Além de mim escrita por Lara Queen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Muitas pessoas não gostam das segundas-feiras. Mas eu? Eu as adoro, porque é dia de cap novo, no qual eu vou poder ler os comentários de vcs e deixar o meu dia ainda mais feliiiz!!

Eu estava esquecendo de acrescentar...
Quero fazer um agradecimento especial à leitora fofa que recomendou a fic. Mia Chan, muito obrigada por recomendar a fic. Vc é incrível. Talvez essa seja a milésima vez q eu estou te agradecendo kkkkkk

Então... Nesse cap teremos muito Ladynoir, então eu acredito q vcs vão gostar.



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Capitulo 6

A JOANINHA

A sensação de seu abraço ainda permanecia em meu corpo. Seu perfume grudara em minhas vestes, causando-me um tremendo êxtase. Um momento que queria que durasse para sempre, durou apenas um minuto. E lembrar-me de seu rosto triste por me ver partir, tendo que aceitar o hiato de nossa amizade, deixava-me ainda mais abatida.

Pensei que ficar um tempo longe de Adrien me faria bem, mas na realidade só me destruía cada vez mais. Eu precisava superá-lo de uma vez por todas ou acabaria sofrendo pela eternidade.

O amor era algo tão belo e harmônico, mas também era capaz de fazer grandes estragos no coração de uma pessoa.

Logo após retornar à minha casa, esperei as horas passarem sentindo um tremendo enjoo. Meu estômago se contorcia pelas borboletas que não paravam de flutuar. A cada momento que olhava para o relógio, a cada segundo que o ponteiro indicava, sentia cada vez mais o meu coração se apertando em meu peito, causando-me ansiedade e pânico.

Assim que o relógio indicasse 22h, estaria decidida sobre a tal proposta de Chat Noir.

Afundei o rosto no travesseiro, sentindo-me agoniada. Assim que terminei as tarefas do dia, decidi deitar na cama e refletir sobre o que faria com minha vida. Consegui tirar Adrien de meus pensamentos por um tempo para pensar no que diria para Chat Noir.

Ele seria mesmo capaz de me ajudar?

— Você está pálida, Marinette. Deveria comer alguma coisa antes de sair para patrulhar. – Tikki espantou-me de meus devaneios, só agora sentindo meu estômago roncar pela fome.

— Tem razão... – falei com a voz abafada pelo travesseiro. Levantei-me sentando na beirada da cama e olhei para ela. – Estou tão cansada que mal consigo perceber as reações de meu corpo.

— Deveria parar de se torturar tanto. Isso não é saudável. Seu corpo se esforça muito para lutar contra os akumas e agora está tendo um desgaste mental por pensar demais nos seus problemas. – Ela cruzou os braços e olhou para mim de uma forma acusadora. – Você precisa mesmo é se distrair com coisas boas, assistindo um filme, ou ligando para Alya e ficar fofocando.

E mais uma vez a kwami tinha razão.

— Me pergunto o motivo de ainda não ter sido akumatizada, já que nos últimos tempos tenho tido muitos pensamentos negativos.

Ela respirou fundo e parou diante de mim. Seus olhos grandes e azuis estavam preocupados ao me observar. Devia estar num estado deplorável.

— Por ser portadora de um miraculous, não será capaz de ser afetada por forças malignas. Mesmo passando por tanta coisa, ainda há esperanças dentro de você. – Fez uma pausa e abraçou o meu rosto. – Por favor, nunca tire os seus brincos. Vou estar sempre protegendo você.

Dei um sorriso brilhante para ela como uma forma de agradecimento. Apeguei-me tanto a aquela kwami, que tinha receios de quando chegasse o momento em que não poderia mais usar o miraculous. Ela se tornou minha melhor amiga. Eu a amava e era retribuída por esse amor fraternal.

Segurei-a em minhas mãos e dei um beijinho em sua testa. Ela deu uma risadinha fofa e voou para cima da mesa de cabeceira.

— Você tem que descer para jantar, ou vai acabar desmaiando de fome assim que for encontrar com o Chat. – Ela deu uma piscadela.

Meu rosto ruborizou. Os olhos felinos de Chat vieram em minha memória como um flash, deixando-me ainda mais vermelha. Balancei a cabeça e levantei da cama, indo para a cozinha.

Depois do jantar, disse aos meus pais que iria dormir. Entrei no quarto, tranquei a porta e ativei minha transformação, saindo pela janela e seguindo em direção à Torre Eiffel. Quanto mais me aproximava da torre, mais nervosa eu ficava.

Assim que cheguei, Chat me esperava apoiado na grade de metal, olhando para mim com um sorriso torto. Corei furiosamente, sem entender as minhas reações.

— Minha Lady, que bom que chegou. Estava ansioso para vê-la.

Ele dava passos lentos na minha direção, enquanto eu ficava parada sem conseguir me mexer. Quando se aproximou de mim, abaixei os olhos e encolhi-me com o coração disparado. Minha respiração estava rápida, causando-me tontura e mais desespero. Não me sentia desse jeito desde que me declarei para Adrien.

Quando parou diante de mim, respirei fundo buscando minha coragem. Levantei os olhos e vi seu rosto aflito me encarando. Estava certa sobre minha decisão, mas não sabia como falar.

