Heart By Heart escrita por Lizzie Fyts


Capítulo 20
Sequelas


Notas iniciais do capítulo

Meus Amores ):
Podem me xingar, okay, eu to merecendo. Demorei demais e ainda parei em um momento crítico, mas a minha "desculpa" (que de desculpa não tem nada) ainda será a mesma: FACULDADE. Não façam.
HAHAHAHA brincadeira, façam sim, mas isso consome muita coisa, tempo, cabeça, saúde... Enfim, demorei mas to aqui e N Ã O vou abandonar a história N U N C A, por mais que demore. (a não ser que eu morra galera haha)
Sem mais delongas, vamos para o capítulo. :)
ps: me perdoem qualquer erro de português ou concordância, não tive como revisar muito



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           (Pov Jasper)

     Sempre soube que Edward manipulava muito bem as pessoas, quase como se fosse um dom, mas vê-lo tentando fazer isso na minha frente – e contra mim – era nauseante. 
— Rosalie! – Gritou Esme, me pegando de surpresa. Estava tão absorto na cara cínica do meu ‘irmão’ que não percebi o que estava acontecendo a minha volta. Assim que me virei, vi Bella correndo para sua caminhonete, se sentindo extremamente triste.
— Deixe-a ir, Jasper. Depois vocês conversam. – Disse Carlisle, segurando meu braço quando fiz menção de correr. Pensei em como estaria sendo para ela observar toda aquela confusão e se sentir o motivo de todo o problema, então a deixei ir. Assim que isso aqui acabasse eu correria até ela e recuperaríamos as horas perdidas. Os anos também. Ela me devia muito tempo e eu iria cobrar. 
— Jasper, filho, o que você pretende fazer? – Perguntou Esme, afagando meu cabelo.
— Em nenhum momento pensei em partir com ela ou coisa do tipo, mas não terei outra opção se Edward não mudar o seu comportamento. Sei que ir embora deixará todos infelizes, inclusive ela, e essa é a última coisa que eu quero.
— Somos todos adultos aqui. Imagino que esteja doendo em você, Edward, mas isso acontece e não há nada do que se possa fazer. Não podemos mandar no coração. Você encontrará outra pessoa um dia e família é mais importante do que qualquer coisa. -  Disse Carlisle, abraçando-o. Edward pareceu relaxar com o gesto, engatando um choro silencioso. Essa era minha deixa perfeita para sair e deixa-lo ser confortado por quem o ama.
     Não corri nem por um minuto, quando um barulho estrondoso me atingiu vindo da estrada. Poderia ter sido qualquer coisa, um desconhecido, e eu teria facilmente ignorado e seguido em frente, mas o vento forte jogou a melhor e mais cheirosa fragrância no meu rosto e eu gelei; apesar de estar morto, era como se todas as minhas articulações e o meu coração estivessem mergulhados na água do Alasca em pleno inverno. Bella. 
Ao chegar na caminhonete uma dor esmagadora me atingiu. O carro estava completamente destruído e o coração dela batia fracamente. Não, isso não pode estar acontecendo! Arranquei a porta e a peguei nos braços, com cuidado. Ela estava desacordada e uma cachoeira de sangue brotava de sua cabeça e mesmo com isso minha garganta sequer ardeu. Ali eu soube que ela era maior e mais importante do que qualquer coisa na minha vida, incluindo a sede por sangue. Devo transforma-la? Carlisle!
— Meu mundo girou só para te encontrar, Bella... esperei mais de cem anos por você. Por favor, não morra agora. – Sussurrei, tentando movê-la o menos possível enquanto voava para casa.
     Assim que passei pela porta, Edward desabou do outro lado da sala e Esme começou a chorar.
— Onde está Carlisle? – Gritei, desesperado.
— Aqui. – Ele gritou de volta. Me guiei pelo som da sua voz e percebi que ele estava em um quarto que sempre fora inutilizado, mas que agora parecia uma enfermaria profissional. – Deite-a aqui. – Ele instruiu. Coloquei-a gentilmente na cama hospitalar e beijei sua mão. - Montei esse lugar depois do que houve com James. Nunca se sabe. Alice me avisou do que estava por vir, mas agora preciso que fique na sala. 
— Não! Não vou deixa-la! – Protestei. 
— Por favor, filho. Eu vou cuidar dela. De uma forma ou de outra, ela ficará bem. 
— Vamos, Jas. Cada tempo que discutimos isso é mais tempo que ela sofre. – Disse Alice, me convencendo. 
Fomos para a sala e eu desabei no sofá. Desespero. Era isso, eu estava desesperado. Eu nunca havia sentido uma angustia tão grande e mesmo sabendo que não precisava de ar, parecia que eu morreria sufocado. A doce menina desajeitada e sensível que havia se tornado o motivo de toda a minha existência parecia estar morrendo. Eu não conseguia acreditar nisso e não conseguia acreditar na dor que emanava do meu coração para todo o meu corpo.
— Carlisle precisa transforma-la. – Murmurei, ainda sufocado.  
