Andando pelas ruas da pequena cidade de Maine Zelena e Emma carregavam as sacolas com as compras enquanto Regina reclamava.

R: Eu posso carregar também! Estou grávida não sou incapaz!

E: Sim já ouvimos você dizer isso mil vezes!

R: Então?

Z: Regina, da pra você ficar quieta! Oh meu deus olha – parou em uma loja de roupas de bebê – Vamos comprar!

R: Podemos voltar outro dia, temos que levar as coisas para o almoço!

Z: Ah mas...

E: Acho que ainda temos tempo, porque vocês não entram enquanto eu coloco as compras no carro.

Z: Boa idéia Swan! – jogou as sacolas para a loira.

Zelena passou a chaves do carro para a loira que atravessou a rua para guardar as compras, a ruiva entrou na loja, Regina ficou na calçada esperando o retorno da loira.

Z: Regina olhaaaa! – Zelena  mostrou um mini jeans e uma camisa xadrez vermelha com azul marinho – Não é lindo?

R: Adorável – sorriu

Emma voltou, uma mensagem de Graham a fez parar antes de entrar na loja, retirou o celular do bolso do jeans para responder.
Estava tranquilamente respondendo a mensagem quando de repente seu corpo levou uma trombada forte fazendo com que o celular ir parar no chão, olhou e viu um rapaz se afastar correndo.

R: Emma o que aconteceu?

A loira se abaixou para pegar o celular, olhou para trás na mesma hora e viu David vindo em sua direção correndo, voltou a olhar para o rapaz que agora dobrava a esquina, deduziu na mesma hora do que se tratava, sem dizer nada a loira colocou o celular no bolso da jaqueta e se pôs a correr atrás do rapaz.

R: EMMA??? – a loira dobrou a esquina, David passou correndo ao lado da morena.

Z: O que diabos?

R: Ah eu não to acreditando! – bufou

Z: O que foi?

Emma olhou para trás fazendo um sinal para David, que continuou correndo enquanto ela cortou caminho por uma passagem no meio da quadra. Swan viu o menino atravessar a rua desacelerando a corrida olhando para trás. David deveria ter ficado escondido em algum lugar pensou, foi então que ela começou a correr o mais rápido que pode, o jovem percebeu que ela ia atrás dele e começou a correr também, só que a Detetive foi mais rápido, perto de chegar se jogou no ar com os braços abertos, voou por um milésimo de segundos, até abraçar o corpo do homem e cair no chão, um canivete saltou longe.

E: Policia! Fiquei quieto! – Emma levou as mãos do homem para trás, apoiando com o joelho, fazendo força para ele não escapar, David chegou logo depois.

D: Pode deixar que eu cuido dele agora Detetive – Emma se afastou David colocou as algemas no homem – Obrigado pela ajuda!

E: Não foi nada... – tentava recuperar o fôlego da corrida.

D: Isso foi incrível! – sorriu

E: É foi! – sorriu de volta.

Não demorou em a viatura parar do lado.

D: Nos acompanha Swan?

E: Não eu não posso – lembrou de Regina e Zelena – Acho que já fiz a minha parte, agora é com você! – sorriu socando de leve o braço do loiro.

Swan tomou o caminho de volta, não percebeu que tinha corrido tanto, até chegar. Regina estava sentada na Praça com Zelena do lado. Assim que viu a loira ela levantou furiosa indo ao seu encontro.

R: NO QUE DIABOS VOCÊ TA PENSANDO? – empurrou à loira – ME FALA?

E: Regina...

R: NÃO! VOCÊ PODE ME DIZER? PORQUE EU REALMENTE PRECISO SABER – continuava a empurrar à loira.

Z: Regina para! – a ruiva pego-a pelo braço – As pessoas estão olhando!

R: Estou pouco me importando para elas! Alias você deve estar feliz não é? – olhou para Emma – Já deu o seu showzinho de salvadora por hoje! – começou a andar na direção contraria.

E: Regina!

Z: Regina aonde você vai? – Emma fez menção de ir atrás, mas Zelena impediu – Deixa ela esfriar a cabeça.

E: Eu só estava tentando ajudar...

Z: Eu sei, mas ela ficou uma pilha de nervos, você sabe quanto isso mexe com ela, ver você assim correndo atrás dos caras do mal.

E: Eu fui treinada para isso! Já falei pra ela que não tem que se preocupar comigo!

Z: Mas ela se preocupa Swan! É isso que ela faz! Vem vamos pra casa!

E: Não! E a Regina?

Z: Ela arranja depois um jeito de ir, todo mundo conhece ela aqui, vem vamos!

[...]

Regina precisava esfriar a cabeça por isso se afastou, não queria brigar, ela sabia que isso era o que Emma fazia, ao menos ela esperava que fosse o que Emma fazia somente em Boston.
Ela tinha passado momentos desagradáveis no passado esperando Emma voltar pra casa, era preocupando saber que Emma saia de casa, mas não tinha certeza se voltaria, era algo que mexia muito com a morena. Mesmo que ela tentasse controlar ainda mexia muito.

Sentou no banco de madeira admirando a paisagem verde lá longe, as arvores, as montanhas, era um bom lugar para reflexionar.

RH: Esse lugar continua igualzinho, não é?

Regina levou um susto ao ouvir a voz masculina.

R: Ah Robin – levou a mão ao peito – Que susto!

RH: Desculpe não queria te assustar... Te vi sentada aqui sozinha...

R: Tudo bem, só estava distraída.

RH: É isso pude notar, estava longe – sentou do lado dela – Algum problema?

R: Não – levantou – Esta tudo bem.

RH: Aonde você vai?

