Namorado de Aluguel escrita por Ciin Smoak


Capítulo 20
POV Jace


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, olha quem voltou. Me desculpem pela demora, mas como eu já respondi nos comentários do ultimo capitulo pra vocês eu fiquei doente e não consegui aparecer por aqui antes. Na verdade eu não consegui fazer nada alem de ficar deitada com uma dor de cabeça gigantesca e uma tontura que não passava(sinusite gente, sinusite), não consegui ler, não consegui escrever.
Mas aqui estou eu, já estou um pouco melhor e vim correndo escrever esse capitulo pra vocês, me perdoem por qualquer erro, ok? É que eu ainda não estou 100%...
Mas agora mudando de assunto, P-A-R-A T-U-D-O, a Fic recebeu mais uma recomendação e foi da linda da Mortal Princess, flor obrigada por cada palavra, obrigada por gostar tanto da minha fic e sempre estar comentando, esse capítulo é totalmente dedicado pra você!!!



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Estava deitado no sofá da sala encarando o teto desde que havia acordado às cinco da manhã, eu não havia dormido direito, não havia ido à escola e só saí do meu estado de torpor pra almoçar quando a minha mãe apareceu do nada e praticamente me puxou pela orelha dizendo que eu estava com uma cara péssima e que ela não aceitava ver o filho dela tentando se matar de fome.

O dia estava uma merda, a minha vida estava uma merda.

Eu tinha a garota mais perfeita do mundo comigo e consegui destruir tudo, ainda não acreditava que o Jordan teve a capacidade de fazer isso comigo depois de tantos anos de amizade, depois de ter segurado minha mão e dito que sempre estaria do meu lado após a traição do Raphael.

Raphael...

Jordan...

Dois traidores!

Eu deveria ter acreditado nela, mas o que eu podia fazer? Era a garota que eu amava ou meu melhor amigo. Eu já havia passado por essa situação, o Raphael teve que escolher entre a Camille ou eu e acabou escolhendo ela, aquilo me destruiu e eu não queria ser a pessoa que escolheria a garota e destruiria o coração de um amigo sincero, mas essa era a raiz da questão, diferente de mim, o Jordan não era amigo coisa nenhuma.

FlashBack On

—Eu quero a verdade Jordan, eu não tô brincando. –Eu estava decidido a esclarecer essa situação de uma vez por todas e entender que merda havia acontecido.

—Eu já te disse a verdade na lanchonete, não sei o porquê de você ainda estar me perguntando sobre isso. –Jordan parecia sincero e tranquilo, mas esse era o problema, ele estava tranquilo demais pra alguém que tinha acabado de ferrar a relação de um amigo. –Porque essa historia está mal contada, porque tem muitas pontas soltas e porque eu não tô comprando essa sua pose relaxada, então eu vou perguntar só mais uma vez.

Nesse momento eu puxei Jordan pela gola da camisa e o joguei contra a parede.

—Eu quero a verdade, AGORA! –A cada palavra dita eu apertava mais o pescoço dele e Jordan já respirava com grande dificuldade. –Jace, tá machucando. –Ele falava com dificuldade, mas no momento eu não me importava, eu precisava da verdade. –Você ainda não respondeu a minha pergunta.

Eu aumentei ainda mais o aperto em seu pescoço e ele finalmente pareceu ceder.

—Tudo bem, eu menti, ela não fez nada. –Nessa hora eu o soltei com tudo no chão e Jordan caiu como uma fruta podre respirando pesadamente e massageando o pescoço.

Lágrimas já ameaçavam pular dos meus olhos e agora eu é que tinha dificuldade pra respirar.

—Por quê? –Minha voz não passou de um sussurro, eu não podia acreditar que estava passando por aquilo de novo. Meus dois melhores amigos haviam me feito de idiota, as duas pessoas que eram praticamente da minha família, que eu considerava como irmãos assim como Izzy, Alec e Max. Jordan parecia desesperado, mas não ousava chegar perto de mim. –Ela entrou chorando na lanchonete e eu fui ajudar, daí eu acho que confundi as coisas e sei lá, eu fui um idiota Jace e depois eu fiquei com medo de você não querer mais falar comigo e inventei aquilo tudo no desespero.

