Entre elfos e vampiros escrita por neko chan


Capítulo 32
Primeira missão




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— Hoje é o grande dia, meninas, o grande dia! - Serafina nos acorda gritando e abrindo as cortinas do quarto enquanto Francine, ainda de óculos escuros, assoprava uma língua de sogra e batia palmas

— Que horas são? - pergunto levantando com voz rouca

— 6 da manhã, vista suas roupas de volta e nos encontre para tomar café, vocês vão partir as 8 e quero as duas bem acordadas. - ela para e olha distraidamente para meu corpo sorrindo - Fran, querida, não olhe!

Olho para baixo e finalmente lembro que estava sem camisa, me cubro rapidamente com o cobertor e olho para o lado, Francine fazia um sinal positivo com a mão e sorri.

— Ok, ok, vão embora, agora! - grito

— Espero que tenha tido uma noite divertida. Vamos, Fran, vamos fazer comida com o lança chamas. - ela levanta a garota pelos braços que se balança alegremente para frente e para trás

— Você deixou outros olharem seus peitos, isso é inaceitável. - murmura Meren ainda de olhos fechados - Merece punição! - ela vira por lado rapidamente me agarrando e fazendo cócegas

— Ei, ei, você vai me matar. - digo tentando fugir enquanto rio desesperadamente

— Não vou parar até você pagar pelo que fez. - ela cantarola e se abaixa para me beijar enquanto minha cabeça já está para fora da cama - O que acha de uma segunda rodada?

— Nada de segunda rodada, vocês tem que tomar café. - Serafina abre a porta - Ah, é melhor ainda com duas. - Francine se esgueira por de baixo dela e tira uma foto de nós duas - Vamos revelar antes que elas nos peguem. - elas saem correndo do quarto

— Deveríamos ir atrás delas? - Meren pergunta

— O que elas poderiam fazer de tão mau com uma foto?

— Um ritual perigoso com as nossas almas?

— ....... Se enrola no lençol que eu vou só colocar a roupa de baixo, temos que correr

Vou dizer que é realmente complicado lutar com duas bruxas para pegar uma câmera, ainda mais usando apenas roupa de baixo, mas também tivemos vantagem por causa disso.

— Usar apelo sexual para nos distrair é injusto. - diz Safira sentada na cadeira com os braços cruzado e Francine na mesma posição balançando a cabeça em concordância

— Não deveriam tirar fotos de pessoas nuas. - digo

— Então deveríamos apagar as outras?

— VOCÊS TEM MAIS? - bato na mesa

— N-não...... hipoteticamente

— O que a gente faz com vocês? - Meren suspira

— Não podem fazer isso entre vocês? - pergunto

— Entre nós? - Serafina olha para Francine e as duas riem até seus rostos ficarem vermelhos - Nunca, nunca, somos parceiras, não namoradas, eu nunca gostaria da Fran desse jeito. - Francine a encara com raiva - O que queria que eu dissesse? Que quero o corpo de uma criança? - ela começa a gesticular com a boca com o rosto irritado - Ok, você não é uma criança, mas parece uma de corpo

Francine bate o pé, sai da mesa e sobe as escadas.

— Ótimo, agora ela está com raiva

— É por quê você não gosta dela? - Meren pergunta

— Nós somos quase irmãs

— Mas não sabe se ela gosta de você

— PAREM DE LESBIANIZAR TUDO!

— Ok, ok, mas você deveria falar com ela, afinal....... literalmente só você consegue fazer isso. - digo

— Eu vou. - ela pega o resto da comida do prato com uma única garfada e se levanta para ir atrás dela

— Quer ver o que vai acontecer? - Meren me pergunta

— Não perderia por nada

Nós subimos as escadas procurando por elas, as duas tinham ido para o ultimo andar e nós ficamos perto das escadas as observando de longe meio abaixadas nos apoiando nas escadas de dentro.

