Love Is a Losing Game escrita por msnakegawa


Capítulo 2
Fish and Chips


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal,
Eu sei que demorei bastante para postar, mas aqui está... Eu espero muito que vocês gostem e como sempre, qualquer errinho ou sugestão vocês podem me avisar!



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— Bom dia! — Molly recepcionava todos que desciam para a cozinha. O ambiente havia adquirido uma atmosfera mais agradável depois que a Ordem se instalou na casa. Antes, apenas elfos domésticos trabalhavam na cozinha e ela sempre tinha o aspecto de escura e empoeirada. Com a Sra. Weasley presente, o ambiente criou vida novamente e estava sempre com o cheiro maravilhoso de panquecas ou de ensopado.

— Bom dia Molly! Não sabia que vocês viriam para Londres hoje... Se eu soubesse, nem teria jantado ontem! — Tonks abraçou a senhora e se serviu de algumas panquecas. 

— Achamos melhor vir, para animar o sábado de vocês... Onde estão Sirius e Remus? — Molly perguntou, colocando mais uma panqueca na pilha. 

— Bem que eu senti o cheiro de panquecas... — Sirius apareceu na cozinha e se serviu tão rápido que parecia não comer a dias. — Remus deve vir hoje, a lua já deu descanso para ele.

— Falando de mim? — Ouviu-se a voz de Lupin no corredor. Ele chegou acompanhado de Alastor "Olho-Tonto" Moody.

Rapidamente, estavam todos sentados, servindo-se do café da manhã delicioso que a Sra. Weasley havia preparado. 

— Quais são os planos para hoje? — Tonks perguntou, animada com uma possível missão.

— Você e o Lupin podem fazer uma ronda no vilarejo de Reigate. Snape falou alguma coisa sobre possíveis ataques nessa região. Não deve nem tomar a tarde toda... — Moody explicou. 

Remus se remexeu em sua cadeira, uma missão apenas com Tonks? Isso era algo novo e ele estava tentando evitar que acontecesse.

— Só eu que ainda não confio no Ranhoso sendo nosso aliado? — Sirius falou, desacreditado. — Quer dizer, você lembra dele na escola, Remus... Nos últimos anos, atacando os nascidos trouxas com meu irmãozinho. — Ele revirou os olhos quando citou o irmão, porque ouviu o retrato de sua mãe pendurado na parede de uma das salas, gritando por Regulus.

— Eu lembro muito bem de toda a confusão que ele causou, mas Dumbledore confia nele, então precisamos confiar também. — Remus não pareceu muito certo de suas últimas palavras, mas Sirius não estendeu o assunto.

Falaram sobre o tempo, sobre os ataques cada vez mais frequentes, sobre o que acontecia no mundo trouxa e logo era hora de Tonks e Remus partirem para o vilarejo.

Remus parecia nervoso, havia se impressionado com Ninfadora Tonks desde a primeira vez que a viu, mas tentava se convencer de que ela não era nada demais. O que tinha de tão especial naqueles cabelos cor de chiclete, o tom rosado que cobria suas bochechas quando ela tropeçava em algum lugar sem querer, o som de sua risada e suas piadas hilárias? No fundo, ele sabia que cada um desses aspectos a faziam ser ainda mais encantadora.

— Remus, vamos! — Tonks chamou, despertando o homem de seus pensamentos. Ele a seguiu até a porta e então os dois aparataram.

A vila parecia tranquila. Algumas crianças brincavam na rua, duas senhoras conversavam e davam comida aos pombos na praça.

— Por que você acha que haveria um ataque aqui? — Remus perguntou, admirando a calmaria.

— Ah, talvez seja exatamente essa a impressão que eles querem dar... De que não tem nada de importante aqui para os comensais. — Tonks deu de ombros e começou a caminhar pela praça. Ela cumprimentou as senhoras e perguntou-lhes se tinham visto alguma coisa estranha acontecendo nos últimos dias.

As duas senhoras se entreolharam e começaram a narrar: na noite anterior houve uma briga entre adolescentes na rua, na quinta-feira todos os mercados ficaram sem ovos... Talvez aquele vilarejo trouxa não tivesse nada escondido, não parecia mesmo ser o alvo de um ataque.

— Bem, parece que nós viemos aqui a toa. — Tonks deu de ombros, fazendo uma bola de chiclete que combinava com a cor de seus cabelos. — Que tal almoçarmos aqui mesmo? — Ela queria se aproximar de Remus, por mais que ele parecesse bem relutante quanto a isso.

— É... Você não acha que a Molly está esperando a gente para o almoço? — Remus demonstrou seu nervosismo coçando a nuca e corando um pouco.

— Eu tenho certeza que ela não vai se importar de ficarmos aqui. — Tonks partiu na frente, atravessando a praça para chegar numa rua com alguns pequenos restaurantes e lanchonetes. Remus não teve escolha se não ir atrás dela.

— O que está com vontade de comer? — Ela observava as placas em frente aos restaurantes, que continham o cardápio. — Hmmm, aqui tem Fish and chips! — Ela exclamou, animada. Virou para ver o que Lupin achava daquele restaurante e acabou derrubando a placa com o menu do dia.

