A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Então, devo uma bela explicação pra vocês. Não sei se ainda tenho leitores antigos acompanhando a história, mas mesmo assim. Terminei o terceirão no final do ano passado, não consegui passar e fui pro cursinho. Eu realmente tive que parar de escrever e pintar por conta disso, pois foquei inteiramente nos estudos nesses meses. Na metade do ano consegui passar pra medicina, mas não voltei a escrever pois fiquei totalmente desabituada e demorei a me acostumar com a nova rotina. Mas agora voltei! Precisava mesmo voltar a fazer as coisas que eu gosto direito, e espero que ainda gostem do que eu escrevo! Comentem gente, estou muito feliz de estar de volta ♥
Ps: Se alguem me mandou mensagem nesse tempo, por favor mande de novo! Foram todas apagadas 3



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POV Abraham

 

Senti o peso da arma em meus braços ficar maior a cada minuto, e resmunguei ao perceber que o cansaço estava novamente se apossando de mim. Voltei meu olhar para frente, tentando ignorar essa sensação, e me deparei com Eugene e Tara conversando a alguns metros de mim no trilho. Abri um curto sorriso, pois sabia que provavelmente o Eugene estava enchendo o saco da mulher com coisas científicas aleatórias. 

Eu conseguia ouvir os passos suaves de Rosita atrás de mim, e me deixei relaxar os ombros por alguns momentos. 

Pisquei, repassando novamente os acontecimentos dos últimos dias , principalmente o nosso encontro com os dois. 

Glenn e Tara tinham vindo de uma prisão recém atacada e destruída por um tal de governador, e , como estavam perdidos, os recrutamos temporariamente para nos ajudar. Estávamos sem carro , com poucos mantimentos e com um senso de direção furado, o que dificultava muito a nossa missão. Além disso, quanto mais pessoas melhor, e eu tinha confiado neles.

Cuspi no chão, batendo forte minhas botas no trilho frio de trem que estávamos. No começo estava tudo tão bem! Eu , Rosita e Eugene em um carro ótimo, sem qualquer problema. E agora estava tudo desandando. Eu sentia o que aconteceu com a missão de Alexa cada vez mais próximo.

No momento que ouvi Eugene falando sobre dinossauros, decidi que precisávamos de uma pausa, se não Tara provavelmente daria um soco na cara dele. Isso e o fato de estar escurecendo mais rápido do que eu previa.

Montamos o acampamento em silêncio, e observei o coreano fazer tudo de maneira tensa, sem paciência, como se estivesse perdendo tempo. Soube que sua mulher estava desaparecida, e sacudi a cabeça ao pensar que ele realmente acha que ela esta viva. Esperança as vezes é algo que decepciona. 

Acho que eu esqueci o que essa palavra significa. 

Na realidade, não esqueci. Se não nem estaria em outra missão. Não mais uma com esse tópico. 

Rosita acenou para mim de longe, e fiz um sinal, indicando que ficaria de guarda. Eu sempre gostei dessa função, pois toda vez que eu fecho os olhos , a única coisa que vejo são lembranças trágicas.

Percebi Tara sentada ao lado de uma árvore observando os arredores, e sentei ao seu lado, em posição de vigia.

—Você não precisa ficar de guarda, deixa que eu fico. Vai dormir. - Tara disse dois minutos depois, com uma voz fraca. Dei de ombros. 

—Sem ofensas, mas nao vou deixar a vida de Eugene em suas mãos. - Falei sincero, encarando os olhos da mulher. Desde que a vi, percebi uma expressão de culpa em seu olhar. 

—Você veio com a gente porque queria ajuda, não é ? - Perguntou, me olhando de canto de olho. 

—Seu papel é ajudar, não comandar. Vamos para o norte com vocês até achar o veículo certo perto dos trilhos. -Respirei fundo, sentindo meu corpo pesado ao falar essas palavras. Mas era verdade. - Depois disso, cinco viram três.

—Ou dois.

