A saga de Gargawood: Princesa Esmeralda escrita por Jubycake17


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Não lancem um Avada Kedavra em mim por favor! Eu sei que demorei, mas o capítulo de hoje promete! #VariasTretas



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O almoço no palácio real de Waindorff fora silenciosamente conturbado, todos calados, e tudo que se podia ouvir era o tilintar dos talhares contra os pratos e a respiração dos ali presentes, via-se também a inquietação do rei e da rainha que olhavam apreensivamente para Rebecca e suspiravam pensando na notícia que dariam.

Então para quebrar a monotonia Darrian comenta:

— Fiquei sabendo que trocamos de cozinheira.

— É agora nós temos Mirella — Diz Gael.

— E o que vocês acham dela? — Pergunta o monarca.

— Uma ótima cozinheira — Responde Brígida.

— Ótima mesmo — Completa o príncipe.

— Prefiro Lucian — Resmunga Becca.

— Sempre do contra você hein Rebecca — Diz o pai encerrando a conversa.

Todos voltaram a comer silenciosamente, após terminaram Darrian pede as damas:

— Rebecca, Brígida, venham a minha sala.

Então Brígida e Rebecca seguiram até a sala do rei que era bastante diferente da sala da rainha, era parecida com uma floresta pela quantidade de animais que havia no local, pelas paredes cor de musgo e pelo cheiro amadeirado que tinha aquele lugar.

Os animais pareciam empalhados, mas na verdade estavam vivos e por meio da magia transformavam-se em estátuas, estátuas tão lindas que nem o mais renomado artífice poderia reproduzi-las devido à riqueza de detalhes contidos naqueles animais.

— Sentem-se, por favor — pede o rei indicando duas poltronas negras de veludo que sentindo a aproximação das damas, moveram-se lentamente para trás, permitindo que essas se sentassem.

Após estarem bem acomodadas, Brígida segura a mão de sua filha e então o monarca começa:

— Rebecca, você sabe que acabo de voltar de Gargawood.

E depois do silêncio que se seguiu ele continua:

— E o rei Allan me fez uma proposta.

— E qual seria Athair?

— A proposta é que você se case com o príncipe Luke de Gargawood.

As últimas palavras de Darrian ressonavam e rodopiavam como um redemoinho na mente da princesa, ela dá um leve arquejo de excitação, que logo preocupa Brígida que aperta com mais força a mão da garota a seu lado e exclama:

— Eu sabia que isso não daria certo Darrian! — E  virando-se para a ruiva a seu lado diz:

—Você não precisa fazer isso querida!

— Não mamãe! Eu farei, farei pelo meu povo, e pelo meu país — Fala Rebecca fingindo ser uma patriota nata.

— Tem certeza disso? — Indaga Darrian.

— Sim pai — Fala Rebecca tentando disfarçar a alegria que crescia em seu peito por ser a próxima rainha da potência dos sete reinos com um falso rostinho triste, comportava-se como uma criança que era compelida a tomar o remédio mais amargo de todos, quando na verdade via a vida tornar-se mais doce, não para o povo como era o desejo de seus pais, mas para si mesma.

Logo Darrian se levanta, sendo seguido pelas duas damas e assustando um pequeno espião.

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Gael se afasta rapidamente da porta de madeira Rosewood por onde observara os adultos, alternando entre olhos e ouvidos no pequeno buraco da fechadura o príncipe foi capaz de ouvir toda a notícia.

 Ao ver que todos já estavam se retirando da sala ele corre para seu quarto, chegando lá, Gael se senta na sua cama e olha para o prato de cookies intocados em suas mãos e se arrepende de não ter ido os buscar pessoalmente, pedindo a May que os buscasse e os levasse para a porta da sala de seu pai para apreciá-los juntamente com a fofoca, mas eles realmente não desceram enquanto o ruivinho ouvia as novas sobre o reino, porém agora, que ele estava livre e desimpedido, mordeu o biscoito, e assim que deu esta primeira mordida lembrou-se de Caitlyn, a pequena plebéia, dona de lindos olhos cor de avelã, o jovem até gostaria de ir vê-la, mas que desculpa daria?

Ele não era corajoso o suficiente para chegar à garota e dizer "Oi Cat! Passei aqui só para falar com você!" Ela daria uma risadinha e me acharia um bobo, pensou o príncipe enquanto comia e suspirava por não ter ido ao encontro de sua mais nova amiga.