Eu me controlava pra não pular em cima dele, ele não valia a pena, não valia o esforço.

—Desespero? Ela estava desesperada, chorando compulsivamente e você tava lá vendo, você mentiu na cara dela e nem se quer sentiu remorso por ver o que você estava fazendo. Agora você vem falar que estava com medo da minha reação? Você é patético Jordan, tão falso e fingido quanto o Raphael.

Saí deixando um Jordan atordoado pra trás e assim que entrei no carro permiti que as lágrimas caíssem.

FlashBack Off

—Que bela escolha de melhores amigos Jace, parabéns pra você. –Eu me sentia um lixo, os únicos amigos que eu havia tido na vida me traíram e isso me fazia pensar se o problema não era eu.

—Não fica assim, você não tem culpa. –Quase caí do sofá devido ao susto e quando levantei a cabeça dei de cara com o meu irmão. –Alec? O que você tá fazendo aqui?

Ele sorriu pra mim e deu a volta no sofá vindo se sentar no chão ao meu lado.

—Achou mesmo que eu não viria? Eu não podia ficar longe sabendo que você estava sofrendo. A Izzy me ligou e contou tudo o que aconteceu, Magnus não pode vir já que ele e o Simon estão ocupados com uns trabalhos, mas mandou te dizer que se você quiser ele faz algum tipo de macumba pro Jordan e pro Raphael, eu não entendi muito bem, mas é algo que envolve sapos e aranhas e os dois acordando com um rabo de macaco. –Foi impossível não dar risada com as palavras do meu irmão, Magnus era a melhor pessoa do mundo, eu amava o meu cunhado, ele sempre conseguia colocar qualquer um pra cima mesmo de longe. –Diga a ele que eu agradeço, mas que os dois não valem o esforço dele.

Alec me abraçou e eu respirei aliviado, era bom saber que eu ainda tinha pessoas que me amavam. –Sabe, não é culpa sua. Jordan e Raphael foram dois babacas e ninguém está te julgando, não podemos ser hipócritas Jace, no seu lugar qualquer um teria acreditado no melhor amigo e além do mais, ela ama você, ela vai te perdoar. Você só precisa dar um tempo e quando você for falar com ela eu tenho certeza que as coisas vão se acertar.

—Eu não vou falar com ela Alec, ela merece algo melhor que eu. Sei que a machuquei e nada do que eu fale ou faça vai poder consertar essa merda, ela me pediu pra não procura-la e eu vou respeitar essa decisão, eu não sou bom pra Clary. –Alec revirou os olhos e bagunçou os meus cabelos. –A situação está pior do que eu pensava.

—Você nem imagina o quanto. –Izzy pulou em cima de mim e se sentou em cima da minha barriga. –Eu já disse isso pra ele Alec, várias vezes. Mas ele é um retardado dramático que se recusa a ouvir a voz da razão.

—E quem seria a voz da razão? Você? –Eu estava realmente chocado, minha irmã não era a voz da razão nem aqui e nem em lugar nenhum. –Sim, eu mesma. Mas como você não quer escutar a minha inteligência superior, escute o Alec.

Meu irmão apenas observava a nossa interação enquanto ria em silencio, era sempre assim. Eu e Izzy éramos como dois furacões e Alec era a calmaria.

—Jace, ela pediu isso pra você em um momento de raiva, ela não sabia o que tava dizendo, pessoas machucadas tentem a falar coisas que não são verdade e nunca mais diga que você não é bom pra Clary, você é a pessoa mais especial que eu já conheci em toda a minha vida e não vou admitir que pense menos de você. –Alec era sempre bom com as palavras, mas nem isso me fazia pensar que eu era bom o suficiente pra merece-la depois de tudo o que fiz.

