A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Como vocês estão? Semana esta boa?

Desculpem a enrolação, estou em uma época meio estressante, mas finalmente consegui escrever ♥.

Primeiro de tudo, queria agradecer a Alpha Wolf, que comentou em todos os capítulos e ainda deu ideias maravilhosas! Me deixou até emocionada♥. Estou doida para ouvir sua opinião aliás.

Obrigada a Leo, Giih, e Walkerlayla, três lindos que estão marcando presença por aqui ♥

Um olá aos fantasminhas! Vocês são bem vindos sim.

E chegamos a 12.000 vizualizações! Estou muuuito feliz.

Boa leitura gente, desculpem a enrolação.



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Alexa Lee - 2 anos antes- Complexo 3 do CCD

Esperei de pé e estática enquanto Scarlet, uma das cientistas que mais vinha me ver e me examinar, saia pela porta, me dando um sorriso falso ao falar que eu estava sendo de muita ajuda as pesquisas deles.

Vadia.

Sanguessuga.

Esse era um dos meus hobbies, achar vários xingamentos para caracterizar minha indesejada visitante parasita. Ja tinha achado uns 48.

Olhei para o relógio, soltando um bufo pesado ao me jogar na cama dura e hospitalar na qual me designaram, que deixaram minhas costas em um estado lamentável para alguém da minha idade. Não importa o quando eu me alongava e tentava me exercitar no quarto, ainda sentia como se meu corpo definhasse, mas não sabia direito a causa. Provavelmente a quantidade de remédios que colocavam em minhas veias, obviamente ja detonadas . 

Os dias pareciam intermináveis, e eu sentia que esse relógio foi posto aqui de propósito, para desacelerar o tempo mais ainda, ao ponto de sentir que ele literalmente não passava. Acho que eles queriam me deixar mais louca do que eu ja estava, o que era uma tarefa árdua.

Fazia vários dias desde que o Abraham tinha vindo me ver, e isso me apavorava por dentro, mesmo sabendo de sua capacidade. Luke, outro soldado infiltrado, também tinha desaparecido. Eu temia que eles tivessem sido descobertos, pois isso significava que eles estavam mortos.

Pensei no rosto carrancudo do ruivo e nas sardas de Luke, que sempre parecia estar a beira de um colapso quando trazia alguma mensagem para mim. Eu achava graça disso. Mesmo em uma situação de merda, eu ainda sentia graça nas coisas. Como pode?

Observei os riscos pálidos na parede , finos e brancos, e apertei minhas mãos juntas, analisando risco a risco, que contavam meus dias aqui, como uma sentença. Acabavam se camuflando na parede também branca, mas eu sabia onde olhar para conseguir enxerga-los niticamente. Sempre sabia.

Olhei para a porta cinza, me certificando que eu estava realmente sozinha, e foquei meu olhar na câmera de meu quarto, com sua lente escura e fosca me encarando como uma ave. Uma tenebrosa ave de rapina. Por muito tempo achei que ela realmente funcionava, mas dai descobri que é apenas uma espécie de efeito placebo, feito de propósito para me deixar desconfortável. 

Mostrei o dedo do meio para ela mesmo assim. Quem sabe , né?

Levantei da cama, pisando com meus pés frios no chão, acabando por me sentar la mesmo. Desloquei levemente um pedaço da parede da parte inferior de minha cama, e tirei uma simples caixinha de lá , meio suja por conta do local. Abraham tinha me contado desse esconderijo , e eu finalmente tinha utilidade para esse espacinho.

Segurei o pequeno compartimento na mão, sentindo o peso e o tintinar da arma que estava la dentro balançar a medida que eu a movia. Eu estava doida para pô-la em ação, mas sabia que não podia me precipitar. 

Guardei novamente a caixinha, fazendo um barulho mínimo ao colocar a parte da parede no lugar, e me deitei na , soltando um suspiro nervoso. Eu não estava pronta para o que vinha depois.

Desde que Abraham veio ter a primeira conversa comigo no laboratório, as coisas pareciam ter mudado completamente de sentido. Ele tinha me visitado mais algumas vezes desde então, usufruindo da confiança que todos tinham nele, e estava planejando uma fuga em massa . Minha barriga borbulhou ao pensar nisso, e meus pelos se arrepiaram. Eu estava ansiosa. 

