O Conde escrita por Manta do Deserto


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei õ
*---*
Sei que muitas de vocês devem estar doidas para me matar, mas vejam, se fizerem isso não vão saber como acaba acaba, certo? rsrsrs

Desculpem pela demora do cap
Mas pelo menos ele veio né? xD



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TenTen POV

 

Não era que eu fosse uma amiga ruim. Fiz aquilo somente porque Sakura precisava parar de ser tão curiosa com a vida alheia. Certo que eu deveria ter contado antes do por quê de eu estar tão avoada, mas certas vezes – quando estou insegura – eu prefiro guardar o assunto para mim mesma e não incomodar as outras pessoas. No entanto, enquanto ficava olhando para a porta do quarto de Tsunade, começava a achar que já tinha ido longe de mais com o “castigo” de Sakura, afinal ela não gostava de ser forçada a cantar – e em se tratando de nobres muito menos.

Ela ficou com tanta raiva que praticamente bateu a porta do quarto em meus dedos em sinal de protesto, não deixando que eu entrasse para ajudar Tsunade a arrumá-la. E cá estava eu, de pé, esperando para falar com Sakura, mesmo sabendo que era mais provável que ela pulasse em meu pescoço e me enforcasse do que esperasse para ouvir o que eu tinha a dizer.

--Eu não vou! Prefiro morrer! - escutei minha amiga resmungar novamente, além de ter ouvido algo parecido a um tapa e logo em seguida um gemido de dor.

Me desencostei da parede quando a porta abriu. Qual foi minha surpresa quando vi Sakura? Bem, quando a vi tive certeza de que ela havia morrido e nascido de novo transformada em uma moça nascida em berço de ouro. Seu vestido de cor verde combinava com seus olhos e com os enfeites de flores que adornavam-lhe a cabeça e deixam o cabelo solto. Uma faixa dourada estava amarrada a sua cintura e as pontas caiam até pouco abaixo dos joelhos. Os ombros e parte do colo estavam a mostra e ligas douradas prendiam em seu braço o que deveria ser a manga do vestido.

Eu estava admirada e, de certo modo, até um feliz por pelo menos uma vez poder ver uma “nobre” que não era mesquinha. Sakura franziu a testa e apertou os lábios enquanto segurava nervosamente o tecido do vestido.

--Não me olhe assim – ela resmungou baixinho -. A culpa de eu estar vestindo isso é sua. Que grande amiga você é! - completou ela sarcástica.

--Ah, Sakura! Olhe para você. Está linda! - respondi ignorando o sarcasmo dela, mas no fundo eu sabia que devia ser difícil para ela se ver parecida com aquelas moças. A única coisa que ela fez foi apertar ainda mais os lábios -. Ora, não faça essa cara – eu cruzei os braços -. Sinto muito por isso, mas a culpa foi sua de começar a sugerir coisas impossíveis.

Sem dizer mais nada ela descontraiu os lábios, mas apenas quando ela me olhou mais amigavelmente eu tive certeza de que aquela discussão havia acabado.

--Andem vocês duas! Estamos atrasadas! - gritou Tsunade no final do corredor. Esquecemos completamente de que ainda havia um pequeno esforço a ser feito. Eu teria que servir os convidados, para substituir alguns dos serviçais, e Sakura tinha que entretê-los por algum tempo. Tempo que eu esperava que passasse rápido.

Sakura seguia-nos a passos curtos e lentos. Era visível - até para um cego - que ela não estava animada com aquilo, afinal não estava acostumada a cantar por obrigação, ou melhor, nós não estávamos acostumadas a fazer nada por obrigação, mas tínhamos que fazer esse esforço. Fui para o lado dela antes que subisse no pequeno altar feitos para os músicos, onde eles já a esperavam.

--Olhe o lado bom – direcionei o olhar dela para uma brecha entre as cortinas onde podíamos ver um pouco do salão -. Vai poder mostrar a eles que nobres não são tao especiais quanto pensam que são.

Sakura sorriu. Acho que gostou da ideia.

 

 

Sakura POV

 

Ah, TenTen, se você fosse mãe, seus filhos fugiriam de casa antes de completarem dez anos!E tudo porque ela sabia aplicar algum “castigo” que realmente desagradasse a outra pessoa. Mas eu não iria continuar discutindo, afinal, Jiraiya sempre dia que “o mais sábio não é aquele que insiste na briga, é aquele que sabe quando tem que parar de brigar”. Infelizmente, TenTen parecia teimar em não guardar essa lição. Mas, quem sabe, qualquer dia ela possa vir a ser a mais importante de todas as que Jiraiya nos ensinou?

