Pottertale - O Encontro de Dois Mundos escrita por FireboltVioleta


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

*

Bem-vindos, fãs de Undertale!
Bem, como podem ver, essa AU é um crossover entre Undertale e Harry Potter. Sendo assim, a história terá vários elementos de ambos os universos. Estamos em negociação para produzir uma comic dessa história em breve, mas só conseguiremos com o apoio de vocês. Então, caso gostem do projeto, não deixem de dar sua opinião!
Algumas observações importantes:
* Nesta AU, Frisk e Chara são meninas.
* O Underground equivale ao mundo bruxo de Harry Potter, assim como a superfície equivale ao mundo trouxa (não-mágico).
* Haverá vários personagens equivalentes á personagens da saga, facilmente identificáveis no decorrer do enredo, assim como associações perceptíveis entre a história do jogo e da série.
Bem, sem mais delongas, espero que gostem. Boa leitura!


*



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CAPÍTULO 1 - PRÓLOGO

 

Uma brisa fria percorria a noite estrelada que acolhia a superfície.

Gerson suspirou, consultando outra vez seu relógio de bolso. Ergueu os olhos enrugados na direção do céu, sentindo-se levemente impaciente.

Porém, reclinou-se sorrir, ao identificar a pequena sombra que surgiu de um dos quintais da rua deserta.

— Boa noite, Undyne.

A garotinha se aproximou, lançando um sorriso tímido na direção de seu tutor. Tinha longos cabelos rubros, pele escamada de um suave tom de azul, e parecia extremamente ansiosa. 

Qualquer observador da inusitada dupla perceberia que ambos definitivamente não eram humanos.

— Boa noite, professor Gerson – cumprimentou-o, deslizando os pequenos dedos sobre uma espécie de tapa-olho de couro, que ocultava-lhe a órbita esquerda – mamãe perguntou se há alguma notícia nova.

A velha tartaruga baixou o olhar, pousando a mão sobre o ombro da pequena peixinha.

— Nenhuma – o monstro titubeou.

Undyne choramingou, secando o olho com o dorso da mão.

— Não acredito que eles morreram – fungou – e o que houve com…?

Gerson lançou um olhar de censura á monstrinha.

— Não, Undyne.

— Desculpe. Sei que não podemos dizer o nome dele.

Houve um minuto de silêncio.

— Alguma coisa aconteceu lá… ele desapareceu… sem deixar vestígios – acrescentou a seguir, num tom razoavelmente sério – mas a garota…. sobreviveu.

A criança ofegou, surpresa.

— E quem…?

Sua pergunta incompleta foi respondida alguns segundos depois, na forma de um grande vulto, que se destacou entre as árvores do outro lado da rua.

— Ah… bem a tempo, Asgore. Bem a tempo.

A tartaruga abriu passagem para o grande e peludo monstro recém-chegado, envolto numa longa capa negra. Erguendo os longos chifres contra o vento gélido, o jovem bode resfolegou.

— Desculpe-me a demora, Gerson. A casa ficou num estado lastimável… quase não consegui tirá-la de lá.

Em seus braços, envolta numa minúscula manta, nitidamente adormecida, encontrava-se uma bebê humana.

Undyne ergueu a cabeça para focalizar a criança, vincando a testa numa expressão perplexa.

— Então é ela? - soltou um arquejo alto – nunca vi uma criança humana tão de perto!

— Não se iluda, Undyne – Asgore retraiu o focinho numa careta – ela pode parecer humana… mas é parte de nosso povo também – voltou o olhar para o monstro ancião – precisamos mesmo deixá-la? Não ficaria mais segura conosco?

Gerson negou com a cabeça.

— Ela é especial, Asgore. Você sabe disso – a tartaruga passou os dedos sobre a pequena manta – ela será conhecida…. não haverá criança monstra que não conheça sua história. E melhor que cresça longe disso tudo… até ter idade suficiente para compreender.

Houve um mínimo murmúrio de contrariada concordância da parte de Asgore. 

Undyne e Gerson observaram-no adentrar no jardim de uma das casas, indo até a varanda. Baixou-se suavemente, aninhando delicadamente a pequena manta no chão diante da porta, e então recuou, deixando o quintal, retornando até o ponto em que Gerson e Undyne se encontravam.

A pequena monstra conjurou um diminuto tipo de lança mágica, empunhando-o nos braços magros, mirando-o na direção da campainha da casa.

— Ela vai ficar bem? - perguntou, receosa.

Asgore acarinhou as mechas vermelhas da pequena.

— Sim… ela ficará bem, Undyne.

Com a garantia reconfortante de Asgore, Undyne pareceu mais segura. Num mínimo impulso, disparou a lança, que ribombou sonoramente na campainha.

— Vamos… eles já devem ter ouvido – alertou Gerson, arrebanhando-se junto aos demais para fora da rua.

Antes de conjurar a magia que os levaria de volta ao seu próprio mundo, porém, o monstro lançou um último olhar para o pequeno embrulho na soleira da porta.

— Boa sorte…. pequena Frisk….

 

 


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