— Fran, Fran, minha querida, não fique com raiva de mim, eu retiro o que eu disse sobre o corpo de criança. - ela não responde - Você ficou triste por que eu disse que não ficaria com você? Não foi para te ofender, é só porque nós somos família.... - Serafina tenta a fazer olhar para ela, mas elas continua se virando - Não vai me dizer nada? - sem resposta - Então acho que vou ter que fazer isso

Serafina a carrega nos braços como uma boneca e ficar a girando até as duas ficarem tontas.

— Já resolveu falar comigo? - ela continua tentando manter a cara irritada e segurando o riso, Serafina a põe no chão e ela volta a ficar de braços cruzados sem olhar para ela - Você não me dá muita escolha agora... - ela usa sua varinha para fazer aparecer um ukulele no ar e o pega afinando suas cordas - Você se lembra que a mamãe adorava esse instrumento? Ela conhecia muitas musicas humanas, não? Mas a que ela mais gostava era.... - Francine olha por cima do ombro - *"Let's go in the Garden, you'll find something waiting.... - Francine cantarola alguma coisa no ritmo da musica - When you finally find it, you'll see how it's faded... - ela continua a cantarolar - Everything stays, right where you left it, everything stays, but it still changes... - agora ela já sorri para Serafina cantando - In little ways, when everything stays"

Francine a abraça e é levantada do chão pelo abraço de Serafina, que a dá um pequeno beijo.

— Pronto, um beijo de irmã! As irmãs fazem isso, não?

Irmãs definitivamente não fazem isso.

— Ok, meninas, podem sair dai, você vão se atrasar! - ela fala olhando para nós

— Ah, tem razão, temos que ir logo!

— Tenham um bom dia!

Sairmos apressadamente parando no quarto para vestirmos nossas roupas o mais rápido que era possível e por sorte chegamos na hora. A missão foi na floresta próxima dali, Lucius disse que deveríamos derrubar o ciclope e os soldados de roupas azul e, principalmente, que não devíamos matar ninguém nesse primeiro momento, era apenas um treinamento, então seria ruim que matássemos alguém.

— O que fazemos se virmos alguém? Atiramos? - Meren pergunta observando a metralhadora em suas mãos - Isso não é meio exagerado para um treinamento?

— Acho que eles estarão usando proteção, então não deve ser um problema atirar, desde que não seja nos membros ou na cabeça

— Acho que faz sentido. - ela para de falar quando escutamos o barulho de alguma coisa pisando na grama

Fomos sorrateiramente até o barulho nos escondendo atrás de uma árvore, o som de grama sendo amassada parecia estar ficando mais alto, então definitivamente alguém vinha para cá, eu apenas tive tempo de ver o cano da arma da pessoa próxima á nós antes que Meren batesse na cabeça dele com a base da arma, era um dos soldados de azul, que agora estava caído no chão.

— Oh, céu, eu matei? Eu matei! Matei? - ela diz indo verificar o corpo - Acha que alguém acredita se eu disser que ele fez isso sozinho?

— Ele não está morto, só inconsciente. - digo olhando para o lobisomem caído - Acho que logo vai acordar

— Quanto tempo mais ou menos você acha que temos até ele acordar?

— Acho que não muito. - me agacho para cutucar o rosto dele, que abre os olhos rapidamente e Meren o bate novamente soltando um grito - Bem,... agora temos mais tempo - a puxo pelo braço para longe

— Será que encontraremos o ciclope logo? Estamos aqui a muito tempo e eu só queria ir para casa almoçar - o protesto dela logo é seguido pelo barulho de pesados passos vindo em nossa direção

— Sua boca certamente é amaldiçoada! - grito puxando para trás de mim

O ciclope era quase 4 vezes maior do que nós duas, seu grande olho vermelho nos fitava e seus passos pesados faziam buracos em forma de pés no chão.

