Maybe we can try again escrita por Evil Swan Regal
Notas iniciais do capítulo
Continuando rapidamente...
Regina estava sem carro então ela foram juntas no fusca de Emma para o apartamento da loira. Nem uma palavra mais foi dita, elas passaram pra pegar comida japonesa e seguiram em silencio até entrarem no apartamento.
E: Vou pegar as bebidas – largou as chaves, tirou a jaqueta e foi até a geladeira enquanto a morena tirava a comida da sacola.
R: Meu deus eles nos deram muitos biscoitos da sorte! Eu amo biscoito da sorte!
E: Eu sei, por isso pedi alguns extras! – sorriu voltando com as garrafinhas na mão.
Regina tentou disfarçar, mas corou
R: Os pratos continuam no mesmo lugar?
E: Uhum! – deu um gole
A morena foi pegar os pratos e colocou na mesa. Sentaram uma de frente para a outra começando a servir.
R: Você agora resolveu que ama almofadas?
E: O que?
R: Você tem varias ali – apontou para o sofá – Eu achava que você as odiava.
E: Oh eu realmente odeio, mas essas são da Ruby e por mais que eu queira jogá-las pela janela, não posso.
R: Elas são bonitinhas! – sorriu
Sim claro. – falou rendida, deu sua primeira bocada na comida – Mmm isso é muito bom!
R: Eu falei que você ia gostar desse lugar!
E: Não acredito que não sabia que esse lugar existia! – colocou mais na boca – Acho que pedi comida todas as noites desde que você foi embora, mas nunca tão boa quanta essa!
R: Oh ok... – falou incomoda.
E: O que?
R: Acabamos de sentar para comer, achei que estávamos tendo um bom momento.
E: Estamos!
R: Então porque tocou no assunto?
E: Eu não... Foi sem querer... Estava apenas falando da boa comida japonesa.
R: E sobre eu ter ido embora.
E: E sobre disque-entrega. Não sou eu quem está na defensiva aqui.
R: E eu estou?
E: Hey! – tocou na mão de Regina – Estamos aqui para jantar, beber e conversar, ok?
R: Ok! – A morena deu um gole na sua bebida – Então sobre o que você quer tanto conversar?
E: Eu queria que você conhecesse as almofadas da Ruby – falou sorrindo o que fez a morena rir também.
R: Como está o seu trabalho?
E: Bem, o mesmo de sempre, alguém sempre morre – fechou os olhos por uns segundos depois de perceber o que disse – Desculpe isso foi...
R: Não! Você está certa. É sobre isso que se trata homicídios certo!
E: Sim...
R: Você deve estar orgulhosa de ter conseguido chegar a homicídios, eu lembro que foi o que você sempre quis desde que entrou para policia.
E: Estou – olhou nos olhos da morena – Quer dizer, estarei quando tudo estiver no seu devido lugar. É tanto trabalho e tantos casos e famílias. Eu amo o que faço, eu realmente amo, mas tem vezes que eu me pergunto por que diabos eu escolhi isso! Sabe? Estou divagando, vou parar.
Apenas sorriu fraco e continuou comendo, Regina fez o mesmo pelos próximos dois minutos.
E: Nos realmente precisamos conversar...
R: Nós estamos conversando.
E: Sim eu sei, mas quero dizer... Conversar de verdade, sobre nós.
R: Uhum – acenou a cabeça positiva.
E: Não é fácil, sabe? Mas acho que é necessário.
R: Se você está enrolando desse jeito talvez isso signifique algo. Talvez você deva parar antes de dizer alguma coisa...
E: Não! Você sabe que eu faço isso quando estou nervosa. Você sabe disso, certo? E eu estou nervosa pra caramba!
R: Ok, você quer falar sobre os papeis do divorcio? – levantou pegando o prato e levando ate a cozinha.
E: Regina!
R: Você está certa! Nos nem moramos mais juntas. Essa é a segunda conversa que temos em meses.
E: Bom isso não foi escolha minha, porque eu estive aqui todos esses meses e eu estou disposta a conversar agora.
R: Não faça isso! Não me culpe! – voltou, parando de frente para a loira que ainda estava sentada.
