O rei Darrian segura às mãos de sua esposa, naquele momento suas memórias estavam conectadas, logo Brígida pode enxergar dentro das lembranças de seu marido.

“Em uma sala com paredes azuis e prateadas decoradas com diamantes estava assentado o rei de Gargawood em seu trono de ouro adornado com cristais diversos, Darrian se curva perante o monarca Gargawoodiano, pois ele lhe deve respeito por estar em seu país, Allan levanta o cetro para o rei de Waindorff e este o toca, quer dizer então que agora podem conversar normalmente, então o elfo começa:

— Darrian, o chamei aqui por que tenho uma proposta sobre o futuro de nossos filhos e de nossos países.

— E qual seria Allan?

—Que tal fazermos uma aliança casando Luke e Rebecca?

—Não acho provável que Rebecca se case sem amor.

— Desculpe-me pelo que direi agora, mas pelo que conheço de sua filha, sei que a única coisa que ela ama é o poder.

—Não fale assim da minha menina! Ela não fará se não quiser!

— Você e seu país não têm condições de escolher! Se mandarmos nossas tropas reduziremos Waindorff a pó!

— Não teria coragem!

— Me desafie se puder! Estará assinando sua própria sentença!

—Não me renderei assim tão fácil! — Diz Darrian internamente abalado.

—Veremos Darrian, veremos — Responde Allan!”

Brígida se afasta de seu esposo, visivelmente desconcertada pela cena que vira nas memórias do rei, e após alguns segundos de silêncio mortal ela exclama:

— O que será de nosso país?!

— Eu não sei minha rainha, mas decidi que não posso deixar nosso futuro nas mãos de Rebecca.

— Então quer dizer que ela irá se casar mesmo contra sua vontade!

— Talvez Brígida, talvez.

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Iris acha bastante estranho, Luna ficar só na escola enquanto Luke e Lizzie partiam juntos para o chalé a beira do lago, na verdade ela temia por Lizzie, primeiro por que ela poderia fazer uma besteira, e temia novamente, pois tinha medo que Luna não gostasse nem um pouquinho do relacionamento de seu irmão com a ruivinha, ela segue para casa com estes pensamentos em sua  cabeça, esperando que suas amigas não batessem de frente, até por que quem se ferraria mais, seria Luke, que estaria no meio do fogo cruzado.

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Na noite anterior Caitlyn escrevera em seu diário:

“Hoje eu o conheci! Sim ele mesmo querido diário, e ele me chamou de Cat!

Eu fiquei super feliz Darling! Espero que nós possamos nos encontrar novamente, acho que fiquei mais apaixonada e dessa vez somente ver os pronunciamentos e fotos da família real não vão me ajudar, sei que não sou a única moça de Waindorff que gosta de Gael, mas sei que sou umas das poucas plebéias nessa lista que chegaram tão perto do príncipe, e só por isso estou feliz!”

Ela trancou o diário e guardou debaixo dos ursos de pelúcia, naquela noite, mesmo com os dedos vermelhos e gelados pela grande quantidade de louça que lavara Caitlyn dormiu feliz, pois a partir daquele dia veria seu ruivo todas às tardes.

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Luna respira e caminha firmemente até os fundos da casa, entra pela “Porta Secreta” — que nem é tão secreta assim, a porta passava por dentro da horta e dava na cozinha—logo, que entrou na casa foi direto para sala cumprimentar os jovens que conversavam animadamente, fazendo parecer que havia acabado de chegar, a morena não estava prestando muita atenção na conversa quando Lizzie pergunta:

— Luke disse que vocês são vegetarianos, então tipo assim, vocês comem pizza de brócolis?

— Comemos, mas o Luke não pode. — Responde Luna

— Por quê? — Pergunta Elizabeth

— Por que quando ele come brócolis acaba soltando uns gases terríveis!

— Eca Luke! — Exclama a ruivinha dando um soco no príncipe.

— É tudo zoeira dela Lizzie — Responde Luke esfregando o braço dolorido — Liga não.

— Zoeira foi quando ele fez pipi na cama aos 13 anos! — Revela a princesa.

— Aos 13 anos?! Tava com medo dos elfos que vivem na Islândia?

— Com certeza que não, elfos não são maus, pelo menos era o que eu pensava — Diz Luke lançando um olhar para sua irmã.

— Certo, certo — Fala Luna — Vamos jantar?

— Nada com brócolis ta Lu? — Pede a visitante.

— Ok, Liz.

Luna prepara uma Paella vegetariana que todos comeram de se fartar, afinal a princesinha era uma ótima cozinheira, lá para as 20:00 Luke já estava levando Lizzie embora, quando voltou foi recebido com gritos enfurecidos de Luna:

— Onde você estava com a cabeça de trazer uma humana para cá? Espero que não a tenha beijado!

— Nós somos apenas amigos! Ela nem é meu crush!

— Eu nem quero saber o que é crush, mas você entende a gravidade do que fez?!

E antes que o moreno pudesse responder ela continuou:

— Você é o príncipe de Gargawood, suas opções de Cychwyn só se resumem a uma Luke, e você sabe qual é.

— Sei! Quer dizer que ao contrário dos outros elfos eu não posso simplesmente renunciar meus poderes, ou voltar com uma humana para casa, tudo que posso fazer é voltar e me casar com Rebecca!

— O que você quer dizer com isso?

Naquele momento Luke gelou de cima a baixo, ele não poderia ter revelado o assunto a Luna, mas agora já estava feito.

— Quero dizer que papai me prometeu a Waindorff!

— Desde quando sabe disso?

— Desde o dia em que conhecemos Iris.

— E por que não me contou?

— Por que não podia! Se papai souber disso ele vai me matar!

— Voltando ao nosso assunto, você sabe como este ano é importante, se não cumprirmos nossos objetivos não poderemos voltar para casa!

— Quem disse que eu quero voltar? Aqui tem... Filhotes e internet! — Grita Luke dizendo as primeiras coisas que passam pela sua cabeça.

— Filhotes e internet?! Vai trocar um mundo com magia por filhotes e internet?

— Não... Mas eu não te devo explicações!

— Ótimo! — Ela diz enquanto entra em seu quarto.

Luna se deita em sua cama, e pala primeira vez desde que saiu de seu país, ela tenta entender os sentimentos de Luke.

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Em seu quarto, Noah tem a sensação de que conhece Luna de algum lugar, porém convence a si mesmo de que é apenas uma coincidência, e fechando os olhos — Ao contrário de Luna — Rapidamente adormeceu.