Love Is a Losing Game escrita por msnakegawa


Capítulo 12
Can't Help Falling In Love


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, atrasei um pouquinho mas to aqui! Espero que gostem



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Take my hand

Take my whole life too

For I can't help

Falling in love with you

Pegue minha mão

Tome minha vida inteira também

Porque eu não consigo evitar

Me apaixonar por você

Can't Help Falling In Love - Elvis Presley

Depois de encontrar Tonks em Hogsmeade, Remus preferiu evitar o vilarejo até decidir como lidar com seus sentimentos. Ele finalmente admitira a si mesmo que precisava dela e viu com seus próprios olhos que ela também precisava dele. Só precisava pensar numa forma de se aproximar dela sem causar mais estragos e, enquanto decidia a melhor forma de fazer isso, era melhor ficar longe e evitar mais confusões ou mal entendidos.

Os dias em Hogsmeade não tiveram muitas novidades para Tonks. Não encontrou Remus depois daquela tarde, mas sempre que o vilarejo estava mais cheio ela se via procurando entre os alunos o rosto conhecido de Lupin. Vez ou outra ela precisava cumprir seu papel de Auror e investigar casos pela região, mas nada parecia se destacar. Era quase como se alguém estivesse executando um plano às escuras e a Ordem não conseguisse descobrir o que era.

Era claro que Dumbledore sabia que o jovem Draco Malfoy, primo de Ninfadora, estava tentando o matar por ordens de Lord Voldemort, mas as tentativas haviam sido tão bobas que era difícil acreditar que ele realmente estava tentando. Foi difícil acreditar até a noite fresca de 30 de junho.

Aquela segunda-feira poderia ser mais um dia normal se o Ministério não tivesse recebido um recado de Madame Rosmerta dizendo que uma Marca Negra pairava sobre Hogwarts. A mensagem aterrorizante foi transmitida para todos da Ordem e para os aurores que estavam baseados em Hogsmeade.

Tonks e os outros aurores saíram rápido da base e da rua principal de Hogsmeade puderam ver o crânio verde chamejante com uma língua de cobra sobre a escola, a marca alarmante que os aurores viram inúmeras vezes e que ainda assim lhes dava um arrepio na espinha. Logo estavam dentro do castelo, que estava escuro como se não houvesse sinais de conflito. Enquanto dezenas de alunos dormiam, eles subiram pelo emaranhado de escadas até o sétimo andar do castelo, onde ficava a Torre de Astronomia.

Neste andar as coisas pareciam bem menos pacíficas: Gina, Rony, Hermione, Luna, Neville e outros alunos tentavam lutar contra alguns Comensais da Morte. Tonks reconheceu homem pesadão com um estranho sorriso enviesado e malicioso como sendo Amico Carrow, e deduziu que sua irmã Aleto também estava lá.

— Gina, o que foi que aconteceu? — Tonks preocupou-se ao ver um corpo caído sobre uma poça de sangue. Não houve tempo para examinar a criança, pois logo Aleto atirou uma azaração na direção das duas.

— Harry pediu para a gente patrulhar os corredores, tudo estava tranquilo até Malfoy sair da Sala Precisa com esses idiotas! Ele jogou Pó escurecedor instantâneo do Peru e nós não podíamos atacar... — A ruiva explicava enquanto desviava de raios vermelhos e verdes, lançando feitiços de proteção para ajudar os outros. Tonks pensou no quanto Gina tinha talento, 15 anos e já era uma garota tão forte. Seria uma ótima auror se quisesse.

Confringo! — Tonks tentou acertar Aleto, mas a mulher desviou e o feitiço fez com que um pilar desmoronasse, levando parte do teto com ele.

— Como conseguiu ser uma auror sendo assim tão desastrada? — Aleto riu histericamente, avançando para a Torre de Astronomia. Gina e Tonks atiravam diversos feitiços nela e em seu irmão, que se juntou a ela, mas nada os fez parar.