E: Não estou te culpando! É um fato. Eu quero falar com você, mas pelo visto estamos tendo duas conversas totalmente diferentes aqui! – Emma se pôs de pé – Porque eu ainda quero consertar as coisas e você parece não querer o mesmo!
R: Eu não estou feliz com essa situação toda – apontou de uma para a outra – Você acha que isso é fácil para mim?
E: Não! Eu não acho que seja fácil pra você, só que parece que esta indo atrás de um desculpa qualquer pra ir embora daqui e eu estou com medo disso porque parece ser algo que você realmente faz em vez de ficar e tentar consertar isso comigo!
R: O que quer que eu faça Emma? Isso não tem conserto!
E: VOCÊ ME DEIXOU! – o tom de voz saiu mais alto do que ela imaginou – Você foi embora! Você fugir pro meio do nada, pra uma das fazendas perdidas da sua família, uma alias que eu nunca ouvi falar!
R: PORQUE EU ESTAVA MORRENDO, EMMA! LUCY MORREU E EU MORRI! – Emma desviou o olhar – Antes de eu ir para lá, eu...
E: Você o que? – encarou séria a morena – Você achou que eu estava bem após a Lucy? Você não achou que eu estava morrendo também?
R: Não! Não, ok? Você não estava, não como eu. Você estava lidando, estava lidando bem. Eu não podia nem... – sua voz se quebrou – E então eu achei algo que poderia me ajudar, talvez. E eu achei que você tinha entendido isso! Eu precisava sair daquela casa, sair dessa cidade, eu precisava...
E: Me deixar? – arqueou
R: Eu precisava me afastar de tudo que me lembrasse ela e você...
E: E eu era uma lembrança viva dela – falou irônica
R: Ela era exatamente igual a você. Olhar para os seus olhos era... Eu não podia.
E: Ok... Mas você quer saber uma coisa? Eu não estava lidando, eu não estava lidando com nada! Eu estava disfarçando. Por você... Eu estava... Para cuidar de você!
R: E agora você está me punindo porque eu decidi fazer as coisas do meu jeito, porque eu percebi que estava indo direto para o fundo do poço. Eu estava caindo Emma! E se eu chegasse lá eu não sei se conseguiria voltar!
E: Eu coloquei você em primeiro lugar!É o que se faz em um casamento! Ou ao menos não é o que você faz...
R: EU ESTAVA CUIDANDO DE MIM MESMA PARA QUE EU PUDESSE SOBREVIER! E isso te deixa com raiva. Olha pra você – limpou as lagrimas – O que é, Emma? O que te irrita mais... QUE EU ESCOLHI IR ATRÁS DE ALGO PARA ME CURAR OU O QUE EU PRECISAVA PARA ME CURAR NÃO ESRA VOCÊ?
E: O QUE EU PRECISAVA PARA ME CURAR ERA VOCÊ!!! – lagrimas desceram pelo rosto da loira, Regina não soube o que falar – Mas eu sobrevivi. Você sobreviveu. Mas você está certa, isso não tem conserto. Eu não acho que nos possamos sobreviver a isso, eu achei que poderíamos, eu acreditei que sim, mas depois disso eu não acho...
R: Eu não vou me divorciar! – pegou agora nervosa o prato de Emma da mesa levando para a cozinha.
E: Viu! Eu não te entendo! – riu irônica – O que você pretende fazer? Algumas vezes casamentos não dão certo! Às vezes o divorcio é o mais difícil, mas também o mais saudável!
R: Você não entende!
E: O que eu não entendo? Me explique Regina, O QUE EU NÃO ENTENDO?