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Para Lizzie aquele seria somente mais um beijo, mais um garoto, mais uma ficada normal, porém era aí que ela se enganava, naquele fim de tarde a garota se sentiu como em um romance de Nora Roberts, onde numa escala de 1 a 10 o beijo fosse algo como 11, avassalador, intenso, maravilhoso.

A vítima? Cabelos negros como a noite, olhos azuis como o mar, as mãos fortes, que poderiam acabar com um homem, e mesmo assim segurara delicadamente o rosto de Lizzie quando esta lhe beijou.

O dono de todas essas qualidades? Ninguém mais que o ilustre príncipe de Gargawood, e agora ele estava fisgado. Não que antes ele já estivesse apaixonado pela ruiva ou algo do gênero, mas por sua natureza élfica que o fazia se apaixonar por qualquer pessoa que o beijasse.

Mas como ele pode deixar isso acontecer?

Naquele dia como em todos os outros desde que Luna entrara para banda Luke andava com um espaço vazio na garupa de sua moto, porém naquele dia foi diferente Lizzie correu até o rapaz que estava prestes a partir em sua BMW e pede:

— Luke, minha mochila está tão pesada... Será que você poderia me levar em casa?

— Sobe aí ruivinha — Responde o garoto indiferente enquanto entregava o capacete à menina.

O garoto seguiu em silêncio enquanto a menina o bombardeava com fofocas e comentários sobre a vida alheia, falando até mesmo sobre o ex- namorado de Iris, Mark, que havia sido descoberto traindo tal de Callie Del Rey.

O elfo estaciona em frente à casa da humana, desejou-lhe boa tarde e já ia saindo quando ela o chama para entrar em sua casa.

— Não acho que pegaria bem ficarmos sozinhos novamente.

— Sozinhos não — Responde à ruiva — Meu irmão está em casa.

Ante esta resposta Luke segue a menor para dentro de sua casa, e o irmão da garota estava mesmo lá, mas era como se não estivesse, pois estava usando headphones e um controle de videogame e gritava ordens para alguém de sua guilda enquanto olhava vidrado para a tela da tv.

—Vem! — Chama Lizzie.

Luke a acompanha para uma ampla cozinha com balcões e armários maiores e mais bonitos do que os encontrados nas casas mais abastadas de Gargawood.

— Senta aí — Fala Lizzie indicando um banco frente a um balcão de mármore.

— Ok — Responde o príncipe se sentando.

— Posso te oferecer alguma coisa?

— Não precisa Liz

— Eu insisto! Coma alguns cookies pelo menos.

— Tá bem então — Assentiu Luke que não comia cookies há muito tempo, já que sua irmã sempre comia sozinha todas as fornadas que preparava.

A garota coloca em frente ao rapaz um prato cheinho de biscoitos, este os come rapidamente, e só parou a sua comilança para olhar para a humana com o rosto sujo de farelos e perguntar:

— Você tem leite?

— Claro — Responde Lizzie rindo do elfo.

E enquanto Luke comia ambos conversavam sobre várias coisas interessantes, como filmes e gostos em comum, após terminarem de tagarelar Luke olha para o relógio e percebe que já havia se passado quase uma hora desde que ele havia chegado à casa da menor.

— Bom já são dez para as cinco, tenho que ir.

— É uma pena, posso te dar algo antes que você vá?

— Pode desde que não sejam cookies, por que eu não aguento mais comer — Responde o garoto divertidamente.

— Ta certo, eu te garanto que não serão biscoitos.

Eles vão juntos até a porta e Lizzie pede para que o garoto feche os olhos, e assim que ele os fecha ela se aproxima devagar do rapaz, ele sente o cheiro de morangos que saia do cabelo da ruiva, ela encosta seus lábios levemente nos dele e o príncipe pode sentir a maciez da boca da humana e antes que ele pudesse fazer alguma coisa ela já o havia envolvido em um beijo ardente e delicioso, o elfo tenta desgrudá-la de sua boca colocando as mãos em seu rosto, porém o moreno já estava fisgado, e o que era um beijo simples se transforma em num beijo fora descrito antes: Avassalador, intenso e maravilhoso. Simplesmente perfeito!

— Gostou? – Pergunta Elizabeth após o beijo.

— Com certeza! — Respondeu o Gargawoodiano com corações nos olhos.

— Tchau!

