A Cura Entre Nós escrita por Duda Borges


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

OI AMORESSS! Vocês não tem noção do quanto eu estou feliz, a cura entre nós teve sua PRIMEIRA MARAVILHOSA RECOMENDAÇÃO! MUUUITO obrigada mesmo a Chatastrophe, mulher você me fez ter um infarto! Esse capítulo é todo para você!
Obrigada a Bianca( DESCULPA A DEMORA, me enrolei), Signora mozona, C Black, Murphy, Alekina, Hermione e Catarina Franca! Amo muito vocês, obrigada pelo apoio ♥



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Pov Alexa Lee

Minha adrenalina estava a mil. eu conseguia sentir todas as partes do meu corpo, todos os poros, inclusive os batimentos acelerados de meu coração, que parecia querer sair de meu peito. Meus cabelos curtos grudavam em meu rosto suado, me fazendo exercer um tremendo esforço para os afasta-los de mim. Meus machucados latejavam brutalmente, por conta de serem recentes. Soltei uma careta ao pisar em falso , quase tombando, mas logo me recuperei.  Não tinha tempo para erros.

O som do fino eco de passos e portas se fechando estava cada vez mais frequente, e um sinal muito alto começou a soar, semelhante a o sinal de uma prisão, o que o local era para mim. Em todo o meu tempo aqui, só tinha o ouvido uma vez. Gelei. Agora sim eu sabia que tinham me descoberto. 

Apressei os passos pelos corredores brancos e longos, tentando não pensar na quantidade de gente que deveria estar me procurando e nem nos errantes que provavelmente foram atraídos pela confusão. O medo me consumia por inteira, mas a cada passo que eu dava, me sentia mais perto da liberdade.

Repassei a planta novamente em minha cabeça, tentando lembrar dos mínimos detalhes. Meu pai tinha me dado alguns dos dados de que eu precisava, mas a maior parte foi tramada por mim mesma, nas minhas intermináveis noites sozinha. Um rio de lágrimas vieram aos meus olhos ao pensar que agora meu pai ja nao estava vivo, mas a esperança me mantinha inteira, pelo menos por enquanto. Pensei rapidamente em meu irmão, mas logo o afastei. Ele não merecia ser lembrado.

Apertei fortemente o antigo cartão dele em minha mao, apreciando o plástico quente em contato com a pele seca. A foto ja era antiga, e apresentava uma versão de meu pai com cabelo, acima da pequena escritura em metal, que representava minha liberdade.

Eu sentia um leve frio por conta de meu avental aberto, roupa que eu vinha usando a uns belos 6 meses . Por algum motivo os corredores eram extremamente frios, e eu estar descalça não ajudava nisso. Soltei um suspiro, me preparando para o pior

Pelo que eu lembrava, deveria ter uns dois minutos para conseguir chegar até a saída sem ficar presa, e nem ser pega. Só de pensar no que aconteceria comigo se me pegassem fez que um arrepio percorresse meu corpo, e um outro ponto de adrenalina piscou em mim.

Parei rapidamente em uma curva para o outro corredor, e chequei todos os lados, dando um tempo para respirar e recuperar energia. Me apoiei com as costas na parede gelada, prova viva de que isso realmente estava acontecendo. Eu estava sozinha. Os passos se aproximavam.

Continuei minha corrida incessante, dando amem por ter tirado as meias brancas e por estar correndo descalço agora, pois isso estava me impedindo de escorregar. A porta branca com os dizeres "saída" ja estavam muito próximos de mim, e quase dei de cara nela por conta da velocidade que corria.

— Vamo, vamos , vamos- Murmurei a mim mesma, tremendo ao manusear o cartão no sensor de saída. O alarme continuava.

E quando finalmente consegui coloca-lo e ouvi o clique de uma tranca, a porta abriu lentamente, e meu sorriso se desfez. Mãos me agarraram e me puxaram, e finalmente descobri que tinha ido em direção a minha morte. Eu sentia as mordidas, senti cada parte minha sendo arrancada, e apenas gritei. Gritei pelos sacrifícios. Gritei por tudo que passei.