Assimilei as memórias em minha mente enquanto piscava os olhos, tentando organizar as informações que eu tinha, juntamente com tudo que ele tinha me contado. Eram tantas partezinhas de coisas separadas contadas as pressas, que as vezes eu mesma duvidava do potencial de minha mente.

Meus pais eram ambos cientistas do CCD, como eu sempre soube, mas o que eu não sabia era que eles trabalhavam em duas coisas completamente diferentes. 

Desde pequena eu vivia nesses corredores, brincando para lá e para cá com outras crianças, obviamente evitando os vários locais proibidos espalhados pelo prédio. Sempre observava meus pais discutirem sobre as coisas, irem visitar outras instalações e ouvia o telefone chamando por eles no meio da noite, por causa de alguma epidemia. 

Até que o governo veio com uma proposta perigosa:a criação de um vírus mortal, administrável e potente, para objetivos " puramente militares" . Obviamente, vários cientistas aceitaram a proposta ao saberem o quanto ganhariam, enquanto outros, com o instinto de ética ainda intacto,  negaram , acabando por serem silenciados. Eu pensava se alguns dos meus amigos de infância tiveram seus pais silenciados. Torcia para que não.

Isso foi a três anos atrás.

Depois de alguns anos de pesquisa, mutando e criando híbridos de uma diversidade enorme de doenças mortais, como varíola, febre espanhola, zika..  ainda não tinham achado um meio de tornar a "doença" reversível, testando e matando diversas cobaias humanas para ver seus efeitos. As mesmas cobais que eu vi na grade do CCD, mortas e grunhindo. 

De acordo com Abraham, enquanto os comparsas do governo trabalhavam no vírus e o potencializavam, os poucos que não concordavam com a ideia mas que continuavam vivos estavam criando uma espécie de resistência, acompanhando as descobertas e o desenvolvimento dos cientistas,  fazendo mínimas coisas para atrapalhar. Desde sumir com amostras até sabotagem de testes. 

Minha mãe fazia parte da resistência.

Mas... por que ela me deixou ser levada pelo meu pai até esse lugar horrível?

Acho que nunca vou ter a resposta para essa pergunta.

—Merda de lugar. - Murmurei ao ar, me virando de lado na cama dura, deixando meus pensamentos dispararem e me dominarem. Eu estava indo em um ritmo bom.

O motivo do vírus ter sido liberado e criado esse apocalipse todo? Ninguém realmente sabe, mas de acordo com o conhecimento geral,  foi um " acidente de laboratório" . Um fato que duvido muito alias. Ninguém deixaria o trabalho de anos simplesmente escapar de um laboratório por conta de uma falha no sistema. Mas agora a merda ja esta feita, e quem fez isso provavelmente esta morto.

Depois que começou o apocalipse, os cientistas que sobraram reuniram esforços para encontrar algum tipo de injeção de imunidade, mas não sabiam mais qual mutação do virus que foi solta, e era impossível detectar pelo sangue dos errantes, nao sei por qual motivo. Acabaram por fortificar o complexo, arranjar uma serie de errantes e humanos para realização de testes. 

A resistência que sobrou foi para um outro complexo do CCD , buscando a vida. Mas alguns deles permaneceram, continuando a coletar informações vindas de dentro do berço da epidemia, pais do vírus Z. Guardas, alguns cientistas e até mesmo cobaias pertencentes a esse mundo. Minha mãe era supostamente uma dessas, mas Abraham não tinha notícias dela desde que chegamos aqui. 

Mas do meu pai ele tinha. Suspeitava que ele quem tinha liberado o vírus, em alguma espécie de surto psicótico de um cientista frustrado. Se eu tivesse escutado essa possibilidade meses antes provavelmente ficaria surpresa, mas depois de tudo que vi, não duvidava de nada. 

Quem diria que as pessoas que deveriam nos proteger de epidemias, fizeram a maior de todas acontecer?

—Alexa? - Uma voz leve chegou aos meus ouvidos, e olhei estagnada para a porta, a qual se abria lentamente  com um barulho irritante. Uma mulher vestida com roupa de faxineira adentrou no quarto, me olhando receosa. Tinha feições delicadas , cabelos loiros, e parecia muito assustada , como se soubesse que não deveria estar aqui. Provavelmente não deveria. 

