A Sombra do Morcego escrita por Cavaleiro das Palavras


Capítulo 3
Capítulo III - "Ottenendo Rispote"


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, e aí, tudo bem com vocês? Peço desculpas por todo o tempo que estive sem postar e por conseguinte, sem avançar com a história. Faltava-me tempo, graças ao colégio e estudos para o vestibular, além de problemas pessoais que persistem. Todavia, agora com o recesso e São João, trago-lhes um novo capítulo que espero que gostem. Se tudo der certo, logo teremos mais um. Fiquem bem, se cuidem. E mais uma vez, desculpem-me pela demora. Boa leitura!



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O Sol é a estrela central de nosso Sistema Solar, atuando como fonte de calor e luz, auxiliando a existência de vida no Planeta Terra. Com uma potência irradiada de 4,3 x 1026 W e a uma distância média de 149.597.871 km da Terra, a luz que este emite viaja a uma velocidade de 299.792.458 m/s levando cerca de 8 minutos e 19 segundos para alcançar-nos. É exatamente esta mesma luz que observo deslizar através da estrutura dos altos edifícios de Gotham City pela manhã através da sacada da sala do Diretor Executivo das Empresas Wayne.

Desta exata posição diversas outras vezes contemplei a cidade ao lado de meu pai. Em seus dias de folga do Hospital, buscava-me no colégio com Alfred para trazer-me aqui. Apesar da sala lhe pertencer, era mamãe quem a ocupava. Esta era a face das Empresas. A responsável por coordenar as atividades na maior parte do tempo, enquanto papai dedicava-se a sua carreira como cirurgião. Costumavam revezar de tempos em tempos a presidência.

Os arranha-céus de Gotham deslumbravam-me. Como era possível que fossem tão altos? Dali de cima, tudo era pequeno. Pacífico. A cidade costumava enganar. Ainda o faz, até hoje. Por vezes, não fechamos nossos olhos, ela simplesmente nos faz ver o que queremos. Mas não mais.

Por duas noites seguidas deparei-me com criminosos portando ou transportando armamento pesado, unicamente direcionado para uso do exército. Armamento produzido pelas Empresas Wayne. Tal tipo de produção não me surpreende. Desde o tempo de meus pais este tipo de negócio era empreendido. Em pequena escala, é verdade, e totalmente restrito ao Governo.

Phillip Wayne, meu tio, assumira a presidência das Empresas. Todavia, deixara claro que esta seria uma atividade provisória. Assim que eu fosse capaz de assumir o comando, retornaria ao gerenciamento de nossa filial em Londres. Dera sua palavra de que me manteria informado caso algo fora do comum ocorresse. Talvez nossas definições de “comum” variassem, no entanto, possuo certeza de que roubos ou o “sumiço” de valiosas mercadorias passem longe do que o senso geral definiria de usual. Há algo que ele esconde. Minha visita é especificamente para saber o quê.

A sala não mudara em nada apesar dos anos. Virando-me para admirar dou as costas ao imenso painel de vidro que segue desde o teto ao chão do local, permitindo a tão privilegiada vista de Gotham. A minha frente, a mesa de carvalho acompanhada de uma cadeira giratória de couro preto é onde o Presidente se senta. Devidamente arrumados por sobre o móvel de madeira observo fotos de papai e Phillips quando crianças. A semelhança entre os dois era notável. Imagens da vida em Londres. Minhas.

Ambas as paredes laterais do escritório eram tomadas por prateleiras de livros. Tantas belas obras. Cada uma escolhida a dedo por mamãe. A depender, algumas ela lia para mim antes de dormir. Em certos casos, não era capaz de entender sequer uma palavra do que falava, todavia, minha satisfação residia em sua companhia.

Ao canto, um tabuleiro de xadrez sobre uma pequena mesa tinha suas peças bagunçadas. Um dos jogadores estava prestes a perder. Aproximo-me e vejo o cronômetro. A partida fora interrompida. Por motivo de pura vaidade reativo-o, movimento as peças necessárias e executando xeque-mate, encerro-o.

O piso de mármore branco reflete a luz que adentra o recinto, como também a beleza das flores delicadamente postas nos vasos em cada canto do local. Rosas vermelhas. As preferidas de mamãe. Permaneço a vagar de um lado para o outro até ouvir vozes do lado de fora do escritório.

