Segunda Chance escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 19
18 - Pequeno príncipe




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Dias atuais...

Após meses de visitas da assistente social, havia chegado o momento de irmos para a frente do juiz saber qual seria a sua decisão em relação a adoção de Rafael. Toda a nossa família estava na vara da infância e da adolescência para nos apoiar, neste dia tão esperado.

—Amor, você está tremendo.- Felipe disse suave assim que segurou a minha mão enquanto estávamos sentados esperando a entrada do juiz ser anunciada. – Tente ficar calma.

—Estou tentando.- sussurrei nervosa e ele sorriu antes de beijar a minha mão.

—Apenas tente imaginar que é um dos seus vários casos burocráticos.

—Não sei como Fabrício consegue trabalhar, sabendo que a felicidade das pessoas está em suas mãos.

—Então, foi por isso que você escolheu o direito ambiental?

—Sim e não. Me encantei com a área quando a conheci, e ajudou também saber que não estarei no meio de um drama familiar, acho que não suportaria isso.- segredei e meu marido sorriu.

—Sempre soube que por baixo dessa posse de mulher forte havia alguém doce.- ele disse encantado e sorri suave para ele.

Logo ouvimos o assistente do juiz anunciar a sua entrada e todos ficamos de pé.

—Boa tarde senhores, por favor, sentem-se.- o juiz pediu assim que ocupou o seu lugar. – Hoje estamos aqui para julgar o pedido de adoção número 18.946035, referente a adoção do menor Rafael Dias   por  Felipe Montenegro e pela Dra. Valentina Montenegro. Os senhores estão cientes de todos os procedimentos feitos até aqui?

—Sim meritíssimo.- respondemos juntos.

—Estão convictos da decisão de adotar o menor Rafael Dias?

—Sim meritíssimo.

—Diante do parecer da assistente social, do parecer dos psicólogos e do desejo manifestado pelo menor, em uma conversa que tive com o mesmo acompanhado da assistente social, fico feliz em lhes informar que a vara da infância e do adolescente lhes concede a guarda definitiva do menor Rafael Dias, o qual agora passará a se chamar Rafael Montenegro. Meus parabéns aos dois.- o juiz disse e sorri em meio as lagrimas antes de abraçar Felipe que chorava de felicidade assim como eu.

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Assim que assinamos toda a documentação exigida, fomos em direção ao orfanato buscar o nosso filho enquanto nossa família seguia em direção a nossa casa, para a festa de boas vindas que havíamos organizado para Rafael.

—Tia Valentia, Tio Felipe.- Rafael disse feliz assim que Sarah o trouxe até a sua sala, onde estávamos esperando por ele.

—Que saudade de você, meu pequeno.- sussurrei amorosa assim que ele correu para o meu colo e me abraçou fazendo em seguida o mesmo com Felipe.

—Vou deixá-los a sós.- Sarah disse e agradecemos antes dela sair.

—Temos algo muito importante para lhe contar querido.- Felipe disse suave enquanto olhava nos olhos azuis de Rafael.

—É algo luim?- ele questionou preocupado enquanto olhava para nós dois.

—Não querido, é algo maravilhoso.- assegurei suave enquanto acariciava seus cabelos loiros.

—Nós dois acabamos de sair de uma reunião muito importante, com uma pessoa que poderia nos dar o direito de ser seus pais de verdade.- Felipe disse e ele nos olhou confuso.

—Veldade?

—Verdade.- assegurei carinhosa.- E sabe o que ele disse?

—Não.

—Ele disse que a partir de hoje você é o nosso filho. E que ninguém poderá nos separar novamente, por que você é nosso.- disse entre lagrimas e Rafael nos olhou com os olhos vermelhos anunciando que iria chorar.

—Você, meu pequeno príncipe, agora é o nosso filho. O nosso menino que amamos mais do que tudo nesse mundo.- Felipe disse chorando e Rafael sorriu entre lagrimas antes de abraçar nós dois.

—Amo muito vocês dois. Meu papai e minha mamãe.- Rafael sussurrou enquanto chorávamos sem parar ao ouvi-lo nos chamando de pais.

Assim que nos recuperamos da emoção, assinamos todas as papeladas para liberar a saída definitiva de Rafael do orfanato, após toda a documentação ter sido resolvida Felipe foi ajudar o nosso filho a arrumar a sua mala enquanto Sarah me explicava sobre as medicações que Rafael deveria tomar.

—Estou muito feliz por vocês três. Vocês realmente nasceram para ser uma família.- Sarah disse suave e sorrimos antes de Felipe beijar a bochecha de Rafael que estava no seu colo.

—Soubemos disso no momento em que conversamos com ele.

—Foi um verdadeiro encontro de almas.- disse suave antes de acariciar o cabelo do meu filho.

E sorri mais só de pensar que agora aquele garotinho tão doce, amável e lindo era meu filho.

—Vamos sentir sua falta Rafael, e espero que você seja muito feliz na sua nova família.- Sarah desejou feliz e agradecemos.

—Eu também vou senti falta tia Sala.- Rafael disse suave antes de olhar para nós com atenção. – Mamãe, papai posso vi blinca com meus amiguinhos de vez em quando?

Só de ouvi-lo nos chamando de mamãe e papai nos fez rir como dois bobos alegres.

—Se a tia Sarah permitir não vejo problema.- Felipe disse amoroso, assim que olhou para mim me perguntando com os olhos a minha opinião e balancei a cabeça concordando.

Depois que Rafael se despediu de todos do orfanato, fomos em direção ao carro de Felipe, que colocou nosso filho na cadeirinha, afinal ele só tinha três anos. E a agilidade do meu marido em fazer tal tarefa me surpreendeu.