Não era hora para pensar nessa chateação agora. Meu tempo estava acabando e era urgente que eu saísse dali o quanto antes, mas TenTen tinha que ver um lado bom nisso tudo! Pelos céus! Era tentador para qualquer camponês ter a chance de mostrar aos nobres que tínhamos tanta dignidade e orgulho quanto qualquer um deles! Não podia perder essa chance!

E foi por causa desse maldito “olhe o lado bom” de TenTen que eu desisti de meu plano de fuga, dei três passos e um flautista me ajudou a subir no pequeno altar no fim do salão, onde todos poderiam ver-nos. A onde de nervosismo voltou mais intensamente do que quando Tsunade estava me arrumando.

No entanto, eu não sabia dizer se esse nervosismo era por estar ansiosa ou por ser obrigada a mostrar um dos meus poucos talentos. Bem, fosse o que fosse eu não tinha mais tempo de pensar no assunto, pois tão logo assumi meu lugar entre os músicos e uma melodia num alaúde começou a tocar. E sem demorar muito, também comecei a cantar:

 

Quando o sol apareceu

O meu sonho transpareceu

Vi seus olhos brilharem e os meus apagarem

 

Sim, o início podia ser meio triste e fazer o público pensar que era uma música trágica, mas tudo o que começa desse jeito tende a ter um bom final. Pelo menos era o que se contava nos contos de criança. Iniciei leves movimentos com os braços e mantinha o queixo erguido o máximo que conseguia.

 

Não, não morri

Por um instante pensei que sim

Mas um anjo veio me salvar

Me salvar de pecar

 

 

 

Sasuke POV

 

Acho que havia tempos que eu não mantinha um sorriso no rosto por tanto tempo, minha querida ruiva também estava sorrisos, E como eu os adorava... Meus ânimos estavam voltando de uma maneira que eu não achava que fosse capaz, e, com Karin ao meu lado, a vontade de tirar a máscara era enorme. Ainda assim, eu tinha uma insegurança que me impedia de agir impulsivamente como uma criança.

Iginorei esse maldito pensamento. Eu tinha Karin, e era o que importava no momento.

Abracei-a ao fim da dança e ela beijou meu rosto. Logo fomos nos sentar à mesa com outros amigos – e Suiguetsu entre eles, fingindo bom humor. Após acomodar minha parceira à mesa sentei-me e olhei para a mesa onde minha mãe estava e só naquele momento percebi que não havia falado com ela ou ao menos a encontrado pelos corredores enquanto o sol ainda estava no alto.

Quando ela também me viu, o sorriso que acompanhava seus lábios murchou um pouco. Não conseguia entender o que a deixava preocupada, eu estava bem e isso – com toda certeza – era visível para qualquer um ali presente.

Outra possibilidade era que minha futura noiva fosse o alvo do olhar de mamãe, mas o que me intrigava era o por quê de tanta preocupação se Karin sempre foi a esposa que ela quis para mim. E por algum motivo quando a palavra esposa veio a minha mente, veio acompanhada da imagem doce daquela camponesa de olhos verdes.

Senti Karin aconchegar a cabeça em meu ombro e levei um amão até seu rosto, acariciando-o e a vi sorrir ao me olhar. Ela parecia uma jovem tímida, coisa que eu tinha certeza que não era quando não estávamos rodeados de outras pessoas.

Tive a impressão de ter escutado um alaúde começar a tocar, mas eu não liguei par ao músico, queria apenas beijar minha acompanhante. No entanto quando escutei uma moça começar a cantar, qualquer resquício de pensamentos anteriores sumiu, abaixei a mão do rosto de Karin e virei-me para o altar enquanto aquela voz me atraía cada vez mais. E lá estava ela... a camponesa...

 

Fiquei para te amar

Por causa dos teus beijos

Não conseguir escapar

Anjo meu...

 

Ela estava tão bela e cantava tão divinamente que poderia ser confundida com uma fada ou uma musa dos grandes poetas. O vestido – percebi – lhe valorizava a cintura fina e o busto.

Vi que todo o salão havia parado para escutá-la. Acho que, desde que esse baile começara, os músicos não tinham recebido tanta atenção assim, foi quando vi que eles não tiravam os olhos dela e de repente todo o salão pareceu ficar atento a cada gesto, a cada palavra e sentimento que ela colocava naquela canção.

