A saga de Gargawood: Princesa Esmeralda escrita por Jubycake17


Capítulo 10
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Hoje tem mais um capítulo novinho para vocês!
Gostaria de estar agradecendo a ShiroiChou Que está sempre comentando, e pedir aos meus amigos fantasminhas: Deixem um olá pessoinhas!

Boa Leitura!



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A cozinha do castelo de Waindorff estava a todo vapor desde cedo e enquanto isso na escola do vilarejo Caitlyn contava os segundos para... Lavar louça?
Claro que não! Ela estava ansiosa para ter uma nova chance de ver Gael, e estava sonhando acordada, quando sua professora pergunta:
— Quem foi Bartolomeo, o canibal, Caitlyn?
E a menor quase responde: “O futuro soberano de Waindorff, Gael meu noivo.”
Mas ao invés disso,esperou a professora perguntar novamente e respondeu corretamente a pergunta, se concentrando na aula e deixando pelo menos por uns instantes o príncipe fora de seus pensamentos.
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Luna batia os pés, roia as unhas, rabiscava o caderno, mas o tempo não passava, ela olhava ansiosamente para o campo onde a banda se reuniria a pós a aula, e não conseguia conter seu entusiasmo, havia borboletas em seu estomago, seria somente por causa da banda ou haveria algum outro motivo?
Enquanto pensava na banda ela se lembrou de algo importante: Ainda não contara para Luke que não iria para casa com ele, mas como ela iria fazer isso? Luke mal olhava na cara dela!
Ela só falaria para que o tal não se preocupasse, mas observando a situação, Luna sabia que ele nem daria falta de uma mimadinha!
Bom, e era nisso que Luke estava pensando, pensava em Luna que talvez passasse novamente à tarde na escola,era certo que ele nem se importava, mas odiaria ficar com fome após a aula e era isso que acontecia sempre que Luna não estava em casa, ele odiava admitir, mas dependia de sua irmã.
Seus pensamentos foram interrompidos por uma bela ruivinha que se virou, sorriu, e perguntou:
— Luke você ouviu uma palavra do que o professor falou? É que tipo assim, eu estava me maquiando e nem liguei, hihihi.
Luna que observava a cena de longe, reforçou novamente suas convicções sobre a futilidade de Lizzie.
— Hey Luna, não liga não — Diz Iris acalmandoa — Seu irmão já é bem grande para saber que Lizzie não é lá essas coisas.
— Iris! — Exclama Luna socando levemente a loira — Vocês não são amigas?
— Eu sou amiga dela, mas não sou cega, dá pra ver como ela é.
— Tipo assim, dá mesmo — Fala Luna imitando Lizzie.
— Querem compartilhar alguma coisa com a turma meninas? — Pergunta o Sr. Lester.
— Não senhor! — Responderam em uníssono.
— Vão precisar que eu espere vocês terminarem a conversa, ou podemos prosseguir com a aula?
— Por favor, professor prossiga, e nos perdoe pela interrupção — Diz Luna com o rostinho vermelho e fervendo de vergonha.
Após tudo isso, as aulas seguiramse normalmente e na hora do recreio Iris e Luna estavam famintas, elas saem da sala se dirigindo ao pátio do almoço, porém quando prestes a se sentar Luna ouve seu nome ser chamado por um grupo de jovens sentados numa mesa a poucos metros de distância.
Quando ela se vira para atender, se depara com os integrantes da banda que estavam guardando um espaço no banco para que a morena se sentasse Luna olha para Iris e olha novamente para seus novos amigos que diziam:
— Vem logo Lu!
E Iris sussurra:
— Vai Luna.
Então a princesinha diz:
— A Iris pode sentar conosco?
— Acho que não vai dar — Responde Peter — O espaço é muito pequeno.
— Olhando direito o espaço é muito pequeno mesmo, prefiro ficar aqui com a Iris.
— Talvez se a gente se espremer um pouco dá vocês duas aqui — Sugeriu Gabrielle.
— Não precisa, valeu mesmo — Fala Luna pensando em Iris que se sentiria deslocada entre bumbos, caixas e outros assuntos da banda que com certeza ia rolar entre os adolescentes.
— Não precisava ter feito isso por mim! — Exclama Iris.
— Somos amigas, não é? — Pergunta Luna
— Sim, nós somos, mas... —Iris nem termina a frase por que Luna a interrompe dizendo:
