Entre elfos e vampiros escrita por neko chan


Capítulo 43
A montanha dos dragões




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Aqueles corredores confusos e iguais passavam a impressão de estarmos andando em círculos, Serafina abria portas que levavam a outro corredor com mais portas, parecia que era um lugar infinito, não consigo nem imaginar como ela decorara quais portas eram as certas.

— Estamos chegando? - Meren pergunta começando a se cansar

— Quase lá, não sejam impacientes. - demos mais algumas voltas pelo corredor, até que ela parou em frente a uma porta igual a todas as outras - Fran, é essa daqui, não é? - a garota se aproxima da porta e começa a cheira-la, fazendo um sinal de positivo com sua mão logo depois - Ótimo, ainda não perdi o jeito

Serafina gira a maçaneta e abre a porta para um quarto vazio, entramos e as duas começam a contemplar o local com um sorriso nostálgico.

— Achei que íamos pegar armas. - digo

— Não apenas armas, as melhores armas, feitas por nós, é claro. - se vangloria - Não achei que vamos deixar nossas queridas armas expostas por aí, elas são especiais. - ela vai até uma das paredes - Fran, querida, me passe a faca, por gentileza

A garota se recusa a entregar e começa a fazer barulhos enquanto aponta pra ela mesma.

— Fran, Fran, Fran, minha pequena, eu não quero que se machuque. - Francine começa a discutir com ela por um momento até que Serafina cede - Ok, mas não muito forte. - suspira

Serafina se afasta e Francine fica de frente pra parede, faz um corte na palma de sua mão e a encosta na parede, com a outra mão tira a varinha do cinto e mexe a boca dizendo algumas coisa que não conseguíamos ouvir, a parede brilhava em um tom verde azulado bem claro, depois a outra parede, a outra, a parede atrás de nós e o teto, varias armas de tipo, tamanhos e formas diferentes começaram a aparecer grudadas nas paredes.

— Como eu senti saudade desse lugar. - Serafina inala fortemente o ar da sala - Peguem o que quiserem enquanto eu cuida da Fran. - ela vai até a garota e se senta no chão na frente dela - Scrylla Yera Retoure. - diz apontando a varinha para a mão de Fran, a ponta da varinha brilha junto com o corte e ele começa a se fechar - Deve resolver. - se levanta

— Que tipo de armas deveríamos pegar? - pergunto

— Vejamos..... - ela começa a olhar em volta e pega uma das que estavam na parede onde ela estava na frente - Isso funciona pra atordoar, então acho que ajuda, a não ser que queiram ensinar uma lição pra eles, o que parece mais divertido

— Não vamos matar os anões sem necessidade

— Sem graça. - cruza os braços - Apenas peguem e vão, precisamos incomodar a Selina mais um pouco

Pegamos 2 armas que Serafina havia dito que não matavam, Ophis pediu para que levássemos seu dragão para chegarmos a montanha, o fizemos e tivemos mais uma longa viagem com o vento frio batendo fortemente em nossos rostos.

— Ótimo, vamos ter que expulsar anões daqui e vai ser completamente em vão. - Meren reclama

— Por que?

— Anões são completamente teimosos, eles vão voltar uma hora ou outra, não acho que vão desistir até conseguirem a montanha ou....

— Ou?

— Ou exterminarem o grupo. - diz seriamente entrando pela caverna de entrada da montanha, o dragão se deixa no chão e fica atento aos nossos passos enquanto vamos para a caverna escura

O caminho não nos permitia ver nada mais do que alguns passos a frente, ficamos alguns minutos caminhando, as vezes passando por bifurcações e tendo eu escolher por onde íamos com cuidado, estava começando a ficar exausta quando finalmente chegamos ao centro da montanha, estava um calor infernal ali dentro, vários anões usavam grandes fornalhas para forjar armas, outros picaretavam pedras e outros moviam carrinhos cheios de pedras preciosas, em um dos cantas haviam dragões presos às paredes por coleiras de ferros grossas e sendo ameaçados por um anão forte com uma barba que chegava até metade de seu corpo.

— Eles estão realmente aqui a apenas alguns dias? - pergunto

— É praticamente o habitat natural deles. - Meren carrega a arma com um olhar serio - Vamos apenas chutar a bunda deles

Os anões rapidamente notaram nossa presença, antes mesmo que pudéssemos dialogar ou demonstrar ameaça, eles começaram a vir pra cima de nós com machados e espadas um pouco mais curtas que espadas normais, Meren foi a primeira a atirar em um deles que estava se aproximando demais, o homenzinho cai no chão e seu corpo inteiro treme por um tempo até que ele fica imóvel.

— Tem certeza que isso era inofensivo? - sussurro para ela quando os outros anões param para olhar a cutucar o amigo caído

— Não tenho certeza, mas acho que ele ainda está respirando. - ela fala o observando de longe

— Tenta de novo

— Ok. - ela atira em um deles que estava cutucando o caído, a reação dele é a mesma - Como vamos saber?

Os anões se enfureceram e voltaram a correr em nossa direção.