— Chat... O que eu vou dizer agora pode mudar a nossa relação de maneira drástica. Eu estou com medo de tudo dar errado e nós dois nos magoarmos. Eu queria muito te dar essa chance, então eu tenho uma pergunta que gostaria que você me respondesse com sinceridade. Você estaria disposto a ser paciente comigo e esperar aos poucos eu me apaixonar?

Seus olhos estavam arregalados pela surpresa. A brisa da noite nos envolvia enquanto o silêncio da parte dele permanecia; como se tentasse buscar uma resposta em meio à confusão que estaria seus pensamentos.

— Minha Lady, eu estaria disposto a qualquer coisa por você. – Ele segurou minhas mãos. – Então sim, eu prometo ser paciente e farei o que estiver ao meu alcance para fazê-la feliz.

Ele levou minhas mãos até seu coração que batia forte e rápido. Esse gesto fez com que nos aproximássemos ainda mais, deixando meu rosto próximo do seu. Se eu já estava vermelha antes, era provável que tenha alcançado uma tonalidade que considerava impossível. Nunca fiquei tão próxima de um garoto dessa maneira, deixando-me muito mais tímida do que o normal.

Abaixei a cabeça e fechei os olhos com força. Eu sabia o que ele estava tentado fazer, mas não tinha certeza se era apropriado. Eu já havia o beijado antes, algo necessário para quebrar o encantamento do Cupido Negro. Antes, eu realmente não queria beijá-lo devido às circunstancias. Mas agora era diferente. Nem sabia mais o que eu queria. Não conseguia raciocinar com sua respiração tão próxima de mim.

Estar com Chat Noir ajudava esquecer um pouco as minhas mágoas e cicatrizava as feridas dentro de mim. A dor do coração partido ainda estava lá, mas não incomodava tanto. Era possível até mesmo evitar pensar em Adrien.

O problema é quando eu ficava sozinha. Meu cérebro ficava inquieto com tantos pensamentos embaralhados.

Talvez eu entendesse o que sentia por Chat. Talvez eu gostasse dele e ainda não havia percebido. Talvez eu o amasse. Será? Acho que não. Como eu poderia amar alguém que eu sequer havia visto o rosto? Só ele parecia ser capaz de gostar de uma garota que nunca lhe mostrou a face.

Essas eram as únicas explicações para eu agir de forma tão estranha quando estava com ele.

Ele segurou meu queixo, levantando meu rosto para sua direção. Ainda mantinha os olhos fechados, pois não conseguia encará-lo devido ao meu extremo constrangimento.

— Ladybug? – Murmurou bem próximo de mim.

— Hum?

— Será que algum dia nós poderemos revelar nossas identidades?

— Talvez, quem sabe?

— Caso esse dia chegue, você seria minha namorada?

Abri os olhos e mordi o lábio inferior.

— Não sei.

— Se for por causa da sua autoestima, acredite, eu não me importo com as aparências, mas sim com o que eu sinto quando estou ao seu lado. Você é linda para mim, com ou sem a máscara. Você é a minha joaninha. – Ele acariciou minha bochecha com o dedo polegar.

— Obrigada – sorri para ele.

Tivemos nossos segundos de um silêncio tranquilo, com a brisa levantando nossos fios de cabelo. Sem que percebêssemos, nossos rostos estavam próximos com os narizes quase se tocando. Meus olhos estavam semiabertos para que pudesse olhá-lo.

Então eu tive um choque de realidade. Desviei-me delicadamente, me afastando dele.

— Desculpe – ele disse sem graça, colocando a mão na nuca e bagunçando seus cabelos como sempre fazia quando estava constrangido.

— Ainda é cedo para isso. Vamos com calma, está bem? – falei mexendo os dedos, muito corada.

— Certo.

Não poderia me deixar levar. Não agora. Era cedo demais. Tínhamos bastante tempo para trabalhar a nossa relação.  Mas isso não o proibia de envolver-me em um abraço apertado, puxando-me para cada vez mais perto de si, como se eu fosse sua coisa mais preciosa. Nesse momento senti-me tão especial que acabei retribuindo-o. Era como um abrigo seguro no qual eu sempre poderia me refugiar. Aquele calor aquecia meu coração com muito carinho. Acabei descobrindo que amava aquele tipo de abraço; principalmente quando vinha dele.

Era como se eu já tivesse sentido aquela sensação. Aquele cheiro que ele emanava me lembrava de algo. Mas não sabia o que era.

— Muito obrigado – ele murmurou próximo de meu ouvido, causando um arrepio na coluna.

A partir daquela noite, seguiria o conselho de Tikki e daria uma chance para a minha felicidade. Definitivamente. Se Chat Noir era o cara certo, eu não sabia. Portanto, de uma coisa eu tinha certeza, era importante valorizar alguém que realmente se importava comigo e que estava disposto a tudo apenas para ver o meu sorriso.

E esse alguém tinha orelhas de gato e olhos verdes profundos que refletiam um brilho sonhador.

Um brilho muito familiar.


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Notas finais do capítulo

Eu espero não estar indo muito rápido, mas eu não queria prolongar muito com a fic. É que eu tenho planos para uma segunda parte, tipo uma "2 temporada".
Eu tenho dois finais planejados para essa aqui, mas estou em dúvida em qual dos dois escolher. Com isso, a história da próxima fic terá que ser alterada.
Enfiiiim.... o que acharam de Ladynoir?
Até o próx cap ^--^



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