—Cada um com a sua missão. - Disse simplesmente, dando de ombros . - Você precisa dormir, ainda não te vi fazer isso. - Falei ao vê-la abaixar a cabeça, mas não recebi qualquer tipo de resposta. -Pensei que fosse porque estava apaixonada por ele. - Falei, soltando uma risada sarcástica e encarando o coreano, aue finalmente tinha dormido. - Uma garota apaixonada por um cara e que tenta ajuda-lo a achar outra. Se esse fosse o caso, fechar seus olhos seria realmente trágico. 

—Se esse fosse o caso. - Ela disse, dando de ombros. Eu ja sabia que não era .

—Sim, eu vi o jeito que você olhava para a camisa da Rosita enquanto ela servia o jantar. - Disparei, percebendo seu olhar surpreso, e soltei uma risada . -  Eu sei, são peitos hipnóticos. Eugene passa metade do dia olhando para a bunda dela. - Dei de ombros. - Não sou louco, só a minha teoria que falhou. 

—Sinto muito por isso.- Ela disse, suspirando. 

—Bem, estou certo e errado. - Falei, ficando sério. - Foi algo que fez ou algo que nao fez?

Tara passou as mãos lentamente pelos cabelos, como se estivesse pensando e revivendo o que aconteceu. Eu sabia como era isso. 

—Algo que fiz. - Murmurou, olhando pra frente. - Você foi do exercito, certo? Entendo muito bem toda aquela cascata emocionante de que a missão é a sua vida e essas coisas. Então, nós dois temos os nossos motivos, e temos as nossas missões. Mas o aue fara quando sua missão acabar?- Finalizou, me encarando profundamente. 

Estaquei, respirando lentamente. Eu nunca pensei nisso. Mesmo antes do apocalipse, a cada missão finalizada eu ja engajava em outra, sem tempo pra pensar. Mas se um dia eu querer parar, o que vou fazer? 

...

Continuamos a nossa caminhada nos primeiros raios da manhã, e a voz de Eugene se sobressaia por cima das nossas praticamente o caminho todo. Eu ja tinha me acostumado com seu falatório incessante, mas precisava admitir que as vezes a raiva me dominavaZ. 

—Sou um cara justo. Você me ajuda a achar suprimentos e rachamos a bateria e as bebidas encontradas, por menos que seja. Fechado?- Falou, se dirigindo a Tara, que o ignorou completamente. A mulher simplesmente se afastou, e saiu correndo junto a Glenn, que corria até uma placa. 

Na placa , em cima do mapa grudado,  estava escrito “ Glenn, vá ao Terminus. Maggie “em vermelho. Não deu nem tempo de falar algo e ele simplesmente disparou, correndo sob os trilhos.

Encarei Rosita e Tara, com a mesma expressão surpresa que elas, e contra a minha vontade fomos correndo atrás. 

—Parado ai! - Gritei a Glenn, depois que ja tínhamos andando por umas 3 horas depois que ele disparou. - Vamos ficar aqui. Cansaço causa lentidão, e lentidão termina em morte. Você sabe. - Falei, o encarando seriamente. Ao nosso lado tinha uma torre de vigia alta, o que poderia ser um ótimo lugar para descansar. 

—Não é nem meio dia. - Ele resmungou, apontando para o céu. Revirei os olhos. 

—Não quero nem saber! Nós dormimos poucas horas depois que o bicho pegou. Esse lugar parece seguro e precisamos descansar. - Falei, e percebi o olhar desafiador do coreano, suspirei. - Eu sei, você precisa encontra-la. Mas Rosita e eu temos uma missão. Manter esse homem salvo, leva-lo ate Washington e salvar o mundo todo. - Apontei para Eugene, que observava tudo quieto. 

—Ja conheci alguém que passou por uma situação de salvar o mundo todo. Acho que ela esta morta agora.- Glenn murmurou, e um estranho pressentimento passou pelo meu corpo novamente, mas preferi não perguntar. 

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa , o familiar grunhido de errantes percorreu o ar, e ficamos em posição de ataque. Mas o grunhido vinha de cima de nós. 

