Quando eu te vi escrita por Gloss, Gloss


Capítulo 6
Casamento Indesejado




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Era hoje que ela iria se casar com aquele imbecil. Eu não sabia mais o que fazer. Já tinha pensado em todas as maneiras de fugas possíveis, mas Bella nunca aceitava minhas sugestões, dizendo que já tinha uma ideia maravilhosa em mente, porém ela nunca me contava o que era me deixando extremamente curioso. Ela só dizia para confiar nela. Eu confiava, o problema era que estava cada vez mais nervoso. Ela iria se casar com aquele idiota de forma definitiva se algo não fosse feito logo. Isso era insuportável pensar.

Já se passara quatro meses desde que dançamos aquela valsa juntos e nada acontecera até ali. A única coisa que mudara, foi que os pais de Bella a estavam deixando sair sozinha, pois ela dizia a eles que iria comprar coisas para o casamento, e que algumas ela preferia procurar sozinha. Os tolinhos acreditavam e por isso pude ver minha doce Isabella de vez em quando, enquanto ela comprava itens para um casamento que nunca aconteceria. Alguns itens eu realmente não entendia por que estava adquirindo. Mas ela me dizia que todas suas compras faziam parte de seu plano, e que um dia no futuro eu entenderia. Não reclamava, porque por alguns instantes poderia estar com ela. Além de trocar alguns doces beijos escondidos. Era tão bom estar apaixonado, que se eu pudesse sairia voando.

Mas uma coisa me deixava sempre preocupado. Ela sempre me fazia prometer que esperaria o tempo que fosse por ela. Eu sempre prometia, mas não entendia a necessidade dela me perguntar tantas vezes. Realmente a amava, e sabia que poderia levar um tempo para ficarmos juntos, mas na minha cabeça, jamais cogitei abandona-la. Não sei de onde ela tira tanta insegurança, e isso me deixava preocupado. Eu a amaria para sempre, e nunca me contentaria em ter outra mulher. Não importa se tivesse que esperar milhares de anos por ela, eu esperaria. Mas como sabia que era importante para ela, reafirmava sempre a promessa, de novo, e de novo.

A hora de ir para o casamento chegou, então me arrumei da maneira mais elegante que minhas posses permitiam e fui à igreja onde se realizaria a cerimônia, em poucos minutos.

Eu estava realmente muito, muito ansioso. Sabia que a qualquer momento ela entraria por aquela porta, e ela nunca mais seria minha; seria daquele idiota que não a merecia.

        

Era o dia do meu casamento. Eu estava muito nervosa. Não porque iria me casar, mas sim com medo de que meus planos de fuga dessem errado. Minha intenção nunca foi casar com aquele idiota. Apesar de nos últimos quatros meses, desde que anunciaram aquele noivado idiota, eu fingi aceitar o noivado, para poder sair escondida e assim, poder ver Edward. Eu sempre o fazia prometer que nunca me abandonaria, não importa o tempo que passasse. Isso era a parte essencial do plano. Ele não me abandonar. Se não, de nada adiantaria tanto planejamento. Acho que ele ficava meio zangado comigo, por causa de minha insegurança e por sempre perguntar isso, mas precisava ter certeza. Tinha muito medo de perdê-lo para sempre. Cada encontro escondido com Edward era uma alegria divina para mim. Mesmo podendo trocar apenas alguns beijos rápidos, eles eram a luz que iluminava meus dias. Já que dizia para meus pais que sairia sozinha para comprar coisas para meu casamento, eu aproveitava os encontros com Edward para comprar itens, não para meu casamento, e sim para meu plano mais ultra-secreto do Universo. E depois de quatro meses de compra, finalmente tudo estava certo, e se Deus quisesse aconteceria do modo como planejei.