—Sim, o que quer? - Falei, a encorajando a entrar, ao mesmo tempo que meu instinto de alerta estava no máximo. Onde estava o guarda? Quando ele iria voltar?

—Tenho poucos segundos, esteja pronta as 23 horas em ponto, na frente da porta. Você foi avisada.  - Disse, esganiçada, e jogou algo em minha cama, fechando a porta rapidamente logo em seguida, se afastando como um rato ligeiro.  Ouvi os passos pesados de um homem calmo no corredor, e logo vi a sombra de um dos guardas por baixo da porta. Soltei o ar. Eu não tinha percebido, mas estava segurando a respiração desde que ela entrou.

Observei o objeto jogado a milímetros de meus pés, e o peguei, examinando o pequeno relógio . 17:36. Eu ainda estava confusa, mas conhecendo essa resistência, não duvidava de mais nada. Esfreguei meus olhos, dando leves tapas em minha bochecha checando se era tudo real. 

Seria um plano falso? Poderiam ser os cientistas que fizeram isso. Poderiam ter descoberto os infiltrados e tirado informações deles para me enganar. Mas logo descartei essa hipótese ao ver um "R" leve no "motor" do relógio, escrito do mesmo jeito que a escritura na arma e as outras coisas na caixa.

Eles iriam me tirar daqui. Eu sabia disso. Tudo o que eu tinha no momento era fé. 

O homem ruivo tinha me explicado rapidamente o que aconteceria em seguida, desde a saída do quarto até o outro CCD, centro das operações. Mas na realidade ele não tinha explicado basicamente nada em relação aos detalhes técnicos . 

Eles não achavam mais que os cientistas estava tentando tirar uma cura de mim, e sim impedir essa cura de existir, ou a utilizar só para eles mesmos. Até mesmo acabar com as pessoas imunes. Eu nem sabia se existiam mais pessoas que nem eu.

—Mãe, onde você esta? - Murmurei a mim mesma de novo, pensando no quão ruim seria ter que deixa-la. Eu sabia que tinha grandes chances de ela não estar mais viva, mas eu torcia para que a pouca sanidade restante de meu pai iria poupa-la.

Se é que sobrou sanidade nele.

Só o tinha visto uma vez depois que chegamos lá, em um teste com eletrodos que fizeram em mim. Ele estava la, junto com outros 10 cientistas, me encarando como se eu fosse um mísero ratinho, enquanto anotava coisas ferozmente. Todos eles pareciam estar no mesmo estado.

Eu ainda não entendia direito tudo que tinha acontecido, e provavelmente iria demorar até encaixar todas as peças, mas a única certeza que eu tinha é de que iria sim sair daqui.

Mas sabia que teria de lutar por isso.

Olhei o relógio de novo : 22:10. 

Estava quase na hora. O tempo passou e eu mal tinha percebido. 

Peguei a caixa do esconderijo novamente, não ligando a mínima se estava fazendo barulho. Eu sabia os horários dos guardas, sempre ouvia os passos e as curtas conversas durante as trocas, mas por algum estranho motivo, sentia que não tinha mais ninguém na porta.

Abri a caixa, exibindo uma pistola carregada , e a pesei em minhas mãos, tendo meu instinto de luta ativado ao sentir o gelado do metal. Atrás da caixa também tinha uma pequena corrente com um símbolo estranho em cima, e apenas o coloquei, sem ter muito tempo nem paciencia para pensar. 

Um dos guardas infiltrados tinha colocado a caixa em meu quarto enquanto eu estava no quarto científico, nome carinhoso que dei a sala do demônio, e Abraham me avisou com o olhar enquanto acompanhava Scarlet em sua visita matinal ao meu quarto. Bem pensado. Eu só não sabia como diabos ele tinha descobrido esse lugarzinho, mas enfim. 

22:50.

Eu ja tinha sonhado várias vezes com minha fuga, e acho que ja vi todas as opções possíveis de coisas para acontecer, mas nunca se sabe. Engatilhei a arma, torcendo para o plano der certo e para o meu corpo não me deixar na mão. Estralei o pescoço, alongando meus braços logo em seguida. 

