A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem com vocês? Ainda se lembram de mim? Hehe

Então, por conta do vestibular e do final do terceirão, tive que me ausentar bastante para focar apenas nos estudos. Mil desculpas! Ainda vou demorar para postar, mas preferi postar um capítulo para não deixar vocês no escuro. Estou meio perdida na minha própria fic hehe.

Comentem ideias! Serão muito bem vindas ♥

Muito obrigada a todos que comentaram : Alpha, Gih, Léo e Isabella( bem vinda aliás), vocês tem um espaço guardado no meu coraçãozinho . ♥



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Daryl Dixon

Acordei bruscamente ao ouvir o repentino som de gotas fortes batendo ferozmente no teto do acima de mim, mas relaxei ao sentir dois braços finos apoiados em meu tórax, totalmente imóveis . Alexa.

Eu não estava mais acostumado a esse tipo de contato, e normalmente tinha o instinto de me afastar o mais rápido possível das garotas com quem eu dormia, mas agora era diferente. Eu estava com vontade de ficar. 

Ela dormia tranquilamente , ressonando leve, e parecia nem ter percebido a chuva grossa furiosa ao nosso redor. Grunhi, se não fosse pela natureza, eu ficaria eternamente dormindo. Eu precisava levantar. Mas eu não estava com a mínima vontade de fazer isso.

Mordi meus lábios, erguendo levemente meu tronco para olhar para o lado de fora, analisando o dia. Merle e meu pai ririam de mim se me vissem tomando cuidado ao me movimentar desse jeito, mas eu não ligava mais para eles.

O dia estava totalmente nublado, e eu só conseguia avistar uma leve luz no local onde deveria estar o sol, mas consegui deduzir que eram umas 8 da manhã . Afastei delicadamente os braços da platinada de cima de mim, e logo senti falta do calor que emanava deles. 

Encarei seu corpo seminu coberto pelo fino lençol, e reparei que ela estremeceu levemente quando uma rajada de ar entrou pela janela perto de nós, atingindo nossa cama. “ nossa”.   Fechei a janela, selando a cabine. 

Vesti minha calça e minha blusa  o mais silenciosamente possível , tomando cuidado para não acorda-la de seu sono profundo. Peguei minha besta apoiada na mesa estreita, e finalmente me levantei, alongando meus músculos tensos e desacostumados por conta da noite de sono. Reparei que Alexa não teve pesadelos dessa vez, sorri satisfeito.  

—Vai fugir sem nem me pagar uma coxinha? Que tipo de paquera você é? - A voz fina e rouca de sono de Alexa chegou aos meus ouvidos,me fazendo revirar os olhos pelo comentário abobado logo de manhã. Ela estava acordada a quanto tempo? Virei a cabeça e me deparei com seu rosto vermelho e inchado, com os cabelos totalmente descabelados e fora do lugar, enquanto ela se espreguiçava, erguendo os braços e exibindo seu corpo marcado . Abaixei o olhar. Ela fazia de propósito. 

—Coxinhas são raras esses dias. Se eu encontrar alguma na floresta de bobeira, trago. - Falei, dando de ombros e virando o rosto novamente, grunhindo e saindo do poleiro, deixando Alexa se trocar e acordar com o devido tempo.

Eu sinceramente não sabia como agir. O que eu sentia por ela? Eu sentia alguma coisa? Estou fazendo a coisa certa? Nunca fui um cara de me envolver, por que me envolveria agora? 

Desci as escadas, não me importando com a chuva que me molhava mais a cada segundo, e finalmente cheguei a prisão, sacudindo ferozmente meus cabelos como um cachorro de tua. Estava precisando de um corte. 

—To vendo que a noite foi boa. - Maggie falou, se aproximando sorrateiramente de mim e me dando um tapa na cabeça, soltando uma risada. Essa menina não perdia nada. Como diabos ela sabia? 

—Nao enche, tapada. - Resmunguei, me afastando dela o mais rápido possível, não me importando como ela soube, me aproximando da cozinha. Revirei os olhos novamente, coçando a cabeça. 

Por incrível que pareça, as pessoas ainda estavam acordando, e avistei Beth e Carol brincando com a neném, que parecia irritada e nervosa com alguma coisa. Acalmei minha expressão 

—O que essas chatas estão fazendo com você, hein? - Falei, pegando a criança que sacudia os braços energética para mim no momento que me notou. Tomei cuidado para não a molhar. 