— Ele está esperando, querido. - Disse Esme, tentando me consolar.
— Esperando ela morrer?! 
— Ele quer tentar do jeito humano antes. 
— Isso é estupidez! - Eu disse, jogando a cabeça para trás e levantando. 
Comecei a andar de um lado para o outro, quase abrindo um buraco no chão. Eu conseguia ouvir tudo do outro lado da sala, cada passo, cada movimento, mas não estava preparado para isso... O coração de Bella perdeu uma batida, depois bateu fraquinho e silêncio. Apenas o irritante apito da máquina ligada a ela. 
Cogitei correr até lá, mas antes disso Edward e Emmett estavam ali, me segurando.
— Me soltem! Eu preciso vê-la! 
— Jas...
— Me soltem! - Eu me debatia, mas não conseguia me mover um centímetro para frente. Não poderia perdê-la, eu iria com ela. - Não, não... - Sussurrei, caindo de joelhos. - ISABELLAAAAAAAAA!!! - Urrei, com todas as forças que tinha. A dor era excruciante. Notei algo úmido no esquerdo do meu rosto e ouvi todos arfarem atrás de mim; uma única lágrima de sangue escorria. 
— Isso... isso é uma lágrima? – Perguntou Rosalie, completamente chocada. Alice ajoelhou na minha frente e pegou meu rosto com as mãos. 
— Jasper, foco! Escute. – Ela disse, me encorajando com a cabeça. Funguei um pouco, tentando me concentrar. Seu coração havia voltado a bater; estava fraco, mas ela ainda estava viva. Olhei em volta, ainda desnorteado e me levantei do chão. Esme se aproximou e limpou minha lágrima singular com a mão, me abraçando em seguida. 
— Ela vai ficar bem, querido. Carlisle conseguiu. 
— Obrigado, mãe. – Agradeci, me surpreendendo por ter me referido a ela assim. Ela também ficou surpresa, mas se limitou a sorrir.
      Algum tempo se passou – o que pareceu uma eternidade – e Carlisle saiu da sala com um sorriso satisfeito no rosto. 
— Ela abriu a cabeça em uma parte muito sensível, por isso eu a quase perdi em um momento. Fui obrigado a realizar uma transfusão de sangue e ela tomou oito pontos internos e quinze externos. É uma lesão grande e ela ainda não acordou, então não sabemos se terá sequelas. Foi um acidente bem feio, mas creio que ficará tudo bem.
— Posso vê-la? – Perguntei ansiosamente. Ele apontou, indicando que eu passasse. 
Apesar de mais pálida do que nunca, ela parecia um pouco melhor. Seu rosto não estava mais coberto de sangue e seu coração batia com um pouco mais de força.
— Você chorou? – Perguntou Carlisle, tentando esconder o choque. 
— Acho que sim. – Murmurei, sem tirar os olhos dela. 
— Como?
— Não sei. Não fiz de propósito. A dor era... – Sacudi a cabeça, tentando afastar rapidamente a memória de pensar por alguns segundos que eu havia a perdido para sempre. – Obrigada por não me deixar, Bella. – Sussurrei, beijando sua testa de leve. 
— Eu subestimei seus sentimentos. 
— Não entendi. – Ele suspirou. 
— Achei que estava apenas apaixonado, mas é muito além disso. É intenso. Seu amor por essa menina supera sua sede mais genuína por sangue e eu nunca vi isso em toda a minha existência. Edward, que é um dos mais controlados e também a ama, tem dificuldade até hoje. 
— Eu preciso dela. – Foi tudo o que eu conseguir dizer naquele momento e Carlisle assentiu, se retirando da sala. 
Assim que fiquei completamente relaxado, meu poder se conectou a ela automaticamente e foi como milhares de socos simultâneos; Bella estava com dor. Apesar de imóvel, a morfina não era suficiente. Edward entrou alguns minutos depois, mas não disse nada; ele parou do outro lado da cama e tocou levemente seu rosto, suspirando. Ele também estava sofrendo por vê-la assim. 
— Você sabe que nunca vou desistir, não é? – Ele murmurou, quase inaudível. 
— Não esperava isso, apenas que você nos deixasse em paz. – Respondi, tentando não me irritar.
— Eu posso fazer isso, mas sempre estarei aqui, sempre esperarei por ela e sempre a amarei. – Pensei em responder que aquilo não parecia ser amor, e sim birra de criança mimada, mas ignorei. Não valeria a pena. 
     Quase vinte e quatro horas depois, sentado ao lado de Bella sem me mexer, ela começara a dar indícios que iria acordar. Sua dor havia diminuído pois Carlisle havia trocado a medicação; ela ficaria consciente sem sofrer. 
— Bella? Bella, sou eu. – Seus dedos se contraíram nos meus e ela apertou os olhos, abrindo-os. Demorou alguns segundos para ela conseguir focalizar o que tinha a sua volta e seu coração deu um pulo. – Ei, ei, está tudo bem. 
— Jasper? – Ela disse, com a voz falhada. A surpresa na sua voz era quase ofensiva. Ela realmente esperava que eu não fosse ficar ao seu lado? – O que aconteceu?
— Você sofreu um acidente de carro, querida. Eu não entendi muito bem como aconteceu, mas você girou na estrada e capotou. Não se lembra disso? – Ela me olhou como se eu tivesse falado um absurdo e negou com a cabeça. 
