




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Frisk estava tão distraída, ainda eufórica pelo que havia acontecido na aula de Estudos das Almas, que mal tinha ideia de qual seria seu próximo horário.

— Aula de Dramaturgia, juntamente da Corvinal – Asriel riu-se, vendo o horário nas mãos de Frisk – com o professor Mettaton.

O jovem cabrito segurou o focinho, gracejando.

— Qual é a graça?

— A graça? -o garoto repetiu – Mettaton é famoso aqui no subterrâneo. É um robô com a alma de uma monstra… foi criado há muito tempo pelos cientistas mágicos, para provar que a alma dos monstros podia sobreviver sem seu corpo original. Acabou virando uma celebridade aqui no subterrâneo, e hoje leciona aqui em Hogwarts. Se prepare para mais de meia hora de narcisismo. O cara casaria com o próprio reflexo se pudesse.

Enquanto caminhavam em direção à sala de aula, quase se chocaram com um monstro fantasma que vinha na direção contrária.

— Oh, céus. Me desculpem! - lamentou-se o fantasma, baixando o olhar.

— Tudo bem – Frisk sortiu.

— Ei. Você é o Napstablook, não é? - Asriel indagou – o fantasma da Lufa-Lufa?

— Oh, sou eu – concordou Napstablook – estou tentando me esconder de Dummy… é o fantasma da Sonserina, e é muito maldoso. Ele andou falando mal dos meus fones.

— Não sei por quê – Frisk comentou, vendo o estiloso adereço que havia ao redor da cabeça do fantasma – eles são bonitos.

— Obrigado – disse o fantasma, timidamente lisonjeado – acho que já vou… não quero atrasar vocês…

Dizendo isso, desapareceu no ar.

— Sujeitinho simpático – a garota disse, rindo.

— É. Mas precisa de um bocado de autoestima, não acha?

Ainda dando risada, Asriel e Frisk prosseguiram até a sala de Dramaturgia. Despedindo-se da garota, Asriel tomou seu próprio rumo, em direção à sua próxima aula, enquanto Frisk adentrava na sala, tomando seu lugar na classe.

— Achei que ia se atrasar de novo – cochichou Doggo, dando espaço para Frisk se sentar.

— Engraçadinho – a criança fingiu aborrecimento, vendo o cãozinho rir.

Logo em seguida, atraindo a atenção de todos os alunos presentes, o professor Mettaton adentrou na

sala de aula.

Asriel não havia exagerado sobre a pomposidade do robô. Mettaton desceu a escadaria com excessivo pavoneamento, arrastando imperiosamente sua longa e brilhosa capa cor-de-rosa nos degraus. Frisk e Doggo se entreolharam, segurando o riso.

Olá, queridos alunos!— arrulhou Mettaton, numa voz afeminada artificial e sedosa – é tão bom ver rostinhos novos na minha classe de Dramaturgia! Espero que adorem aprender sobre a arte do estrelato e do glamour, para se tornarem futuras estrelas e artistas… mesmo que, naturalmente, jamais cheguem aos meus pés – piscou sedutoramente, sempre sorrindo – mas não custa tentar, não é? Sejam bem-vindos, doçuras!

— Esse cara foi um pavão na utra vida. Só pode – Doggo parecia lutar bravamente para não desmaiar de tanto rir.

Bem… vamos precisar de um voluntário para a demonstração de uma cena clássica – disse o professor, engomando distraidamente os cabelos com a varinha – ah…. - apontou na direção de Frisk – a pequena invulgar! Esta já é uma estrela de nascença! Perfeito! Venha para cá, queridinha!

Repentinamente constrangida, Frisk deixou sua banqueta, subindo até o palco da sala e postando-se ao lado de Mettaton.

— Olha. A Frisk foi pro palco – cochichou um dos alunos da Corvinal, um gorducho e peludo cachorro branco.

Muito bem, querida! - Mettaton exultou, satisfeito, entregando-lhe um pergaminho – você fará a narração, e eu representarei a doce e adorável heroína da história!

Frisk ergueu as sobrancelhas, mordendo-se de vontade de perguntar se não eram os alunos que deviam demonstrar as cenas. Mas até então, pelo que podia ver, o professor Mettaton não era um tipo de pessoa previsível – e agradeceu mentalmente por isso.

— “Do topo da torre, olhando para o horizonte, a jovem e bela prisioneira do castelo olhava o vasto horizonte” - leu Frisk.

Antes mesmo que prosseguisse a leitura, porém, Mettaton jogou-se de joelhos dramaticamente, erguendo um dos braços robóticos para o alto. O susto da classe foi tão grande que alguns alunos da Corvinal caíram de suas banquetas.

