O Conde escrita por Manta do Deserto


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Fui só eu ou quem tava lendo também acho que o cap saiu rápido?

Bem gente, mas um cap pra vocês
Espero que gostem õ



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Sakura POV

 

Demoramos três dias para chegar ao vilarejo.

Já deviam ter se passado horas desde o almoço quando alcançamos nosso destino e assim que chegamos a casa de Tsunade a primeira coisa que TenTen fez foi descer da carroça e esticar os músculos, ajudando Jiraiya a descer e a primeira coisa que eu fiz ao chegar foi descer da carroça e por tudo o que eu havia comido para fora do estômago.

Não era que eu fosse uma mulher fraca que vomitava só de passar em uma estrada toda esburacada, mas quando eu comecei a passar mal Jiraiya confessou que o queijo que usara para fazer o café estava meio mofado. Maldito seja seu velho! TenTen, por sorte dela, não costumava tomar o café da manhã, pois sempre acordava tarde e o velho era alérgico a derivados de leite. Resumindo, eu fui a única a ter a barriga destruída naquela manhã.

--Sakura fale comigo! A minha vista não é como antigamente, me desculpe – ele dizia com um choro falso.

Ainda muito enjoada eu me apoiava em minha amiga. Olhei para o velho por sobre o ombro, com um olhar nada agradável e capaz de provocar calafrios.

--Me arrume um remédio, uma cama e descanso e depois eu penso no que fazer com você – respondi, TenTen dizendo que eu havia exagerado e deixamos Jiraiya desconsolado chorando no chão enquanto nos afastávamos e batíamos na porta de Tsunade – Ele vai sobreviver – disse a minha amiga e senti minha barriga doer novamente – Ao contrário de mim... - eu disse inclinando um pouco a cabeça para o lado.

--Não seja tão dramática. É só enjôo. Logo passa – ela disse rindo discretamente de mim e Jiriya.

TenTen bateu algumas vezes na porta e aguardamos, ela logo foi aberta por uma mulher jovem de cabelos negros e pele clara que devia ter seus trinta anos, pelo menos. Ela nos recebeu com um sorriso hospitaleiro.

--Sr. Jiraiya, quanto tempo.

--Tudo bem Shizune? Minha irmã está?

--Sinto muito, ela está no castelo e provavelmente voltará tarde – ela abriu caminho deixando que entrássemos -. Entrem. 

--Obrigado, minha cara. Receberam mina carta?

Vimos Shizune nemear a cabeça e por instantes o clima ficou tenso, falar sobre o que iria acontecer com ele ainda era uma assunto bem delicado. Graças a Deus a mulher de cabelos negros tratou de achar outro assunto para conversar ao nos mostrar onde ficava a sala de visitas.

A casa era bem simples, mas aconchegante. A sala tinha uma lareira, um sofá onde caberiam três pessoas, uma poltrona e uma mesa baixa de centro em frente ao sofá. Mais ao canto do local havia uma mesa um pouco maior com peças de xadrez. Eu sentia que poderia me acostumar rapidamente a casa nova.

Shizune notou meu estado lastimável e tratou de ir preparar um remédio. Mais tarde fiquei sabendo que ela havia usado de ervas da horta a trás da casa. TenTen lembrou-se que ainda tinha de cuidar dos cavalos e levantou-se, mas Shizune garantiu que eles já deviam estar sendo tratados, ainda assim, minha amiga preferiu vê-los.

Jiraiya disse que tinha que falar em particular com a mulher e com Tsunade quando esta chegasse e para deixá-los a sós, Shizune me mostrou onde eu poderia descansar um pouco antes do jantar – se é que eu acordaria naquela noite, estava tão cansada -, me levando até o segundo andar e me mostrando meu quarto.

Assim que ela fechou a porta eu me joguei na cama macia, ne m me lembrando de fechar as cortinas e nem reparando em como era o recinto. Eu só queria saber de descansar e tão rápido quanto fechei meus olhos, já estava dormindo.