Porém, eu não sabia qual era o plano.

Senti o frio do chão obscuro e nada acolhedor subindo para os meus calcanhares, como se eu começasse a fazer parte do frio intenso que recobria esse quarto. Levantei a arma, ficando em posição de ataque, apenas aguardando qualquer sinal de que aconteceria alguma coisa.

E aconteceu.

A porta simplesmente abriu.

E tudo ficou escuro. Fechei os olhos.

—Mas que porra é essa? - Ouvi uma voz a minha frente perguntar ao ar,  enquanto o som da porta rangendo se espalhava pelo cômodo e pelos corredores. Eu nem tinha tocado nela. 

Todas as portas tinham sido abertas.

E foi ai que uma faísca chegou a minha mente.  O sistema do CCD é todo tecnológico, e a maioria das portas possuem trancas mecânicas , sendo abertas apenas com um crachá , ou por meio da sala de controle geral. Sorri com o canto da boca, uma silenciosa e agradável vitória. 

Eles tinham tomado o CCD.

Me agachei, ficando protegida pela porta após apalpar o chão por alguns segundos, a procura de apoio. Bem que o Abraham podia ter avisado que isso iria acontecer. Não tentei enxergar as coisas em nenhum momento . Era perda de tempo. 

Ouvi passos confusos e vozes perdidas se espalharem pelos corredores, algumas gritando ordens e algumas apenas desesperadas pela escuridão. E eu apenas permaneci em silêncio, esperando o momento certo de agir.

Um arrepio percorreu o meu corpo ao lembrar de todos os errantes presos nas grades dentro e fora do CCD, e foi ali que minha adrenalina chegou a mil. Eu estava no ápice de tudo. 

Alguém tinha entrado no quarto.

—Que merda que merda que merda. - A pessoa repetia desesperadamente, enquanto chocava com minha cama, que acabou caindo. Passei pela porta e a fechei, ouvindo o grito desesperado da pessoa la dentro, batendo na porta. Dei um suspiro.

Eu não sabia quanto tempo ficaríamos no escuro, nem se estávamos nessa situação por conta da fuga, mas eu precisava aproveitar.

Comecei a andar pelos corredores, apalpando as paredes e fingindo ser apenas mais um dos desesperados , e lembrei de mais algumas coisas que Abraham disse.

"10 metros a direita, primeira porta a esquerda"

Passei por pouco ao lado de uma pessoa, quase que a tocando, e acelerei o passo, até que finalmente achei uma porta fria e densa em uma das partes da parece. Encostei na maçaneta, prestando atenção ao meu redor, e finalmente a abri, entrando e a fechando rapidamente. Um odor forte e familiar adentrou meu nariz, e fiz uma careta. 

—Por aqui! - Uma voz desconhecida bradou no corredor por trás da porta, e ouvi os passos dos perdidos seguirem a voz. Provavelmente a conheciam. Ou seja, a voz era minha inimiga.

Permaneci agarrada a porta por mais uns dez minutos, até que um súbito formigamento se apoderou de mim, me fazendo arregalar os olhos de maneira brusca.

Tinha errantes perto de mim. 

Uma explosão intensa disparou no ar, e me joguei no chão, chutada por um impacto invisível e agressivo . Meu ouvido estava zunindo irritantemente, e o mundo escuro finalmente voltou a ver a luz, me cegando momentaneamente. Demorou mais algum tempo para me acostumar com a claridade, até que finalmente consegui.

Eu estava na porra de um armário de limpeza.

Quando consegui fazer o zunido parar de soar, outro som tomou minha atenção: tiros. Agora sim a ação tinha começado. 

Soltei um rugido ao reparar que ainda vestia o mesmo avental revelador e fino, e procurei rapidamente por qualquer coisa que poderia usar . Achei o que precisava: um macacão de manutenção, totalmente sujo e nojento, mas era alguma coisa. 

Vesti a roupa rapidamente, jogando minhas ex vestes em um balde qualquer , pegando a arma na mão e mexendo em meus cabelos, agora curtos por conta da dificuldade de lidar com eles. Eu sentia falta das madeixas longas, mas tinha que admitir que era bem mais fácil assim.