— Ai! 
— Shhh, você não pode mexer a cabeça. Tomou muitos pontos, foi uma ferida profunda. – Eu disse, esticando a mão para acariciar seu rosto. Ela piscou algumas vezes, ainda como se não estivesse entendendo nada. Carlisle apareceu meio segundo depois, sorrindo abertamente; ela sorriu de volta. 
— Oi Bella. Como se sente? 
— Confusa, para ser bem sincera. 
— Sim, é normal. Você está dormindo por quase um dia inteiro e seu acidente foi complicado. Eu... quase te perdi. – Ela arregalou os olhos e eles se encheram d’água. 
— Está tudo bem agora, não tem porque temer. – Eu disse, levantando para beijar sua testa. Quando me aproximei, ela se encolheu e me olhou novamente quase... quase como se não me conhecesse. 
— Onde está Edward? – Ela perguntou para Carlisle. Ouch. Aquilo doeu. 
— Ele está na sala, Bella, mas... não achei que iria querer vê-lo por agora. 
— Porque eu não iria querer ver o meu namorado? – Carlisle arregalou os olhos e eu tropecei alguns passos para trás. 
— Bella, do que você está falando? – Perguntei, sem esconder a magoa na voz. 
— Jasper, filho... calma. – Pediu Carlisle. – Bella, qual é a última coisa de que se lembra? – Ela parou por um momento e fincou a testa, se esforçando. 
— Eu acho que... que... me lembro do meu aniversário. Jasper... – ela pausou, olhando para mim com medo. – E no dia seguinte eu vim para cá conversar com Edward e ele disse que ia embora, mas no final tudo deu certo. Eu... eu sofri um acidente voltando para casa? 
— Bella, isso tem quase um ano! – Eu gritei, desesperado. Aquilo não poderia estar acontecendo. 
— Sim querida, isso aconteceu tem quase um ano. Você não lembra de mais nada desde então? – Bella se encolheu e olhou para nós dois como se fosse um bichinho assustado. Ela fincou a testa mais uma vez e depois soltou um longo suspiro. 
— É tudo o que eu consigo me lembrar. Mas... porque Edward não está aqui? 
— Vocês não estão mais juntos, Bella! – Gritei, tentando conter o tremor que assaltava o meu corpo. – Nós nos aproximamos, ficamos amigos, nos apaixonamos e... e você aceitou namorar comigo. E-eu te amo, por favor, se lembra que também me ama. – Implorei, me ajoelhando ao seu lado na cama. – Você sofreu um acidente voltando para casa pois tinha vindo me ver. Você sentiu que Edward estava me machucando e veio correndo ter certeza que eu estava bem. Nós viajamos para o Texas, lembra? Você andou a cavalo, cachoeira... demos o nosso primeiro beijo lá! E há três dias atrás nós tivemos a nossa primeira vez e foi mágico, foi como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Por favor, por favor, não diz que se esqueceu de mim, que se esqueceu de nós! – Eu estaria aos prantos, se fosse possível. Parte do meu cérebro sabia que eu estava errado em fazer isso e que era humilhante, mas eu não ligava. 
— Jasper eu... eu não faço ideia do que você está falando. Eu amo Edward e você está com Alice e... com todo respeito... eu jamais ficaria com você. Não somos amigos, você sequer gosta de mim e já tentou me matar. Isso é uma piada de muito mal gosto. – Ela disse, com a voz subitamente límpida. – Edward? – Ela gritou mais alto e ele apareceu no quarto, abraçando-a. 
— Bella? Bella! Eu sabia, eu sabia que você ia voltar para mim... eu te amo, eu te amo! Como você está? – Meu estômago se revirou e eu tive que me refrear com muito custo para não estraçalhar o maxilar de Edward. Olhei para Carlisle desesperado e ele estava tão atônito quanto eu. 
— Edward... filho... você precisa contar a ela.
— Me contar o que? – Perguntou Bella, desconfiada. Edward sorriu presunçoso e ajoelhou ao lado da maca, pegando sua mão. 
— Eu já tinha pedido e você já tinha me dado a sua resposta. Mas vou pedir de novo: Isabella Marie Swan, gostaria de me dar a extraordinária honra de se casar comigo? 
— Edward! – Gritou Carlisle, mas Bella o ignorou. Seus olhos estavam marejados de novo e ela encarava Edward como se estivesse incondicionalmente apaixonada. 
— Sim, eu aceito. – E eu explodi em um ódio cego.


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Notas finais do capítulo

Música tema: https://www.youtube.com/watch?v=KN-uo02mxoQ (Mayday Parade - I Swear This Time I Mean It)

Opa. E agora? Tudo teria sido em vão? Bom... cês vão ter que esperar pra saber.
Preferi que esse cap fosse totalmente no ponto de vista do Jasper por motivos óbvios. Bella inconsciente não teria muito o que acrescentar e quero deixar o POV dela dessa situação toda para o próximo, pra fazer mais sentido.
Não me matem, titia ama vocês

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Até o próximo!