—Mas que droga de speeder idiota.

Alura exclamou batendo com força no pobre veículo. Ri fraco do seu estresse e me aproximei dela na parte de trás do jardim.

Meu nome é Liam, e essa garota estressadinha é a minha irmã gêmea Alura Darkbloom. Nós dois só temos 6 anos de idade, e mesmo sendo a mais nova ela tem uma personalidade bem digamos complicada.

Ela se aprece muito fisicamente comigo: Cabelos pretos, olhos azuis e temos até o mesmo natriz.

Eu digo num tom de deboche:

—Desaprendeu?

Alura apenas ergueu os olhos para mim, numa aparência assassina, me lançando um olhar cortante quanto á minha insinuação de ela ter desaprendido a usar um speeder.

Ela diz cruzando os pés no chão e voltando a tentar a posicionar os dedos nos controles:

—Acho que essa porcaria pode estar com algum circuito defeituoso.

Ela conseguiu pelo menos fazer o speeder ligar e parecia tão concentrada com aquilo, que eu resolvi que era a hora perfeita para soltar uma bomba:

—Vou sair com a Elera hoje.

De repente o barulho do motor do speeder simplesmente parou e Alura disse:

—Mas oque...

Ela olhava para os controles, como se quisesse destruí-los com os olhos. Cogitei a hipótese de que ela não tinha me ouvido.

E resolvi perguntar para tirar a dúvida:

—Você ouviu o que eu disse?

Ela responde respirando fundo e voltando a checar os circuitos dos controles:

—Não.

Eu repito inseguro:

—Vou sair com a Elera hoje.

Alura parou de mexer no speeder quase que imediatamente e perguntou:

—Com a Fera Mansa?

Não a corrigi porque sei que nem vale o esforço. A minha irmã gêmea é tão legal que sai distribuindo apelidos para todo mundo.

Eu concordo:

—É, ela precisa da minha ajuda com droids.

Ela diz com um tom de indignação inesperado:

—E desde quando você é especialista em droids? E por que a Fera Mansa não chama outra pessoa?

Eu digo tentando fazê-la se sentir mal:

—Agora me senti desvalorizado.

Ela pergunta com um beicinho proposital e olhos de Ewok abandonado:

—Você não vai certo?

Eu sou o mais velho e é ela que tem ciúmes de mim. Vá Entender.

Eu digo tentando evitar uma discussão:

—Lura, nós só vamos aqui perto, não é como se eu fosse na casa dela, ou algo parecido.

Alura diz olhando fixamente nos meus olhos:

—E daí? Enquanto você vai ali perto e me larga pelo amor da as vida, eu posso sofrer uma depressão repentina e tentar me afogar no lago do Palácio. Apesar do grande desperdício que seria.

E meio a tantas palavras dramáticas, só uma me chamou a atenção e eu logo protestei:

—Elera não é o amor da minha vida.

Ela corrige levantando o dedo indicador em um gesto comum:

—Ela ainda não é o amor da sua vida.

Era muito cômico, e até mesmo raro o modo como ela estava sendo dramática.

Alura viu que não tinha jeito de me fazer desistir então determinou séria:

—Você só pode ir com uma condição.

A olhei de volta pedindo silenciosamente para que continuasse, e ela diz:

—Vai me contar tudo sobre o seu encontro com o amor da sua vida, quando voltar.

Comecei rindo:

—Alura Coleen Darkbloom. A Elera não é o amor da minha vida, e isso não é um encontro. Agora deixa eu concertar esse speeder antes que você termine de quebra-lo.

—-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Uma hora depois de eu ter arrumado o speeder. Eu percebi que gostei muito de fazer aquilo e pode virar até um hobbie.

E como ultimamente eu não estou tendo muitas coisas para você neste Palácio enorme, talvez seja até bom consertar tudo o que a minha irmã quebra.

Ah esqueci de mencionar mas cedo mas Alura e eu somos filhos dos reis de Moraband. Mas nossa mãe morreu há muito tempo, ou seja só temos o nosso pai mas ele está sempre muito ocupada sendo a Rei.

Alura até que gosta de ser uma Princesa e tem um a pose perfeita para isso, já eu nem tanto. Parece incrível ser filho de uma rei e um (Eu nunca falo a palavra com P ou penso), mas acredite é uma grande Droga.

Por isso estou procurando algo que não seja passar todos os meus dias surtando no Palácio e mecânica pode ser a solução para o meu problema.