— Sem “mas”, com certeza você teria feito o mesmo — E após alguns segundos ela completa pensativa — Você faria não é?
— Claro sua boba! — Fala Iris dando um beijo na bochecha de Luna — Nós somos melhores amigas.
— Melhores... Amigas? — Balbucia a elfa.
— Para sempre! — Responde à humana, bem baixinho, como se aquilo fosse um segredo de estado.
Ao ouvir as palavras da loirinha, Luna se joga nos braços da tal, em um abraço tão forte que Iris diz num suspiro:
— Luna! Você vai quebrar todos os meus ossos!
— Desculpinha — Fala a morena envergonhada após soltar à amiga.
— Talvez se você me comprar um chocolate — Responde Iris enrolando vagarosamente uma mecha dourada de seus cabelos no dedo — Eu penso no seu caso.
— Eu tenho uma coisa melhor.
— O que é?
— Uma surpresa, passa lá em casa depois da banda.
— Ok, vamos comer agora? Estou faminta.
Depois de um tempo o intervalo terminou, fazendo as meninas voltarem para a sala. As aulas prosseguiram bem rápidas, e após estas Iris foi para sua casa e Luna para o ensaio planejando se encontrarem as 17h00min.
Luna estava bastante ansiosa, será que Iris gostaria do perfume que ela fez? Bom se não gostasse alguns biscoitos caseiros de chocolate seria uma boa escolha.
— Luna! Preste atenção! — Grita o maestro — Você está totalmente desalinhada em relação à fileira.
— Desculpe Noah, minha cabeça está longe.
— Então é melhor que ela volte bem rápido! As regionais estão próximas, e eu preciso da dedicação total de todos.
No resto do ensaio, Luna deu total atenção ao que estava fazendo voltando a pensar em Iris somente quando foi convidada pelos outros a tomar um milkshake no Lenny’s.
— Vamos Lu, vai ser divertido! — Convida Ruth.
— Não obrigada, tenho planos para esta noite— Recusa Luna.
—Vai sair com a sua Amiga? — Indaga Peter.
— Sim eu vou sair com Iris — Responde a elfa sem se importar com a ironia do jovem — Na verdade ela vai a minha casa.
— A casa de vocês anda movimentada hein? — Comenta Gabrielle.
— O que você quer dizer com isso? — Pergunta Luna ainda bem – humorada.
— É que a escola inteira já está sabendo que a Lizzie foi à sua casa essa semana, e também sabemos que nenhum professor passou trabalho em dupla esses dias. — Responde Gabrielle.
— Seu irmão está namorando ela? — Indaga Louise que estava ali perto.
— Não! E mesmo se estivesse não seria da conta de vocês seus enxeridos! — Diz Luna levemente alterada.
— Você não deveria ter perguntado nada Lou, todo mundo sabe que essa daí é esquentada! — Resmunga Peter.
— Eu vou embora! Já estou atrasada e não preciso ficar aqui ouvindo esses adolescentes idiotas! — Esbraveja a princesa esquecendose que no mundo dos humanos a sua idade era de apenas 17 e não 24 como Gargawood
— Como se você fosse mais do que isso! — Grita Ruth para elfa que já estava longe.
Luna chega à casa de Iris pisando duro e com uma carranca assustadora e logo é indagada pela loira:
— O que foi?
— Nada.
— Você sabe que pode me contar qualquer coisa.
Então Luna conta rapidamente o que aconteceu sendo ouvida por uma loirinha silenciosa que após escutar tudo a abraça e diz:
— O segredo para combater esses adolescentes enxeridos é não dar muita importância.
— Obrigada pela dica.
— Disponha, amiga é pra essas coisas.
A princesa sente um calor invadir o seu peito e logo fala para a humana:
— Eu sempre me sinto diferente quando você me chama de amiga, deve ser por que nunca tive nenhuma.
— Nenhuma?
Luna começa a pensar e em uma fração de segundos ela se lembra de seu passado e de todas as princesas que passaram por ele, ou seja quando Gargawood visitara outros reinos ou quando outros os vinham visitar — Até por que Gargawood não era o que se podia chamar de “País amigável” — Todas essas meninas na verdade não visavam à amizade de Luna e sim tentavam por meio dela fazer o que lhes fora dito por seus pais: Conquistar Luke, e talvez garantir um bom futuro casando com o príncipe, mas nenhuma delas teve exito nessa missão
— Necas — Luna responde como se nenhum tempo houvesse se passado.
— Nenhuma vizinha, com quem você pudesse brincar quando era criança?
