Descobrindo quem eu sou escrita por Ravenclaw s pride


Capítulo 14
O esconderijo dos ladrões parte 2




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Depois de certa insistência, cruzaram a incrível passagem secreta e as duas puderam se ver imediatamente.

— Gabrielle! — Eden gritou e correu para abraçá-la — Eu tentei te achar, mas eles não deixaram.

A loira abraçou a menina e olhou com cara feia para os homens.

— Vamos embora! — Pegou a mão da menina e ia se dirigir para a saída.

— Espere! Eu sei quem você é agora — Ele respondeu olhando para as armas da loira — É a garota com o chakram! Nos ajude, você ajuda as pessoas, pode salvar todas essas.

— No momento, minha prioridade é ela — Falou acenando com a cabeça para Eden — Não vou entrar em nenhum tipo de confusão hoje, precisamos descansar e eu não quero que corra perigo.

— Tudo bem, tudo bem, estarão seguras conosco, fiquem aqui esta noite e amanhã cedo você mudará de ideia.

Sabendo que o caminho de volta seria tortuoso e cansativo, ela decidiu ficar e descansar, no lugar havia pessoas comuns circulando e agora os olhavam curiosas.

No dia seguinte Gabrielle acordou cedo e a menina ainda dormia como um anjo na casa de Martha, então tratou de seguir o rapaz e observar o que ele tanto dizia, saindo do esconderijo e seguindo por uma trilha com muitas curvas, chegaram a cidade mais estranha que já havia visto.

As pessoas pareciam que iriam se desmontar, magras, fracas, suadas e trabalhando muito, as mãos de muitos tinham feridas e as casas eram pobres. A única visão lustrosa era a farda dos funcionários do rei levando o pouco que aqueles conseguiam juntar.

O rapaz usou sua flecha para atirar na parede de algumas casas pequenos saquinhos com ouro.

— Esse é o meu povo, nós tínhamos um rei bom, mas seu trono foi usurpado e agora este novo farsante explora até o último centavo, aqueles que estão comigo fugiram para se salvar da escravidão que enfrentariam por não ter mais nada, lá eles podem cuidar de si.

— Onde você conseguiu todo aquele ouro?

— Eu tirei do castelo, pode olhar como quiser, eu não me sinto um ladrão, não uso isso para mim, só devolvo a eles algo que lhes permita continuar vivendo.

A próxima visão foi do castelo, uma grande festa parecia durar muitos dias, o vinho e a comida deixavam um cheiro forte ao redor e até mesmo os guardas pareciam entediados.

— Tudo bem, eu irei ajudá-los — Suspirou vencida, pois não podia viver sabendo que aquelas pessoas permaneceriam sofrendo, fazer o mundo um pouquinho melhor era o que lhe dava satisfação em existir.

— O nosso verdadeiro rei está exilado, ainda tem algum exército, mas não são o suficiente para subjugar o traidor, se conseguíssemos reduzir o número de guardas atentos, reduzir o suficiente para termos uma batalha um para um, lutaríamos com nossas vidas por nossa liberdade.

— Vamos nos esconder! — Sussurrou quando alguns guardas passavam.

Aqueles que estavam entediados conversaram distraidamente, sem ver que os guerreiros estavam ouvindo.

— O carregamento de vinhos chegará a tarde, todos os guardas poderão tomar um pouco em brinde ao rei. Finalmente! Não aguentava mais ficar em pé guardando o palácio quando esses pobres miseráveis nem podem nos enfrentar.

Gabrielle sorriu de orelha a orelha.

— O que está planejando? — Perguntou o rapaz curioso.

Os guardas falavam do carregamento agora com animação.

— É isso! — Animou-se a loira — Vamos envenenar esse vinho!

No fim da tarde, os carregamentos de vinho passavam pela longa estrada, enquanto isso, dentre os arbustos, algumas cabecinhas escondidas preparavam-se para o ataque.

Surpreenderam o carregador com um golpe na cabeça, ele nem mesmo viu o que o atacou, pois desmaiou rapidamente, logo após usaram as ervas da floresta junto ao vinho, essas fariam os homens que tomassem um gole desmaiarem de sono, era um plano quase perfeito.

Depois de reorganizarem todos os produtos, colocaram o homem no chão ao lado da carroça e cortaram um galho de árvore, para que ele pensasse que era isso que o havia acertado.

Menos de uma hora depois ele voltou a si, praguejou e chutou o galho, voltou ao seu trabalho de entregador e seguiu para o castelo.

A primeira parte do plano havia dado certo e as pessoas já estavam em polvorosa, Martha estava feliz demais porque veria seu filho.

Todos aqueles que tinham forças para lutar esperaram pelo sinal passando próximo ao castelo, não seria difícil passar por ali com todos dormindo. O guarda do portão foi o melhor sinal que puderam ter, caiu no chão como uma pedra.

— Agora! — Gritou Gabrielle — Nem todos haviam bebido, mas graças a isso tinham a chance de lutar com um número parecido de pessoas.

Uma curta batalha começou, correria e tilintar de espadas se chocando com outros materiais e flechas que voavam acertando exatamente o alvo.

Agora frente a frente estavam os dois reis, ninguém se metia entre eles, seria rei contra rei para salvar a própria vida e o trono.

Eles sacaram a espada e observavam em círculos um ao outro, ninguém baixava a guarda e o primeiro ataque ou uma boa defesa poderiam decidir tudo.

Ocorreu o primeiro ataque e uma boa defesa, as espadas tilintavam como a fúria interna dos dois oponentes, mas alguém teria que ceder, uma batalha entre mortais não pode durar a eternidade, ou pode?

Com um instinto certeiro, a espada defendeu o ataque e logo depois perfurou o tórax de alguém.

As pessoas se aproximaram nervosas, quem havia sido ferido?


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Notas finais do capítulo

o que será que aconteceu? quem vocês acham que se machucou?



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