Entre elfos e vampiros escrita por neko chan


Capítulo 35
Libertação




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726695/chapter/35

Caímos em uma sala escura, Rauthar dava instruções para Daisy acender uma faísca com 2 pedras que encontrou enquanto o garoto repetia "já entendi, já entendi", Jackie e Inari corriam feito dois filhotes brincando de pega-pega, mas esse parecia um pega-pega mais intenso, eles davam saltos altos e rápidos como se estivessem em uma luta, eles realmente estavam levando aquilo a serio.

— Sem distração, temos que pegar uma lagartixa. - diz Leo serenamente fazendo com que os dois parassem

— Sim, pai. - ambos falam com tom brincalhão

— Finalmente . - Daisy suspira entregando uma tocha acessa para Rauthar

— Não podemos finalizar ele de uma vez? - pergunta Rauthar parecendo impaciente

— Temos um trabalho a cumprir. - Leo se aproxima e passa o braço pelo ombro do elfo - Não quero que descontem da nossa recompensa por degolar um sujeito qualquer. - ele lambe o rosto do amigo

— Se não ficar a pelo menos 2 metros de mim a partir de agora eu vou castrar você. - Rauthar responde friamente com um olhar ameaçador

— Leões fazem isso com seus melhores amigos. - bate forte nas costas dele o fazendo tropeçar pra frente

— Eu nunca mais cozinho pra você. - Rauthar começa a caminhar para frente deixando Leo para trás, que o segue pedindo desculpas

O local era muito escuro, apenas conseguíamos seguir a luz nas mãos de Rauthar, caminhamos por alguns segundos até que eu acabasse batendo em algo frio que fez um barulho metálico que se espalhou pelo local.

— Você está bem? - Meren me pergunta tentando ver se meu rosto estava machucado

— Estou, só acho que bati em algo grande

Os que estavam mais a frente voltaram para onde estávamos e Rauthar aponta a tocha para onde eu tinha batido, era uma grande cela de ferro, havia um dragão dentro, era um wyvern* de cor cinza e olhos bem azuis, ele estava com uma coleira de ferro no pescoço e se encolhia no canto fugindo do fogo.

— Achamos os pequenos prêmios. - diz Leo esfregando as mãos - Jackie, quebre a cela

— Com prazer, chefinho. - ela arregaça as mangas e estala os dedos

— Não tão rápido. - escutamos uma voz e o barulho de grandes portas se abrindo, um clarão invadiu o local pelas grandes portas duplas

— Ainda quer continuar com isso? - pergunta Leo

— Dragões podem ser vendidos por muito dinheiro, como sabem, podem deixar o novo chefe de vocês e trabalhar para mim, poderiam ganhar todo o dinheiro que quisessem

— Mesmo? - Leo ri e se aproxima dele - Quem manda aqui.... - ele segura o homem-lagarto pelo pescoço o fazendo sufocar -.... sou eu. - solta um sorriso maldoso levantando o homem o mais alto que conseguiu e o puxando violentamente para baixo batendo sua cabeça no chão ainda com a mão no pescoço dele - Não tente comprar a moral de um homem, verme

Leo tira um telefone do paletó e o entrega para Rauthar.

— Ligue para ela por mim, lindão, estou com as mãos ocupadas. - oferece o telefone a ele

— Quer morrer de fome? - Rauthar o encara ameaçadoramente

— Poderia ligar para nossa mais importante cliente por obsequio, meu amigo respeitosamente atraente de aparência física? - ele se corrige brincando

— Apenas fique quieto de uma vez. - ele pega o telefone e liga o colocando na orelha de Leo assim que atendem

— Pegamos a lagartixa de novo. - diz sorrindo escutando a resposta - Ah, sim, pelo que pude ver estão em um estado bem pior do que das outras vezes, parece que a lagartixa machucou seus dragões. - continua escutando - Espera, colocarei no viva voz. - Rauthar tira o telefone do ouvido dele e aperta um botão, abaixando o celular para perto de Leo de novo, que ainda estava se apoiando em um joelho no chão segurando o homem-lagarto pelo pescoço

— Mate-o. - diz a voz família no telefone

— Como desejar, minha mestre, como gostaria que fosse feito?