 

 

TenTen POV

 

Eu fui para o estábulo comunitário, logo anoiteceria e eu queria que os animais ficassem bem de noite.

Shizune estava certa, eles começaram a ser tratados, mas por algum motivo a pessoa que os estava cuidando os deixou amarrados fora das baias e não colocou a aveia próximo deles. Que belo tratamento... eu não pude deixar de pensar, ainda bem que eu estava ali para terminar o trabalho do incompetente que havia os deixado desse jeito.

Eu comecei a cuidar de Marika, égua dourada, primeiro. Escovei-a, escutando-a relinchar como se estivesse gostando, a pus na baia próxima a uma das saídas do estábulo, coloquei feno e mais um pouco de aveia num dos cantos da baia para que ela se alimentasse depois. Enchi dois baldes de água e coloquei um perto do feno da égua e coloquei cobertor em suas costas, fechando a baia depois.

Quando acabei com Marika fui tratar de Egon, o cavalo castanho, mas deixei para escová-lo por último, depois que ele comesse e bebesse um pouco d'água. Porém ao começar a escová-lo ele começou a ficar agitado, batia com o casco no chão e mexia a cabeça, chegando até a se empinar. Eu tentava acalmá-lo de todos os jeitos, até que consegui segurar a rédea e trazê-lo para perto de mim. Encostei minha cabeça perto da dele e lhe fiz carinho, mas não pareceu adiantar, e foi como se os olhos dele me servissem de espelho. Na porta da frente havia um homem segurando uma arma e pelo visto eu era o alvo.

Eu sempre fui muito teimosa e coragem para provocações não me faltava. Mas ele estava armado, oras! O que eu poderia fazer? Nada! A não ser rezar, pedir perdão pelos meus pecados e fechar os olhos aguardando pelo pior. Eu escutei em fim o som do disparo... e não senti dor.

Nenhuma dor? Mas como?

Abri meus olhos lentamente, escutando também o som de passos de aproximando de mim.

--O que pensou que estava fazendo?! Podia ter me matado! - reclamei soltando o cavalo e cruzando os braços encarando o homem a minha frente.

Mas parando para olhar melhor, ele não era tão ruim assim. Ele estava a certa distância, mas já podia-se ver que ele era um palmo mais alto do que eu, ti  nha longos cabelos castanhos e olhos raros num tom de pérola, a pele adquirira um tom moreno muito claro, provavelmente pelo trabalho do dia-a-dia o que também devia ser a causa dos músculos do braço. Hmm... ele deve ser um sonho de... Opa! O que é isso TenTen? Ele tentou lhe matar, você nem o conhece e já fica pensando essas coisas? Que vergonha! É nisso que dá ficar muito tempo com Jiraiya...

Meus pensamentos me deixaram corada e distraída, foi quando me dei conta de que ele já havia abaixado o rifle e agora me olhava insatisfeito, com certeza por contas das minhas palavras segundos antes.

--Quem você pensa que é para falar comigo assim? - ele respondeu irritado, franzindo a testa.

--Eu que pergunto, rapaz – vi que ele se irritou ao ser chamado assim, mas ele ignorou -. Não tenho por que dizer meu nome para alguém que tentou me matar sem motivo – eu preferi parar por ali, voltando minha atenção para Egon.

--Acredite, se eu quisesse lhe matar, você já estaria morta e... – ele olhou para o chão, um pouco além de mim e com o rifle apontou para algo, eu segui a direção – se eu não tivesse atirado você estaria morta de qualquer jeito.

Me surpreendi quando, de entre o feno espalhado no chão, vi uma cobra que deveria estar me vendo de jantar minutos antes. E fiquei sem palavras quando vi que estaria envenenada caso aquele homem não tivesse aparecido e atirado. Olhei-o sem conseguir dizer “Obrigada”, eu era orgulhosa de mais para dizer isso depois de tudo o que havia falado antes de descobrir o animal morto. E pelo olhar e sorriso que ele me dirigia eu podia dizer que ele também era muito orgulhoso.