—Ferrou. - Ouvi Eugene sussurrar, tremendo, e olhei para a parte de cima da torre. Um errante se aproximava da beirada lentamente, e iria cair exatamente em cima do cientista, que jazia parado . 

—Cuidado! - Gritei, empurrando Eugene pra longe uns segundos antes do errante se estatelar no chão, tendo sua cabeça estourada imediatamente pela força da gravidade. Observei os miolos agora espalhados, e suspirei. Menos um. 

—Você esta bem? - Ouvi Rosita perguntar a alguém atrás de mim, e percebi que Tara tinha caído no chão quando afastei o Eugene do caminho. 

—Estou. - Disse, enquanto segurava fortemente sua perna e mantinha em sua face uma expressão de dor. Ela não estava bem.

Ajudei ela a se levantar, e percebi o passo em falso que ela deu ao colocar o pé no chão. Possivelmente tinha torcido. 

—Esta bem? Você consegue continuar? - Glenn perguntou frenético, se aproximando de Tara e segurando seu braço levemente. Revirei os olhos pela teimosia do coreano.

—Consigo.- Ela resmungou, olhando baixo. A culpa a consumia, e qualquer um consegue ver isso. 

—Se ela consegue, todos conseguimos. - Ele falou, determinado. - Ou vocês podem ficar. Vocês não precisam de nós, nem nós de vocês. 

—Você é um cretino mesmo. - Rosita elevou a voz, colocando a mão na cintura e apontando um dedo para Glenn. - Ela vai fazer qualquer coisa que você pedir pois acha que deve algo a você . Vira homem! Espere aqui algumas horas .- Terminou sua fala, ajeitando o boné em sua cabeça. Glenn a ignorou completamente . 

—Você só quer manter o Eugene a salvo, certo? É por isso que você quer parar. Continuamos até o sol se pôr e dou minha proteção militar pra ele. Feito? Todo mundo ganha. - O homem falou se dirigindo a mim, e percebi o tom de imploração em sua voz. Ele estava desesperado. Suspirei, coçando a cabeça. Desde quando eu tinha ficado mole assim?  

—Menos ela. - Rosita falou, de olhos estreitados . Tara ofegava um pouco, e mantinha os olhos baixos, se mantendo fora da discussão. 

—Você não é a mãe dela, ela ja esta bem grandinha. Se ela disse que consegue andar, ela consegue. Trato feito. - Falei, apertando a mão de Glenn, que me olhou aliviado. Eu realmente ia parar só por conta de Eugene, que nenhuma vez nesse tempo todo conseguiu se virar sozinho pra algo. 

Depois que Eugene colocou a proteção , seguimos caminho até finalmente chegarmos a um começo de túnel , com vários metros de comprimento. A escuridão lá dentro era nítida e assustadora. 

—Eles estiveram aqui! - Glenn gritou ao se aproximar correndo da parede lateral do túnel, onde havia outra mensagem. - E está fresca. 

Arregalei os olhos ao lê-la, e dei dois passos pra trás, invadido por memórias antigas. 

“Glenn, vá para o Terminus. Maggie, Sasha, Bob e Alexa” .

 Alexa.

—Abraham...- Rosita se aproximou, tocando levemente meu ombro. Eu havia contado pra ela um pouco do meu passado, e Rosita sabia do meu fracasso. Mexi a cabeça. Eu sabia que não era ela, mas só a menção desse nome ja pesada a minha cabeça.

—Eu conhecia uma Alexa. - Resmunguei ao reparar os olhares questionadores de Glenn e Tara, que assentiram. -Bem, eu ia sugerir para a gente contornar o túnel, mas como sei que você não vai aceitar isso, acho que o nosso grupo se separa aqui.

Me aproximei dos dois , ainda parados na frente da mensagem, e me abaixei. Fechei os olhos por um curto período, e depois abri, mexendo na minha mochila e tirando duas latas la de dentro.

—Não, vocês precisam para a viagem. - Glenn falou, negando. Olhei no fundo dos seus olhos, e apertei a boca. 