No meu desespero, senti uma sensação de tontura, e logo tudo ficou escuro. Eu batia em tudo que conseguia, e senti mãos tentarem me agarrar, e me desesperei mais ainda. Porém, como ficou de noite do nada?

—Alexa, para! - Uma voz grossa me disse, e senti mais nitidamente mãos fortes me segurando e sacudindo. A dor tinha passado, e eu não sentia mais mordidas nem arranhões. Me concentrei ao máximo para me acalmar, respirando algumas vezes. Abri os olhos rapidamente, analisando o lugar de forma exagerada. Onde estava o laboratório?

— Cade os errantes? Meu , meu... - Perguntei a ninguém em especifico, tremendo, tateando todo o meu corpo a procura de indícios do que tinha acabado de acontecer. Mas apenas encontrei minha pele cicatrizada, agora meio suja por conta da estrada.

Passei as mãos lentamente em meu cabelo, sentindo o comprimento, soltando um suspiro pesado, e finalmente olhei ao meu redor, tendo uma repentina vergonha do que tinha acabado de acontecer. Eu tive um pesadelo.

—Não se preocupe, estamos sozinhos. Agora fique quieta.  - A voz disse novamente, rouca de dono, e foquei meu olhar, observando o par de olhos azuis brilhantes que me encaravam no escuro. Senti minhas bochechas esquentarem, e abaixei o rosto, envergonhada.

Daryl estava com a mão apoiada em minha perna, e percebi que nesse meu momento de pânico eu tinha acabando sentando no chão, a alguns metros de onde estava antes. Ele estava agachado, com a besta apoiada nas costas mas com uma expressão mais calma. Fiquei mais vermelha ainda, eles tinham achado que era um ataque. Ainda bem que era noite, torci para poucos terem ouvido. 

 As imagens do pesadelo voltaram a minha mente como um filme, e sem que eu pudesse impedir, lágrimas ja escorriam de meus olhos. Lágrimas de pura dor e desespero.

—Alexa, foi um sonho, esta tudo bem...- O caçador falou rapidamente, entre o desespero e a preocupação, e ate mesmo com um tom de impaciencia. Eu apenas assenti, mas as lágrimas não paravam. E se eu tivesse atraído errantes com os meus gritos?

Quando fugi, tive muitos sonhos desse tipo, o que foi um problema enorme para quem sobrevivia sozinha e tinha que se virar. Muitas vezes acabei cercada em algum esconderijo por conta de meus gritos, e nao queria isso para esse grupo. Não sei o que desencadeou esse ataque de agora, mas me senti muito culpada em ter botado eles em perigo por conta do meu barulho.

—Você esta tremendo de frio.- Daryl resmungou, passando as mãos em meus braços brutalmente, na tentativa de me esquentar. O encarei ,e assenti, eu estava com muito frio. O contato de sua mão quente na minha pele fria me acalmou, mas ainda sim o pânico me assolava. Eu nao queria acabar sozinha novamente.

Ouvi o barulho grosseiro de algo sendo colocado no chão, e quando eu menos esperava, senti braços grandes me rodeando de forma desengonçada. Fiquei meu relutante no começo, mas logo me entreguei , não me importando de molhar totalmente a camisa do caçador. Acabei dormindo em algum momento, e finalmente tive sonhos tranquilos.

Pov Daryl.

Eu ja estava acordado a algum tempo, apreciando a mudança de ar, apenas esperando a pequena criatura acordar de meus braços. Estava com medo de me mexer e acabar a acordando, e depois do surto ela bem que merecia um descanso. Mas eu estava doido para sair daqui.

Seus cabelos platinados estavam espalhados pelo chão e em cima de mim, e seu nariz se movia delicadamente a cada ressonava que ela dava, dando a impressão que sua pequena cicatriz na bochecha se movia junto. Resisti a sensação de fazer carinho em seu rosto, angelical no momento. Eu estava ao mesmo tempo muito desconfortável e muito encantado. Ajeitei o casaco que eu tinha colocado em cima dela para a esquentar, tampando parcialmente seus cabelos.