Reconheço o timbre da simpática secretária que recebera-me. Shirley, se não me falha a memória. A outra voz parece ser a de meu Tio. Todavia, soa cansada. Quase exaurida. Aguardo até que entre na sala para confirmar a quem de fato pertence. Estou correto.

Phillip Wayne adentra o recinto. Os anos haviam sido pouco gentis com o homem. O cabelo, que antes unicamente apresentava mechas cinzentas, agora é praticamente tomado por inteiro pela coloração. Os olhos de cor homônima ao cabelo cercam-se de olheiras. Seu rosto por inteiro apresenta cansaço. Todavia, seu olhar é familiar. O mesmo que papai demonstrava quando por vezes chegava tarde de seus plantões no Hospital. Traja um terno preto liso. A gravata carmesim se ressaía. Os sapatos de bico fino brilhavam e apresentando um belo contraste contra o piso, uma vez que são pretos.

Distraído, Phillip quase não nota minha presença, e ao fazê-lo, surpreende-se.

— Bruce?! É você mesmo meu rapaz?

Ele rapidamente alcança-me e compartilhamos um abraço.

— Por que não avisou que viria? Céus! Faz onze meses que retornou a cidade e não tive nenhum tempo para vê-lo! – diz-me sorrindo meu tio – Walker, por que não me avisou que Bruce estava aqui? – indaga ao voltar-se para Shirley que as portas altas e maciças encontrava-se.

— Eu tentei Senhor! – retruca ela educadamente.

— Ah... Me desculpe. Estava distraído. Muita coisa na cabeça. – Phillip responde aproximando a mão da cabeça em um claro gesto de confusão.

Shirley se retira.

Meu Tio acompanha-me até a cadeira de frente para a sua na mesa de carvalho. Sentamo-nos. Pelo interfone ele pede café a sua secretária. Digo que agradeço, no entanto, recuso. Alfred já havia insistentemente me convencido a comer antes de sair.

— É tão bom te ver sobrinho. Cresceu tanto. Está muito parecido com seu pai. – diz-me sorrindo – Sinto realmente muito por não ter lhe visitado antes. São tempos conturbados. Pouco tenho espaço para outra coisa que não a Empresa. Gostaria de morar na Mansão. Mas preciso estar próximo daqui, na eventualidade de qualquer imprevisto.

— Entendo perfeitamente Tio. Também estive ocupado. Resolvendo algumas pendências dos estudos e afins. Mas e então, como vai tudo por aqui? – indago-o.

— Uma confusão. Tenho feito todo o possível para manter tudo sob controle. Mas o Conselho tem sido rígido. Cada passo que tomo parece um motim para eles. Mantiveram firme a ideia de que eu estava aqui para levar a sede das Empresas para Londres. Uma besteira! Gotham é o lar desta companhia. – diz-me ao se recostar na cadeira - Porém, duvido que você tenha realmente vindo aqui para discutir sobre os problemas da Empresa. Haverá tempo o suficiente para isto assim que quiser assumir. Conte-me sobre seu tempo fora. O Colégio interno. Sua formação, amigos. Tenho certeza de que conheceu alguma jovem interessante neste tempo, não foi? – ele deixa escapar um leve sorriso de malícia.

Conto-lhe o que Alfred e Lucius Fox haviam me auxiliado a estabelecer sobre o tempo que estivera fora. Comento sobre o Colégio interno em Londres. Como Alfred mudou-se para lá por certo tempo até que me habitua-se a tudo. Sobre meus estudos após a conclusão de meus anos letivos. Cada uma de minhas palavras poderia ser comprovada pelos registros inventados. Sequer uma migalha de todo o meu treinamento ao redor do mundo seria facilmente encontrada. Ele parece acreditar. E fascina-se com a vida que eu deveria ter tido.

— É excelente ouvir que tenha se dado tão bem. – seu olhar vaga para o retrato que possui com papai – Seus pais ficariam orgulhosos do homem que se tornou Bruce. Em breve, o legítimo herdeiro dos Waynes herdará esta cadeira. E terá de se preocupar com os negócios em meu lugar. E o Conselho. – ele gargalha ao dizer isto. Acompanho sua risada.

— Ah, por falar em negócios, acabei sabendo de algo intrigante. – introduzo o assunto.

