Meus Olhos Enxergam escrita por phmmoura


Capítulo 12
Meus Olhos 2 - Capítulo 01




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Foi o almoço de família de domingo mais desconfortável que Eliza já teve.

Apesar de terem seis pessoas à mesa, o único som ecoando era deles comendo e bebendo.

Que merda… Eu sabia que ia ficar esse clima… não é como se minha mãe religiosa fosse aceitar a namorada lésbica da filha num piscar de olhos… mas pensar que ninguém diria qualquer coisa, pensou Eliza, olhando para Bianca.

A ruiva não parecia incomodada pelo clima pesado. Ela apenas comia a feijoada como se não tivesse nada errado ao seu redor.

Apesar de seu estômago apertado por causa do silêncio, Eliza não podia conter seu alívio. Não é culpa dela, mas, em teoria, ela é a causa de tudo isso… bom, nós duas somos, né…

Mas fico feliz que a Bianca não foi afetada por esse clima… Odiaria que minha mãe a deixasse desconfortável… Queria que a minha família a tratasse que nem trataram meu ex…

Eliza olhou para sua mãe entre garfadas. A enfermeira estava totalmente focada em seu prato, como se a feijoada fosse a coisa mais interessante no mundo todo.

Qual é, mãe. Você faz esse negócio duas vezes por mês… é tão interessante que não dá pra falar nem um oi? Geralmente você nunca para de falar no almoço de família aos domingos…

Eliza suspirou mentalmente. Eu sei que estou querendo demais… já é incrível que ela tenha convidado minha namorada… especialmente depois de flagrar a gente pelada na cama… no hospital em que ela trabalha… mas dava pra tentar, né… por favor?

Mas a garota sabia que não tinha chance de pedir algo assim de sua mãe a essa altura. Convidar a Bianca e não me forçar a ter uma conversa com o padre já foi um passo e tanto pra ela…

Como a Bianca disse… Um passo de cada vez… um passo de cada vez… um maldito passo de cada vez…

Enquanto comia, Eliza não podia evitar mandar olhares para o outro lado da mesa, onde seu irmão e a namorada estavam. Ele tem tanta sorte… pode ficar com ela e mainha não fala um piu… ele pode sair e andar de mãos dadas com ela que ninguém nem liga…

A garota sabia que não podia esperar muita ajuda por parte do irmão. Ela sabia que ele queria pedir algo aos pais, embora não soubesse exatamente o quê, e não arriscaria irritar a mãe para ajudar a irmãzinha.

Então, a última pessoa para quem Eliza podia pedir ajuda era o pai. Painho, você vai ajudar sua princesinha, né?

— E-E aí, pai… c-como vai tudo lá na delegacia…? — tentou perguntar ela, esperando que bastasse para começar uma conversa.

— Complicado… bastante complicado — disse o policial com a voz cansada, parando o garfo e faca. Ele fechou os olhos e respirou fundo. — A imprensa vem me pedindo pra dar entrevistas todo dia. Eu e o Eduardo…

— Porque foram vocês dois que acharam os cadernos que ajudaram o meu pai? — perguntou Bianca, de repente.

Eliza engasgou com seu suco. Enquanto a ruiva acariciava as costas da garota, ela arregalou os olhos para Bianca. Qual o teu problema, Vermelha, pra que falar disso? Quer me dar um infarto, menina?

Ela esperava que seus olhos transmitissem o que pensava para a sua namorada.

— Sim. Na verdade, foi a Eliza quem encontrou… mas ela me pediu para não divulgar o nome dela — disse, com uma expressão triste.

— Foi melhor assim, querido — disse a mãe dela de repente. — Depois de… de tudo, a Eliza precisa descansar… tirar um tempo de tudo que tem acontecido…

Oi, mãe, que bom que você ainda tem voz. Eu fiquei com medo de nunca mais te escutar gritando comigo de novo, pensou Eliza, mal-humorada. Ela se virou para o pai.