Meus pais e seu bando de maquiadores, cabeleireiros e sei lá o que mais tinha lá, vieram me arrumar. Elas literalmente judiaram de mim, mas confesso que no final fiquei linda. E se fosse para casar com Edward, eu estaria radiante, mas como não era para ele, estava enfurecida. Claro, minha raiva era apenas no meu interior, porque meu exterior estava sereno e calmo. Precisava me manter assim para tudo dar certo.

Meu pai me deu um abraço suave, enquanto minha mãe passava as mãos em meus cabelos, ao mesmo tempo em que lágrimas rolavam nos rostos dos dois.

—Nossa filha está ficando grande, Charlie! Mal acredito que já vai se casar! – comentou minha mãe

—Sim, Reneé! Ainda posso ver ela pequenina, zanzando por aí! – continuou Charlie

—Mãe, Pai! Saibam que eu amo muito vocês! E que não importa onde eu esteja sempre serei a pequenina de vocês – falei o que vinha do fundo do meu coração. Era minha despedida. Eu os amava, e sabia que queriam o melhor para mim, o problema era que o meu melhor não era bem o melhor deles.

—Filha, agora eu e seu pai iremos para igreja. Logo em seguida o motorista virá pegá-la e você irá em companhia de sua Bá.

Quando os dois estavam saindo pela porta, corri até os dois e lhes dei um último abraço. Eu precisava daquilo. Precisa de um último carinho de meus pais.

—Eu amo tanto vocês! Nunca se esqueçam disso!

—Nós também te amamos muito filha! – e os dois saíram pela porta, deixando Isabella com sua bá sozinha no quarto.

—Rápido bá, não temos muito tempo. Você já deixou tudo previamente preparado? – perguntou nervosamente, Isabella

—Claro, minha Isa! Deixei tudo arrumado conforme pediste. Por favor, tenha muito cuidado, esse plano é bem arriscado!

—Eu sei, mas preciso arriscar! Você já dispensou o motorista, Ba?

—Já, Isa! Combinei com ele que eu mesma levaria você a Igreja.

—Lembre-se de uma coisa, Ba, entregue essa carta a Edward! Se ele não a ler, tudo dará errado!

—Entregarei Isa! E antes que me pergunte, já coloquei tudo no carro, conforme me pediste.

—Então vamos! É hora de por o plano em ação. Mas antes tenho mais um pedido. Tire uma foto de mim com esse vestido e entregue ao Edward.

A Bah tirou a foto e as duas se dirigiram para fora de casa, para assim poder colocar seu plano em ação.

        

Já era hora da minha Isabella entrar, mas ela nunca entrava. Eu estava ansioso demais, estava com medo de que tudo desse errado. Se bem que eu deveria ficar feliz por ela não entrar, assim significava que qualquer que fosse seu plano, tinha dado certo.

De repente entra uma mulher gordinha correndo, toda arranhada e chorando. Ela estava indo em direção aos pais de Bella. Pensei logo que deveria ser a tal da Ba, que ela sempre falava. Meu coração bateu no peito cheio de alegria. Ela deveria ter conseguido fugir. Amém.

Mas felicidade de pobre dura pouco. Em questão de segundos, a mãe de Isabella deu um grito tão alto, e com tamanha dor, que algo deveria ter dado errado.

—Não! minha filha não! Ela não pode estar morta! – ao ouvir isso, meu coração parou de bater.

Minha Isabella morta? Não poderia! E o seu plano? O que será que deveria ter acontecido? Não podia acreditar. Meu anjo estava morto e ela nunca seria minha. Minha vontade era de gritar, mas nem isso poderia fazer. Acho que ninguém nunca iria sentir a dor que eu estava sentindo. Lágrimas jorravam de meu rosto. Meu coração estava sangrando e essa ferida nunca mais se curaria. Pois o nome da cura era Isabella, e agora ela estava morta. Por minha causa. Preferiria vê-la casada com aquele imbecil, do que ela estar morta. Eu nunca mais poderia olhar para mim mesmo. Eu era um assassino.

