Red Line escrita por Yume


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Como passaram a semana?
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem!!
Ahh, eu estava pesquisando músicas para inspiração e acabei achando uma (acredito que todos conheçam) que define muito bem a relação Nalu na fic.
Tribalhistas - Velha Infância
Se quiserem escutar, está na playlist, vou deixar o link logo no início do capítulo.
Boa Leitura!



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CAPÍTULO III

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{...}

Minha cabeça parecia que iria explodir a cada toque do despertador. Abri os olhos sentindo como se mil sóis se abrissem na minha frente, tateei o celular, não o encontrando de imediato, tentei me movimentar, minhas costas, pernas e braços doiam como o inferno. Resbalei até o chão, com a mão nos olhos, mantive um meio aberto e fui tateando pelas peças de roupas largadas pelo chão, até encontrar a calça e pegar o maldito celular.

— Droga! – Encarei o aparelho, vendo que passavam das dez horas, e que na verdade não era meu despertador que estava tocando e sim Erza me ligando pela décima vez. Levantei me arrastando e voltei a deitar na cama, atendendo o celular – Por favor, fale baixo.

— Onde você está? – A voz de Erza era algo distante, porém, alto, muito alto.

— Em casa.

— E o que está fazendo em casa?

— Até então, dormindo.

— O que aconteceu com você?

— Fui em uma festa ontem e só lembro de dançar e beber.

Silêncio por alguns segundos, cheguei a pensar que a ligação houvesse caído – Levy estava com você?

— Sim, por quê? Ela também não foi?

— Na verdade ela veio, porém, parece que cinco caminhões passaram por cima dela, e ainda sim, aquela cretina está com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Sorri lembrando vagamente de tê-la deixado conversando com Gajeel – Depois conversamos Erza, vou tomar um banho e ver se consigo pelo menos ir nos períodos da tarde.

Não precisa, a reitoria estará em reunião hoje à tarde.

— Isso é ótimo – Bocejei e senti minha cabeça latejar – Nos falamos depois então.

— Ok, eu passo aí mais tarde.

— Certo, beijos – Erza se despediu e desligou.

Já estava mais acostumada com a luz e fui para o banheiro, só então reparei que estava de lingerie, devo ter tirado ontem e não lembro, enchi a banheira e entrei mergulhando por alguns segundos, não lembrava de quase nada de ontem à noite e o mínimo esforço de tentar lembrar parecia acarretar em rachaduras na minha cabeça. Meu único pensamento era que Natsu deveria estar querendo me estrangular. Suspirei e deixei que a água quente relaxasse um pouco dos meus músculos.

{...}

Fiquei quase uma hora no quarto antes de descer, o que significa que tenho poucos minutos antes do Natsu chegar, poucos minutos de vida. Resolvi tentar cozinhar alguma coisa que amansasse pelo menos um pouco o que viria pela frente.

Fiz um simples macarrão a carbonária, algo que Natsu amava. Arrumei a mesa, tomei mais um analgésico e lavei o rosto mais uma vez, logo escutei a chave na porta e em seguida, um Natsu carrancudo entrou, respirei fundo e ofereci meu melhor sorriso.

— Achei que ainda estaria dormindo – Falou sério e jogou o paletó sobre o sofá, o acompanhei com o olhar até que entrasse no banheiro.

— Acordei com meu celular tocando – O segui, observei enquanto desabotoava a camisa e a jogava no cesto de roupa suja, fez o mesmo com a calça e cueca, logo entrando no box – Vou ser direta – Suspirei me sentando próxima a porta – O quão encrencada estou?

Natsu ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto molhava o cabelo – Do que lembra de ontem à noite?

— Lembro de estar dançando com Ju... Minha professora e então quase nada.

— Sua... professora, atendeu a porta quando fui buscar você e Levy, deixou que eu entrasse e disse que você estava no segundo andar, quando subi, você estava dançando em cima de uma mesa, já sem a blusa, pronta para abrir a calça e continuar com seu showzinho – Senti minhas bochechas esquentarem conforme Natsu falava, escondi o rosto entre os braços. Não acredito que fiz isso! – O que tinha na cabeça Lucy? – Ergui os olhos, vendo Natsu parado em minha frente, com a toalha enrolada na cintura.

— Não sei, acabei me envolvendo e...

— Por isso que não gosto que vá nessas festas, mais um pouco e você estaria no colo de um daqueles abutres que estavam ali – A raiva de Natsu era quase palpável.

— Me desculpe.

Natsu suspirou e se agachou, levantando meu queixo com a mão esquerda, o encarei e ele tinha um sorriso tranquilo, acariciou meu rosto com o polegar e me deu um beijo na testa.

— Lucy, quero que entenda uma coisa – Tirou algumas mechas que caiam por meus olhos – Eu sei que você já tem idade para fazer o que quiser, eu mesmo, tomei meu primeiro porre com dezessete anos, papai quase enlouqueceu – Rimos juntos.

— Eu lembro, você ficou de castigo por quase um mês.

— Acho que nunca fiquei tão bravo com ele e Layla – Meneou a cabeça e voltou a me encarar – Você é a coisa mais importante que tenho, não quero que se machuque, muito menos que faça algo de que vá se arrepender depois, então, não quero que pense que estou sendo super protetor com você, eu apenas quero que seja feliz, entendo que vai cometer ainda mais loucuras, porque você é assim, um espírito livre, tenho consciência de que não posso ter você para sempre – Vi que ele ficou triste com isso, mas disfarçou com um sorriso – Mas enquanto eu estiver ao seu lado, irei protege-la do que puder e vou ficar bravo sempre que fizer uma besteira -  Sua expressão ficou mais suave – Mas quero que saiba que sempre estarei aqui, mesmo que isso pareça chato.

  Sorri e segurei seu rosto – Não é chato, você é meu melhor amigo Natsu, aprendi a confiar em você desde que me escutou aquela vez, logo que mamãe casou com Igneel, pode ficar tranquilo, sempre estarei presente na sua vida para que você continue sendo um chato – Natsu fez uma careta, ri – O meu chato – O abracei e depositei um beijo em seu pescoço, porém logo quis me separar, sendo segurada com mais força – Você está molhado!

     Consegui me livrar de seu abraço de urso e deixei que continuasse com seu banho, dei os últimos retoques para o almoço e logo fomos comer. Ficar com Natsu era algo natural, não existia pressão, eu me sentia confortável, em casa, nem mesmo com Gray essa sensação existia, talvez fosse algo do destino, ou então carma, chame do que quiser, talvez eu seria capaz de entender um pouco disso mais tarde.


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