— Concordo, painho. Eu sei que você não gosta de levar o crédito, mas não é como se eu tivesse feito algo incrível nem nada. Só achei os cadernos. Não tem nada de interessante pra a imprensa ir atrás — disse a garota, tentando agir da forma mais normal que podia.

Mas, enquanto falava, ela viu, de relance, sua namorada sorrindo enquanto comia. Debaixo da mesa, ela beliscou a coxa da ruiva, fazendo a garota soltar um estranho gritinho agudo.

Bianca bebeu seu suco e fingiu que o som foi um soluço quando a atenção de todos se voltou a ela.

— Meu pai quer dar uma promoção pra você e pro Eduardo — disse ela, após abaixar o copo. Apesar do estranho som, ela falou com a dignidade de uma dama da alta classe. — Ele não para de falar que foi graças aos dois que conseguiu colocar o prefeito atrás das grades e ainda descobriu a corrupção dentro da polícia.

O policial mostrou um sorriso torto enquanto coçava a barba feita recentemente. Sua esposa insistiu que ele mantivesse uma boa imagem para as entrevistas.

— Sim… o chefe fica mencionando uma promoção… ele fica insistindo, na verdade… mas não sei…

— Poxa, painho. Você tem que aceitar. — O irmão de Eliza entrou na conversa. — É uma ótima oportunidade.

— É mesmo, querido. Você deveria aceitar a promoção. Ficaria mais tempo na mesa do que patrulhando — disse a esposa do policial. — Deus sabe quantas noites de patrulha sua eu passei acordada…

— Preocupada com o quê? Vivemos num fim de mundo… temos problemas, mas não é nada perigoso como a capital…

— Ainda assim, eu só conseguia dormir quando você chegava em casa.

— Além do mais, as patrulhas não são tão ruins… a maioria das vezes só ficamos dando voltas na cidade… mas a gente recebe umas chamadas engraçadas às vezes — disse o policial, com um sorriso juvenil genuíno.

— Sério? Tipo o quê? — perguntou Bianca, com curiosidade no rosto. — Meu pai não tem nenhuma história legal do serviço.

— Vejamos… — O sorriso do policial aumentou enquanto ele esfregava o queixo sem barba.

Eliza sorriu e segurou o braço do pai.

— Ah, pai, pai! Conta pra Bianca a história do macaco! — gritou ela ao se lembrar.

O policial começou a rir.

— Ah! Essa é boa… é uma ótima… — Ele esperou até parar de rir para começar a história.

— Foi um sábado à tarde normal. A gente tava patrulhando quando recebemos uma chamada pra ir num bar. Só disseram que tinha um bêbo causando problema. — O policial já ria de novo. — Quando a gente chegou lá… o bêbo causando problema… era um macaco!

Ele cobriu o rosto e riu ainda mais. Eliza, o irmão e a namorada dele riram também. Bianca sorriu e aguardou, ansiosa.

— Como isso aconteceu?

— Alguém teve a brilhante ideia de dar cachaça pro macaco de estimação do dono. O bicho ficou tão louco após só um copo e pegou uma peixeira do tamanho do meu braço. Aí ele começou a perseguir as pessoas no bar. Quando o dono foi tentar pegar ele, o macaco subiu no telhado e ameaçava qualquer um que se chegasse perto!

Todos na mesa riram alto. Até a mãe de Eliza mostrou um sorriso enquanto balançava a cabeça.

— Não acredito que isso aconteceu e eu nunca fiquei sabendo! Como vocês dois resolveram? — perguntou Bianca quando parou de rir.

O pai de Eliza precisou respirar fundo para parar de rir e responder.

— A gente deu outra cachaça pro macaco! — Todos riram mais. Demorou um tempo para pararem. — Ele virou o copo e desmaiou na hora. Tiramos a peixeira e ligamos pro controle de animais.