— Tchau!
Luke montou em sua BMW e saiu pensando em Lizzie em sua boca maravilhosa, seus cabelos sedosos, seu perfume de morangos, na verdade ele pensou em tudo, menos nas conseqüências que aquele beijo traria para todos os mundos.

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— Uau Luna! Esse perfume é perfeito! — Exclama Iris.

— Que bom que gostou, por que é seu.

— Meu? Adorei — Responde à loira abraçando sua amiga.

— Não respiro! Não respiro! — Brinca a Gargawoodiana como se precisasse respirar.

— Boba! — Fala a humana socando a elfa.

— Você!

— Tô com fome.

— Cookies?

— Com certeza.

Seguiram para a cozinha, onde Luna retira do armário um prato com cookies de chocolate, comeram e conversaram animadamente até que a porta dos fundos da casa se abre revelando um garoto sorridente.

— Oi Luke — Cumprimenta Iris.

— Oi — Ele responde.

— Oi mano — Fala Luna.

— Oi mana. — E após notar o olhar inquisitivo de Luna o moreno continua: — Estava no mercado — Luke fala enquanto levanta algumas bolsas cheias de compras.

— Cookies? — Oferece sua irmã.

— Não, valeu.

Estranho. — Fala Luna dentro da mente do rapaz.

Luke lança um olhar ameaçador para Luna

Tá bom! Fui.

— Iris, já escureceu. — Diz Luke apontando para a janela.

— Você tá me expulsando? — Pergunta a humaninha em tom de brincadeira.

— Não é que... É que... — Responde o príncipe sem encontrar palavras para terminar sua frase.

— Ok, você está certo mesmo, eu prometi a minha mãe que estaria em casa a tempo para o jantar.

— Vamos então? — Pergunta Luna.

— Tchau Luke.

— Tchau Iris.

As meninas seguiram para a garagem e lá colocaram capacetes e foram na moto de Luke para a casa de Iris, o vento batia em seus corpos as deixando arrepiadas pelo frio.

Rapidamente chegaram a casa da loira e após os cumprimentos, antes que Luna se afastasse para ir embora Iris sugere:

— Você bem que podia ficar apara jantar Lu.

— Não quero incomodar.

— Não vai.

— Acho melhor deixarmos para outro dia ok?

— Tudo bem. — Diz Iris ligeiramente triste pela recusa da amiga. — Tchau.

— Tchau Mini-Bell.

E a morena sobe em sua moto desaparecendo na neblina antes que sua amiga pudesse perguntá-la onde ela havia ouvido aquele apelido.

Luna sumiu rapidamente deixando uma humaninha parada no jardim.

— Mana, por que você está aí parada na friagem com cara de tonta — Pergunta Nicky — Entre para jantar, mamãe fez bolo de carne.

Então Iris entra em casa e na mesa de jantar olha para os pratos e vê nenhum legume, somente carne.

— Parece até mesmo que Luna já sabia! — Pensa alto a loirinha.

— Sabia o que querida? — Pergunta o senhor Bellefort.

— Que o senhor Lester ia aplicar uma prova surpresa hoje. — Responde Iris contando algo que realmente aconteceu no seu dia.

— Ela te trouxe aqui filha?  — Pergunta a mãe de Iris.

— Sim.

— E por que não a convidou para jantar?

Iris olha novamente para os pratos a sua frente e sua mãe logo percebe diz:

— É claro! Que cabeça a minha, sua amiga não come carne não é mesmo?

A loirinha assente com a cabeça.

— Sua amiga é uma vaca? — Pergunta Vicky

— Vicky! Que coisa horrível de se dizer! — Repreende Nicky — É claro que ela é uma capivara! Duh!

— Gente! Gente! A Luna não é uma capivara! — Grita Iris para os pequenos.

— Ela deve ser da sociedade protetora dos animais ou algo assim — Fala o pai de Iris.

— Então deve ser por isso que ela anda com a mini-Bell — Responde Nicky ligeiramente raivoso.

— Deve ser isso mesmo — Completa Vicky mostrando a língua para a irmã.

Iris retribui o gesto fazendo uma careta ainda maior.

— Crianças! Parem com isso! Vamos comer antes que esfrie.

Então com os ânimos acalmados a família Bellefort termina seu jantar e após terminarem cada um segue para suas tarefas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Sem propagandas enganosas hoje, só deixem o rewiew mesmo e ganhem um unicórnio



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