Entre elfos e vampiros escrita por neko chan


Capítulo 48
Eu quero me apaixonar por você mais uma vez


Notas iniciais do capítulo

Desde já, perdão



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Meren e eu acordamos um pouco tarde, tivemos que correr pra ir buscar Isabel, que não se importou muito com o atraso por ter tido mais tempo pra brincar, era fim de tarde e nós estávamos meio sonolentas esperando que ela terminasse de se despedir dos amigos.

— Vocês dormiram demais de novo? - ela pergunta
        - Só um pouquinho. - rio

— Querem ficar um pouco pra brincar comigo

— Já está bem tarde, não acha? - Meren se abaixa um pouco pra falar com ela

— Só algumas empurradinhas no balanço. - ela implora

— Ok. - Meren cede
Vamos pra os balanços, Meren empurra Isabel enquanto a menina ria e pedia pra ela empurrar mais alto, eu me sento no que ficava ao lado e me balanço tranquilamente esperando elas terminarem enquanto via os ultimos raios de sol sumindo por trás das árvores.

— Descansando enquanto eu faço todo o trabalho. - Meren vai pra trás de mim e empurra minhas costas me assustando e fazendo meu balanço voar pra frente

— Não vamos deixar a mamãe escapar! - Isabel a ajuda a me empurrar

Apenas consigo soltar um grito enquanto isso, o susto me paralisou por uns segundos, minhas mãos tremiam enquanto o vento batia e voltava no meu rosto, um misto de nervosismos e felicidade se embaravalham cada vez mais dentro de mim.

— Mãe. - Isabel fala com Meren depois que ela param de me empurrar e me deixam sair dali - Vocês duas são boas amigas, não?

— Melhores amigas

— Por que? - pergunto para Isabel

— Amor é uma coisa engraçada, não? - ela parece meio confusa falando

— Acontece do nada

— Acho que tem razão. - afago a cabeça dela

— Mas nem sempre dá certo no começo. - Meren a carrega no colo a deixando da nossa altura - Sua mãe quase me rejeitou no começo

— Por que? - ela me pergunta - Voce não ama a mamãe?

— É um pouco mais complicado que isso

— Mas você não pode ficar com a pessoa que você gosta?

— Claro que pode, querida

— Independente de quem seja?

— Absolutamente sim

— Então eu quero um dragão!

— Não

— Mas você disse que eu podia ficar com quem eu quisesse, eu gosto de dragões, eu quero um dragão

— Deixe ela ter um dragão. - Meren insiste com ela

— Podemos falar sobre isso depois que visitarmos seus avós amanhã, ok? - pergunto tentando fazê-la esquecer disso

— Ok, mãe, me lembre depois. - fala com Meren

— Pode deixar comigo

— Não dificulte minha vida assim

Isabel gostava de andar segurando nas mãos de nós duas ao mesmo tempo, ela ficava se perndurando vez ou outra.

— Temos trabalho hoje. - Leo fala assim que chegamos em casa - Vocês vêm?

— Temos que tomar conta da Isabel, não podemos deixá-la em casa sozinha

— Então sairemos depois do jantar e provavelmente não voltaremos até de manhã, acha que vão ficar bem?

— Pode deixar com a gente, vamos ficar bem

Leo preparou o jantar e todos comemos animadamente como de costume, conversar normais, Jackie e Lena paparicando Lucy enquanto ela falava repetidamente que já tinha 1500, estavam animadas que ela ia finalmente começar a trabalhar com eles.

Foram todos embora e ficamos as 3 vendo televisão na sala por um tempo, Isabel pegou no sono no sofá em pouco tempo e a levamos para o quarto, depois que a família começou a crescer, Serafina e Francine construíram mais quartos pelas laterais, então era como um quarto secreto, Isabel gostava que o quarto dela só se abria por passagem secreta.

Meren e eu ficamos acordadas por mais algum tempo, mas ficamos cansadas perto da meia noite e fomos para nosso quarto.