Coloquei o ouvido na porta, sorrindo ao não escutar nenhum som vindo de fora. Voltei aos corredores , observando a luz meio quebrada dar um teor obscuro ao local, enquanto fechava a porta de meu esconderijo. O corredor estava um caos, estagnei. 

Coisas caidas estavam em todas as partes,desde camas até partes de roupas, e observei um corpo inanimado no chão, com um tiro no pescoço. Como eu não tinha percebido isso tão perto de mim? Preparei a arma. O ambiente não era mais seguro. 

Eu estava no andar subterrâneo do CCD ,onde nunca tinha estado quando menor, e tinha consciência dos dois andares acima de mim. Era lá que a ação estava acontecendo.

Corri pelos corredores, ignorando todas as portas no passar do caminho, até que finalmente cheguei a primeira escada, ofegando e suando. O macacão pesava muito, mas era melhor do que aquele avental.

Levei um susto ao ssr atacada por um errante , que tinha se aproximado sem eu perceber. Ele estava escondido na curva da escada.

—Merda.- Resmunguei, chutando o errante, agora realmente morto. Reconheci-o como sendo uma das cobaias, pela roupa igual a minha. Meus pelos eriçaram. 

Eu não sabia quantas pessoas viviam aqui, mas tinha consciência de pelo menos 40, o que era um numero enorme para uma comunidade dizimada . Para onde foram todos? E para onde foram os errantes? Provavelmente tinha mais errantes aqui do que humanos, e isso não era uma notícia animadora. 

Subi as escadas rapidamente, tendo que atirar em um guarda desprevenido que observava pela porta um dos andares, como se fugisse da briga.

Por sorte Abraham tinha me avisado que os Resistores estariam com as roupas pichadas, se não provavelmente atiraria no time errado . Belo método para não se matarem sem querer.

Peguei a arma que o guarda tinha, guardando a minha pistola em meu novo bolso, elevando a semimetralhadora nova na altura de meus olhos, me preparando. 

Uma faxineira passou correndo por mim, não ligando a mínima para minha presença, e eu finalmente adentrei no corredor , totalmente confusa. Acabei dando diretamente na entrada do CCD, onde os vidros estavam quebrados e cheios de sangue. 

Observei errantes , cientistas desesperados e guardas lutando entre si, alguns correndo para outros locais e outros tentando ajudar. Vi muitas mortes em poucos segundos, e sorri de alivio ao ver Luke vivo, lutando contra dois errantes. 

—Alexa! - Uma voz desconhecida rugiu para mim, e observei um homem grande e moreno acenar para mim, usando um colete da Resistencia. O encarei , e observei sua expressão enquanto eu atirava rapidamente em um errante e um guarda que se aproximavam, recebendo um olhar de agradecimento.

—Ela fugiu. - Uma outra voz foi ouvida acima do barulho dos tiros, mas outra explosão aconteceu, e isso me impediu de identificar quem era. A explosão foi na frente do CCD, fazendo todos que estavam ali cair, menos os errantes, que continuavam sedentos em sua busca por alimento. 

Fiquei turva por um momento, e antes que eu pudesse impedir, um braço forte e desesperado me agarrou, me arrastando para uma porta afastada. 

Inapta de gritar, dei uma chave de braço em quem me segurava, me livrando facilmente do invasor. Mas ao observar seu rosto, parei automaticamente.

—Pai?


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que acharam? Sei que esta tudo meio confuso e embolado, e desculpem se as coisas não ficaram do jeito que vocês esperavam, mas tem varias coisas para serem reveladas ainda.

Achei extremamente interessante escrever de algo que não aconteceu na série, pois amo criar histórias do meu jeito.

Vou intercalar alguns capítulos antes do grupo do Rick e depois do grupo do Rick, como se fossem flashbacks extensos.

Vocês preferem que eu avise no título quando for um flashback? Tipo " Capítulo X- Antes".

Comentem ♥

Ps: O sonho que a Alexa teve alguns capítulos atrás no mato foi apenas uma projeção, e não a realidade. Vocês devem perceber que ela tem alguns eventos desse tipo, como o cachorro na mata. A mente adora pregar peças .



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