— “Intrigante”?

— Sim. É de meu conhecimento que as Empresas Waynes sempre tiveram uma divisão voltada para a fabricação de armas. Todavia, toda a produção era diretamente encaminhada para o Governo. Surpreendeu-me muito que parte do carregamento destas armas foi encontrado abaixo do prédio do D.P.G.C. e sendo encaminhado por bandidos. Não resumindo-se apenas a isto, mas também ao fato de que este mesmo armamento foi utilizado por criminosos no assalto ao Banco Central de Gotham.

— O que está sugerindo Bruce?

— A segurança das Empresas Wayne é forte o suficiente para impedir o extravio de mercadorias, certo? Então, por que os carregamentos estavam ainda em Gotham e na mão de bandidos? Não estou fazendo acusações, apenas procurando entender.

— Entendo sua preocupação meu jovem. E, em parte, compartilho dela. Mas veja. Há alguns anos, a Companhia estabeleceu contrato com o D.P.G.C. para fornecê-los com novo e aprimorado equipamento. Tanto em questão tática como de artilharia. Era uma campanha da Empresa que visava a segurança da cidade.

— Arriscada. Dado o... Questionável histórico policial de Gotham. Quem o convenceu a isto? E ao Conselho?

— Após a morte de seus pais, as ações da Empresa estavam despencando. Precisei fazer alguns... Acordos, para manter tudo fluindo. Para isso, necessitei fazer certos comprometimentos. Ganhar a confiança de nossos clientes, e uma vez mais, da cidade, requisitou atitudes drásticas.

— O que fez Tio?

— Senhor? – a voz de Shirley soa através do interfone.

— Diga Walker. – Phillip ergue a mão pausando nossa conversação e atendendo a chamada.

— O Senhor Zucco está aguardando. Peço para que entre?

— Zucco? – interrompo – Anthony Zucco?

Anthony Zucco é um dos associados de Carmine Falcone. Este cuida da coordenação das mercadorias ilegais de Falcone. No submundo de Gotham, não há muito que deixe de passar pelos relatórios de Zucco. Todavia, o fato de saber disso não o torna o melhor alvo possível, uma vez que é altamente protegido e de forma promissora sobe na hierarquia da máfia. Contudo, levando em conta onde resolvera envolver-se, posso não ter escolha.

— Sei o que vai dizer Bruce. – começa Phillip deixando clara sua impaciência para qualquer tipo de discussão acalorada que pretenda ter com ele – No entanto, nem Carmine e nem Zucco são criminosos. É verdade que existem rumores quanto a isso. Mas já que não provados, eles permanecem como cidadãos “honestos”. E os melhores contatos a época para manter as Empresas Wayne nos eixos.

— O senhor não entende no que está se metendo.

— Não, sobrinho. É você que não entende o quão complicado é o meu trabalho aqui. Foi excelente vê-lo, porém, tenho assuntos importantes a tratar. Conversaremos em outro momento. Tudo bem?

Phillip faz menção de se erguer a fim de encaminhar-me a porta. Faço um gesto esclarecendo que não é necessário.

— Tome cuidado Tio. Isso é bem maior do que pensa.

Com esta declaração deixo o antigo escritório de meus pais. Meu Tio não me dirá nada mais. Necessito obter respostas. E Zucco, será minha melhor fonte.

...

— Será uma noite longa pelo que acredito Senhor.

Comenta Alfred ao ver-me colocar o traje. Logo após a visita as Empresas Wayne retornei a Mansão e por conseguinte a Caverna. Acessei o banco de dados do D.P.G.C. através dos terminais instalados no local a fim de obter informações extras a respeito de Anthony Zucco.

Este faz parte da família Moroni. Seu escritório fica próximo as Docas, de onde monitora as mercadorias. Como em outros dias, está exercendo sua profissão até tarde da noite. Terei uma oportunidade para... Questioná-lo.

— Espero que tenha um bom plano Mestre Bruce. Afinal, entrar de peito aberto em uma área restrita das docas, sob domínio da máfia, altamente protegida é algo que no dicionário, serviria como sinônimo a suicídio. – meu mordomo deposita uma bandeja com sopa próximo ao local onde organizo os equipamentos do traje.