R: Eu preciso ir pra casa...

RH: Oh não, eu deveria ir, você estava aqui antes.

R: Não, tudo bem, já esta ficando tarde.

RH: De quanto tempo você ta? – apontou para a barriga.

R: 20 semanas...

RH: Você está linda!

R: Obrigada – sorriu fraco

RH: Você ta a muito tempo casada?

R: Na verdade eu estou divorciada agora.

RH: O pai soube da gravidez e deu o fora?

R: Não! Ele não tem pai – Robin franziu – Quer dizer biológico ele tem, mas é apenas o doador... Ele tem duas mães, Emma a loira que você implicou e fez ser presa por uma noite?

RH: Regina aquilo foi um mal entendido...

R: Como seja, Emma é a outra mãe.

RH: Isso é estranho.

R: Não isso é perfeitamente normal!

RH: Não acha que essa criança vai precisar de um pai?

R: Eu acho melhor eu ir indo – decidiu se afastar, não queria conversa.

RH: Regina! – saiu atrás – Espera! Desculpa-me não quis ser inconveniente. Quer uma carona?

R: Oh não... Eu... Eu.

RH: Eu insisto, meu carro ta logo ali – apontou – Não custa nada.

R: Ok...

Regina entrou no carro, não estava se sentindo muito confortável, então decidiu ir em silencio maior parte do caminho, respondendo vagamente qualquer coisa que Robin pudesse vir a dizer.

O carro estacionou em frente à grande casa dos Mills, Emma estava sentada no degrau da entrada.
Robin saiu do carro fazendo a volta para abrir a porta do lado de Regina.
Emma apenas observava a cena, incomodada, mas sem manifestar.

R: Obrigada Robin pela carona.

RH: Não foi nada – a morena se afastou – Regina! – ela olhou para ele – Se você tiver tempo qualquer dia desses passa lá pra gente tomar um café ou alguma coisa.

R: Claro! – ela sabia que não iria, mas – A gente combina qualquer hora dessas.

RH: Certo! – ele sorriu entrando no carro novamente.

Emma esperou o carro se afastar para levantar.

E: Onde diabos você estava? – Regina não respondeu – Matando a saudades do ex namoradinho?

R: Eu não quero falar com você nesse momento!

E: Porque não? Não podia voltar pra casa com a gente, mas pode perfeitamente aceitar a carona desse babaca!

R: Swan... – passou por ela cansada.

E: Porque você está brava comigo?

R: Por que... – apertou os dentes – Não, eu não vou fazer mais isso.

E: Isso o que?

R: Não é mais da minha conta!

E: Regina! – tentou pegar o braço dela.

R: Não! Você quer saber? Você é uma irresponsável e inconseqüente!

E: E isso por quê?

R: Aquele homem poderia ter te matado!

E: Ah pra que tanto exagero? Era apenas um garoto que tinha roubado eu sei lá o que!

R: Você não sabe disso! Ele poderia estar armado!

E: Regina eu fui treinada para isso!

R: Ser a Salvadora né? – falou sarcástica dando as costas.

Regina entrou na grande casa, subindo para o quarto, estava cansada e com dor de cabeça, o dia tinha começado bem, mas já não estava tendo o mesmo resultado.
Entrou empurrando a porta para se fechar, mas Swan chegou antes da mesma bater.

E: Regina!

R: Me deixa sozinha Emma... Estou cansada e com uma terrível dor de cabeça...

E: Não! Olha eu só estava tentando ajudar ok? É o que eu faço!

R: Eu sei... Mas você não ta de serviço aqui, você não tem que correr atrás de bandidos, está sem seu distintivo e sua arma, seu colete! Isso não é algo que você deva fazer aqui! Estávamos comprando roupas para o seu filho pelo amor de Deus! – começou a se alterar – Você apenas nos largou lá pra sair atrás de um bandido que você nem sabia se estava armado ou não! Não importa se era apenas um garoto ou um homem ou um idoso! Você não tinha o direito de fazer isso! David é a droga do xerife dessa cidade, você pode, por favor, deixar ele fazer isso!

E: Ok! Entendo... Você está brava – foi se aproximando devagar

R: Não chega perto!

E: Desculpa! Você está certa! – chegou perto mais um pouco

R: Eu não quero estar certa!

E: Não vou fazer mais, eu prometo! – tocou os braços da morena, descendo até pegar suas mãos – Porque você não me ligou pra eu ir te buscar?

R: Porque eu não queria falar com você!

E: Porque você não ligou pra Zelena então?

R: Eu só queria ficar sozinha!

E: Sim, mas você não ficou sozinha porque aquele idiota estava com você!

R: O nome dele é Robin!

E: Como seja, ninguém se importa! – Regina abaixou o olhar para as mãos delas ainda juntas, só que seu olhar parou na lateral do antebraço da loira que estava esfolado, Regina soltou as mãos da loira girando o braço dela para ver melhor – Ai cuidado, arde!

R: Como isso aconteceu? – franziu

E: Foi quando eu levei o cara ao chão.

R: Viu!!!

E: O que?

R: É disso que estou falando! Você não é feita de aço! Você já cuidou desse ferimento?

E: Sim eu já cuidei isso não é nada Regina, já tive coisas piores! – Regina bufou – Henry – a loira colocou a mão na barriga de Regina – Sua mãe está muito nervosa hoje filho!

R: Você sabe que ele está nervoso também não é?

E: Você que deixa ele assim.

R: Então agora a culpa é minha? É você quem deixa a gente assim! – batidas na porta – Pode entrar!

Z: Gente o jantar já esta na mesa, vamos!

R: Continuamos essa conversa depois – sussurrou para a loira.

E: Ok...