Consegui visualizar algumas de suas cicatrizes, nas quais me lembravam muito das minhas próprias. Seus pequenos olhos , mesmo fechados, aparentavam um inchaço por conta dochoto, o que me dava uma pontada de tristeza. Quem diria que pesadelos seriam um problema no mundo atual?

Pensei novamente nos eventos de madrugada, e fitei uma árvore acima de mim. Acordei com seus gritos, e por sorte eu estava de vigia, se não ela iria acordar o acampamento inteiro. Alexa não percebeu , mas Rick e Lori também tinham levantado para ver o que tinha acontecido, mas os dispensei. Sentia que ela não iria querer a companhia deles.

Eu conseguia sentir a dor e o desespero dela no momento, e além de gritos, a ouvi gritando palavras como "pai" "CCD" e outras coisas, o que me deixou mais curioso a respeito de sua origem. Mas, nao era problema meu.

Alexa ja estava a mais de um mês com a gente , praticamente o tempo todo que estávamos na estrada. Desde que saímos da fazenda , as coisas só tinham piorado, e provavelmente vao continuar piorando . O inverno estava chegando, e as pessoas no limite. Ainda tínhamos medo da horda que nos pegou da ultima vez, e ficar indo de casa em casa estava fodendo com a moral de todos.

Ouvi algumas vozes silenciosas, e percebi que as pessoas finalmente estavam levantando. Observei novamente a pequena menina em meus braços, e finalmente tentei levantar, sendo o mais delicado que o meu corpo permitia. Eu realmente estava fazendo isso?

—Não- Uma voz cheia de sono falou, me fazendo levar um susto, e senti braços finos me dando um abraço apertado. Um arrepio percorreu meu corpo com a aproximação, mas afastei os pensamentos, olhando para o lado. Arregalei os olhos, ela estava acordada?

—Alexa?- Sussurrei suavemente, e apenas recebi um grunhido em resposta. Ela estava dormindo.

Tentei novamente me mover, e enquanto me movimentava, observei seus pequenos olhos sonolentos se abrindo, curiosos com o dia. Acompanhei seu rosto partindo de sonolento e pálido para nervoso e vermelho, e a menina se levantou rapidamente, me olhando, e logo tentando pegar o casaco que caiu de cima dela.

—Desculpa. - Falou, embaralhada, olhando para todos os lados, como se procurasse uma saída. Seus cabelos platinados estavam totalmente eriçados, assim como sua roupa amassada. Meu deus, ela era realmente linda. Achei graça no jeito dela, será que ela lembrava do que tinha acontecido? A menina de boca afiada mudava muito de uma hora pra outra.

Fiz um movimento de cabeça e me afastei, pegando a besta do lado do local que dormíamos, tentando esquecer de Alexa. Mas infelizmente ela não saia de meus pensamentos. Dei um soco em uma árvore. 

—Você sabe que ela não é tão nova assim, sabe? - Uma voz chamou minha atenção, e me deparei com Maggie, me olhando de braços cruzados. Ela tinha olheiras fundas e escuras embaixo de seus olhos, o que mostrava mais ainda a deteriorização do grupo. Me estendeu duas barrinhas de cereal, que eu recusei.

—Não importa- Falei, curto, fechando a cara. Eu não tinha o mínimo interesse na nela. Só cuidei dela para não atrair errantes para o acampamento, claro .

—Ah por favor Daryl - Ela revirou os olhos, me dando um sorriso de canto. Soltei um resmungo, irritado. Ela me estendeu as barrinhas novamente.- Ela tem 24, só para você saber.  - Disse, e a notícia me pegou de surpresa, como um tapa.24? Parecia ter 17, menos ainda. A diferença de idade não era gritante, mas ainda sim, nao quero nada com ela. Não poderia.

Dei de ombros novamente, e Maggie ficou me olhando algum tempo, passando o olhar para Alexa, a alguns metros de nós, que conversava com T-Dog. Eu conseguia ver em seu rosto a preocupação estampada, e abaixei a cabeça, pensativo. 

—Você ouviu...?- Perguntei, e ela logo fixou o olhar em mim, com um sorriso cansado. Ouvi a risada de Alexa ao longe. Quase nunca a ouvia rir, e geralmente ela apenas sorria com a família Greene por perto.