De repente, uma voz conhecida fez o coração de Tonks parar. Remus chegou no sétimo andar, um pouco esbaforido, acompanhado de Minerva, Gui Weasley e Fleur. Os dois não se viram desde o encontro na Dedosmel, mas a tensão entre os dois continuava a mesma: os olhares se cruzaram e por um momento, nenhum ataque de Comensal pareceu importante. Gina pigarreou para chamar Tonks de volta a Terra e todos continuaram a batalha.

— Achei que não fosse mais encontrar você, Lupin. — A voz rouca como um latido provocou arrepios em Remus. — Cansou de nós e voltou para o velho Dumbledore, não é?

— Greyback! — Tonks exclamou com ódio por saber que aquele homem era o responsável pelo sofrimento de Remus.

— Não se anime, o velho não vai durar muito mais... — Comentou baixo, antes de suas gargalhadas se misturarem com latidos.

— De todos os Comensais, essa foi a pior escolha para atacar a escola. — Gui lembrou-se dos inúmeros casos que ouviu falar sobre esse lobo atacando crianças e gritou Estupefaça, mas em vez de deixar Fenrir Greyback inconsciente, o raio vermelho apenas o deixou mais irritado, partindo então para cima de Gui como o lobo selvagem que era.

Remus afastou o monstro de cima de Gui com facilidade. Não precisava tomar cuidado com o Lobo, ele já tinha a licantropia e nada poderia piorar com mais alguns arranhões. Greyback percebeu que o duelo com Remus não seria vantajoso e seguiu em direção a Torre junto com os outros.

Vários arranhões fizeram rasgos nas roupas surradas de Remus, mas os piores arranhões estavam em Gui. Ao ver o estrago no rosto do Weasley, Lupin se preocupou que o homem pudesse ter contraído a licantropia. Respirando fundo, prometeu a si mesmo que cuidaria dos problemas de Gui assim que pudesse e tentou manter o foco na batalha, para que nada de ruim acontecesse com mais ninguém. Era até estranho para Lupin tentar não surtar com a ideia de alguém contraindo seu problema peludo, mas havia muitas crianças lutando bravamente naquele corredor, ele precisava manter a calma se quisesse ajudá-los.

O corredor tinha um aspecto empoeirado graças aos destroços causados por feitiços errantes, alguns alunos estavam machucados e alguns corpos de Comensais e de alunos estavam caídos sob sangue derramado, inconscientes ou pior, mortos. Ninfadora podia admitir que estava assustada. De todas as coisas que pensou que poderiam acontecer enquanto ela patrulhava os arredores de Hogwarts, um ataque direto no castelo nunca passou por sua mente. "Ninguém em sã consciência atacaria o castelo com Dumbledore presente.", mal concluiu seu pensamento quando sentiu um braço lhe puxar, salvando-a de um raio avermelho. Correu sem ver quem tinha a salvado, furiosa atrás do Comensal enfezado e grande que foi o último a subir pela escada em espiral da Torre de Astronomia, mas quando chegou lá a porta já havia sido fechada.

— Eles bloquearam a escada... Reducto! REDUCTO! — Ela gritou, bateu e tentou de todas as formas abrir a porta, mas nada podia ser feito. O que quer que os Comensais estivessem fazendo na Torre, nenhum auror poderia impedir.

Os Comensais que restaram naquele corredor mal iluminado do sétimo andar não deram trégua. Uma mulher alta e magra duelava com Hermione, que estava se defendendo maravilhosamente bem, mas nem todos os alunos tiveram tanta sorte. Alguns, como Neville, foram atingidos com alguma das azarações que pareciam vir de todos os lados.

Quando Severus Snape apareceu e conseguiu passar pela barreira na porta, todos consideraram que ele estaria indo confrontar com os Comensais, e momentos depois desceu a escada caracol sendo seguido de perto por Draco Malfoy, pálido como se fosse desmaiar, e dos outros Comensais. O duelo no corredor ficou ainda mais violento com a volta dos irmãos Carrow e de Greyback e, para o espanto dos membros da Armada de Dumbledore, Harry apareceu logo atrás dos seguidores de Voldemort.