—Como você faz isso? - Beth resmungou, enquanto eu segurava a bravinha em meus braços musculosos, agora não mais tensos. - Ela sempre esta mal humorada, e quando você chega vira um anjo feliz! 

—E isso com 8 dias de vida . Bem que o Daryl tem cara de babá mesmo. É uma Super Nanny disfarçado de caçador. -  Falou, e eu revirei os olhos, falando com bravinha. Eu a achava extremamente inteligente para esses poucos dias de vida, mas estava ficando preocupado com a falta de alimentos decentes. Ela precisava de mais nutrição do que tínhamos para oferecer.

—Com sorte, vocês conseguem achar mais fórmula pra ela hoje. - Beth falou, como se lesse meus pensamentos. Assenti, enquanto mordia uma bolacha que Carol tinha me dado. Nossos cafés da manhã estão cada vez mais escassos, mas eu ainda torcia para acharmos algumas galinhas perdias por ai. Ovo de manhã cairia bem. 

Fiquei mais algum tempo com elas , até que finalmente devolvi bravinha para Beth, e me deparei com Alexa e Carl se aproximando da mesa, enquanto conversavam baixinho. O menino estava melhor do que todos nós esperávamos, e não demonstrava nenhuma tristeza em seu semblante. Seu sorriso aumentou ao ver a irmã. Alexa sorriu para mim, e eu abri um meio sorriso. Ela tinha algum poder sobre mim. 

—Acho que decidi um nome para ela. - Falou, se afastando de Alexa e pegando a pequena no colo, a nanando levemente. Era nítido o carinho e amor que ele sentia por ela. Era algo lindo de se ver, uma luz no meio dessas trevas todas. 

—Qual, Carl? - Beth perguntou, curiosa. Agora, Hershell e Michonne tinham se aproximado do grupo, e estávamos todos fixos no menino, que não tirava os olhos da pequena, e parecia ignorar nossa presença. 

—Bem, pensei em vários. Lori, Amy, Jacqui, Andrea, Sophia... mas todas elas são únicas . - Ele começou, parando de falar por alguns instantes e levantando o olhar.-Pai. - Ele chamou, e todos nós viramos , surpresos . Nem eu tinha percebido ele ali. 

Rick tinha entrado na sala, e estava parado a alguns metros de nós, ouvindo a conversa. Ele se aproximou, e percebi um olhar são em sua expressão, nítido e alerta.  Suspirei, tranquilo. Os momentos de clareza dele pareciam estar cada vez mais frequentes . 

—Você se lembra da minha professora da terceira serie? - O menino perguntou, estendendo a irmã para o pai, que assentiu lentamente. - Então, pensei em dar o nome dela para a bravinha. O que acha?

Rick encarou o filho, enquanto nanava a filha, e percebi seus olhos marejarem levemente enquanto sorria, contente.  Parecia satisfeito.

—Bem vinda ao grupo, Judith Grimes. Você arranjou uma ótima família no meio desse apocalipse. - O nosso líder falou, e todos nós sorrimos. Finalmente um nome para a mais nova integrante . 

—Ainda vou chamar ela de bravinha . - Grunhi, e consegui ouvir algumas risadas se espalhando pelo local. Dei de ombros, iria mesmo. 

Rick ficou apenas por mais alguns minutos, mas logo sua expressão fechou novamente e ele decidiu sair, dando um beijo na filha e passando a mão na cabeça de Carl, que deu de ombros, decepcionado. Passei as mãos nos cabelos do menino, tentando passar algum tipo de tranquilidade. 

Por fim, todos nos afastamos e fomos fazer alguma coisa de útil pela prisão, mesmo com a chuva que continuava forte do lado de fora. Chamei Maggie e Gleen , e logo nos empenhamos para os preparativos para a viagem, que deveria durar uns dois dias. Teríamos de ir mais longe dessa vez.

—Tentem achar mais coisa para a horta! Fertilizantes e sementes, se conseguirem. - Hershel pediu, dando um beijo no rosto da filha, que o abraçava alegre. Fiquei ansioso com essa ideia. 