— Você fala como se não me conhecesse. O D.P.G.C. possui diversos dos empregados de Falcone em sua lista de pagamento. Além de mapas arquitetônicos da região. Possuo informações o suficiente para saber quem está lá e como lidar de forma adequada com cada um dos seguranças de Zucco.

— Imprevistos acontecem. Torço para que o senhor esteja...

— Preparado para eles? – digo afastando-me da bancada.

— Não vai comer Senhor? Ou deseja que lhe faça um sanduíche? – diz meu fiel amigo apontando para a comida que servira.

Pondo o capuz e dirigindo-me a motocicleta a qual estive trabalhando por meses retruco:

— Passarei no Drive-Thru.

...

É uma noite de céu limpo em Gotham. A poluição de décadas não permite, todavia, possuo certeza de que diversas estrelas deveriam brilhar no céu. Do topo de um guindaste unicamente observo. Os capangas de Zucco possuem um roteiro de patrulha pela região. Todavia, este não torna viável a possibilidade de encontrar qualquer um deles solitariamente. Constantemente encontram-se por entre os contêineres.

No entanto, o amontoado dos imensos receptáculos de metal involuntariamente cria um labirinto que pode ser utilizado para emboscadas. De dois indivíduos armados, nas condições certas, posso lidar.

Ao todo são seis. Três duplas. Aquela pela qual opto iniciar o ataque localiza-se em uma via estreita criada pelo espaçamento entre dois contêineres. É ligeiramente afastada do resto do local. Algo que auxilia uma abordagem menos sutil e rápida.

Salto do guindaste planando até um ponto próximo. Na esquina, próximo a entrada da via, ouço a passada de ambos. Aguardo pelo momento específico em que estarão de costas. Dou unicamente uma espiada. A hora chegou.

Em velocidade disparo na corrida. Aproveito-me do piso escorregadio e deslizo. Com a mão, desestabilizo a perna direita do primeiro, levando-o ao chão. Ao erguer-me, estou próximo o suficiente para aplicar um chute diretamente no joelho do segundo. Sua perna se dobra em um ângulo estranho. A dor o faz gritar e largar o fuzil. Seguro sua cabeça com uma das mãos e a lanço ao contêiner mais próximo. O impacto é o bastante para silenciá-lo. Seu parceiro que do chão ainda não levantou é na sequência atingido por minha bota em sua face. Certifico-me de que respiram antes de utilizar o arpéu para retornar ao guindaste de onde iniciarei outro ataque.

A noite proporciona a cobertura necessária para locomover-me pelos ares sem ser detectado. E como acreditam que a ameaça está no chão, a operação torna-se ligeiramente mais fácil.

A segunda dupla localiza-se em um espaço mais aberto. Um deles permanece abaixo de uma luminária enquanto tenta acender um cigarro. O outro, recostado na parede de metal, avalia com curiosidade o fuzil que consigo carrega. Ambos devidamente distraídos.

Plano do guindaste com um alvo fixo. Ao aproximar-me do indivíduo, movimento-me para que possa acertá-lo com um chute na cabeça. E assim o faço. Ele desaba ainda consciente. A reação de seu companheiro é lenta, permitindo-me mirar um batrangue em seu ombro. Este o atravessa, mantendo o capanga preso ao contêiner. Finalizo seu parceiro no chão antes de seguir para o mesmo a fim de terminar o serviço. Quatro já foram. Faltam dois.

Retorno ao guindaste unicamente para observar que os inimigos restantes aparentam ter ouvido parte dos sons da ação. Coordenam-se para averiguar a área. Não lhes darei esta oportunidade.

A chuva que cai fina sob as docas não possibilitará uma ação longa com o auxílio da bomba de fumaça, no entanto, ainda assim faço uso da mesma. Lanço-a na posição dos capangas antes de planar uma última vez em sua direção. “Visão”, digo para ativar as lentes do capuz.

Aproveito-me da pouca visibilidade desarmando o primeiro. Livre de seu armamento, giro pressionando seu braço contra meu ombro, quebrando o membro e logo em seguida o levando ao chão. Corro até seu parceiro. Chuto seu fuzil para longe e agarrando seu colarinho dou-lhe uma cabeçada. O capuz possui revestimento de chumbo, o que justifica meu oponente tombar desacordado.

O caminho para Zucco está livre. Contudo, uma abordagem direta não proporcionaria o medo necessário para que o mesmo ficasse disposto a revelar os segredos de Falcone. Precisaria de algo mais.