— Sem chance — disse Bianca quando recuperou o fôlego. — Nunca fiquei sabendo de nada disso pelo meu pai.

— Não tem como o chefe ficar sabendo das histórias do submundo da delegacia. Se quiser, procura na internet. Alguém gravou tudo.

— Com certeza que vou procurar! — disse a ruiva com um grande sorriso.

Eliza não podia tirar o sorriso do rosto, mas parte dela se sentia mais aliviada do que feliz por causa da história. Graças a deus a Bianca está sorrindo. É a única coisa que eu queria ver hoje, pensou, dando mais mordidas na comida. Debaixo da mesa, porém, ela tocava a perna de Bianca com o pé.

A ruiva corou e sorriu para a namorada. Depois se virou para o policial.

— Tem mais histórias assim?

— Muitas — disse o pai de Eliza. Ele começou a feijoada enquanto pensava. Quando engoliu, seu rosto se iluminou com um sorriso. — Ah! Essa é boa. A gente tava patrulhando as ruas quando ouvimos uma mulher gritar. Ligamos a sirene e fomos rápido até o barulho. Lá a gente achou uma moça presa numa árvore com um pitbull latindo e tentando morder ela.

— Oxe. Como ela acabou na árvore?

— Ela ficou bêbada e tentou entrar na casa do ex-namorado pra implorar pra voltar com o ele. Mas ela bebeu demais e se enfiou no quintal do vizinho. O pitbull tentou atacá-la, mas ela conseguiu subir na árvore, só que aí não conseguia descer ou subir mais.

Eliza e o irmão riram. A namorada do irmão e a enfermeira estavam descontentes.

— O que você fez? — perguntou Bianca.

— A gente tentou entrar lá, mas o cachorro veio pra cima da gente na hora. Então falamos com os vizinhos pra entrar em contato com o dono, mas a amiga da mulher, que tava mais bêbado que ela, tentou assustar o pitbull e dar tempo pra ela fugir.

— O que ela fez?

— Ela jogou um tijolo! — O policial fez o melhor que pôde para contar a história sem rir. — Adivinha o que aconteceu? Atingiu a amiga dela em vez do cachorro! Até o cão parou de latir pra rir da situação!

Eliza e o irmão riram, enquanto a namorada do irmão e a mãe dos dois balançaram a cabeça.

— Por sorte, a mulher não se machucou. Acho que ela estava bêbada demais pra isso. — O policial terminou de contar a história, mas continuou rindo. — Não foi nossa culpa, querida! A amiga bêbada quem jogou o tijolo. Mas ela não caiu da árvore. Por sorte o dono chegou em casa dez minutos depois e conteve o cachorro. A gente chamou uma ambulância e quando chegaram, o ex deu as caras e foi com ela. Eles reataram, ao que parece.

— É quase uma história de amor com final feliz — disse Bianca, fazendo o policial rir mais.

Eliza sorria de orelha a orelha. Sim… está tudo indo bem, pensou, aliviada do fundo do coração. Mas ela sabia que sua mãe estava inquieta. Ela quer mudar de assunto.

— Conta pra Bianca do dia com os ladrões, pai! — sugeriu ela antes que a mãe pudesse dizer qualquer coisa.

— Ah! Aquele dia foi louco. Quase vinte anos como policial e nunca vi algo do tipo. — Ele sorriu e balançou a cabeça enquanto bebia cerveja. — Eu estava na trabalhando na mesa de manhã quando um ladrão entrou lá pra fazer um boletim. Adivinha o motivo? Ele queria que a gente prendesse outro ladrão por ter roubado o que ele tinha roubado antes!

Dessa vez nem a mãe de Eliza conseguiu conter a risada, sua voz se uniu a de todos os outros.

— E isso foi na manhã. Depois do almoço, saí de patrulha com o Eduardo e a gente viu um grupo tentar assaltar uma padaria. Mas antes que a gente pudesse chamar reforços, enquanto eles estavam tentando assaltar o lugar, outro grupo surgiu e tentou roubar também. Eles brigaram e, quando tentaram fugir, a gente conseguiu prender todos!