 

Oh! Anjo meu!

Me ilumina e me fascina

Com um só beijo teu!

 

Acho que, inconscientemente, eu devo ter tomado aquele refrão como se fosse dito para mim e lembrei-me da cena no jardim quando ela parecia estar rendida a mim.

Mas essa doce lembrança foi tirada de mim quando comecei a reparar que outros homens começavam a cochichar sobre a minha serviçal.

--Poderia vir a ser uma boa companhia - disse um.

--Só se fosse na cama – respondeu um outro.

--Nem me faça imaginar isso, minha espada fica alegre só de pensar nela embaixo de meu corpo – disse um terceiro e os jovens seguravam o riso.

E esses foram só alguns dos comentários que ouvi, embora houvessem outros que me deixavam com vontade de expulsar os senhores daquele castelo a pontapés. Devo ter fechado a mão em punho e apertado o suficiente para que os dedos ficassem brancos, trinquei os dentes e agradeci por ter atraído a atenção de alguns rapazes que ficaram com medo e pararam de fazer comentários indevidos.

Se dependesse de mim nenhum daqueles filhinhos de mamãe faltaria com respeito a meus criados e se faltasse, uma surra bem dada deveria resolver o problema. Voltei minha atenção para o altar a tempo de escutar ela cantando a última parte da canção.

 

Me transforma em tua rainha,

E me faz feliz,

Como uma senhora dos céus

 

Oh, sim. Eu a farei feliz de alguma forma... Sacudi a cabeça ante tais pensamentos e olhei para Karin que estava visivelmente chateada com minha falta de atenção a ela, mas antes que eu pudesse pedir desculpas a camponesa começou a tocar outra música, dessa vez acompanhada de flauta e outro instrumento de corda, e eu esqueci-me de Karin novamente.

 

Em teus lábios me perco

Teu beijo é doce como mel

Teu corpo, escultural e magnífico

Pareceu ser feito à mão

Quase sem imperfeição

 

Se ela estava tentando chamar minha atenção, então tinha acabado de conseguir prender-me totalmente e apenas com um rápido olhar nos meus olhos. Notei que ela mudou levemente de cor. Mas o que ela era, pelos céus?! Uma bruxa, talvez? Impossível, era linda de mais para ser uma.

 

Tua mão forte e segura

Me entrega uma rosa e sinto-me especial

Teu amor tão soberbo que que não vejo outro igual

 

Se fossemos amantes, as músicas que ela cantava não poderiam ser mais apropriadas. E naquele momento eu havia acabado de tomar uma decisão - por mais confuso que eu pudesse estar com relação ao que sentia quanto a Karin e aquela moça -. E isso teria que ser feito se eu quisesse protege-la de homens com más intenções.

 

 

Karin POV

 

Eu sabia que não devia, mas estava completamente enciumada. Por mais que eu tentasse chamar a atenção de Sasuke, ele estava inteiramente interessado em outra coisa. Ou deveria dizer em outra moça.

Olhando por cima dos ombros do conde notei a grande parte de sua atenção sendo gasta na apresentação daquela sirigaita irritante. A raiva subindo pelas minhas veias, apertei os ombros de Sasuke sem perceber, mas ele não sentiu. Sentei-me corretamente na cadeira e comecei a me preocupar quando pensei em várias possibilidades para aquilo estar acontecendo.

Não! O pior pensamento que eu poderia ter veio a mente. Não, Sasuke não podia ter uma amante ou ela seria capaz de arruinar tudo! Isso não vai ficar assim!

E, ao levantar o olhar, vi Suiguetsu observando-me com um sorriso que eu detestava, o que só me fez ficar com mais raiva. Voltei minha atenção para sobre os ombros de Sasuke, para os músicos, para aquela... prostituta que ameaçava meus planos.

Isso definitivamente não vai ficar assim...


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Notas finais do capítulo

Bem pessoal, peço novamente desculpas pela demora
O cap ficou meio fraquinho, achei... =/
e fiquei triste por isso, pq não consegui fazer melhor
Mas eu senti necessidade de postar pelo menos mais um cap antes do fim do ano para vocês >—_
Espero que não fiquem com raiva... TT-TT

Ah! Sim! preciso da sugestão de vocês:
Eu tenho que matar alguém na fic que AINDA NÃO SEJA a Karin e Suiguetsu, pq ainda vou precisar deles pra muita coisa ""
E então... quem vocês sugerem? õ.o