—É isso mesmo, o Alec está completamente certo e se você continuar desse jeito eu vou ter que te matar, você e a ruiva cansam a minha beleza. A proposito, tá na hora de tomar um banho, você tá fedendo. –Revirei os olhos, mas me levantei do sofá a contragosto antes que ela decidisse me chutar de lá, comecei a subir as escadas, mas parei no meio do caminho e olhei pros meus irmãos que estavam sentados e começavam a cochichar algo.

—Ei!

Assim que eles levantaram os olhos pra mim, eu me permiti sorrir.

—Eu amo vocês.

—Nós também amamos você. –Os dois disseram ao mesmo tempo e sorriram pra mim.

...

—Anda logoooooooooooooooooooooooooo. – Bufei pela décima vez. –Isabelle eu que vou apresentar essa porcaria de peça, porque diabos você está surtando?

Minha irmã apareceu na porta me olhando com cara de desdém.

—Eu não estou surtando, estou tentando não chegar atrasada, pois quero um bom lugar então DÁ PRA ESTRELA ANDAR LOGO ANTES QUE EU TE ARRASTE PELOS CABELOS? –Ela sorriu angelicalmente no final da frase e nem parecia à mesma pessoa que havia acabado de gritar comigo. –Ah quer saber? Eu vou sozinha, já peguei a chave do seu carro, vá com o Alec.

Ela saiu pisando duro e eu apenas suspirei e voltei a colocar tudo dentro da mochila, eu não entendia por que ela estava com tanta pressa e parecia tão desesperada. Depois de um tempo, eu desci as escadas rapidamente e tranquei a casa, Alec já me esperava no carro.

—Papai e mamãe já foram na frente com o Max, o furacão Isabelle também já saiu,vamos logo antes que você se atrase.

Alec ligou o carro e fizemos a viagem em silencio, eu estava tentando me concentrar pra poder entrar no personagem, mas era difícil já que certa ruiva não saía da minha cabeça. Desde a conversa com os meus irmãos ontem o meu coração estava um pouco mais leve, mas isso não significava que ela ainda não habitava cada pensamento meu.

—Ei acorda, a gente chegou. –Saí do meu transe e percebi que já havíamos chegado. Saímos do carro e andamos apressadamente pra dentro da escola.

Meu irmão foi pro anfiteatro me desejando boa sorte e eu peguei o outro corredor para o camarim, todos já estavam lá e estava uma correria.

Assim que entrei já me jogaram as peças de roupa que eu usaria e eu corri pra um quarto pra poder me trocar. Quando saí Dany já me esperava com uma paleta de maquiagem na mão.

—Senta aí que eu vou te arrumar. –Eu apenas assenti e me sentei, Dany além de atriz era a nossa maquiadora. –Ei, a sua namorado vai vir hoje? Quando eu fui dar uma espiada no teatro vi a sua família inteira lá, menos ela. –Dei um sorriso triste pra ela. –Não Dany, ela não vem. A gente brigou e sei lá... –Ela apenas assentiu com a cabeça e continuou o seu trabalho em silencio, era isso uma das coisas que eu mais gostava na Dany, ela sabia respeitar o espaço das pessoas, ao contrario da maioria dos alunos dessa escola.

—Prontinho. –Ela parecia feliz com o seu trabalho e saiu rapidamente pra maquiar o resto do pessoal. Eu apenas fechei os olhos e fiz uma força sobrenatural pra tirar a ruiva da minha cabeça, agora eu não era o Jace, eu era o Horácio, o grande amigo de Hamlet.

Respirei fundo e logo escutei o sino anunciando que a peça estava prestes a começar. Todos correram para a parte de trás do palco e nos preparamos, escutamos o nosso professor dando as boas vindas a todos e sorrimos uns para os outros, era hora do show.  