Snape gritou alguma coisa, com Malfoy sendo praticamente empurrado no fim do corredor. Tinha algo de muito errado em tudo aquilo, mas sem saber o que deveriam fazer, todos deram passagem para os dois, continuando a luta. Afinal, se Dumbledore confiava em Severus, a Ordem deveria confiar nele também.

Lupin e McGonagall lutavam lado a lado, cada qual com um Comensal da Morte. Tonks combatia um enorme bruxo louro que lançava feitiços em todas as direções, fazendo-os ricochetear nas paredes em volta, rachar pedra e estilhaçar a janela mais próxima.

Tonks ouviu a voz de Gina de longe, perguntando de onde Harry surgiu, mas não conseguiu ouvir a resposta porque em seguida uma chuva de cacos de vidro provocada por Minerva espantou o que restara de Comensais da Morte do corredor. Uma vez que o ataque cessou, Minerva direcionou todos para a enfermaria.

Agora que a adrenalina estava baixando, Remus permitiu-se entrar em pânico pela condição de Gui. Madame Pomfrey tentou diversos feitiços, mas nada dava resultados para fechar os ferimentos que dilaceravam o rosto do mais velho dos Weasley. Embora não achasse que Gui viraria um lobisomem de verdade, não significava que não teria alguma contaminação.

— São ferimentos malditos. Provavelmente não cicatrizarão totalmente... e Gui talvez adquira alguma característica lupina daqui para a frente. — Ele explicou para todos que rodeavam a cama do homem. Rony, com suas orelhas vermelhas e o sangue esquentando o rosto em uma mistura de raiva e preocupação, perguntou por Dumbledore. Ele saberia o que fazer para ajudar Gui.

— Rony... Dumbledore está morto – disse Gina, que tinha acabado de chegar com Harry, sua voz falhando como se estivesse tentando segurar o choro.

— Não! — Lupin olhou de Gina para Harry, como se esperasse que o garoto desmentisse, mas ao ver que Harry não o fez, Lupin desmontou em uma cadeira ao lado da cama de Gui, cobrindo o rosto com as mãos. Ele devia sua vida ao Professor Dumbledore: o professor insistiu para que ele fosse para Hogwarts, fez de tudo para que suas condições não interferissem em sua educação, plantou o salgueiro lutador e construiu a Casa dos Gritos para a segurança de Remus, anos depois lhe deu um emprego como professor quando ele não conseguia trabalho. Devia tanto a ele, e agora ele estava morto.

— Como foi que ele morreu? O que aconteceu? — Sussurrou Tonks, tão chocada e desacreditada quanto Lupin. Conforme Harry contava a história, era possível ouvir choramingos e fungadas e, em algum lugar fora do castelo, uma fênix cantava com um lamento triste, belamente comovida.

O clima estava pesado, mas quando o Sr. e a Sra. Weasley chegaram,  aconteceu algo ainda mais inesperado: Molly estava em prantos olhando para seu filho mais velho inconsciente e machucado, sussurrando coisas quase inaudíveis até que conseguiu-se definir uma frase: — Sei que aparência não conta... não é... realmente importante... mas ele era um... garoto tão bonito... e ia se... se casar!

— Que querr dizerr com “ele ia se casarr”? — Fleur perguntou com seu sotaque francês carregado. — A senhorra acha que porr essa morrdida, ele non vai me amarr? Porrque ele vai! — Todos na sala ficaram em silêncio e o olhar de Tonks correu para Lupin, ele estava boquiaberto com a atitude de Fleur. A jovem parecia ser tão metida e certinha e ainda assim enfrentou Molly Weasley como se fosse simples confrontar aquela senhora tão explosiva. — Serrá prrecise mais que um lobisomem para fazerr Gui deixarrr de me amarr!

