Entre elfos e vampiros escrita por neko chan


Capítulo 42
A missão da mestre




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— Ei, querida... - falo automaticamente quando acordo e me sento na cama - Temos trabalho, vamos. - saio da cama

— Não podemos simplesmente desistir de trabalhar e deixar a Francine e a Serafina nos sustentarem?

— Se você quiser ser cobaia pro resto da vida

— Ok, acordei, to indo

Meren termina de se arrumar um pouco depois de mim e descemos para tomar café, Serafina falava com alguém no andar de baixo, e certamente não era com Francine porque a pessoa respondia.

— Ah, que bom que levantaram, preciso das duas emprestadas. - diz a garota de cabelos negros usando um vestido rosa simples

— De nós? - pergunto

— Tenho um trabalho pra vocês, preciso que alguém expulse os anões que estão tentando invadir a montanha dos meus dragõeszinhos

— Espera, espera... - paro pra respirar - Quem é você?

— Não acredito que já esqueceu do rosto da sua querida mestre. - sorri

— M-mestre? - eu me curvo e Meren faz o mesmo - Mil perdões mestre

— Odeio toda essa formalidade, sou apenas uma garota comum - fala meio sem jeito

— Uma garota comum com milhares de anos de idade. - Serafina sussurra e ri junto com Francine

— Eu posso me lembrar disso no seu próximo pagamento. - lança um sorriso ameaçador para as duas

— Ora, vamos, não seja rabugenta, sua idade vai começar a transparecer por essas escamas de dragão

— Tenho certamente crianças bem humoradas. - ela agarra com seus braços o pescoço das duas e as puxa pra um abraço desconfortável - De toda forma, quero que venham comigo por hoje, não se preocupem com o trabalho de vocês, eu tenho passe livre pra fazer o que eu quiser nesse país

— Isso é uma forma bem..... diferente de comandar uma nação. - digo

— Você acha?..... Eu acho que é a mais divertida, afinal, eu nasci pra fazer isso, mas meus irmãos sempre são muito sérios e rabugentos com seus trabalhos, arranjam brigas e guerras desnecessárias, Azazel sempre tentando tirar vantagem do meu país por eu ser mais nova, ele nunca vai ser páreo para um dragão!

— Ele é seu..... irmão?! - Meren pergunta assustada

— Todos os mestres são irmãos, somos 5, fomos criados para isso, Azazel comanda o país dos magos do tempo, eu dos animagos, Lila o país dos espíritos da floresta, ou magos da natureza, como preferirem, Hiro o país dos magos dos elementos e Nero comanda o país dos magos

— Ainda to digerindo a informação de serem irmãos. - Meren fala

— Pode fazer isso no caminho, aqueles anões rebeldes receberão uma bela punição por mexerem nas joias dos meus bebes

— Não deveria usar seu exercito pra isso? Quer dizer..... fazemos parte do seu exercito, mas por que só nós duas?

— Porque eu achei que seria mais divertido. - sorri

— Não é justo, quero me divertir também. - Serafina reclama

— Eu contrato vocês e sua família para trabalhos um pouco mais..... sangrentos

— Mas podemos visitar seu templo? Adoramos incomodar sua secretária, ela sempre faz uma cara engraçada quando te ensinamos gírias humanas

— Selina é realmente tão seria que é maravilhoso pegar no pé dela. - ri - Fechado, vamos todas juntas

Mestra Ophis nos leva para fora e mostra seu gigantesco dragão negro, todas subimos nas costas dele e partimos para a montanha distante onde ficava o templo, Serafina andava em pé pelas costas do dragão como se o vento não pudesse derruba-la de forma alguma, Francine ia sentada nos ombros dela constantemente fazendo barulhos alegres e sorrindo.

— Viagens de dragão são ótimas, eu queria poder fazer isso todos os dias. - mestra Ophis desce e ajeita as costas

— Achei que podia fazer o que quisesse. - digo

— É, mas a vida de um mestre é terrível, muito burocracia, encontro de negócios com gente importante, reuniões, conferencias, resolver problemas de um país inteiro. - ela suspira - Sinto saudade de quando era jovem e saia pelo meu país em formação, quase sem cidadão, domava feras selvagens, ajudava as poucas pessoas que haviam por aqui a construírem pequenas cidades, dormindo sob as estrelas depois de um dia inteiro trabalhando na construção do templo

— Quanto tempo de vida você tem? - Meren parece chocada

— Isso é realmente importa?

