Os Mistérios de Santa Rosa. escrita por Caçadora Literaria


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi oi amores! Vocês devem querer estar me matando mas eu peço perdão pela demora, os capítulos depois desse serão bem intensos e não demorar para serem postados, espero que curtam!

Até as notas finais!



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Acordo pela manhã sem sonhos ou pesadelos o que me trazia um pouco de paz, levanto indo tomar um banho, após ter feito minha higiene estranho a casa estar tão silenciosa a essas horas, como Marisa não estava lá para me ajudar a vestir, coloco as roupas com uma certa dificuldade na hora do espartilho e de fechar os botões do vestido que era azul claro com mangas 3 quartos com alguns desenhos na saia em espiral dourado, sento na penteadeira coloco o camafeu de mamãe que era prateado em forma de coração e uns brincos de pérola passo uma maquiagem de leve para mascarar as olheiras e um pouco de brilho nos lábios e faço uma trança em meus cabelos colocando na ponta um pregador de laço.

Ao terminar de me arrumar saio do quarto descendo as escadas para a sala de jantar, chegando lá encontro Alfredo, Marisa e Amanda todos em pé ao lado da mesa, mas um envelope na mão de Alfredo me chama atenção, era o mesmo que minha mãe usava para mandar cartas, estranhei nenhuma das cartas que ela escreveu ter chegado mas o importante era que agora teria contato com todas elas.

–Bom dia Senhorita Annabel, sua mãe iria lhe entregar essa carta que foi escrita junto com seu pai para você assim que todos chegassem, mas infelizmente isso não ocorreu devido a um inoportuno - fala Amanda fazendo um sinal para eu me sentar à mesa.

–Bom dia, achei estranho estarem todos quietos - digo me sentando na cabeceira, onde era meu lugar até os Albuquerques chegarem.

–Desculpe nos Anna, essa carta nos deixou alarmados, não a abrimos mas seus pais nos alertaram muito dela - fala Marisa me olhando apreensiva.

–Tudo bem, podem me dar a carta ou devo tomar meu café primeiro? - olho Alfredo que ainda não tinha se pronunciado.

–Acho melhor a Senhorita comer primeiro, porque depois de ler não terá muito tempo de tomar o café - diz ele colocando o envelope ao meu lado saindo, Marisa sai em direção a cozinha junto com Amanda.

Decido seguir o conselho do meu mordomo e tomo meu café olhando aquele envelope ao meu lado, assim que termino pego a carta e caminho para o escritório de papais que agora me pertencia assim como todo o projeto de ajudar a cidade, sento na cadeira e abro tirando a carta da sobrescrito e começo a ler.

“Minha amada filha Annabel,
Quando estiver lendo essa carta já estaremos todos juntos novamente e você com 15 primaveras, como o tempo passa não? Me lembro de te deixar na casa de sua vó com 5 anos, estavamos com o coração na mão, deixar você foi tão doloroso que parecia que nossa vida não tinha mais cor, mas uma coisa que me confortava era saber que minha filha estava segura, agora sem mais delongas vamos lhe explicar o motivo de tudo isso, pode parecer loucura mas peço que tenha mente aberta e nos perdoe por esses anos de mentira, seu pai irá lhe explicar melhor.
Filha, como sua mãe já lhe disse com sua caligrafia invejável que infelizmente não possuo temos algo muito importante para lhe falar, como sabe daqui a alguns anos irá assumir o controle do nosso projeto de ajudar a cidade, mas esse “projeto” que chamamos de organização é algo muito maior, protegemos um segredo dessa cidade com as nossas vidas assim como você irá fazer, mas ainda não podemos lhe contar é muito arriscado, espero que nos perdoe querida...Beijos do seu amado pai e mãe.”

Leio a carta com certa dificuldade pelas lágrimas que caiam insistentemente, por mais que eu ficasse chateada por eles terem escondido essas coisas de mim me doía não os ter por perto, ao terminar de ler coloco a carta no envelope e o guardo em uma gaveta com chave e espero um pouco para me recompor, não queria que Alfredo, Amanda ou Marisa sentissem pena de mim, preferia sofrer em silêncio, depois que já não estava mais tão abalada saio do escritório e vou para sala de música pego uma partitura e a toco, a música me acalmava e trazia lembranças felizes, iria me mostrar forte a tudo e todos menos nos momentos de solidão onde deixaria tudo que me fazia mal ir embora, estava tão concentrada na música e nos meus pensamentos que não vi Alfredo parado na porta.

