Namorado de Aluguel escrita por Ciin Smoak


Capítulo 6
Ameaças e interrupçoes


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou rapidinho com mais um capitulo cheio de emoção??? Euzinhaaaa kkkkkkkkkkk...
Gente, agora mudando de assunto, vocês estão vendo a tal série Shadowhunters? Eu não vi nenhum episodio, mas meus amigos acompanham fielmente. Que me desculpe quem é fã, mas que palhaçada fizeram? Clary e Simon, Raphael e Izzye, Alec matando a Jocelyn. Não, sério. Acho que a tia Cassie tá chorando, odiei..
Sem mais enrolas, vamos pro capítulo, né??



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Namorada?

Que?

Ele disse namorada?

Olhei meio encabulada pros dois na minha frente e senti Jace me dar um leve beliscão, acho que aquilo queria dizer “sorria ou vai estragar tudo”, então relaxei nos braços dele e sorri pro casal. Eu já tinha fingido ser namorada dela antes, não podia ser tão difícil fazer isso de novo.

Senti Jace me apertar um pouco mais e me dar um leve beijo no pescoço, nem preciso dizer que a essa altura do campeonato o meu coração parecia um furacão certo? Eu estava morrendo de vergonha, tenho certeza que ele podia ouvi-lo.

—Clary, esses são Camille e Raphael. –Logo entendi a situação, ela realmente o chamou aqui pra se exibir pra ele. Eu estava fervendo de ódio dessa vaca, nem sabia de onde vinha tanta raiva, mas respirei fundo e sorri amigavelmente. –É um prazer conhecer vocês. –Vi que o tal Raphael parecia feliz por Jace ter encontrado alguém, mesmo por trás do sorriso eu podia ver que ele ainda se culpava pelo que tinha feito, já Camille não parecia tão satisfeita assim, sorria falsamente pra mim e parecia com bastante raiva. Ponto pra mim vadia. –O prazer é nosso Clary, fico feliz que o Jace tenha achado alguém. –É logico que quem falou foi o amigo/traidor, a fulaninha só se limitou a acenar com a cabeça. Ok, aquela situação estava estranha.

Me virei pra trás e abracei Jace pelo pescoço.

—Amor, vamos andar um pouco na beira da praia, o dia tá lindo hoje. –Sorri pra ele e Jace logo sorriu de volta, pediu licença ao casal e pegou na minha mão.

Caminhamos até a beira da praia em silencio, eu nunca tinha andado de mãos dadas com ninguém antes, nem com Sebastian, nós nos vimos pouquíssimas vezes, então. Era uma sensação maravilhosa, nunca pensei que me sentiria assim apenas segurando a mão de alguém, acho que isso tinha algo a ver com a tal mão ser do Jace.

—Me desculpe por te pegar de surpresa, não quis fazer aquilo. Sei que tínhamos um combinado, mas quando a vi com ele eu não quis parecer... –Ele parecia sem palavras, vi que Jace estava nervoso e logo tratei de acalma-lo. –Ei, tudo bem. Estou aqui pra te ajudar, seja como amiga ou namorada. Além do mais eu gostei de ver a cara dos dois quando você me apresentou pra eles.

Jace sorriu pra mim e caminhamos por um tempo até que senti meu celular vibrando, o tirei da bolsa e vi que era o meu pai.

—Jace, eu vou lá à frente da casa rapidinho tá, meu pai está ligando e ele não pode ouvir essa musica. –Jace riu pra mim e me olhou divertido. –Mentindo pro seu pai dona Clary? –Eu sorri de volta. –Eu disse que ia estudar na casa da sua irmã, e não reclama que eu vim te ajudar seu bastardo.

Saí rindo de perto dele e fui em direção ao carro, quando olhei pra trás vi que Jace parecia mais relaxado, feliz . Será que ele estava feliz de verdade? Será que era tudo atuação? Me matava não ter essas respostas.

Atendi ao telefone antes que ele parasse de tocar.

Ligação on:

—Oi pai.

—Oi querida, estudando muito?

—Claro, trabalho de economia é um saco.

—Bom, continue estudando, só liguei pra avisar que eu e sua mãe vamos sair pra jantar ok? Ela conseguiu vender uma coleção de quadros e quer comemorar.

—Ok, tudo bem. Podem ir tranquilos.

—Ok querida, e assim que terminar o trabalho, direto pra casa em.

—Tá bom pai, beijos e tchau.

—Tchau

Ligação of.

Meu coração ficava pesado por estar mentindo pra ele, mas era por uma boa causa certo? Eu estava ajudando o Jace. Voltei pra festa e procurei por ele, mas não o vi em lugar nenhum, vi que Raphael também parecia procurar alguém e não vi a tal Camille também. Será que?

Ah, não mesmo sua vaca.

Saí procurando o Jace por todos os lugares, quando de repente avistei os seus cabelos loiros e quando cheguei mais perto vi o que eu já esperava.

Ela.

Me aproximei devagar pra poder escutar.

—Fico feliz que você veio Jace, mas fiquei surpresa quando vi que trouxe companhia. –A cada palavra ela se aproximava um pouco mais dele. E ao contrario do que eu imaginava, ele não me parecia ansioso por ela estar tão perto, estava mais pra nervoso, assustado. Decidi dar um basta naquilo e coloquei meu melhor sorriso no rosto. –Amor, finalmente. Te procurei em todos os lugares. –Disse isso enquanto rapidamente passava por ela e pegava na mão dele. Jace sorriu pra mim e pareceu aliviado. Tive uma ideia. Era uma ideia absurda, mas por que não?

