Depois que as amigas voltaram após o banho e preparavam-se para dormir, Eden levantou e estava procurando suas coisas para tomar banho.

— O que está fazendo?

— Eu quero tomar banho, não está tão tarde.

— Está frio, vai acabar ficando doente — Disse a guerreira tentando ser cuidadosa com ela.

— Eu volto rápido, vou ficar perto da fogueira.

Quando terminou o banho, tremia de tanto frio, então começou a colocar suas roupas, ao olhar para o rio sentiu-se observada virou e olhou novamente, mas ainda tinha a estranha sensação.

Uma espécie de cavalo pequeno estava bem próxima dela, era lindo e de uma cor cinza com algas enfeitando sua crina.

Seu pelo parecia tão macio que ela pôs-se a caminhar tão fundo quanto podia para montar nele, quando finalmente o alcançou, suas mãos seguraram o cabresto que estranhamente era feito de algas, só que esse apertou sua mão com muita força fazendo-a gritar.

Uma estranha bruma da noite entorpeceu seus sentidos e agora ela sentia o estranho cavalgar do animal que parecia a cada galope afundar um pouco na água.

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Xena e Gabrielle conversavam ao redor da fogueira.

— Eden ainda não voltou, ela devia ter tomado banho mais cedo quando estávamos lá, está escuro demais.

A loira soltou uma risada.

— Acho que ela estava envergonhada — e riu novamente — com você lá, ela é meio boba ás vezes.

Ouviram um grito vindo daquela direção, levantaram-se assustadas e puderam ver a menina visivelmente alterada em cima de um potro que ao vê-las tentou fugir.

Xena girou no ar até uma pedra lançando seu famoso grito, seu chicote estalou e agarrou uma das patas do animal; sobrenaturalmente ele continuou cavalgando e dessa vez com muito mais força, arrastando a guerreira sobre a água.

Os cabelos da morena esvoaçavam para trás e suas mãos doíam pela força do animal, mas nem por isso soltaria.

— Eden! Acorde! Pule! — Não adiantava os gritos da guerreira e de Gabrielle que os cercava pela margem enquanto corria não conseguindo acompanhar.

Chegando a águas profundas, a estranha criatura começou a afundar, suas pernas traseiras misturando-se a água escura e a luz da lua por sorte estava muito forte, como se o sol quisesse atravessá-la.

Vendo uma árvore velha com um tronco caído próximo de onde estava indo, a guerreira se lançou trazendo o animal consigo e forçando-o a frear, amarrado na árvore e agora exposto perdera sua beleza e parecia que havia saído das profundezas; com esse movimento a garota havia caído no lago e agora afundava sem poder se salvar por estar ainda encantada.

Chegando a determinada profundidade a bruma já não tinha efeito e a menina tentava a todo custo subir, todo o ar de sua boca estava escapando, sua cabeça doía a ponto de parecer explodir, seu peito queimava pela falta de ar e logo ela não via mais nada.

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Com o desespero afetando seu coração, a guerreira usou todas as forças que tinha para encontrá-la, não podia ter voltado a este mundo apenas para ver um tão horrível fim para Eden.

— Ela não está respirando direito e o coração está fraco — Xena disse a loira enquanto já fazia massagem cardíaca na menina.

Por uns segundos seu corpo pulou e ela começou a vomitar bastante água, sentia que alguém lhe segurava. Quando já tinha eliminado água suficiente sentiu alguém lhe abraçar, mas a pessoa que segurava suas costas não havia soltado.

— Céus, que susto! O que acabou de acontecer? — Era Gabrielle que a abraçava.

— Respire fundo — Ordenou Xena e ela o fez — Vamos sair daqui — Lhe estendeu a mão e foram juntas para perto da fogueira.

Quando o sol surgiu, puderam ouvir o grito horrível do animal se debatendo, com certeza o sol o queimara por ser uma criatura da escuridão.

Decidiram afastar-se dali e Eden passou o resto do dia espirrando.

— Quer subir? — Gabrielle ofereceu seu cavalo.

Ela olhou para a guerreira que deu uma risada — Venha, este é seguro.

— Eu avisei que se fosse ao rio aquela hora ia acabar doente — Zombou a guerreira.

— Xen- atchim!, Xena!