— Antigamente conseguiríamos ficar a madrugada inteira acordadas. - Meren fala

— Acho que estamos mesmo ficando velhas

— Eu continuo com a mesma aparência

— Não concordo

— Está me chamando de velha?

— Você está ainda mais bonita

— Sempre tentado reverter a situação. - ela atira um travesseiro em mim

— De forma alguma. - atiro outro nela

— Você vai ver só. - ela segura o travesseiro na mão se preparando para atirar, mas para por conta do grande barulho que ouvimos do lado de fora - O que foi isso?

— Parecia barulho de explosão. - me levanto e vou até a janela afastando a cortina um pouco
Vi uma grande parede de chamar vindo da parte de cima, onde ficava a o porto de Verafenda, mais uma explosão pode ser ouvida.

— Pegue a Isabel e a leve para o laboratório. - digo correndo para fora do quarto

— Onde você vai?

— Temos que fazer alguma coisa. - grito

Vou para fora armada com uma das armas de fogo que as meninas deixavam escondidas no nosso quarto, a explosões continuaram e logo chegaram na parte onde estávamos, vários anões com machados em mãos derrubavam casas e as incendiavam, sinto a raiva tomando conta do meu corpo e, sem hesitar, começo a atirar neles, que começam a tentar avançar para cima de mim, noto um deles sendo acertado por um tiro que saiu de trás de mim.

— Não se divirta tanto sem mim. - Meren chega com 2 armas em mãos - Vamos acabar com eles de uma vez por todas, temos permissão de usar violência agora

Os anões estavam em maior número, mas tínhamos vantagem por conseguirmos atirar de longe, a batalha continuou por minutos, que logo se tornaram horas. Estávamos completamente exaustas e o número que anões não parecia mudar.

— Esses baixinhos não vai morrer nunca? - Meren reclama atirando loucamente

— Talvez se usarmos as bombas

— Como vamos achar uma brecha pra pega-las em casa?

— Eu vou, pode me dar cobertura?

— Eu posso tentar

Meren continua atirando, agora com 2 armas, enquanto eu entro na casa e pego todas as bombas que consigo carregar comigo as levando pra fora.

— Conseguiu? - ela pergunta

— Vamos ver. - acendo uma delas é a jogo para frente com toda força possível

— Essas são de curto alcance, certo?

— Provavelmente

— Estamos mortas

A bomba explode longe e não chega muito perto de onde estávamos.

— Parece que somos bastante sortudas não? - rio, mas logo paro quando noto uma luz forte vinda de cima, uma bola de fogo voava em nossa direção a grande velocidade - CUIDADO! - grito puxando Meren pra longe

A bola de fogo cai perto de nós, mas não nos atinge, só que ficamos atordoadas por uns segundos. Antes que conseguíssemos nos recuperar a próxima e jogada, ainda mais perto dessa vez, destruindo uma casa ali perto e jogando partes dos destroços encima de nós, não deixando presas.

— Meren, Meren, você tá bem? - digo fraca e tossindo por causa da poeira e fumaça

— Estou. - diz em mesmo tom

— O que vamos fazer? - olho para cima sem conseguir definir de onde estavam vindo as bolas de fogo, vejo duas pessoas voando em uma vassoura a poucos metros de distância, Francine e Serafina estavam vindo até nós

— O que aconteceu? - Serafina parecia desesperada - Vocês conseguem sair daí? Vamos tirar essas coisas de cima e-

— Serafina, não. - tento falar alto para ela me ouvir - Isabel está no laboratório, peguem ela e voem para o mais longe possível

— Não vamos fazer isso, não vamos deixar vocês aqui e-

— VÃO! - grito

Serafina hesita por um segundo, consegui senti o ressentimento em seu olhar quando ela se vira e vai em direção a árvore junto com Francine.