— Da forma mais dolorosa possível. - começo a reconhecer a voz da mestre Ophis

— Com muito prazer

Rauthar desliga o telefone e se afasta dos dois, Inari, Jackie e Daisy também foram mais para trás nos puxando, todos encaravam Leo atentamente enquanto ele lentamente se levantava e erguia o homem novamente.

— Meninas, acho que vocês não precisam olhar agora. - diz Serafina em tom sério e segurando os ombros de Francine

Seguro a mão de Meren com força e continuo olhando. Os pelos de Leo começaram a crescer cobrindo seu corpos, seu rosto começou a se esticar para frente formando um focinho grande e seu corpo crescia rasgando alguns pontos de seu terno, o homem-lagarto se remexia em agonia enquanto a mão de Leo crescia e se fechava em volta de seu pescoço, até que Leo deu um aperto forte fazendo a cabeça do homem explodir em montes de sangue e pedaços de carne.

— De novo? - reclama Rauthar se aproximando do leão raivoso com as mãos e o rosto ensanguentados - Vou ter que costurar mais uma vez?

Leo o encarava com uma expressão de ódio e olhos vermelhos, solta um forte rugido ameaçador no rosto do amigo, que segura o focinho dele com as duas mãos e acaricia suas bochechas, fazendo os músculos de Leo relaxarem e o fazendo perder a expressão de raiva a mudando para uma expressão tranquila.

— Você se esforçou bastante por um homem tão insignificante, Daisy teria dado conta dele com os dardos envenenados

— Mas é mais divertido assim. - Leo responde arfando parecendo muito cansado e suado enquanto seu corpo voltava ao normal

— Descanse agora, cuidaremos do resto. - Rauthar o deita de barriga para cima no chão

— Sempre tão cuidadoso comigo, quer me dizer algo em especial? - ele ri parecendo fraco

— Não exagere, seu leão velho. - Rauthar deixa escapar um riso e olha para nós, Inari, Daisy e Jackie o encaravam com um sorriso maldoso fazendo o homem desviar o olhar e disfarçar o riso com uma tosse falsa enquanto seu rosto ficava um pouco vermelho - Já sabem o que fazer, não fiquem ai perdendo tempo. - ele se levanta voltando à sua expressão normal

— Sim, mãe. - Daisy, Inari, Jackie e Serafina respondem rindo

— Calados. - ele cruza os braços

Nós começamos a quebrar as grades das celas, finalmente uma coisa que podíamos fazer sem problemas, Meren, apesar de parecer uma garota adorável e frágil, tinha uma força monstruosa, o que me fez pensar se na nossa primeira vez era ela quem estava em perigo ou eu mesma.

Levamos os dragões que estavam bem para fora e eles saíram voando alegremente com o grupo que ainda cruzava os céus, os mais feridos foram cuidados por Daisy e Inari, dragões se recuperam rápido, então em mais ou menos 20 minutos todos já haviam partido. Rauthar ajudou Leo a se sentar no banco do passageiro e dirigiu o carro pelo caminho de volta.

 

— Lar doce lar. - diz Serafina se jogando no sofá quando chegamos em casa, Francine entre logo depois e se joga encima dela sorrindo

— Onde eu posso jogar ele? - pergunta Rauthar segurando Leo

— Quarto de hospedes lá encima, procure algum que não tenha decoração e nem roupas femininas espalhadas pelo chão

Rauthar suspira e começa a subir as escadas.

— A casa não mudou quase nada nos últimos anos... - Jackie diz entrando - Mas eu gosto dela assim, esse sempre foi um dos nossos esconderijos preferidos. - ela se joga no tapete se esticando

— Vai deixar o tapete com cheiro de cachorro, não devia sair dai? - pergunta Inari

— Venha também e ela ficará com o cheiro de cachorro e fedor de raposa. - ela ri

— Ainda temos trabalho pela frente, amanhã temos que explodir a mina por ordens da mestre. - Daisy voa pela sala segurando um computador em uma mão e digitando com a outra

— Não podemos ir embora até me levarem para ver a aldeia de lobisomens. - Jackie se levanta

— Tem certeza disso? - Inari parece preocupado - Lobisomens podem não ser muito receptivos com isso, você sabe, não?