—Onde você aprendeu a colocar uma criança na cadeirinha?- questionei assim que Felipe se sentou ao volante.

—Pedi umas aulinhas para o meu irmão, e assisti a muitos vídeos no youtuber.- ele comentou enquanto ligava o carro e sorri.

O caminho para casa foi extremante animado, pois Rafael estava nos perguntando sobre a nossa casa e também sobre o nosso cachorro. Mas ele ficou triste assim que lhe disse que ainda não poderia brincar com Thor por um tempo, afinal precisávamos ter certeza se ele teria alguma crise de asma causada pelo contato com nosso cachorro.

Mesmo Sarah tendo garantindo que isso não iria acontecer, decidimos mesmo assim levar Rafael para uma avaliação geral amanhã, com o pediatra da sobrinha de Felipe.

No momento em que entramos em casa e ascendi à luz todos gritaram supressa, fazendo com que Rafael escondesse seu rosto corado em meu peito, devido a atenção recebida.

Enquanto meu marido levava as coisas do nosso filho para o seu quarto decide esperar a sua volta para que fizéssemos a devida apresentação de Rafael para a nossa família, que ficou encantada com ele.

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Assim que todos haviam ido por volta das oito, decidimos levar Rafael que já estava bem sonolento para o seu quarto. O mesmo ficou encantado com o local.

Me ofereci para ajudá-lo com o banho, mas ele não quis, pois ele assegurou  todo feliz que sabia tomar banho sozinho e concordei.

—Você não gostou de saber que nosso filho já sabe tomar banho sozinho, não foi?- Felipe sussurrou assim que pegou uma roupa leve para Rafael colocar, afinal ele iria dormir.

—Não, queria ajudá-lo.- disse suave e Felipe sorriu compreensivo.

—Eu também amor. Mas temos que aceitar que nosso menino é independente em algumas coisas, mas em outras ele ainda depende de nós.- meu marido disse suave e concordei antes dele me beijar.

—Papai?- ouvimos Rafael chamar e Felipe se separou de mim com um lindo sorriso no rosto só de ouvir a forma com ele estava sendo chamado.

—Já vou filho.- ele disse antes de voltar sua atenção para mim.- Toda vez que ele me chama de papai, parece que meu coração vai saltar do meu peito de tanta felicidade. E olha que nem faz vinte e quatro horas.

—Eu também me sinto dessa forma.- confidenciei e Rafael começou a chamar novamente pelo pai, que foi correndo em direção ao nosso filho.

—Mamãe, pode arrumar meu cabelo.- Rafael pediu sonolento assim que Felipe o trouxe no colo já devidamente vestido.

—Claro meu amor.- sussurrei carinhosa e logo Felipe colocou nosso filho na cama para que eu arrumasse seu cabelo já devidamente seco pelo pai.

Assim que estava devidamente acomodado em sua cama nos deitamos um de cada lado de Rafael e começamos a ler o pequeno príncipe, a sua historia favorita. Mas ele acabou adormecendo no meio da historia.

Saímos do quarto com todo cuidado para não acordá-lo, decide deixar um abajur ligado e a porta aberta, para que ele não se sentisse sozinho.

—E então, como se senti sendo mãe?- Felipe questionou assim que sentou na cama, após ter tomando banho e trocado de roupa, antes de começar a tirar as suas lentes de contato.

—Realizada, me sinto finalmente completa.- assegurei enquanto deixava a porta do nosso quarto aberta, pois se Rafael chorasse estranhando o quarto no meio da noite poderíamos ouvir.

—Também me sinto dessa forma. É como se tivéssemos nascido para ser pais desse pequeno príncipe.- Felipe disse assim que terminou de tirar as suas lentes e colocou os seus óculos.

—Já disse que prefiro você de óculos?! Além de você ficar muito mais charmoso que o habitual, ainda fica com uma carinha linda de nerd.- confidenciei assim que me sentei em nossa cama e ele sorriu antes de se inclinar para me dar um beijo.

—Só não faço amor com você agora porque temos que dormir de porta aberta, devido ao fato de termos uma criança pequena em nossa casa, que ainda não se acostumou com a sua nova casa.- ele sussurrou triste e sorri suave antes de acariciar o seu rosto.

—Vamos ter tempo. Mas primeiro, precisamos fazer com que nosso filho se sinta em casa.

—Você tem razão.- ele concordou antes de me dar um beijo de boa noite.

Acabamos dormindo ao mesmo tempo, assim que Felipe se deitou e me puxou para o seu peito, mas no meio da noite acordei com o som da voz de Rafael e Felipe.

—Papai, posso dolmi aqui hoje?- ouvi Rafael sussurrar de leve para o meu marido que se separou de mim com cuidado, tentando não me acordar.

—Claro amor.- Felipe disse carinhoso e ajudou Rafael a subir na cama, colocando-o em nosso meio.

—O que foi filho, não gostou do seu quarto?- questionei assim que o cobri com cuidado.

—Gostei muito mamãe, é que não estou acostumado a dolmi sozinho.- ele sussurrou receoso e lhe dei um beijo na testa enquanto o puxava para mais perto de mim.

—Não se preocupe filho, você pode dormir conosco até se sentir confortável para dormir sozinho.- Felipe assegurou e concordei.

Logo comecei a cantarolar suave enquanto acariciava o cabelo de Rafael, que não demorou para voltar a dormir.

Com cuidado para não acordar nosso filho, Felipe se inclinou e beijou a testa de Rafael e a minha com carinho nos desejando uma boa noite antes de voltarmos a dormir, dessa vez como uma família que estava começando a escrever a sua historia.


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Notas finais do capítulo

Finalmente esses três são uma família.