Remus não conseguia parar de rir da cara que Ninfadora fez, ela era adorável até quando era desastrada. Ele sabia que não deveria ter aquele tipo de pensamento, mas era difícil evitar. Ela o fazia rir de uma forma que só os marotos conseguiam.

— Vamos entrar antes que eu derrube mais alguma coisa. — Ela brincou, colocando a placa no lugar e o puxando para dentro.

— Boa tarde, mesa para dois? — Uma moça simpática os recepcionou e os acompanhou até a mesa.

— Eu quero uma porção de Fish and Chips e um chá gelado. — Ninfadora debruçou na mesa, olhando o cardápio.

— Quero o mesmo que ela. — Remus falou para o garçom, antes que ele os deixasse as sós.

Ele estava nervoso, já tinha se esquecido do motivo de ter aceitado almoçar com a Tonks. Ela o olhava curiosa, como se esperasse que ele fizesse alguma coisa. Na verdade, o que se passava na cabeça dela era quase a mesma coisa que na dele.

Talvez não tivesse sido uma boa ideia, aquele silêncio constrangedor deixava Tonks louca. Ela era uma das pessoas mais falantes que conhecia e, vendo que Remus estava mais quieto que o normal, decidiu que ela teria que puxar o assunto.

— Então... Como está a procura por trabalho? — Ela perguntou, pensando se devia ou não falar sobre aquilo.

— Não consegui nada ainda, pelo menos esse trabalho na Ordem me mantém ocupado. — Remus contou, um pouco triste. Desde que foi professor em Hogwarts não encontrava um trabalho que durasse mais de um mês, sempre encontravam um problema ou nem mesmo o contratavam.

— É bom ter você conosco na Sede. Sirius reclama menos quando você está por lá, ele não consegue acreditar que não o deixamos sair por aí... Acho que as vezes ele esquece que todo o mundo bruxo o considera um fugitivo. — Ninfadora riu, relaxando um pouco agora que a conversa estava fluindo.

A comida chegou e dava até gosto de ver a felicidade de Tonks comendo aquelas simples tirinhas de peixe. Logo, só o que restava eram copos e pratos vazios. Os dois fizeram mais uma patrulha pela cidade antes de voltarem a Londres, a tarde de sábado estava tão agradável que era difícil acreditar que estavam em guerra. Todos conversavam na sala da casa dos Black, Molly e Arthur estavam sentados num sofá velho e desbotado, assim como tudo naquela casa, e Moody e Sirius estavam nas poltronas conversando.

— Já era hora de chegarem, por que demoraram tanto? — Alastor perguntou, com a cara fechada.

— Acabamos almoçando por lá, vilarejo encantador... — Tonks esbarrou na mesinha de centro antes de se jogar no sofá vazio. — Nada de ameaçador, inclusive.

— Almoçaram juntos, então? — Sirius olhou maliciosamente para Remus, com o sorriso maroto no rosto, como nos velhos tempos.

— Nem comece, Sirius. — Lupin revirou os olhos e se acomodou com os outros naquela escura sala dos Black.

— O que aquele bruxo do Departamento de Aurores iria achar se soubesse disso, hein Ninfadora? — Moody riu, fazendo uma cara um pouco assustadora para os que não estavam acostumados. Ao ouvir isso, Remus percebeu que deveria ter seguido sua intuição desde o começo. Tonks tinha namorado. Isso deveria ser óbvio, visto que ela era uma das mulheres mais incríveis que ele já havia conhecido.

— Não me chame de Ninfadora! — Tonks respondeu de imediato, com seus cabelos num tom de vermelho. Ela não negou o que Olho Tonto falou sobre o tal bruxo, era verdade então. Remus sentiu-se mal na mesma hora, como ele pode ser tão estúpido? Ele nunca seria bom o suficiente para ela, com certeza esse bruxo era um jovem bem sucedido e tinha muito dinheiro, o oposto de Lupin: velho, pobre e o pior, lobisomem. Ele levantou e deu a desculpa de que não estava se sentindo muito bem e foi para o quarto de hóspedes.

Tonks estranhou a atitude dele, ele parecia bem durante o tempo que passaram no vilarejo. Era incrível como Remus aparentava ser quase outra pessoa dependendo da situação, normalmente todas as preocupações que ele tomava para si o faziam parecer mais velho do que sua idade dizia.

Porém, quando estava conversando com Sirius, relembrando os velhos tempos de escola ou então brincando com os garotos quando eles voltavam nas férias, ele parecia ter o ar de maroto que Sirius apresentava constantemente. Ele adquiria um charme único nesses momentos, e isso fazia o coração de Ninfadora bater mais forte.


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Notas finais do capítulo

Quero saber a opinião de vocês! Eu já tinha alguns capítulos prontos, mas todos já tratavam do relacionamento dos dois mais encaminhado e eu preferi criar alguns capítulos antes para contextualizar a situação. Espero que entendam e que tenham curtido, me contem nos comentários! Beijos e até logo.