O silêncio se instaurou na sala enquanto Fleur passava o medicamento preparado por Madame Pomfrey no rosto de seu noivo. Tonks processava tudo o que acabara de ouvir e quando percebeu o óbvio, foi como se não houvesse mais ninguém na enfermaria.

— Está vendo! — Sua voz exclamou, cansada, enquanto olhava aborrecida para Lupin. — Ela ainda quer casar com Gui, mesmo que ele tenha sido mordido! Ela não se incomoda!

— É diferente – respondeu Lupin, quase sem mover os lábios, parecendo subitamente tenso. Novamente apavorado com a situação vivida no ano anterior, ele havia se convencido de que precisava de Ninfadora, mas todos os dilemas internos sempre o assombravam.

— Os casos são completamente diferentes... Não sabemos ainda quais serão as consequências para Gui.

— Mas eu também não me incomodo, nem um pouco! — retrucou Tonks, agarrando Lupin pela frente das vestes e sacudindo-o. "Como ele podia ser tão estúpido?", ela se perguntava. — Já lhe disse isso um milhão de vezes...

— E eu já lhe disse um milhão de vezes — respondeu Lupin evitando os olhos dela, encarando o chão. "Covarde", era o que ele era. –  Sou perigoso demais para você...

— Já disse que sua atitude é ridícula, Remus – Comentou a Sra. Weasley, sentada ao lado de Fleur na cama de Gui.

— Tonks merece alguém jovem e saudável. — Respondeu Lupin, odiando-se por cada frase dita. Ele estava fazendo justamente o contrário do que planejara e sabia que era simplesmente por medo das coisas darem errado. Deve ter sido nítida a sua expressão de confusão, porque Arthur colocou a mão em seu ombro e lhe disse o que todos sabiam: — Mas ela quer você.

— Dumbledore teria se sentido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo. — McGonagall comentou, a voz dolorida de luto. Os ombros de Lupin relaxaram e ele aproveitou que Hagrid chegou para puxar Tonks para fora da Ala Hospitalar.

De mãos dadas mas em silêncio, ele caminhou com ela para fora do castelo.

— Onde exatamente você está nos levando? — Tonks perguntou, com a testa franzida. Pelo conhecimento dela, ele não tinha exatamente um lugar para chamar de casa.

— Na verdade, eu só não podia continuar com isso na frente de todo mundo. — Ele se sentia um adolescente novamente, as mãos suavam e o estomago gelava como sempre que ele estava na companhia dela.

— Então vamos. — Tomou a dianteira e logo os aparatou para a rua principal de Hogsmeade, entrando na casinha onde estava baseada. Não era nada comparada com a casa de Ninfadora que Remus conheceu no ano anterior, não tinha posters ou fotos, nem discos e nem a tralha habitual de Ninfadora Tonks. Em partes, ele sabia que a depressão que a mulher sofrera era em parte responsável por aquilo, mas também parecia que ela tinha simplesmente amadurecido. — Não decorei nada, se é o que você está se perguntando, porque eu esperava não ter que ficar tanto tempo aqui.

— É diferente. — Ele deu um giro observando a pequena sala, uma mesinha de jantar com só uma cadeira estava próxima da janela.

— Se você quis sair do castelo só para ver a decoração sem graça da minha casa nova, eu sugiro a você que volte para lá. — A ansiedade tomava conta de Tonks de forma que suas palavras eram mais rápidas que seu pensamento.

— Não vim aqui para ver sua decoração. — Ele se aproximou de Tonks, segurando firme em sua cintura, o coração de ambos batia tão rápido que era quase possível ouvi-los. — Eu te amo, Ninfadora Tonks.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu não tenho mais nada programado para os próximos capítulos, pensei em fazer mais algumas cenas dos dois (nunca escrevi hot, mas se quiserem posso tentar) e o funeral do Dumbledore, mas acho que depois disso a fic vai chegar ao fim... Vcs tem algum pedido especial? Algum detalhe que gostariam de ver? Me contem o que acharam do capítulo e o que querem ver nos próximos!
Beijos e até logo!