—Sim, e ela ja tinha tido isso enquanto estava desacordada. - Falou, soltando um suspiro e me encarando profundamente. - Ja gritou cada coisa... meu pai preferiu ignorar, e não tocamos nesse assunto com ela. - Falou, e eu assenti. O acampamento no meio da estrada começou a ganhar vida.

—Ela ainda sente medo da gente fazer algo com ela as vezes. - Falei, lembrando do receio que ela tinha as vezes quando pessoas se aproximavam, demorando um pouco para ceder. Ela tinha esse receio pricipalmente perto de Carol, que ainda não se dava bem com ela.

—Bem, não é a toa. Se caisse nas mãos de um grupo ruim, quem sabe o que não iriam tentar ao ver as marcas. A humanidade inteira provavelmente quer ser que nem ela. - Maggie resmungou, e as palavras dela me deram um arrepio. A platinada ainda tinha muita dificuldade de interação, e geralmente ficava na dela.

Observei a morena mexer a cabeça rapidamente, em uma despedida silenciosa, e sair andando na direção das pessoas. Vi T Dog me dar um aceno, e correspondi. Ainda tinha problemas com o fato de ele ter deixado a chave de meu irmão cair, mas ele se tornou uma ótima ajuda.

Observei o grupo novamente, soltando um resmungo irritado. Nosso grupo estava quebrado. Todos que eu olhava estavam bem magros e com uma expressão cansada estampada no rosto, por conta das mudanças constantes. Lori estava com uma barrigona, o que nos deixava mais preocupados ainda, não podiamos arriscar ter esse bebe na rua.

Carl estava lendo gibis sentado no chão, com o típico chapéu em sua cabeça. Pelo menos ele estava feliz, e cada dia melhorando no manuseio de armas.

Avistei Rick e Glenn conversando ao lado do capô de um de nossos carros, agora com gasolina mínima, e me aproximei, terminando rapidamente as barrinhas, e guardando o pacote no bolso. A maioria das coisas que comíamos era eu quem caçava, e Alexa também de vez em quando. Não que a gente concorde com o fato de ela sair para caçar, ela simplesmente some e volta algum tempo depois com algum tipo de carne. Isso me irrita profundamente. 

— Daryl, bom dia. - Rick falou quando me aproximei, apontando para um mapa aberto em cima do capô. O pedaço de folha, apesar de tudo, continuava inteiro, apenas com alguns riscos e manchas espalhados. Os encarei. - Estamos vendo para onde ir. - Explicou, e logo Glenn e Maggie se aproximaram, seguidos de Hershel. Assenti, precisavamos logo ter essa conversa.

—Eu ia falar disso agora, não podemos continuar indo de casa em casa. Estamos quebrados, cara. - Falei, olhando para todos. Eles olhavam para o chão, como se pensassem em minhas palavras.

—Nao podemos voltar, vamos acabar preso entre duas hordas. - Glenn começou; deslizando o dedo pelo nosso caminho feito nesse primeiro mês. A discussão começou. Apoiei meu braço no carro.

—Agora ja devem ser mais de 500, Alexa comentou a um mês que sentiu 300.- Maggie falou, roendo as unhas distraidamente. Senti um arrepio novamente.

— Vamos ir seguindo para o Norte então, ver no que vai dar.

—Esta tudo tomado para as bandas de lá, vocês todos sabem. - T-Dog falou, e só agora eu tinha percebido sua presença.

— Lori precisa de algum lugar fixo, ela nao vai aguentar essa andaria toda.- Hershel falou, olhando cautelosamente para o outro carro, no qual a grávida nos olhava. Quem mandou botar chifre no marido?

—Eu sei, eu sei. Ainda acho que devemos ir para o Norte.- Rick resmungou, botando a mão na cabeça.

— Não podemos ir para o Norte, não mesmo. - A voz de Alexa chegou aos nossos ouvidos, e a platinada jazia em pé a um metro de nós, se aproximando. Usava uma calça preta rasgada e uma regata branca, o que combinava com seus cabelos e realçava suas curvas. Arregalei os olhos, que porra eu estava pensando? Segurava o facão perigosamente em suas mãos, prova viva de que foi a coisa certa lhe devolver as armas, mesmo com o receio de alguns. Ela desviou o olhar quando me viu, corada.