Eu mal podia crer que minha filha estava morta. Era impossível. Quando a ba veio a mim com a notícia, não acreditei. Meus ouvidos não poderiam estar funcionando corretamente. Minha menina não poderia estar morta. Quando dei por mim já estava gritando:

—não! minha filha não! Ela não pode estar morta! – eu não queria fazer escândalo, mas era impossível segurar a voz.

Após gritar e meu marido me consolar, enquanto ambos choravam, Báh nos entregou uma carta e afastou-se.

Querida mamãe e querido papai,

Desculpe-me faze-los passar por toda essa dor. Mas eu já não agüentava mais. Eu nunca amei Jacob. E nunca amarei. Meu coração pertence ao rapaz que vocês não quiseram que eu me casasse. Sei que fui cruel, sei que fui egoísta. Mas não vi outra escolha. Empurrei nossa Ba para fora do carro, e explodi uma bomba dentro dele. Eu sei que vocês não terão nada meu para enterrar, talvez apenas cinzas. No entanto queria que vocês se lembrassem de mim pelo que era antes. A garota sorridente e feliz, que não sou mais. Perdoem-me mais uma vez por isso. Peço que vocês não contem ao seus amigos e a todos presentes na cerimônia o que aconteceu. Sei que vocês morreriam de vergonha de mim e eu também. Digam apenas que eu sofri um acidente e morri. Ninguém precisa saber mais detalhes.

Eu amo muito vocês, nunca se esqueçam disso.

E peço encarecidamente, que se lembrem de mim, sempre como a garotinha sorridente e arteira que eu era.

Da sempre de vocês,

Isabella

        

Eu não estava mais aguentando sentir toda aquela dor. Minha Isabella estava morta.

—Senhoras e senhores. Desculpem se minhas palavras não forem bonitas ou falar algo errado. Acabo de receber a noticia de que minha doce filha morreu. Ela sofreu um acidente de carro vindo para cá. Meu pobre coração de pai está sofrendo muito! Desculpe o incomodo, mas eu tenho outras coisas mais importantes a fazer agora!

Pela primeira vez na minha vida, senti dó de Charlie. Ele estava um trapo, e finalmente entendi que, apesar de ser um esnobe, ele amava a filha. E isso era nosso elo em comum. Porque eu também amava a filha dele.

Eu já estava para sair da igreja, quando a bá de Isabella se aproximou de mim e me entregou uma carta, junto com uma foto de Isabella de noiva.

Ao ver a foto a dor voltou em dobro. Ali estava ela, vestida de noiva, do jeito que sempre sonhei. Mas isso nunca aconteceria. Porque ela estava morta.

Querido Edward,

Não sei nem como começar a dizer que eu te amo. Eu te amo mesmo. E se faço tudo isso, é por nós dois. Tem coisas que ainda não posso te contar, porque se te contasse, estaríamos ambos em perigo, e isso eu não quero nunca. Talvez demore um pouco para ficarmos juntos, eu sei. Mas quero que espere sempre por mim. Lembre-se: você me prometeu que jamais ficaria com outra mulher, e que jamais amaria outra. Eu estarei todos os dias esperando que você cumpra nossa promessa. Nosso destino não é nos encontrarmos nesse lugar agora. Mas sim, em um outro lugar muito especial que estou planejando para nós dois.

Sei que em alguns momentos a dor vai ser horrível e sei que vais fraquejar. Mas lembre-se de mim e siga adiante. Não faça nenhuma besteira. Quero você inteiro para mim, quando eu for te buscar.

Posso demorar, mas irei te buscar, no nosso jardim. Aquele que sempre íamos passear juntos. Quando for nossa hora de estar juntos, eu estarei lá. E enquanto ela não chegar, cuide bem dele para mim. Deixe-o lindo, para que quando eu for lá, meus olhos se encham de lágrimas de tanta emoção.

Eu te amo hoje, agora e sempre. Não importa o tempo que passar.

Espere-me, por favor. Eu prometo que irei te buscar.

Da sempre sua,

Isabella Swan  

 


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