–Senhorita, os Albuquerques chegaram, gostaria de recebe-los? - pergunta ele me olhando.

–Sim, obrigada por me avisar Alfredo, poderia os acompanhar para a sala de estar e levar as malas aos quartos designados? Marisa irá nos avisar e ajudar se precisarmos - falo pegando a partitura a guardando em uma pasta fechando o piano.

–Se assim deseja senhorita, assim será - diz ele fazendo uma pequena mesura e saindo da minha vista, levanto ajeitando o vestido e coloco um pequeno sorriso no rosto e vou para sala de estar chegando lá avisto o Sr. Albuquerque usando um terno e calças pretas assim como seu sapato e camisa branca segurando sua cartola; Sra. Albuquerque vestindo um vestido bege com detalhe em dourado usando um chapéu com duas fitas da mesma cor e Gustavo usava um terno marrom, colete preto, camisa branca, calça da mesma cor do terno assim como os sapatos mas sem cartola.

–Anna querida! Como está? - fala Sra. Albuquerque ao me avistar entrando e vejo todos virarem na minha direção.

–Sra. Albuquerque, estou bem, obrigada por perguntar - fazendo uma mesura e a mesma retribui assim como seu marido e filho.

–A Senhorita me parece bem melhor hoje, digamos que está mais iluminada - fala o Sr, Albuquerque beijando minha mão.

–Obrigada, gostaria de lhes informar que já tomei conhecimento do projeto, daqui a alguns dias ,marcarei a primeira reunião como presidente - falo os olhando assentir.

–Iremos aos nossos aposentos, quer nos acompanhar filho? - pergunta Sra. Albuquerque olhando seu filho que não havia se pronunciado.

–Vou não mãe, tô sem vontade. - fala Gustavo.

–Ok, não iremos demorar - fala o Sr, Albuquerque que sai com sua esposa segurando seu braço.

–Ok. - ele assente e os observo sair.

–Seja bem vindo a sua nova casa - falo o olhando forçando um pequeno sorriso.

–Obrigado, eu acho. - diz ele me olhando sorrindo.

–Sinto muito por você ter que mudar de casa, mas isso vai ser bom, farei o possível para se sentirem em casa - falo o olhando.

–Não se preocupe, já estou me sentindo em casa. - sorri ele.

–Está tendo uma adaptação bem rápida pelo visto - rio fraco.

–Por quê será? - ri ele.

–Acho que a casa é acolhedora, já falou com algum conhecido nosso ? - o olho sentando no sofá.

–Só com a Marisa. - fala ele se sentando do meu lado um pouco longe.

–Falou com a minha governanta? - o olho.

–Sim, e ela me pareceu bem simpática. - sorri ele.

–Será que ela gostou de você? - sorrio o olhando.

–Acho que não. - sorri ele me olhando.

–Você é um cavaleiro, posso estar certa disso, ela gostou sim - falo e vejo Amanda, minha dama de companhia, chegar e avisar que o almoço estava pronto.

–Gostar de que jeito? - pergunta ela vendo Amanda avisar.

–Te falo quando descobrir, vamos para sala de jantar? - digo levantando ajeitando a saia do vestido.

–Vamos sim. - diz ele se levantando meio corado pelo que eu disse.

Caminho com ele para sala de jantar e lá encontramos seus pais e sentamos todos comendo a comida maravilhosa da nossa cozinheira, o almoço segue em silêncio, assim que todos acabamos o Sr. e a Sra. Albuquerque fazem uma mesura pedindo licença e levantam da mesa e saiem da sala de jantar falando que iriam resolver umas coisas na vila me deixando sozinha com Gustavo novamente.

–O almoço estava ótimo. - sorri ele.

–Também achei, estava muito saboroso, tem algum plano para hoje a noite? - o olho.