— Não acredito que essas coisas acontecem mesmo — disse Bianca, após terminar de rir. — Parece coisa de filme!

— É… Não acho que os filmes são mais loucos que as histórias da polícia não… Não tem como o chefe ter uma dessas pra contar.

— Não mesmo. O máximo que o meu pai já tirou de mim foi um bocejo. Ah, por favor, não fala isso pra ele! Ele gosta de me contar as coisas, sabe.

— Pode deixar. E não fala de mim pra ele. Duvido que ele gostaria de saber o que ando contando pra filha! — O policial mostrou um sorriso paternal.

Isso é tão legal… não quero que acabe agora, pensou Eliza.

— Conta pra Bianca do bloco de carnaval.

— Ah! Essa é outra boa. Teve um dia em que eu tava na mesa e essa mulher veio…

— Não, amor! Essa não é uma boa história pra falar à mesa — disse a esposa, de repente.

— Tem razão, querida… Eu vou te contar depois, Bianca. — O policial mostrou um sorriso torto.

— Sim, senhor!

Após isso, a conversa acabou e voltou o silêncio de antes.

Eu fui gananciosa demais… Sei que essa história não era a melhor pro momento, mãe, mas você não precisava matar o clima todo, pensou Eliza com um sorriso triste. Graças a deus que estamos quase acabando.

Logo os pratos estavam vazios e ninguém podia comer mais nada.

No instante em que o irmão e namorada falaram que iam encontrar alguns amigos, Eliza levou a namorada para o quarto.

Por favor, não faz confusão… por favor, mãe, Eliza implorou mentalmente enquanto levava Bianca pela mão. A garota podia sentir o olhar da mãe, mas elas saíram da sala e foram para o quarto sem qualquer comentário por parte da enfermeira. Só depois de fechar a porta que a garota suspirou, aliviada.

— Foi um almoço e tanto — disse Bianca quando elas ficaram a sós. — Seu pai tem histórias muito legais.

— Sim, ele tem… e foi mal pelo clima lá. — Eliza mostrou um sorriso de desculpas enquanto coçava o pescoço. — Minha mãe… tá tentando se acostumar a ideia…

— Olha, eu não estou reclamando nem nada. Além do mais, a gente deveria estar feliz que ela está tentando. Do que você diz sempre como desculpa pra não me apresentar como sua namorada, ela jamais me convidaria pra almoçar antes.

— Você tem razão…

Eliza suspirou, sorriu e fez o que estava morrendo para fazer a manhã toda: beijar a namorada. Ela envolveu os braços em volta da ruiva e a puxou para mais perto enquanto Bianca retribuía o beijo.

Mas, antes que as coisas pudessem ficar mais intensas, Bianca se separou do beijo.

— Espera… Não com a sua mãe por perto. Quero que ela goste de mim.

— Isso… vai demorar bastante — admitiu Eliza com um sorriso torto. — E, além do mais, ela já nos pegou na cama… Um beijinho não vai piorar nada.

Eliza puxou Bianca para perto de si e tentou beijá-la de novo. Mas a ruiva virou o rosto.

— Ainda assim, vamos evitar esfregar o fato de que a única filha dela joga em outro time agora… — Bianca olhou para a namorada com os olhos de cachorrinho sem dono que Eliza não conseguia resistir. — Você sabe, um passo de cada vez.

— Tá… Vou tentar me conter… mas não prometo nada… — Eliza resmungou e suspirou.

— Valeu! — A ruiva mostrou um sorriso grande e beijou a namorada na bochecha.

A garota corou e fez biquinho.

— Pare de me tentar — murmurou, tocando onde ela foi beijada com uma mão e fazendo gestos para a namorada com a outra. — Sabe que já é difícil… especialmente com você fazendo isso… respirando e tudo mais…

Bianca riu. Mas logo parou.