E Luna volta a navegrar nas águas de sua história, regressando no tempo e pensando nas crianças filhos de criados e criadas que moravam nas imediações do castelo e como sua mãe havia instruido as mesmas a se afastarem de Luke e Luna não as considerando dignas de serem amigas de seus ilustres filhos.
E Luna logo dá a resposta a Iris:
— Ninguém...
— Você não tinha nenhuma prima ou primo com quem se indentificasse?
Agora a princesa pensa sobre sua família e sobre como eram divididos, na verdade os únicos familiares além de seus pais e irmão com quem ela manteve contato durante sua adolescência foram sua prima Melanie, atual rainha de Spradhan e seu tio—avô Ronald, principe—consorte de Histargani.
— Talvez, mas nós não tivemos muito contato.
— Uau! Que chatice hein? — Comenta Iris.
— Eu sei, eu sei — Responde a morena.
— Eu estou zoando ok?
— Eu to de buenas.
— Você está ouvindo demais aquele cantor brasilero garota! — Exclama Iris sorrindo.
— Sip! Chegamos — A elfa diz na porta do chalé.
— Que bom! Nem demorou.
— Vamos entrar para eu te mostrar sua surpresa.
Assim que colocou a mão na maçaneta da porta Luna notou que esta estva trancada e para completar estava sem sua chave e sabia com toda certeza que Luke sentira sua presença e que estava dentro do quarto fingindo não estar em casa só para não topar com ela.
Então a princesa fez algo que nunca deveria fazer perante humanos: Magia. Luna já havia feito magia perto de humanos uma vez, mas a situação era diferente por que era uma emergência e o ser humano — No caso Iris— estava desacordado, porém agora era bastante diferente, por que mesmo que Iris não visse, isso poderia constar no sistema Gargawoodiano como infração, mas mesmo assim Luna destrancou a porta, torcendo para que ninguém estivesse de olho no sistema naquele momento.
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Depois da escola Caitlyn foi direto para o castelo, chegando lá foi logo recebida por Zayne o filho do cocheiro que a avistou falou e tom de brincadeira:
— Hey Caitlyn, tá bonita hoje hein?
— Não enche Zayne! — Responde Cat.
— Mas eu não estou mentindo.
Talvez não estivesse mesmo já que a pequena plebéia estava realmente bonita naquela tarde, seus cabelos castanhos claro estavam presos por uma bela fita azul, e seus olhos escuros estavam com um brilho diferente.
— Duvido muito. — Ela responde em um tom também brincalhão.
Caitlyn entra cantarolando na cozinha do castelo e Mirella logo a recebe com um beijo e um avental.
— Boa tarde, Mira.
— Boa tarde Cat — Responde a chef dizendo sujestivamente o apelido da menor.
— Para prima! — Grita a menina.
— Que foi? Só o Gael pode te chamar assim é?
Caitlyn corou de cima a baixo, ficando vermelha como uma pimenta e tenta dizer algo, porém tudo que consegue é:
— N-n-não é isso Mi-mi-mira! Não enche!
— Vish! ficou esquentadinha de repente! Vai lavar a louça para ver se esfria essa cabeça!
E Cat foi, e lavou os pratos, os copos e tudo mais que havia na pia, fazendo tudo vagarosamente, para quendo Gael viesse buscar seus cookies como fazia todas as tardes, ela estivesse lá, esperando seu pequeno principe de cabelos arrepiados e bouzuki a tiracolo.
Porém naquele dia foi diferente, a louça do almoço chegou, mas após ela como sempre acontecia, Gael não veio, pelo contrário, ele pediu a uma criada que buscasse os biscoitos para ele.
— Não fique triste menina, ele vive fazendo isso. — Diz Mirella para sua priminha visivelmente abatida.
— Mentira Mirella! Ele não veio para não ter de cruzar novamente com uma plebéia como eu!
— Eu também sou plebéia.
— Mas você é diferente! Passou anos longe da província, perdeu este sotaque estranho e é muito mais refinada!
— Posso te contar um segredo?
— Se você contar, deixa de ser.
— Fica quieta e escuta! As vezes Gael fica tentando imitar o sotaque camponês, ele me disse que acha uma graça.
— Verdade?
— Sip! Agora vamos para casa ok?
—Ok.
Então Mira e Cat seguiram para casa, Caitlyn mais feiliz, e Mirella aliviada, por que sua priminha não estava mais tão cabisbaixa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem seus reviews e ganharão Cookies da Mirela e meu total agradecimento.

Até a próxima, Cupcake Kisses.



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