E além do speeder, ela quebrou um droid de protocolo. Eu nunca mexi com um, mas pode ser um bom desafio.

Entrei no quarto da Alura e ela pergunta grossa como sempre:

—Você nunca pensou em bater antes de entrar?

Eu respondo com sarcasmo:

—Já, mas eu não pratico esse hábito, se não houve uma porta.

Ela pergunta direta:

—O que você precisa?

Eu respondo:

—Dinheiro para comprar as peças para o droid que você quebrou. E em troca eu tenho um segredo que você vai querer saber.

Alura me entrega o dinheiro dizendo:

—Só isso por um segredo. Você é muito barato.

Eu revelo o segredo bombástico que eu descobri Alura não me respondeu, ela saiu furiosa para falar com o pai.

E eu a segui e vi entrar gritando:

—Como você pode? E ainda pelas nossas costas.

Ele entendeu rapidamente e disse olhando para mim:

—Parece que alguém não consegue manter a boca fechada.

Alura diz:

—Você vai cancelar isso.

Ele diz:

—Você precisa aprender a ouvir um não como resposta.

Ela me olhou pedindo para que eu a ajudasse e fazer o que? Se ele não cancelar aquilo, não vai ser bom nem para mim nem para Alura.

Eu tento:

—Por favor.

A Alura resolveu usar de umas das coisas a qual ela é melhor: Chantagem.

Ela ameaça:

—Se você não cancelar aquilo, pode saber que todos nesse planeta vão descobrir o seu segredo sujo.

É outro segredo: Só que pior e mais perigoso. Que só eu e a Alura sabemos, porque somos gêmeos que compartilham segredos.

O nosso pai não dobrou e disse:

—Bem sei que não farão isso, porque também os prejudicaria muito.

É verdade é o tipo de coisa que a família toda é afetada. Mas conhecendo a minha irmã tenho certeza que ela não aceita um não como resposta.

Alura começou a prender a respiração e ele disse:

—Alura não, o meu dia já foi bem complicado.

Ela não parou e os seus olhos começaram a ficar amarelos e o nosso pai disse:

—Você me ouviu? Não faça isso agora.

É um truque nos dois aprendemos quando tínhamos 5 anos, usamos para torturar alguém.

Só que Alura usa mais isso do que eu.

O nosso pai não se dobrou ainda, ele disse:

—É sério. Alura eu vu te deixar com a cara no chão.

Bem tenho certeza que ela não vai conseguir sozinha. Então eu comecei a prender a respiração e comecei a sentir a cor dos meus olhos mudarem de azuis para amarelos com bordas vermelhas.

Eu fazia sem muito esforço e eu já podia senti-lo se contorcer diante dos olhos amarelos intimidadores.

Ele grita:

—Está bem. Eu cancelo.

Eu fecho os olhos e solto o ar preso sem nenhum esforço. Olhei para o Lado e vi que a Alura também fez isso e estava sorrindo vitoriosa.

Depois do ocorrido, voltamos para o jardim porque ela havia perdido alguma coisa lá quando estava quebrando o speeder.

Mas quando a Alura estava andando para fora do Palácio, uma criatura marrom com escamas a agarrou e a puxou para longe de mim.

O Medo me encheu e eu corri atrás gritando:

—SOLTE A MINHA IRMÂ!

Alura estava gritando e eu estava com mais raiva da criatura sequestradora do que medo. Então eu corri sem pensar no perigo, estava com muita raiva para pensar nas consequências e fui empurrado para trás.

Nesse momento antes de eu cair no chão, consegui ver raios relâmpagos saírem das minhas mãos e acertarem a criatura sequestradora.

Só que antes de cair no chão, ele disse:

—Você é um monstro.

A criatura caiu no chão e Alura correu na minha ireção e quando eu sai do choque paralisante, ela e eu estávamos nos abraçando.

Mas o que o sequestrador disse não saía da minha cabeça: Você é um monstro.

Me abaixei e coloquei a mão no pescoço dele: Morto.

Oque diabos eu havia feito? E como eu fiz?

Olhei para as minhas mãos e estavam tremulas com o que aconteceu junto com o meu choque.

Eu havia matado um ser vivo.

Usando uma força que eu não consigo entender ou explicar, e a minha intuição me dizia que era só o começo e que isso iria acontecer novamente,