— Ei, qual era a última história que o seu pai ia contar? Fiquei muito curiosa.

— Ah… Não era muito boa pra falar durante a refeição… — Eliza mostrou um sorriso amarelo enquanto ria. — Um dia, uma mulher foi fazer um boletim. Ela tava furiosa porque os vizinhos criaram um bloco de carnaval…

— Ela foi fazer um B.O. por causa de um bloco? — Bianca perguntou, piscando.

— Não foi o bloco em si, sabe… Foi por causa do nome… — Eliza não conseguia conter a risada.

— Qual era o nome? — Bianca já começava a rir.

— Tira que vou cagar… — Eliza riu enquanto a ruiva inclinava a cabeça.

— Não entendi.

— O nome foi em homenagem a ela, porque um dia ela tava tendo sexo anal com o namorado e de repente gritou “tira que vou cagar” tão alto que toda a vizinhança ouviu!

Eliza riu alto. Bianca balançou a cabeça.

— Isso não tem graça…

— Mesmo? Então qual é a da cara de quem vai rir?

— Cala a boca… — Bianca empurrou Eliza gentilmente.

A garota caiu na cama e puxou a namorada pela mão.

Bianca deitou em cima dela. Elas olharam nos olhos uma da outra, o sorriso aumentando em seus lábios.

Eliza abaixou o olhar, encarando aqueles lábios que amava beijar e às vezes mordiscar.

Antes que pudesse pensar em parar, a garota aproximou a cintura da namorada de si.

Quando estavam prestes a se beijar, Bianca moveu a cabeça e Eliza acabou beijando a bochecha dela.

— Você não tem autocontrole, menina? — perguntou a ruiva, embora ela mal parecia resistir.

— Você está me tentando demais… — Eliza soltou uma risada. — E olha quem fala! Não pode esperar nem eu sair do hospital!

— Aquilo foi diferente — murmurou Bianca, as bochechas levemente coradas. Para escondê-las, a ruiva descansou a cabeça no peito de Eliza.

— Diferente como? — A garota tinha uma ideia do que a namorada diria, mas ainda perguntou.

— Você é a responsável desse relacionamento. Você quem deveria ter me impedido naquela hora.

Eliza balançou a cabeça enquanto ria e abraçava a garota que amava.

— Eu sabia que você diria algo idiota como isso. E se eu sou a responsável, a gente está ferrada.

— Eu tenho confiança em você.

— Não deveria.

— Por quê?

— Porque, agora mesmo, eu só quero te ver como veio ao mundo e beijar seu corpo todo — sussurrou Eliza no tom mais sedutor e tentador que pôde.

A reação foi imediata. Ela podia sentir o corpo da namorada estremecer com a ideia.

Então Bianca ficou quieta.

Eliza mostrou um sorriso malicioso. Se eu fizer isso, eu consigo tirar as roupas dela…

Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa para que a namorada começasse a tirar as roupas, elas ouviram um barulho na porta.

Bianca logo saiu de cima de Eliza e sentou no chão, perto da cama.

Um instante depois, a mãe de Eliza abriu a porta. Ela olhou para as duas e pareceu aliviada enquanto mostrava um sorriso tenso.

— E aí, mãe… o que foi? — Eliza tentou não mostrar sua frustração na voz. Porcaria… se ela não tivesse interrompido, eu estaria chupando os peitos da Bianca agora…

— Oi, querida. Eu só queria conferir as coisas…

— Está tudo bem. Vamos escolher um filme pra ver ainda…

— Que… bom, querida… Então… se divirtam… vocês duas…

A enfermeira saiu do quarto, mas, em vez de fechar a porta, ela deixou levemente aberta antes de se afastar.

Eliza trocou olhares com a namorada e suspirou.

— Um passo de cada vez, né?

— Um passo de cada vez.


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