— Acalme-se, querida. - ela diz saindo de trás de mim - Criaturas grandes e amedrontadoras são geralmente apenas mal compreendidas

O grande olho do ciclope começa a brilhar em um tom vermelho e ele lança um laser em nossa direção nos fazendo desviar rapidamente.

— ELE DEFINITIVAMENTE NÃO É MAL COMPREENDIDO, EU RETIRO O QUE DISSE. - Meren grita correndo e me puxando junto com ela

Ele nos segue tentando nos acertar do mesmo jeito.

— Como se derruba uma coisa dessas? - pergunto dela enquanto corremos

— Como eu vou saber? Eu nunca debati com um ciclope antes

— Meren, tive uma ideia, se transforme!

— Não acho que dá pra fazer isso agora

— Não importa, apenas se transforme. - eu desvio e vamos cada uma por um caminho diferentes

Ela se transforma e sobe em uma árvore se escondendo entre as folhas, enquanto, assim que eu consigo despistar o ciclope eu me junto a ela.

— Ok, qual o plano? - ela pergunta

— Você consegue controlar cipós, não? Faça com que ele caia enquanto me persegue e depois amarre as mãos e pés dele

— Ótimo, antes você sendo devorada do que eu

— Obrigada, namorada

— De nada, querida. - ela me empurra da árvore e eu flutuo até o chão

O monstro me nota e começa a correr atrás de mim, uma corda de cipós entrelaçados se estende a nossa frente, eu pulo por cima, mas ele não dá a mesma sorte e acaba caindo e sendo amarrado por Meren. Os outros novatos conseguiram nocautear os soldados de azul e nós duas fomos parabenizadas por derrubarmos o ciclope sem matar, fomos dispensadas pelo resto do dia, o que foi realmente um sorte, porque eu não conseguia sentir meus membros.

Quando chegamos em casa vimos Francine no sofá desenhando Serafina olhando pensativamente para um parafuso enferrujado.

— Ah, já de volta? Como foi?

— Eu estou morta. - respondo

— Ela morreu por mim. - Meren se joga no sofá abraçando Francine, que afaga sua cabeça

— Estou morta por nós duas. - concordo me jogando encima das costas de Meren

— Ótimo, isso significa que se esforçaram, farei um grande almoço como recompensa. - Francine bate palmas para nós - Venha, chefinha, você vai em ajudar a fazer comida. - Serafina joga um avental para ela, que o coloca e corre para a cozinha deixando apenas eu e Meren na sala

— Vai me compensar como por quase ter me deixado morrer? - murmuro para ela que se vira de barriga para cima para me ver

— Foi seu plano

— Mas você concordou

— Ok, eu posso...... eu não consigo pensar.... - ela reclama - Deixo você fazer o que quiser comigo hoje

— Você já deixou ontem

— Então com fantasia

— Não temos. - continuamos essa conversa sem sentido com uma terrível voz de sono

— Me amarra na cama com qualquer coisa, eu não sei

— Eu vou beber seu sangue

— Você vai me matar

— Você quase me matou

— Foi seu plano

— Recompensa

— PELO AMOR DOS MESTRES, ME COME DO JEITO QUE VOCÊ QUISER, ESTÁ FELIZ AGORA?

— ...... aceito

— Obrigada

— É ótimo ser jovem, tanta energia e vitalidade. - diz Serafina enquanto Francine tira outra foto - O almoço vai logo ficar pronta, tentem ao menos esperar para fazerem essas coisas no quarto de vocês

— Estraga prazeres. - murmura Meren me abraçando forte e me ajeitando para ficar do seu lado no sofá - Não tem sentindo ter uma garota tão bonita na minha frente se eu não posso-

— Maravilha, apenas não me façam ter que compra outro sofá. - Serafina a interrompe

— Sim, senhora. - dizemos em coro rindo


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Notas finais do capítulo

*essa musica realmente existe e eu costumo ouvi-la repetidamente enquanto escrevo essa fic (especificamente)



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