—Vocês também. - Falei, e ele pegou, ainda relutante. Tirei uma lanterna militar extra que eu tinha, e a entreguei pra eles também. Imagina passar por esse túnel no escuro? Suicídio. - Provavelmente vamos nos encontrar em algum lugar la pra frente antes de acharmos um carro. Boa sorte. Cuidado com os errantes. 

Me afastei, e fiquei observando Rosita os abraçar. 

—Não seja um cretino. - A mulher disse a Glenn após solta-lo, e não pude deixar de rir. 

—Bem, vocês dois são boas pessoas. - Eugene começou , encarando seus pés. - E Tara, preciso admitir que você é muito gostosa. - Finalizou, e segurei uma risada, revirando os olhos.

—É, eu gosto de mulheres . - Tara respondeu, ajeitando a mochila praticamente vazia em seu ombro.

—Eu sei bem disso. 

Após essa despedida, esperamos os dois entrarem e desaparecerem no escuro do túnel, para finalmente nos afastarmos do local e procurarmos um carro bom o suficiente para a viagem. 

Mas o sentimento ao ler o nome Alexa não tinham passado ainda, e deixei as lembranças tomarem minha mente. Eu merecia essa tortura.

 

Pov Alexa Lee

 

—Espero que ele leia a mensagem. - Maggie sussurrou ao meu lado, enquanto descansávamos no final do túnel. Ela estava com a cabeça baixa e com a voz trêmula, e a envolvi com meus braços. Queria muito poder protege-la de tudo. 

—Ele vai ler sim. Você sabe que ele esta de procurando. - Falei, alisando seu braço, tentando a acalmar. Ela tinha visto seu pai ser morto, e não sabia onde estava a irmã nem o marido. Não deve ser fácil.

Bob e Sasha estavam a alguns metros de nós , tão cansados quanto. Bob estava melhorando do tiro, mas continuava ruim, e essa instabilidade toda não ajudava muito.

Na passagem do túnel, uma parte do teto tinha cedido, mas por sorte saímos a tempo de um bando de errantes se aproximarem demais. O meu medo era de que algum sobrevivente da prisão acabasse morto por conta disso. Suspirei, alongando meus braços. 

—Quanto tempo vocês querem descansar? - Perguntei a eles, encarando o céu. Ja era o terceiro dia desde a confusão, e a apreensão aumentava cada hora mais. Eu só precisava saber o paradeiro de todos.

—Acho melhor seguirmos e acharmos um lugar bom pra passar a noite. - Sasha falou, se levantando rapidamente. Sua expressão não nos dava muita opção. Ajudei Maggie a se levantar com dificuldade , e ela me encarou, com os olhos estreitos. 

—Quando sentarmos novamente precisamos limpar seu rosto de novo. - Resmungou, passando os dedos pela minha pele. Eu sabia que ainda deveria estar horrível, mas Sasha disse que ja tinha desinchado um pouco. Assenti .

Começamos a nos mover, mas depois de míseros 10 passos , um barulho chamou minha atenção. Parei de me mexer, e me concentrei ao máximo. Mesmo com o formigamento, outra coisa estava acontecendo além de errantes. 

—Alex...- Maggie começou, mas a calei com um levantar de mãos. 

Eu jurava que tinha ouvido um tiro.

Ficamos mais dez segundos em silencio e minhas dúvidas finalmente foram sanadas. Eram mesmo tiros.

Alguém estava atirando dentro do túnel. 

—Glenn! - Maggie gritou, disparando para dentro da escuridão como se não houvesse amanha.

—Droga. - Ouvi Sasha rugindo, e corremos atrás dela. Quando entramos no túnel tive a impressão de ouvir um barulho de carro atrás de nós , mas decidi ignorar. Já tínhamos problemas demais .

—A Lanterna! - Gritei por cima do barulho dos nossos passos , percebendo que não conseguia ver nada, e finalmente Bob a acendeu, iluminando o túnel ao nosso redor.