–Eu não, você tem? - ele me olha.

–Eu tenho um para nós, Sofia nos convidou para ver uma peça hoje a noite, aceita ir também? A carruagem dela estará aqui às 20:00 para nos buscar - falo o olhando.

–Ótima ideia, faz tempo que não vou ver uma peça de teatro. - sorri ele.

–Eu vi uma recentemente, mas não deve ser tão boa quanto essa, onde eu estava era muito pequeno, então as peças eram menos trabalhadas - sorrio fraco.

–Como chamava essa peça?

–Era uma de Shakespeare, Sonhos de uma noite de verão - falo me lembando.

–Parece boa. - sorri ele.

–Sim, mas os atores não eram os melhores e nem os figurinos e o teatro - explico levantando

–Imagino, do jeito que o local era pequeno e tal. - diz ele levantando.

–Exatamente, vamos voltar para sala de estar, lá tem uns livros para lermos e passar o tempo - falo caminhando para o lugar.

–Vamos. - diz ele vindo atrás de mim.

Na sala de estar cada um senta em uma poltrona e pega um livro lendo, dessa forma não vimos o tempo passar e quando estava perto da hora de irmos eu e ele nos levantamos e segue cada um para o seu quarto, ao chegar lá Marisa já havia preparado meu banho e me ajuda a tirar as roupas e logo depois tomo um banho relaxante, após sair e me secar visto uma peça de cada vez colocando a crinolina antes do vestido que era um belíssimo vestido vinho ombro a ombro todo trabalhado em detalhes, no cabelo ela os deixa cacheado e os prende deixando uma uma parte solta que caia como uma cascata negra em minhas costas, uma maquiagem leve e por fim dois brincos de topázio, um colar e pulseira da mesma pedra, assim que sorrio com o resultado Marisa sai e eu saio logo depois e espero Gustavo na entrada.

–Oi Anna, está bonita. - sorri ele aparecendo na entrada com um terno de algodão cinza, colete preto de gola alta e sapatos bem engraxados.

–Obrigada, você também está muito bonito - sorrio corando um pouco pelo elogio.

–Vamos esperar a carona aqui mesmo?

–Sim, a carruagem já deve ser vindo - falo olhando para o meu vestido.

–Ah sim. - sorri ele ajeitando o colete.

Pouco tempo depois a carruagem chega e o cocheiro abre a porta para gente revelando Sofia usando um vestido tão trabalhado quanto meu azul escuro, com todo seu cabelo loiro preso em um coque e suas jóias eram pérolas

–Que bom que os dois aceitaram meu convite, como está Gustavo? - sorri Sofia quando entramos sentando, eu ao lado dela e Gustavo na nossa frente.

–Estou bem. E você? - pergunta ele sorrindo.

–Estou bem também - sorri ela - Já se mudou para casa da Anna? - pergunta ela nos olhando.

–Já sim, estou muito bem lá. - sorri ele.

–Fico feliz em saber que estão se dando bem novamente, não posso ser amiga dos dois sem estarem bem - sorri ela.

–Que bom. - ri ele.

–Como está minha tia? - olho Sofia.

–Bem na medida do possível, a morte da irmã foi muito inesperada - fala Sofia suspirando e eu aperto sua mão.

–Estou ansiosa para essa peça! - falo para quebrar o clima tenso que havia se instalado. - Também estão? - pergunto.

–Eu estou. - diz Gustavo.

–Também estou - sorri Sofia.

Depois de uma hora de conversa durante o trajeto finalmente chegamos ao teatro que era na cidade mais próxima da vila, saímos da carruagem e entramos no teatro nos sentando onde havíamos reservado, o local estava muito cheio de pessoas, e todas elas bem elegantes. As próximas 2 horas foram de pura diversão, a peça era fenomenal, não tinha palavras para descrever, então ao final voltamos todos para suas casas, me despeço de Sofia e Gustavo e entro no meu quarto onde Marisa me aguardava me ajudando a me despir e vestir a camisola, então deito e adormeço sorrindo pensando na peça e em uma certa pessoa que não saia da minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? E preparem o colete anti balas que no próximo vem tiro!

Bjs da Caçadora!



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