— A segurança dela vem primeiro. - digo

— Eu sei. - responde

Ficamos quietas por um tempo, escutava os terríveis sons a nossa volta e minha visão começava a escurecer.

— Emma. - ela corta o silêncio - Eu amo você

— Eu também amo você, querida

— Se eu pudesse voltar no tempo, eu gostaria de viver tudo isso de novo com você. - ela dá um sorriso fraco - Gostaria de te ver pela primeira vez de novo, ser sua amiga mais uma vez e me apaixonar como antes, eu viveria tudo isso quantas vezes fosse preciso

— Eu quer viver tudo isso e muito mais. - digo quase delirando com a dor nas pernas - Queria ter mais tempo pra ficar com você, escutar todas as coisas idiotas que você diz, envelhecer com você, ver a Isabel crescer a achar uma solução para esse mundo

Ela estica os braços e segura minhas mãos sorrindo.

— Obrigada por ter me dado essa vida. - fala fechando os olhos lentamente

— Obrigada por ser meu mundo. - digo enquanto meus olhos pesam mais e mais e toda a dor do meu corpo parece sumir, fecho os olhos e deixo a escuridão me envolver


            ~narração da Serafina~

 

— Pra onde nos a levamos? - pergunto para Fran

— Não podemos levá-la para Leo, eles estão trabalhando. - ela fala por telepatia

— Acho que teremos que levá-la para a Ophis. - suspiro

Sefi.... - ela fala em tom meio triste - Não podíamos fazer nada mesmo?

— ..... Não..... não, não podíamos

— Você viu?

— Vi

Então tudo bem..... eu vou sentir saudades delas.... - ela afunda o rosto nas minhas costas e eu sinto suas lágrimas caindo na minha roupa

— Eu também vou. - digo tentando conter as lágrimas e seguro firmemente a garota desmaiada para que ela não caísse da vassoura

O templo da Ophis não ficava tão longe indo de vassoura, batemos loucamente na porta quando chegamos até ela abrir.

— É meia noite, espero que tenham um bom motivo para estarem aqui. - ela diz quando abre a porta

— Bem.... - começo a dizer mostrando Isabel no meu colo

— Entrem. - ela suspira

Expliquei para ela tudo o que aconteceu e ela ficou quieta por um tempo.

— Vão deixá-la com vocês? - pergunta

— Vamos deixá-la com você

— Por que?

— Nós..... não queremos que ela fique no meio desse problema

— Entendo. - ela pega a menina no colo - Ela vai ter um dia difícil amanhã, vamos deixar que ela descanse

— Estamos indo. - me levanto - Ophis...

— O que?

— Pode modificar as memórias dela?

— Para quê?

— Faça com que ela se esqueça de nós, eu, a Fran, Leo e todo mundo, não quero que ela venha nos procurar, quero que ela fique segura

— Vou fazer o possível

— Obrigada

Saímos da casa e voamos de vassoura por um tempo, apenas para sentir um pouco do ar da noite, observar o céu e tentar limpar a mente. Acabamos pousando em uma colina alta perto de um penhasco.

— Fran, nós definitivamente vamos acabar com isso por elas

— Mesmo que seja ilegal?

— Principalmente se for ilegal. - sorrio e bagunço o cabelo dela, que sorri de volta e me abraça, paramos de falar quando escutamos o telefone tocar, Leo estava ligando - Oi?

— Precisamos das duas aqui

— Claro, o que houve?

— Acho que encontramos uma solução


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Notas finais do capítulo

Esse foi o último capitulo e, acreditem, foi muito difícil pra mim fazer isso, mas na história original já estava planejado que a mães da Isabel haviam morrido, por causa disso ela foi para a Terra, quando eu decidi contar a história das mães dela eu já sabia que esse seria o final, mas não achei que seria tão complicado pra mim fazer isso com elas, mas não se preocupem, mesmo que essa fic tenha acabado assim, a história ainda não foi completamente contada, vejo vocês em Espirais



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