— Tinha que me pedir pra atirar de novo, não é? - ela grita em meio aos grunhidos do grupo enfurecido

— Apenas queria saber se tínhamos matado. - digo com dificuldade enquanto corremos e atirávamos para trás vez ou outra

— Não podemos correr pra sempre

— Podemos tentar. - digo com dificuldade

— Tive uma ideia. - ela fala depois de atirar 3 ou 4 vezes para trás - Mas vamos ter que fazer a volta

— Você vai nos matar!

— Ophis falou que podemos machucar alguns, então eu já sei como faze-los parar

Ela puxa meu braço e atira mais algumas vezes para trás, fomos de frente para um canto da parede de pedra e fazemos uma curva para o lado, os anões começaram as nos cercar dos dois lados, Meren me segura no colo e pula pisando na cabeça de alguns deles para pegar impulso. Corremos até a parte onde os dragões estavam presos, Meren atira nas correntes e eles se soltam enfurecidos partindo para cima dos anões.

Os dragões pegam um bocado neles na boca e começam a balança-los para lá e para cá, outros pisavam encima deles, até que todos os anões estavam inconscientes no chão, os dragões param, não matam nenhum deles.

— Ok, admito que foi uma boa ideia. - digo - Mas como vamos tirar todos eles daqui?

— Acho que posso ajudar com isso. - escuto uma voz familiar - Quanto tempo, minha pequenas. - Leo aparece sorrindo

— Leo? O que faz aqui? - pergunto

— Vim me livrar do pequenininhos

— Se livrar?

— Calma, não viemos matar, não estamos sendo pagos pra isso, viemos apenas tirar o lixo

O resto da equipe vem guiado de Serafina e Francine e eles começam a carregar os anões para fora.

— Fizeram um ótimo trabalho, deveriam trabalhar com a gente. - diz Inari levando 4 anões nos ombros

— Seriam de grande ajuda. - Daisy tenta levantar um anão com dificuldade

— Faríamos bom uso de gente sensata como vocês. - Rauthar fala com rosto serio como de costume e apenas observa os outros trabalharem

— Finalmente! - Jackie pula encima de nós nos abraçando - Eu queria tanto ter vindo visitar, mas o trabalho não acaba nunca!

— Sentimos saudades também - digo tentando respirar

— Como vai com a sua garota? - Meren pergunta sorridente

— Ela está lá fora cuidando da Lucy

— Lucy?

— Eu mostro para vocês depois, mais importante que isso, Leo tem uma coisa a dizer

Nos viramos para ele e ele começa a atirar confetes em nós junto com os outros.

— Serafina e Francine nos contaram que vocês estão noivas. - ele diz sorrindo - Vocês não imaginam como deixaram esse velho leão feliz

— Mesmo? - pergunto

— Claro que sim, vocês são quase da família, nós fazemos questão de fazer a cerimonia! Já virão como é a festa de casamento de um membro da máfia?

— Nunca. - Meren fala parecendo curiosa

— Mas logo saberão. - sorri pegando vários anões nos braços

Depois que levaram todos para fora e checamos os dragões para ter certeza de que estávamos bem, fomos para fora. Depois de ficar tanto tempo na escuridão da caverna, a luz do sol quase cegara meus olhos, olhos de vampiro eram um grande empecilho nessas horas.

— Bom trabalho lá dentro. - vemos Lena acenar com uma mão perto do dragão de Ophis

— Como vai indo o treinamento? - pergunto

— Já pude matar vários homens ruins, me sinto ótima. - diz fazendo uma cara assustadora

— Finalmente tenho alguém que aprecia o mesmo trabalho que eu. - Jackie aparece passando o braço por seu ombro - Como está a Lucy? - pergunta olhando ternamente para o lenço que Lena segurava, parecia ter algo enrolado nele - Venham aqui. - ela nos chama

Jackie afasta um pouco do lenço para o lado e mostra um bebê dormindo, ela tinha cabelos pretos ralos, tinha orelhas pequenas, não tinha orelhas de animal, não tinha garras e nem mesmo uma cauda.

— Essa é a Lucy. - Lena acaricia a cabeça do bebê

— Achamos ela a algum tempo atrás. - Leo se aproxima - Uma pequena bebê humana abandonada

— Humana? - pergunto a encarando - Eles não são perigosos?

— Nós também somos. - Jackie sorri - Mas ela vai crescer com uma boa família

— Talvez algum dia seja a melhor assassina que esse munda já viu. - Lena sorri

— Com certeza vai, nossa filha não vai ser nada menos que a melhor

Elas continuam sorrindo e falando animadamente sobre o bebê, voltamos de dragão logo depois, os anões foram levamos por algumas pessoas de terno na frente do templo.

— Foi divertido. - mestre fala saindo de uma das portas para nos encontrar - Passei um bom tempo com isso

— Mestre, minha querida mestre. - Leo a abraça - Tem algum trabalho interessante para nós? Estou tão entediado

— Na verdade, eu chamei vocês aqui porque tenho uma proposta para minha duas meninas. - nos olha - Vocês gostariam de trabalhar para mim junto com Leo?


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