Assim que a cortina caiu começamos a encenar a peça e posso dizer que fizemos um espetáculo, todos estavam muito bem em seus papeis e eu podia ver que as pessoas estavam realmente interessadas em cada dialogo que apresentávamos.

Quando fomos chegando ao final, pude ver claramente as pessoas se emocionando, nesse ultimo ato Hamlet morria e eu (Horácio) como bom amigo que era me preparava pra morrer junto, mas ele me impedia e dizia que desejava que eu continuasse a viver e que me permitisse respirar um pouco e descansar, para logo depois contar a todos as suas historias.

Assim que ele morre, Ethan entra em cena como Fortimbrás e eu me preparo para a minha ultima fala. Respiro fundo e olho para o publico.

— Tenho algo que dizer também sobre isso, em nome de uma boca cujo voto muitos há de
arrastar. Ponhamos pressa na execução de tudo, enquanto inquietos os espíritos se acham, para novas desgraças evitar, oriundas de erros ou de tramas conscientes. –Olho pra Ethan/Fortimbrás e ele assente solenemente e se prepara para o seu discurso final, que no caso é a ultima fala da peça.

— Que quatro capitães a Hamlet levem como a um soldado e o ponham sobre o leito. Se o
trono ele alcançasse, tudo o indica, seria um grande rei. Que à sua passagem música militar e salvas bélicas falem alto por ele. Removei logo os corpos; esta vista é própria só dos campos de batalha; neste lugar, porém, é em tudo falha. Uma salva geral!

Depois disso algumas pessoas entram e carregam o corpo de Hamlet e a cortina volta a cair, comemoramos rapidamente diante dos aplausos de todos e nos damos às mãos, logo a cortina volta a subir e a plateia explode em gritos. Ao longe eu vejo um vislumbre de cabelos ruivos e pisco rapidamente pra ter certeza do que estou vendo, mas quando abro os meus olhos não vejo mais nada, acho que eu queria tanto que ela estivesse aqui que minha mente começou a projetar coisas.

Depois de aplausos e felicitações voltamos a fechar as cortinas e caminhamos para o camarim para poder tirar as roupas e a maquiagem.

Depois de arrumado eu pego minhas coisas e saio do recinto, começo a caminhar em direção a saída da escola onde sei que meus pais estão me esperando, mas logo escuto o meu nome sendo chamado. Me viro pra trás e vejo a Dany correndo em minha direção.

—Achei que vocês dois estivessem brigados, você e a sua namorada. –Eu olhei confuso pra ela e assenti com a cabeça. –Mas nós estamos. –Ela sorriu pra mim e ergueu as sobrancelhas. –Bom, então devo te dizer que talvez essa briga não tenha sido tão ruim assim já que ela veio te ver. –Eu arregalei os olhos e comecei a tossir sem parar. –Como assim Dany? –Ela dá tapinhas nas minhas costas enquanto eu tento respirar direito. –Bem, ela estava aqui vendo a peça. Você não viu? –Ela diz isso e vira as costas correndo em direção ao camarim.

A Clary estava aqui? Ela veio me ver? Por que ela veio me ver? Por que ela não ficou?

Sou tirado dos meus devaneios pelo som do celular, o pego no bolso de trás da minha calça e meu coração dispara quando vejo o remetente.

“Quero conversar, estou no parque perto da pizzaria.”


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Notas finais do capítulo

Huuuuuuuuum, por que a Izzy estava tão desesperada pra ir logo pra peça? E será que a Clary realmente decidiu aparecer e ainda resolveu conversar com o Jace? Façam as suas apostas e até o próximo cap meus amores....

A proposito vou deixar o link aqui de uma fic Clace MARAVILHOSA, é uma amiga minha que escreve então quem quiser ler é só clicar aqui e correr lá pra acompanhar:

https://fanfiction.com.br/historia/730062/Tempo_passa_mas_o_amor_nao/

Xoxoxoxoxoxoxo!!!!