Keneddy Narrando

 Eu ouvia passos apressados atrás de mim.

 - Yoda, Francis. Quietos.

 - Não somos nós.

 Yoda Narrando

 Viro-me para trás e vejo o rosto de Lívia e o de Percy.

 - Viemos buscar vocês, temos que voltar. Uns homens vão nos ajudar, nos levar para um lugar seguro. – Lívia diz.

 - Não sei se devemos fazer isso...

 - É nossa melhor chance, sozinhos podemos morrer a qualquer momento.

 - Tem certeza de que podemos confiar neles¿

 - Eles vieram armados até os dentes, e não parecem estar com fome ou com sono. Certamente há um lugar aonde podemos ficar, pensem bem. Não seria bom ter uma refeição, pessoas pra conversar e uma cama toda noite.

 - Ela tem razão. – Keneddy diz.

 - É verdade. – Francis opina.

 - Então vamos, voltem. – Todos rastejam de volta até vermos uma saída.

 ***

  - Temos que pegar bastante comida, é sempre bom ter, né¿ - Um homem alto, negro e forte diz.

 - Hm... Sim, mas como devemos chamar o senhor¿

 - Me chamem de Adison.

 - Somos Lívia, Percy, Francis, Keneddy e Yoda. Muito prazer.

 - O prazer é nosso.

 - O lugar onde ficaremos, é longe¿

 - Um pouco, por isso vamos no carro. Podem entrar lá.

 Sento-me no banco de trás, no meio, Keneddy senta do meu lado direito e Percy do lado esquerdo. Lívia vai no banco da frente. Os outros homens que estavam conosco pareciam querer aproveitar o apocalipse zumbi, ou seja sem policiais pra mandar que fizessem ou deixassem de fazer algo.

 Eles sobem no teto do carro e se deitam lá, segurando nas barras de amarrar bagagem. O carro balança e pode-se ouvir as risadas de emoção deles.

 Eu me sentia muito feliz, finalmente teríamos um lar. Depois de tudo o que passamos. Teríamos um lar.

***

 - Pronto, chegamos. – Saimos do carro e damos de cara com uma cerca elétrica muito alta e muito segura, há muitos carros e combustível num estacionamento perto, também cercado. Homens armados na porta olham para nós e nos dão um sorriso.

 - Podem entrar.

***

 -Sou Richard, o diretor de confortabilidade, podem ficar neste quarto, tem cinco camas, livros, e um sino que tocará toda vez que houver um comunicado.

 - Muito obrigado, Senhor. – Ele dá uma chave para Francis, me sento na cama.

 - Sabe... tem uma coisa muito errada aqui.

 - Oque¿

 - Não contamos a eles sobre o nosso ursinho de estimação.

 - Está falando do Keneddy¿

 - Sim.

 - Ele só se transforma quando está bravo e ele só tem que ficar calmo até arrumarmos uma cura pra esse problema dele.

 - De qualquer forma, você está certo Francis. Eles parecem ter um laboratório aqui.

 - Então, Clã... Acho que encontramos um lar.

                                                                                        Continua...