—Por que não? Você esta sentindo algo? - Glenn perguntou, apoiando os braços no carro, a olhando interessado. Idiota. Revirei os olhos. Mas eu tinha que admitir que realmente era uma habilidade incrivrl.

— Bem, se vocês quiserem ser devorados, vão em frente. A direção norte vai nos levar onde eu ja passei, e pode ter certeza que eu sei que la esta tomado. - Falou, apontando para a coxa, onde eu sabia que tinha uma cicatriz. Então foi lá que ela se machucou.

— Bem, voto em confiar nela.- T-dog disse, levantando a mão de brincadeira. Alguns risos foram ouvidos, e a própria Alexa exibiu seus dentes, sorridente. Reprimi um resmungo.

—Então só nos resta ir a 27 e voltar em direção a Grennville. - Rick disse por fim, dando um tapa leve no mapa. 

— Em Newnan vamos para o oeste. Não estivemos la ainda, podemos encontrar algo bom. - Falei, e todos acabaram por concordar. Observei Maggie olhar para mim e para Alexa, pensativa. Revirei os olhos novamente.

— Vamos partir amanha, hoje descansem. - Rick disse finalmente, e as pessoas se dispersaram, cada um indo fazer algo. Observei Carol conversando com Lori no carro, mas com os olhos em mim. Vi sua expressão mudar do nada, e senti uma mão gelada me tocar.

—Daryl, oi - Avistei o rosto tímido de Alexa, que me olhava com os olhos azuis hesitantes. A encarei profundamente, meio incomodado.

—Você esta sempre gelada, cade aquele casaco que te cobri? - Perguntei, logo me arrependendo de ter demonstrado preocupação. Alexa me encarou surpresa, e abriu um sorriso tímido.

—Deixei do lado de suas coisas, perto da moto. - Respondeu, e a encarei. Por que ela tinha vergonha de quase tudo?

—Pode usar, não ajuda nada você morrer de frio. - Resmunguei, e ela assentiu, com pressa.

— Enfim, eu só queria te agradecer por... ontem. - Ela disse finalmente, gaguejando, ficando mais nervosa ainda. Passava o facão de um lado para o outro em suas mãos, como se fosse algo facil, e tinha os pelos do braço eriçados.Ela não parava de evitar meu olhar, então puxei levemente sua cabeça, a soltando rapidamente. Agora eu a fitava nos olhos.

—Só nao se acostume com isso. - Falei, tentando impedir meus pensamentos de aflorarem. Observei seu olhar passando de gratidão para tristeza, depois para raiva, e logo me arrependi de ter dito isso. Era mentira, eu salvaria ela de tudo se precisasse, mesmo que não fosse admitir nunca. Eu iria sentir falta dela em meus braços. Que porra eu estou pensando? 

—Eu sei que tem uma manteiga derretida ai dentro. - Ela disse, ainda com o rosto corado e a expressão de raiva, me encarando intensamente. Ela era umas duas cabeças mais baixa que eu, o que deixava a cena cômica.

— Vai sonhando. - Falei tentando minimizar a conversa, a encarando . Ela me olhou com seus olhos brilhantes, agora muito firmes, e se afastou, sem falar mais nada.

Um sentimento de raiva se apoderou de mim ao ver sua saída, e incrivelmente eu tinha cada vez mais vontade de me aproximar dela. Mas eu sabia muito bem que nao podia ,nem devia. Decidi ir caçar, afastando a imagem do rosto , corpo e personalidade da platinada.

E depois de alguns minutos apenas andando, sem sequer me focar, tive uma surpresa.

Avistei nosso novo lar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Foi um capítulo cheio de Dalee, Aleryl, Dalexa(????). Hehe. Um pouco do passado dela foi revelado, só um pouco meemo, e podemos perceber que ela ainda tem muitos problemas de socializaçã, tendo seus altos e baixos.
Comentem meus amores! E oi fantasminhas, 64 leitores ♥



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