— Lord, o que você está fazendo? – pergunto vendo o mesmo se aproxima da akumatizada. Esse moleque quer morrer?! Só pode!

A Little lonely parou de disparar os raios ao ouvir a música, que eu reconheci. Pouco depois, a mesma foi derrotada e estava no colo do Lordbug que conversava calmamente até aparece o pai da garotinha.

— Marie! Marie! – um homem alto de cabelos morenos e olhos castanhos claros vinha correndo em nossa direção.

— P-Papai? Papai! – a menina sai correndo até o mesmo que a pega e abraça.

Fico observando o pai e a filha, sorrindo um para o outro. Isso me fez pensar em mim e no meu filho. Ah Hugo... como queria que me perdoasse. Olho para meu lado esquerdo, Lordbug observava com muita atenção. Reparo que seu olhar transmitia tristeza, uma tristeza semelhante ao do meu filho. Suspiro, eu devia pega leve com garoto.

Resolvo aproxima-me do mesmo e coloco a minha mão em seu ombro, fazendo ele olha para mim.

— Você... se saiu muito bem – digo dando um sorriso amigável.

— Obrigado, só fiz o que era preciso... – suspirou.

— Está tudo bem?

O mesmo assentiu sem olhar e afastou-se de mim. Senti que algo estava errado e parece que não fui o único. Volpina e Queen Bee também perceberam, antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, ele não estava mais ali. Olho para todos os lados e o vejo em cima de um prédio, olhando para nós e sai correndo. Decido segui-lo.

— Pessoal, vou indo. Tchau! – dou um pulo em direção ao mesmo edifício e saio correndo à procura do garoto.

NARRADORA

Assim que o herói gato saiu, Volpina olhou mais uma vez para Queen Bee que também retribuiu o olhar. Ambas perguntavam se deviam ou não ir atrás do menino, mas Chloe achou melhor não. Ele precisava ficar sozinho por um tempo.

Alya foi para casa junto com o marido. Quando chegaram, desfizeram a transformação e o moreno abraça-a com força.

— N-Nino?

— Você deixou-me preocupado – fala o mesmo ainda no abraço – Que bom que estás bem!

— Não fique assim, meu amor – sorrir a morena – Você estava lá e mesmo que não estivesse, sei me cuida!

Alya piscou, fazendo Nino salta uma risada baixa.

— E como sei hehehe...

A morena sorriu antes de lembrar algo, ou melhor, alguém e o marido percebeu.

— Que foi? – perguntou ao ver a expressão da esposa.

— Nada, só lembrei de algo... – interrompeu a esposa.

— Você lembrou-se do Hugo que saiu daquele jeito – a mesma olhou surpresa para o moreno.

— Como voc...

— Como sei? Bom... de primeira não o reconheci, mas depois, comecei repara-lo e percebi – Nino deu de ombros – Mas quero saber o porquê?

Ela abaixou a cabeça e suspirou tristemente antes de encara-lo novamente.

(...)

— Lordbug, cadê você? – perguntou Chat enquanto olhava ao seu redor à procura do mesmo.

Hugo já estava na casa de seus avós, na varanda de seu quarto. Ele mantinha a cabeça baixa, perdido em seus pensamentos e suas lembranças. Tikki observava-o de longe. Lágrimas escorriam pelo rosto, soluços eram quase audíveis, assim como as fungadas do nariz. O garoto apertava o cordão com força, como estivesse buscando algum conforto nele.

Nesse momento, o herói de Paris, Chat Noir, estava passando por ali. O mesmo ainda procurava o jovem herói. Ele olhou para todos os lados e deparou com seu filho cabisbaixo na varanda e resolve se aproximar do garoto. Andou para trás e logo correu para frente, dando um grande salto e usa o bastão para chegar mais rápido no local.

O jovem azulado continuava do mesmo jeito, até que um vulto chama a sua atenção. Rapidamente, levantou a cabeça e olhou ao redor.

— Tikki? Vovó? – nada. Ninguém respondeu – Hum...

Voltou a olhar para frente, com a mesma expressão. Chat sai de trás de uma chaminé, observando o menino enquanto caminha em sua direção. O adolescente fungou antes de senti algo pousar em seu ombro, com movimento rápido, pega-o e faz o braço do indivíduo ficar atrás da costa do mesmo.

— Quem é você?! RESPONDA! – pergunta Hugo, gritando na última parte.

Chat soltou um gemido de dor.

— Aii... sou Chat! Chat Noir!

O adolescente encara confuso.

— Chat?! O que você está fazendo aqui? – perguntou.

— Primeiro: você poderia me soltar! Agradeceria muito! – disse ele.

— Desculpe – ele solta o braço do herói – Agora... explica-se!

Ele por o ombro no lugar antes de pronunciar alguma palavra.

— Bom... eu... o que houve com você? – perguntou olhando para uma mancha roxa, localizada perto do olho, assim como, um pequeno ferimento no canto da boca.

Hugo desvia o olhar e fica de costa para o mesmo.

— Não é nada e acho melhor você ir embora – disse já entrando no quarto.

Adrien observava o comportamento do filho, o modo que o mesmo estava andando, parecia estar machucado. E ele está certo. Além de ter machucado o rosto, Hugo também tem hematomas na costa, no abdome e estava com a perna dolorida.

— Não é o que está parecendo – disse aproximando-se do garoto – Vem cá! Deixa te ajudar.

— Agradeço pela ajuda, mas não! – Hugo sorrir irônico antes volta caminhar – Vai embora, Chat!