— Nossos mestres são tão velhos quanto o tempo. - Serafina responde pulando das costas do dragão para o chão - Ophis viu nossos atuais países se dividindo e ajudou na divisão

— Apenas algumas centenas de milhares de anos, ok? Vamos deixar isso de lado por um segundo. - reclama - De qualquer forma, não tenho mais tempo pra isso, não consigo mais me divertir, ver ovos de dragão chocarem no verão, observar a temporada de dragões na primavera, lutar em pequenas guerras, me apaixonar

— Mestres se apaixonam? - pergunto

— Eu já tentei, mas a vida de vocês é tão curta, pra mim vocês eram crianças até 2 semanas atrás

— Acho que não consigo imaginar como era a pessoa que você gostava. - Meren diz

— Apenas..... uma espécie rara

— Quer contar a historia depois? - Serafina pergunta - Eu adoro essa historia

— Sem tempo no momento! - fala alto e nos puxa para dentro do templo - Aqui é onde passo a maior parte dos meus dias, apenas um templo normal, espaçoso e com varias portas que podem levar as vários lugares, apenas não abram nenhuma, não temos tempo para ficar viajando por ai. - Abre uma porta qualquer entre as varias pela sala, entramos em um escritório mediano com uma mulher-pássaro de terno esperando perto da mesa no fim do local

— Ah, mestra, vamos resolver o assunto dos anões hoje? Temos uma lista muito grande de tarefas pra fazer

— Sim, sim, sei disso. - mestre Ophis se senta na cadeira atrás da mesa

— Ei, ophis, sabe uma coisa legal que os humanos falam? Eles se referem muito aos outros como "mano". - Serafina se aproxima e coloca as mãos na mesa

— Mano? Mano.... Mano! Eu gostei disso. - mestre olha para a mulher perto dela e começa a chamar de "mano"

— Por favor, pare de ensinar essas coisas a ela. - ela faz uma careta

— Calma, Selina, fica fria. - Serafina responde

— Fica fria, Selina. - Ophis repete

— Vocês definitivamente não podem ficar aqui. - Selina se irrita e começa a empurrar as duas para fora

— Larica, raspa canela, teu cu, carai de asa, talarico, canavial de... - Serafina grita enquanto é empurrada para fora e é interrompida pela porta se fechando com as 3 do lado de fora

— Sempre tão bem humorada, se pudesse eu escutaria ela falando essas palavras engraçadas todos os dias. - ri se ajeitando na cadeira - Preciso urgentemente que vocês deem um jeito nos anões

— Não acha que seria bem mais rápido se fossem mais de duas pessoas? - pergunto novamente

— Não, não, isso não seria divertido de assistir

— Achei que estava ocupada com o trabalho

— E eu tenho cara de quem perde tempo com isso? Eu tenho uma equipe gigante que me proíbe de me divertir e me ajuda a trabalhar, quero pelo menos assistir a alguma ação

— Certo. - suspiro, não valia a pena discutir com a mestre - O que precisamos fazer?

— Retira-los de lá sem matar muito. - diz com um sorriso

— Isso é muito genérico, não sabemos o que fazer

— Essa é a parte interessante, quero ver vocês tentando. - ela se levanta - Peçam para a Serafina e a Francine levarem vocês até a sala de armas, pegue o que quiserem, vamos, vamos, estou entediada

Ela nos empurra para fora do escritório e fecha a porta, nos entreolhamos confusas e saímos procurando Serafina e Francine, o que não era complicado, já que os gritos de Serafina ainda podiam ser ouvidos ali perto.

— Meio pombo, busão, gambé, chinelão, não fo... - ela continuava berrando e Selina a interrompe tapando sua boca

— Apenas pare de falar essas malditas palavras humanas

— Eh... - me aproximo tentando falar com elas - Preciso das duas emprestado

— Graças aos mestres. - Selina diz soltando Serafina e ajeitando seu terno se virando para voltar ao escritório

— Finalmente, estava ficando cansada de catar expressão do fundo da minha memoria. - Serafina suspira

— O que significa tudo aquilo? - Meren pergunta

— Eu te explico um dia, mais importante que isso, o que ela mandou que fizéssemos por vocês?

— Como sabe? - pergunto

— Ela trabalha controlando e não fazendo

— Ela disse para pegarmos armas. - Meren diz

— Ah, certo, vamos apenas fazer isso rápido, também quero ver vocês chutando a bunda de anões. - ela ri e começa a nos guiar pelo meio de milhares de portas e corredores no templo


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