Locomovo-me para a parte dos fundos da estrutura que guarda seu escritório. Há uma janela de vidro localizada logo atrás de sua mesa, como mostrado nos planos arquitetônicos dos arquivos da Central de Informações do D.P.G.C.

Contêineres próximos dão vantagem em questão de altitude para a janela. Utilizo o arpéu e ao topo deles chego. Dali plano em direção ao vidro. Posiciono minhas pernas para o chute. Com um som ensurdecedor adentro o local rompendo a proteção. Zucco despenca de sua cadeira giratória posicionada atrás de uma mesa de madeira gritando de pânico.

Anthony é atarracado. Seu cabelo preto com mechas grisalhas cresce unicamente nas laterais da cabeça. Os olhos de cor homônima ao cabelo, no momento, demonstram intenso pavor. Utiliza camisa formal branca ligeiramente aberta, as mangas dobradas até o cotovelo, calças pretas de linho e sapatos formais de cor igual. O pulso esquerdo um relógio de ouro enfeita.

Ergo-me lentamente do chão e viro a cabeça em sua direção. Com passadas pesadas me aproximo, agarro seu colarinho e fazendo uso do arpéu, levo-o junto a mim para fora do prédio em direção à noite fria.

...

Largo o homem em pânico do topo do guindaste. Ele não realiza a queda por completo graças ao fato de que amarrara seu calcanhar a uma corda resistente ligada ao arpéu que suporta seu peso. Subo-o e o deixo descer constantemente para assustá-lo. Amacio-o para iniciar o interrogatório. Um dispositivo de gravação preso a meu cinto registrará a conversa.

— Dio onnipotente! - * em tradução livre do italiano ”Poderoso Deus!” * Zucco exclama quando o largo uma vez mais - Perché si sta facendo questo a me? - *em tradução livre do italiano “Por que está fazendo isso comigo?” * indaga ao subir novamente.

— Ottenere Risposte! - *em tradução livre do italiano “Obter respostas!” * retruco – Qual o interesse de Falcone nas empresas Wayne?

— O quê?!

— Qual o interesse de Falcone nas empresas Wayne?!

— Ele... Ele tem interesse de longa data nas empresas. O nome Wayne é o que logo vem à cabeça quando se fala em Gotham. Ter uma associação com os mesmos, ou até controle dos negócios, o faria o homem mais poderoso da cidade e um dos maiores do mundo. Desde que os Waynes faleceram, e a confiança nos negócios deles se perdeu, Carmine ofereceu ao irmão de Thomas uma aliança. A empresa produziria não só o armamento para o exército, mas para a Polícia de Gotham também. Falcone seria o intermediário!

— E como as armas foram parar na mão de criminosos?

— Os próprios policiais foram orientados por Falcone a ficar com parte do armamento e entregar o resto nas ruas. Para as gangues sob controle de Carmine. Phillip Wayne tem sido manipulado por Falcone há anos.

Meu tio... Em sua tentativa de manter o império Wayne forte fora iludido por Falcone e sequer se dava conta disso. Com o que mais ele havia se envolvido do submundo de Gotham pelo bem do nome de nossa família?

Deixo Zucco cair e o ergo novamente. O homem grita incessantemente.

— O assalto ao Banco Central de Gotham a duas noites foi um teste das novas armas desenvolvidas pela Divisão de Ciências das Empresas Wayne. Foram enviados para conter o ocorrido unicamente os policiais que não fazem parte da lista de pagamento da máfia. Os que não têm acordo com Loeb. – ele diz ao ser erguido outra vez.

— Loeb também está nas mãos de Falcone, não é? Não é?! – pergunto.

— SIM!

A chuva aumentara. Anthony Zucco gemia de ponta a cabeça.

— Per favore... Por favor... Já lhe contei tudo o que queria saber... Deixe-me ir...

Abaixo-me de forma a ficar cara a cara com o sujeito.

— Receio que não posso Zucco. A noite é longa e nós temos muito sobre o que conversar. – respondo deixando-o cair uma vez mais.


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Notas finais do capítulo

Phillip Wayne
Primeira Aparição - Batman #208 (1969)

Anthony Zucco
Primeira Aparição - Detective Comics #38 (1940)



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