R: Não foi o casamento que fracasso Emma! Fui eu como mãe! O casamento estava bem, nós estávamos felizes, eu estava certa de que era a melhor decisão da minha vida! E foi... E depois pensamos em filhos, gostamos da idéia de ver a família crescer. Pegamos os seus óvulos, escolhemos o doador, fizemos os procedimentos corretos e a colocamos em meu útero. Foi à melhor coisa a fazer naquele momento e deu certo por cinco anos, até que um dia eu por um descuido, por um maldito telefonema que deveria ser o mais importante da minha carreira, eu a deixei cair no lago do parque – riu nervosamente chorando ao mesmo tempo começando a tremer – Foi só... Eu achei que foram só alguns segundos, mas foram dois ou três minutos enquanto eu discutia no telefone... E ela desapareceu. Eu fiquei maluca eu achei que alguém tivesse roubado ela de mim e de certa forma foi isso que aconteceu. Eu te liguei milhões de vezes, liguei para Kathryn e Belle elas foram me encontrar no mesmo instante, liguei para o resgate, paramédicos, bombeiros, policia, eu liguei tanto que nem sei direito quem chegou primeiro. Eu não soube de mais nada até o corpo subir algumas horas depois eu nem sequer sei quantas horas depois, eu perdi completamente a noção de tudo! Porque eu me odiei por ser tão irresponsável e inconseqüente e burra e... – o coração de Regina começou acelerar, ela ainda estava tremendo e tinha a respiração agitada. Emma olhada pra ela sem mover um músculo, já tinha ouvido aquela historia antes, muitas vezes, mas nunca realmente da boca de Regina. Historias assim aconteciam o tempo todo no seu trabalho, mas essa era diferente, porque essa historia era sua, fazia parte da sua vida – Eu matei ela...
E: Não!
R: Eu matei a nossa filha. – soluçava
E: Foi um acidente.
R: Que não teria acontecido se ela tivesse com você.
E: Você não sabe disso! Poderia ter acontecido comigo lá também – chegou mais perto da morena, o jeito que ela estava tremendo deixava Emma preocupada.
R: Eu não estou conseguindo respirar – apoiou a mãos na mesa para não cair
E: Ok Regina – ajudou à morena sentar e se abaixou na frente dela pegando suas mãos – Olha pra mim! Esta tudo bem, apenas respire. Respira comigo, vai! – os olhos castanhos chorosos e vermelhos cravaram nos verdes – Isso, devagar! Inspira... Expira...
A loira ficou repetindo isso até que a respiração da morena voltou ao normal.
R: Eu não quero desistir da gente – sussurrou
E: Você já desistiu babe.
R: PARE DE FALAR ISSO! – levantou abruptamente da cadeira quase fazendo Emma sentar no chão, mas a loira conseguiu equilibro e levantou.
E: Você achou que eu ia ficar esperando você não importasse o quê? Por um tempo eu esperei! Deus eu esperei tanto que você voltasse, mas eu não sei se quero mais isso...
R: Serio? – começou a jogar os biscoitos da sorte em Emma
E: O que diabos você está fazendo?
R: Desculpe por ter prendido você nesse campo de prisioneiro!
E: Hey! Pare com isso!
R: Quer terminar de vez? Quer mesmo que eu assine aqueles malditos papeis? É isso o que está dizendo?
E: Não foi isso que eu falei... – Emma tentava se proteger dos biscoitos
R: O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ DIZENDO ENTÃO?
E: VOCÊ SABERIA SE ESTIVESSE ESCUTANDO!
R: EU ESTOU ESCUTANDO!
E: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
R: EU ESTOU JOGANDO BISCOITOS EM VOCÊ!
E: POR QUÊ?
R: PORQUÊ...
E: POR QUE O QUE?
R: EU NÃO SEI!
E: VOCÊ ESTÁ SENDO RIDICULA! PARE!!! – Emma se aproximou de Regina.
R: EU SEI!
E: PARE! – mas ela continuava jogando os biscoitos – REGINA!!!
Regina parou... Cansada sua respiração tinha voltado agitar
R: O que está acontecendo com a gente?
E: Eu não sei...
R: Como chegamos a isso?
E: Eu não sei...
R: Como fazemos essa dor parar?
Os olhos tristes se encontraram mais uma vez, o silencio estava ali de novo, Emma deu um passo à frente.
Regina deu outro.
A mão de Emma foi até o rosto da morena secando as lagrimas, Regina puxou a loira pela camisa para um beijo.
E: Regina – Emma tentou separar os corpos
R: Ssshh não – não querendo quebrar o beijo – Por favor, eu preciso de você...
E com essas palavras a loira deixou de pensar e apenas se deixou levar, pelo desejo, pela dor, pelo prazer, pelo amor...
Apenas se deixou levar...
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apenas um momento de verdades jogadas na face, nao é mesmo?