— Oh… como eu queria estar fora desta torre! Como queria passear entre os campos floridos, livre de minha prisão, expondo ao mundo a beleza que se encontra encarcerada neste lugar! - Mettaton declamou de modo sôfrego.

Até então, o professor havia seguido o roteiro do pergaminho. Porém, daquele ponto em diante, agarota nem sequer conseguiu continuar a leitura, já que o professor começou repentinamente a improvisar.

— Terrível sina a que me aguarda! - continuou dramatizando Mettaton – nunca poderei sentir o doce beijo de um príncipe encantado! Quem me dera encontrar o amor, e me ver bem longe destas paredes que me corroem a alma!

Finalizando sua espalhafatosa cena, o professor despencou no chão, fingindo definhar lentamente, e, por fim, ficando completamente imóvel.

Os estudantes e entreolharam, sem saber o que fazer. Do nada, alguns poucos e risonhos alunos arriscaram bater palmas, fazendo toda a classe lentamente aplaudir á exagerada dramatização do professor.

Mettaton reabriu os olhos, se reerguendo, e puxando Frisk pelos ombros.

Obrigado, queridinhos! Sabiam que iam adorar! — olhou para Frisk, abrindo um largo sorriso – sorria, queridinha! Sorria para seu público!

Embora tivesse feito menos do que nada, Frisk entrou na brincadeira, fazendo uma reverência para os colegas que ainda riam. Agradavelmente confusa, desceu do palco em seguida, retomando sua cadeira, sob os olhares gracejantes dos amigos.

Excelente! Dez pontos para a Lufa-Lufa pelo glamour! — declarou Mettaton – é só isso por hoje, doçuras! Para a próxima aula, tragam um pergaminho sobre os principais atributos que vocês admiram em mim, a principal inspiração de vocês! Estão dispensados!

Frisk e os demais ainda gargalhavam quando deixaram a sala de aula, entreolhando-se humorizadamente.

— Esse professor é doido – comentou Dogão – o ego do tamanho de um rim de baleia… mas gostei dele.

A criança mais que concordava. Para sua surpresa, embora Mettaton se demonstrasse definitivamente egocêntrico e excêntrico, havia achado-o particularmente divertido.

Houve o som de algo se chocando adiante. OS alunos da Lufa-Lufa que ainda estavam no corredor olharam adiante, vendo Undyne se reerguendo do que aparentava ter sido um encontrão no corredor. Abaixo dela, ainda joelhada no chão, recolhendo vários livros, a professora dinossaura que Frisk havia visto na Seleção gaguejava, parecendo evitar olhar para a monstra.

— S-sinto muito, Undyne. N-não olhei por onde andava.

Undyne abriu um sorriso exasperado, erguendo as mãos para ela.

— Não diga bobagem, Alphys. Anda… me deixe ajudá-la.

Envergonhada, Alphys aceitou a ajuda oferecida, levantando-se com seus livos nos braços. Gorjeando um rápido agradecimento, deixou o corredor, desaparecendo na curva adiante;

Finalmente, a professora pareceu notar a presença dos alunos.

— Vocês não tem que ir para a próxima aula? - esganiçou-se – andem!

Frisk e os colegas contornaram velozmente o corredor anterior, soltando risadinhas de apreciamento.

— Quem é aquela?

A professora baixinha? É Alphys… a diretora da Corvinal – Doggo explicou – ela é simpática, e bem trapalhona, como pôde ver – o garoto sorriu – e eu digo que essas duas gostam demais uma da outra.

— Eu concordo – Dogão riu – elas formariam um ótimo casal.

Frisk assentiu, concordando. Apesar do jeito turrão de ser, Undyne, pelo que Frisk já conhecera dela, apreciava as qualidades mais frágeis e meigas. Alphys certamente parecia preencher perfeitamente estes requisitos, afinal de contas.

Surpresa, foi abordada por Asriel alguns metros adiante. Ele tinha as longas orelhas eriçadas, como quem havia dado de cara com uma cobra venenosa.

— Até que enfim, Frisk! Temos outro período de aula… nas masmorras… junto com a Sonserina!

A animação de Asriel havia desaparecido. No lugar dela, Frisk só via um monstrinho que não tinha a mínima vontade de ir para o subsolo do castelo.

— E qual é a próxima aula – indagou, com um pressentimento realmente ruim.

A voz de Asriel ficou mortalmente séria.

— Dessa você vai gostar – Asriel suspirou, com uma amarga ironia – vamos ter aula com Riverman,






















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