--Não espere que eu lhe agradeça...

--Que falta de consideração para com o seu salvador, my lady – ele apoiou a arma no ombro e levantou o queixo.

Antes que eu pudesse retrucar, um rapaz estranho – aparentando ser mais magro que o primeiro, com o cabelo negro cortado em forma de “cuia”, olhos grandes e usando colete verde - entrou correndo no estábulo seguido de uma senhora loira de olhos cor de mel.

--Neji! - ela gritou visivelmente irritada o fazendo abaixar a arma e suspirar pesadamente – O que esta acontecendo?!

--Eu simplesmente acabo de matar a responsável pelo desaparecimento dos coelhos e galhinhas... - o moreno disse olhando a senhora, mas logo voltou seu olhar para mim – além de também ser salvo essa bela jovem que se recusa a agradecer – a voz dele soou galante e ele deu ênfase ao “bela jovem”. Oras, como se eu fosse cair nesse truque de conquistador barato...

Eu fiz cara feia, o que só serviu para a diversão dele.

--Para de provocá-la seu convencido – censurou a mulher mais velha -. Ela mal chegou e você já vai implicando, deixe-a rapaz! E vá encontrar-se com sua irmã, ela esta lhe esperando.

--Tudo bem, já estou indo – ele respondeu, mas antes de se retirar ele se aproximou de mim e eu prendi a respiração. Ele sussurrou de um jeito quase malicioso no meu ouvido: - Eu pego os meus agradecimentos depois, my lady.

Ele ergueu a cabeça orgulhoso e saiu do estábulo, me deixando furiosa e vermelha pelo modo como dissera as últimas palavras e pelo modo como havia me deixado com elas.

--Você deve ser a TenTen – a mulher loira disse -. Deixe Lee cuidar do cavalo, ele precisou deixá-los para me ajudar, mas ele cuidará bem deles. Venha comigo, estamos lhe esperando para o jantar – ela não me esperou para irmos juntas. Eu nem a conhecia, mas ela sabia meu nome e parecia ter autoridade ali.

--Você está bem? - perguntou o garoto estranho, o que ela chamara de Lee. Ele pegou as rédeas da minha mão.

--Poderia estar melhor – eu respondi ainda irritada com aquele moreno orgulhoso e Lee percebeu.

--Não se deixe irritar pelo Neji. Ele se acha na responsabilidade de proteger todos desde que o Conde se excluiu. Ele é uma boa pessoa, mesmo que não aparente.

--Difícil acreditar – eu respondi e me apresentei. Lee era com certeza vencia o moreno no quesito simpatia, mas não era tão belo quando o amigo que ele chamara de Neji.

Eu ia ajudá-lo com o resto das tarefas ali, mas ele recusou, falando alguma coisa sobre o poder da juventude que o ajudava a realizar os trabalhos mais árduos. Lee realmente era estranho, mas me divertia, ele era um bom amigo e pensando em mim, lembrou-me de que eu deveria me recolher para o jantar, dizendo que eu não devia fazer aquela senhora esperar de mais o que já devia estar acontecendo.

Agradeci a ele por me lembrar e corri para alcançar a senhora, que mais tarde descobri ser a irmã de Jiraiya, Tsunade, a Punhos Firmes como Lee disse que todos ali a chamavam. Mas será mesmo que uma senhora de praticamente 50 anos era tão temida assim para ter uma alcunha dessas?

Bem... acabei descobrindo que sim no jantar da mesma noite quando ela quase mandou Jiraiya para o outro mundo antes do tempo.


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Notas finais do capítulo

Críticas, opniões e sugestões serão sempre bem vindas
E pode até ajudar o próximo cap a sair mais rápido
Além de deixar a autora baka superfeliz


Kisses ;** õ//