Antes que Jace pudesse falar algo eu me virei pra ele. –Tem como você pegar um pouco de refrigerante pra mim? Eu to morrendo de sede. –Sorri inocentemente pra ele e vi que ele acreditou. É, parece que eu também sabia ser atriz. Jace saiu em busca do meu refrigerante e eu me virei pra Camille, ela me olhou de cima a baixo e se virou para ir embora, mas eu rapidamente a segurei pelo braço e a puxei pra mais perto.

—Escuta aqui meu bem, eu sei o que você está tentando fazer e eu já te digo que não vai dar certo. Eu sugiro que você fique longe dele, você já o fez sofrer demais. –Ela me olhou com cara de desdém. –Escuta aqui você sua anã, eu posso ter ele de volta na hora que eu bem entender. –Ri friamente pra ela. Apertei mais ainda o braço dela. –Ele é meu, chega perto dele e eu acabo com isso que você chama de cara. Eu espero ter sido muito clara porque eu não gosto de repetir. Você deveria ter vergonha de ter pegado o amigo dele e agora estar fazendo isso.

Ela soltou o seu braço com brusquidão e me olhou feio, mas naquele olhar eu também vi o que eu queria, medo. Camille saiu pisando duro pela praia sem olhar pra trás.

Onde eu estava com a cabeça pra fazer isso? Não faço ideia, estava tentando me convencer de que eu apenas fiz isso pra ajudar um amigo e pra cumprir o prometido pra Isabelle, mantendo a namorada/traidora longe dele. Mas uma voz ficava martelando na minha cabeça, dizendo que eu havia feito isso por mim.

Eu estava com ciúmes?

Não, definitivamente não. Eu não estava com ciúmes, eu não podia estar com ciúmes, eu conheço ele a uma semana, isso é impossível. Eu apenas ajudei um amigo, isso.

Senti Jace se aproximando e me virei pra ele, ele sorriu e me entregou o copo de refrigerante. Eu bebi uns bons goles rapidamente, nem percebi que estava realmente com sede.

—A Camille te falou algo? –Ok, eu não podia falar o que ela havia dito. Ele ia ficar pior, ia se sentir mais usado ainda, já não bastava tudo o que ela tinha feito pra ele? Se ele soubesse que pra ela, ele não passava de um fantoche, ele iria ficar destruído. Sorri amigavelmente pra ele. –Não, assim que você saiu pra buscar o refrigerante, ela pediu licença e saiu também.

Vi nos olhos dele que ele parecia aliviado por ela não ter falado nada. Ficamos mais um tempo por lá conversando banalidades enquanto eu terminava o meu refrigerante, quando por fim decidimos nos juntar as outras pessoas, eu fui indo na frente, mas acabei tropeçando e quando Jace tentou me segurar ele caiu junto.

—Você tá bem? –Ele estava em cima de mim, cada parte do seu corpo tocava cada parte do meu. Sorri pra ele e acenei e começamos a rir como dois idiotas. De repente o riso foi parando, vi que ele olhava no fundo dos meus olhos, eu fazia o mesmo com ele. Senti o corpo dele esmagando o meu, o meu cabelo provavelmente estava todo sujo de areia, mas eu não me importava, meu coração parecia uma britadeira e acho que todos na praia podiam ouvi-lo. Senti ele aproximando o rosto do meu, e passei a língua pelos lábios em expectativa. Eu já podia sentir o gosto da respiração dele e quando ele acabou com aquela mínima distancia, o destino resolveu brincar comigo.

—Jaaaaaaaaaaace meu parceiro. Ui, acho que atrapalhei um momento ai certo? –Nos afastamos rapidamente e ele me ajudou a levantar, não olhamos um pro outro. O cara que havia nos interrompido era um moreno de cabelo loiro mel, ele era alto e musculoso, eu apostava em jogador de futebol americano. –Jordan, não achei que viria. Essa é a minha namorada Clary. –Ele sorriu pra mim maliciosamente. –É um prazer princesa. Como assim eu não viria Jace? Docinho, sem mim não tem festa.

Os dois riram um pro outro e se abraçaram, depois disso começaram a brincar de luta como duas crianças e correram pra água. Logo todo mundo decidiu se juntar a brincadeira, afinal todos ali se conheciam desde sempre apesar de tudo. Eu me sentei em uma pedra próxima a onde eu e Jace estávamos e fiquei apenas assistindo. Eu não me sentia no direito de participar daquilo, eu não era amiga deles, eu nem sequer era namorada de ninguém. Eu era uma farsa.

Desviei o rosto pro outro lado e me concentrei nas ondas. O que teria acontecido se o amigo dele não tivesse nos interrompido? Nossos lábios se tocaram por um milésimo de segundo, quase nem deu pra sentir, mas mesmo assim eu me sentia totalmente elétrica. Suspirei cansada.

Eu vim pra cá pra poder esclarecer essa confusão de sentimentos, mas pelo visto, só voltaria pra casa com mais dúvidas.


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Notas finais do capítulo

Jordan inconveniente em! E a Clary dando um chega pra lá na Camille? Hahahahaha
Comentem, favoritem, me digam o que estão achando. Beijos meus amores....
XoXo!!!