O herói gato bufou, revirando os olhos enquanto segue o menino. Que o mesmo se joga na cama e acaba soltando gemido de dor, baixinho. Chat entrou e sentou-se na cama, olhando para o mesmo. Hugo percebeu e bufou.

— Já disse para você que não preciso de ajudar – fala com os olhos fechados.

— Só vou sair até conta-me o que aconteceu com você! – o miraculous de Chat Noir apitou – Droga! Agora não, Plagg!

O menino deu um sorriso de canto, estilo Chat.

— Parece que alguém está preste há virar uma abobora... – cantarolou.

— Humpf... não pense que essa conversa acabou, entendido? – nenhuma resposta – Boa Noite, Hugo.

Nenhuma resposta... de novo. O herói suspira tristemente e sai do quarto, deixando o silencio reina no local. O Jovem abriu um dos olhos, certificando que se o herói já tinha saído antes de levantar, calmamente e ir ao banheiro.

Ele tira a jaqueta, em seguida, a camisa. Olha para seu reflexo no espelho, seus machucados estavam roxos e outros menos. Vira de lado para tentar ver os outros machucados na costa, uma marca vermelha grande e comprida se destacava no local. Hugo sabia o que era.

Flash Black On.

— Achou mesmo que eu viria sozinho para brigar com você? Agora, isso ficará muito interessante, não é galera?

Os meninos sorriram enquanto estalavam os dedos. Hugo suspirou.

— Pelo visto não tenho escolha, né? – murmurou, cabisbaixo.

Felipe riu mais uma vez.

— O que você acha? – estalou os dedos – Já sabem o que fazer!

Ambos avançaram na direção do azulado, um avançou com o soco que foi impedido pelo mesmo enquanto outro deu uma rasteira, fazendo o Hugo cair. O primeiro avançou com chute e rapidamente o azulado desviou rolando para o lado, e levantou-se. Felipe só assistia enquanto descansava. Hugo corre na direção dos rapazes que também faziam o mesmo. Um deles tentou dá rasteira, só que desta vez o Cheng desvia e dá um chute na barriga de um. O mesmo que tentou dá rasteira, levantou-se e corre até o garoto com o punho esquerdo fechado, Hugo olhou para trás e rapidamente defendeu-se do soco.

— Vamos! Acabem com ele! – gritou Felipe, irritado.

Hugo desviava de alguns socos, o mesmo sentia o cansaço chegar e queria que aquilo acabasse logo. Assim que ele desvia de um e deu um empurrão na costa, ele cai no chão ao sentir algo atingir sua costa. Deu uma olhada para trás, Felipe segurava um pedaço de cano fino.

Logo os rapazes seguraram os braços de Hugo e o levantaram. Felipe aproximou do mesmo, ainda segurando o cano enquanto sorria, e na mesma hora, o louro tacou o cano na perna do mesmo que gritou de dor. Os rapazes ainda seguravam o menino que logo recebeu socos em sua barriga, ele se debatia tentando solta-se. Hugo sentiu o sangue surgia em sua boca. Estava começando a ficar tonto, em seguida, o jogam no chão. Felipe cuspe nele e vai embora junto com os outros dois, deixando o mesmo no chão imundo.

Flash Black Of.

Hugo volta do banheiro, banho já tomado e vestido só a calça, segurando uma pequena maleta de primeiros-socorros. Senta na cama e começa tratar dos ferimentos, Tikki ofereceu ajuda-lo e o mesmo aceita. Gemidos de dor eram abafados para que seus avós não ouvissem. Assim que terminou, veste a camisa e pega um moletom, desceu as escadas do quarto e percebeu que a cozinha estava escura.

O menino estranhou, foi até o interruptor e acaba levando susto.

— SURPRESA!!! – gritaram Tom e Sabine junto com pessoal que estavam ali presente.

— O que? Mas... – o menino tava confuso.

Os avós de Hugo aproximaram-se e o abraçaram, desejando muitas felicidades. Logo vieram os padrinhos, Alyno, junto de seus filhos, Alicia e Nicollas que não quis mais sair do colo do azulado. Luccas cumprimentou o mano com toque deles e Rose também cumprimentou. Nathanaël e Chloe o parabenizaram, Natasha foi a última ao cumprimentar o aniversariante. Ela deu o seu presente e o mesmo agradeceu com abraço e um beijo na bochecha, deixando a menina corada.

A festa era simples, mas mesmo assim estava divertida. O jovem azulado olhava, de vez em quando, para porta, pensando se o Adrien viria. Balançou a cabeça, afastando esse pensamento e voltando a concentra-se na pequena festa.

*Horas depois...*

O jovem azulado passeava pela Paris, como Lordbug, mesmo que não sua noite de patrulha. Ele queria esfriar a cabeça. De prédio em prédio, pulava e corria, dava cambalhota e de vez em quando usava o seu ioiô até para na torre Eiffel, admirando a vista da cidade. Não era a primeira vez que estava ali, pois ele lembra muito bem quando a sua mãe o levou e também lembra quando descobriu o seu segredo.

Eram muitas lembranças boas que o mesmo viveu com ela, mas não pode esquecer das lembranças ruins que ainda sofre até hoje. Ele queria entender o porquê seu pai sempre foi ausente, se ele tiver um motivo, qual seria?

— O que o senhor tanto esconde de mim? – perguntou para o nada enquanto observava a cidade.

— Falando sozinho garoto?

O menino olhou para trás, um pouco assustado.

— Chat!