Carol nos entregou uma lista de coisas essências que precisávamos , além de uma lista especialmente para bravinha, que era a nossa prioridade . Imaginei que tipo de bichinho de pelúcia ela iria gostar. 

Deixei os pombinhos se ajeitando enquanto cuidava do nosso carro, a maior caminhonete que tínhamos,  ajeitando os compartimentos . Senti uma pequena mão em minhas costas depois de algum tempo, e percebi que a chuva tinha parado. 

—Tome cuidado, ok?- Alexa sussurrou, segurando a minha mão, enquanto eu a encarava, surpreso. Nem tinha percebido ela se aproximar, o que mostrava o quanto eu estava avoado. Ainda não sabia o que eu e ela éramos , mas eu sentia um carinho especial por ela. 

—Vou tomar, sempre tomo. Você também. Não deixa o meu irmão amolar os outros. - Falei, e ela riu, movendo a pequena cicatriz que coroava sua bochecha. Ela estava usando botas, e tinha os cabelos trançados em duas tranças finas, que caiam por suas costas. Parecia uma fazendeira. Pensei em fazer uma piada, mas desisti. Ela estava linda. 

Alexa me ajudou com as coisas por algum tempo, além de adicionar mais algumas coisas para a lista, e reclamou duas vezes que queria ir junto. Não deixei. Ela revirou os olhos e bufou, mas logo se alegrou ao dar um abraço em Maggie, que tinha se aproximado junto com Glenn. 

—Vamos nessa. - O coreano falou, e logo nós três estávamos em seus devidos veículos. Eu na moto, como sempre. 

A platinada abriu o portão rapidamente para nós sairmos, e logo a prisão sumiu no horizonte atrás de nós, dando lugar a uma onda de destruição.

Alexa Lee 

Observei enquanto os veículos se afastavam, deixando meus pensamentos seguirem para longe. Eu sempre tinha medo quando meus amigos saíam para pegar suprimentos, e esse sentimento ruim não passava até que eles voltassem. 

Por sorte, todos eles voltaram até hoje, mas nunca sabemos quando isso vai mudar. 

Me afastei do portão, percebendo a agitação dos errantes com a minha pessoa, e comecei a circular as grades, matando algums walkers esporadicamente. Logo precisaríamos melhorar nossas defesas . 

Fiquei nesse ritmo por algumas horas, até que avistei um homem parado em cima da ponte que atravessava nossa fonte de água, e estreitei os olhos.

Era Rick. 

Ele parecia em transe, olhando para seu lado e mexendo a boca, como se conversasse com alguém, mas sem emitir som. Gritei, tentando chamar sua atenção. Os walker ja tinham o visto. 

—Merda- Xinguei, gritando para alguêm me ajudar enquanto eu corria para o portão, erguendo minha faca. Sai pelo portão menor, com pressa, e percebi que Rick ainda não tinha se mexido.

—Alexa, corre! Te dou cobertura.- Michonne gritou, e quase gritei de alívio junto ao ver que meus gritos tinham sido ouvidos, mas eu nao tinha tempo. Peguei uma pequena pedra no chão e atirei em Rick, a alguns metros de mim ainda. Ouvi tiros.

Ele acordou.

—Alexa? - Ele resmungou, e logo pareceu cair por si, dando uma facada em um errante perigosamente próximo . Abri caminho pela ponte, chutando alguns errantes para o chão e puxando Rick pela mão, bruscamente. Eu estava irritada e preocupada.

—Corram!- Ouvi alguem gritar , mas não identifiquei quem. Grimes e eu fomos correndo lado a lado, e senti meu pulmão gritar quando chegamos ao portão. Dei um tapa em Rick, furiosa.

—Para de tentar se matar! Acorda logo disso, seus filhos precisam de você! -Falei, sacudindo o homem que me encarava incrédulo. Parei, respirando profundamente e me acalmando, enquanto os outros se aproximavam. 

Fiz um sinal que estava tudo bem, e entrei na prisão, tentando tirar a raiva de dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Comentemm! Preciso muuito de ajuda, quero saber o que acham do rumo da história!

E sejam muito bem vindos novos leitores, obrigada a todos que favoritaram a história enquanto eu estive fora. Juro que respondo todos os comentários com muito carinho ♥.



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