O chão estava coberto de sangue e latas, além de pedras por todos os cantos. Senti meu coração batendo mais rápido a medida que nos aproximávamos, e logo os tiros foram ficando mais claros. Saquei as minhas duas únicas facas , e finalmente chegamos perto do local. Analisei a cena por curtos segundos enquanto recuperava um pouco do fôlego.

Observei uma mulher desconhecida se debater com o pé preso nos destroços, e um homem mais a frente, que jogava uma pistola no chão e sacava uma faca. 

Era Glenn. 

Ele estava sem balas.

Eram aproximadamente 15 errantes, e estavamos todos com poucas balas . Senti minhas veias pulsarem. 

Maggie e Sasha golpearam os errantes mais de trás, e atirei minhas facas na cabeça de dois errantes perto de Glenn, que estavam perigosamente perto . 

Mas eram muitos. 

—Merda. - Resmunguei , pegando minha pistola e a erguendo firmemente, mirando sob a luz que a lanterna de bob emanava . Porém, não tive tempo de disparar uma bala sequer.

—Abaixem! - Uma voz grossa e aparentemente familiar rosnou, e nem pensei, apenas me joguei para o lado no momento em que balas rugiram no ar.

Senti uma dor forte na lateral, e percebi que tinha caído com o quadril na parede. Coloquei as mãos nos ouvidos e esperei a saraivada de balas passar, ignorando as dores espalhadas pelo corpo. 

E logo, o silencio voltou a reinar, e os barulhos dos errantes passaram.

—Maggie! - Ouvi a voz do coreano gritar, e sorri aliviada ao perceber que ele estava realmente bem e vivo. 

Então os outros tinham chance de verdade. 

Observei os dois pombinhos se abraçando e rindo de felicidade, e finalmente levantei , checando Bob e Sasha a minha frente e sacudindo o pó de cima de mim. 

—Quem é vivo sempre aparece né! - Gritei pro coreano, me aproximando e dando um abraço apertado em meu amigo, que continha uma expressão de pleno alívio em seu rosto  . - Estou tão feliz que você esta bem.- Murmurei baixo a ele. 

—Também estou, Alexa. Você não tem noção. 

—Muito bonito esse reencontro , mas que tal sairmos desse beco escuro? - A voz de um dos nossos salvadores soou no ar, e eu congelei. Meu coração disparou, e minha mente começou a trabalhar a mil por hora. Virei lentamente, com os olhos arregalados, e a primeira coisa que vi foram cabelos cacheados e ruivos sob a luz fraca de uma lanterna quase sem pilha, e uma farda militar suja. Coloquei a mão na boca, tremendo. 

—Abraham? - Sussurrei , e finalmente seu olhar chegou até mim, direcionado pela lanterna. Sua primeira expressão foi de susto, como se estivesse vendo um fantasma, e depois disso, percebi seus olhos lacrimejarem . Acho que ele realmente achou estar vendo um fantasma, que nem eu. 

—Alexa! - Ele gritou, largando sua arma e se pondo para correr em minha direção . Pulei em seus braços , não ligando a mínima para as minhas dores , e o apertei como se fosse desaparecer a qualquer momento. - Por onde você esteve? - Ele sussurrou, ainda como se não acreditasse. As memórias da última vez que o vi percorreram minha mente em velocidade máxima, Luke, o acampamento, as explosões... mas desaparecermos logo depois. O que temos é o agora, e ele esta aqui. 

—Eu que te pergunto isso. - Falei, chorando em seu ombro e ainda o apertando . Eu realmente tinha desistido de o achar novamente, e esse reencontro tinha me dado uma segurança danada. 

Senti que meu corpo todo relaxou momentaneamente  , e deixei que todos os acontecimentos desses ultimos dias desaparecessem , me permitindo um curto e ilusório período de paz. 

Eu tinha encontrado Abraham.

Meu amigo e salvador estava vivo.

E esse simples fato me fez reconhecer a importância da esperança. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Finalmente eles se encontraram, né! Quem ai sabe quem mais falta pra Alexa encontrar? Críticas construtivas são bem vindas!



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