— Eu sei disso, mas ainda preciso tentar. - diz confiante

— Você precisa mesmo tanto assim de uma.... - começo a falar

— Uma companheira, todos os lobisomens gostam de ter alguém ao seu lado, você tem uma companheira e é feliz com ela, eu quero o mesmo!

— O que você procura em uma companheira? - Meren pergunta

— O que eu procuro?....... Alguém que não tenha medo de mim!

— Só isso? - pergunto

— Minha mãe não teve medo do meu pai, então minha companheira vai ser alguém que não tem medo de mim

— Apenas permitam a segurança dela na aldeia e podem ir amanha enquanto destruímos a mina. - diz Serafine

— Mesmo? Posso ir? - Jackie pergunta animada abanando o rabo

— Se não fizer confusão. Apenas se lembre que....

— Eu sei, eu sei..... eu posso não encontrar nada....

— Eu tenho quase certeza que você vai achar alguma coisa boa. - Serafina sorri

— Você viu? - os olhos da garota brilham

— Intuição de bruxa

Jackie se anima e começa a abraçar Inari gritando de alegria, ela se oferece para fazer o jantar, estava começando a escurecer lá fora, comemos todos juntos, nunca tinha visto uma mesa de jantar tão animada, Leo já se sentia muito melhor e Rauthar o ajudava a comer enquanto reclamava.

— Que dia. - diz Meren deitando na cama quando finalmente chegara a hora de dormir depois de passarmos horas vendo filmes juntos, 90% daquele tempo foram ocupados por comentários de cada um deles, o que deixava a seção de filmes bem mais interessante do que era quando éramos poucos

— Nem dá pra acreditar que um dia só podia ser tão longo. - me deito ao lado dela

— Você está muito cansada?

— Completamente morta. - deito de barriga para baixo

— Cansada demais para brincar? - ela começa a colocar as mãos por dentro da minha blusa e massagear suavemente meus ombros

— Quem sabe? Não saberei até tentar. - me viro para olha-la

— Vai ser uma noite longa, acha que tem força pra isso? - ela se senta na minha barriga - Como eu gostaria de ver você com aquele terno agora

— Para você destruí-lo? Nem pensar. - rio

— Que tal a gravata?

— Gravata e pijama?

— Só a gravata

Ela se abaixa e começa a me beijar e tirar minha camisa lentamente, até que o barulho da porta se abrindo nos faz parar.

— Eu tive um pesadelo. - Serafina aparece na porta segurando a mão de Francine

— Você tem 2300 anos. - Meren responde

— Isso não anula pesadelos. - ela fecha a porta atrás dela e aperta em alguma coisa embaixo da escrivaninha, fazendo uma passagem se abrir no chão e sair uma cama em um suporte de madeira - Vamos dormir aqui, ok?

— Mas nós tínhamos..... outros planos. - digo

— É, É, sexo, eu sei, eu sei de tudo, fiquem à vontade. - ela sorri nos encarando com Francine

— Não com vocês aqui. - reclamo

— Ah, certo. - ela aperta um pequeno botão vermelho na lateral da cama e ela começa a descer de novo - Quando terminarem nos chamem, vamos ficar planejando armas ainda mais potentes no porão por enquanto. - a passagem fecha

— O que acha que devemos fazer? - pergunto para Meren

Ela se levanta e empurra a cômoda para cima da passagem, tranca a porta e abre o guarda-roupa pegando a gravata vermelha.

— Eu quero fazer agora, o resto a gente resolve depois

— Ok, ok, apenas venha logo

— Você fica sexy quando aceita brincar comigo. - ela passa a gravata pelo meus pescoço

— Tente não fazer muito barulho hoje. - sussurro para ela

— Digo o mesmo. - ela ri voltando a me beijar


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* é uma espécie de dragão que tem asas grudadas nos membros superiores, como morcegos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre elfos e vampiros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.