Descobrindo quem eu sou escrita por Ravenclaw s pride


Capítulo 8
Assustada, temerosa, acuada




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No meio da noite ouviu-se um grito horrível na floresta escura, Gabrielle se ergueu pronta para reagir, mas era apenas Eden que finalmente acordara, visivelmente desorientada, com lágrimas nos olhos e o rosto inchado, tremia sentada e se arrastava para trás, como algo indefeso demais para lutar.

Dessa vez seus olhos não a impactaram tanto assim, não era o olhar de Xena, a garota estava assustada, temerosa, acuada, Xena não olhava assim.

— Calma, eu vim pra te ajudar – Disse a guerreira para acalmar a menina.

— Não toque em mim – Eden tentou falar, mas quase não foi entendida pelo inchaço de seu rosto, que fazia suas palavras saírem enroladas.

— Eu vim por sua avó, Cyrene, nós vamos encontrá-la assim que você melhorar.

— Mentira! Você me quer como escrava também! Não sabe do que está falando, Cyrene é minha mãe!

— Mãe? – Respondeu com espanto – Mas Xena é...

— Xena era minha irmã mais velha – Disse decidida cortando a conversa.

— Tudo bem, digamos que Cyrene me contratou, eu vim para buscar você, me chamo Gabrielle.

Então Eden olhou fundo nos olhos da loira a sua frente, e viu como parecia bondosa e amiga, relaxou um pouco, ela tinha suas armas guardadas ao lado do cavalo, sentou encostando em uma árvore.

A floresta era escura e fria, somente o fogo a tornava mais viva e brilhante, como se a fumaça formasse enxames de abelhas tremeluzindo na escuridão.

— Phineas! – Disse Eden, agarrando o gato branco – Você me seguiu!

Abraçando Phineas, logo Eden foi tomada pelo cansaço e dormiu até o dia seguinte.

Enquanto ela dormia, a outra observava, parecia que não somente os traços naturais da menina pareciam com Xena, mas ela toda, mesmo com seu cabelo castanho claro, diferente, pois o da mãe era negro como a noite, o corte de cabelo era idêntico, talvez Cyrene tivesse premeditado isso, lembrar da filha pela neta.  Outra questão que remexia os pensamentos: a garota não sabia, achava que Cyrene era sua mãe, de pai morto, irmãos mortos, não sabia que havia tido uma mãe guerreira, forte, destemida e com os mesmos lindos olhos azuis que ela, uma mãe que fora capaz de aguentar a dor de abandoná-la para que estivesse segura.

No dia seguinte, as duas partiram rumo ao curandeiro de uma vila próxima, Eden estava com problemas, mancava muito e não conseguia mexer o braço machucado, fazendo caretas de dor quando andava.

O curandeiro era um homem velho e moreno, com uma barba grossa e cabelos ralos, de poucas palavras. Eden sentou em uma tábua de pedra e ele a observou, não demorou muito e trouxe seus materiais para perto pedindo que Gabrielle a segurasse.

Pelo jeito iria doer.

Prontamente a loira segurou o braço bom e as pernas da menina, para que não lutasse e dizem que dava para ouvir seu grito e choro a quilômetros de distância.

Talvez de tanta dor seu corpo todo começou a tremer, tremer violentamente, seguraram sua cabeça para que não batesse e não passou muito tempo o ataque cessou.

O braço fora colocado no lugar, seguro com tecido forte e costurado onde fora necessário, suas visíveis feridas foram embebidas em uma substância estranha, da cor de mel ralo, o homem dissera que ela melhoraria com isso e devia ser levada para cuidados em casa.


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