Namorado de Aluguel escrita por Ciin Smoak


Capítulo 16
Surpresa Desagradável


Notas iniciais do capítulo

PARA TUDO BRASEEEEEEEEEEEL...
A fic recebeu mais uma recomendação e foi da linda da Sherazade, mulher obrigada por cada palavra maravilhosa, obrigada por dizer que essa daqui é uma das melhores fics Clace, você não tem ideia do quanto eu chorei lendo a sua recomendação!
Esse capitulo é totalmente dedicado a você, queria poder te dedicar um capitulo mais alegre, mas...



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Acordei com a luz do Sol no meu rosto.

Droga, eu havia me esquecido de fechar a janela!

Joguei o cobertor sobre o rosto na intenção de dormir mais um pouco, o despertador ainda nem havia tocado e o Sol já estava me acordando.

Espera, Sol??????????

Joguei a coberta pra longe e me levantei em um pulo, corri pro celular e vi que estava atrasada, fui às pressas para o banheiro e fiz minha higiene matinal em tempo recorde.

Merda, como eu pude me esquecer de programar o despertador?

Peguei uma roupa qualquer na cômoda e sentei em frente à penteadeira para poder trançar os cabelos, eu precisava cobrir aquela marca roxa, assim que terminei o penteado comecei a passar o corretivo pelo resto do pescoço para cobrir as manchas mais claras.

Maldito Lightwood com aqueles lábios maravilhosos!

Desci as pressas e dei graças a Deus por ver que meu pai ainda estava lá, eu havia deixado de pegar carona com a Maia e agora estava a pé.

—Pai, graças a deus. Me leva na escola por favor, eu tô super atrasada, esqueci de colocar o despertador pra tocar.

Meu pai me olhou com as sobrancelhas erguidas, mas logo em seguida sorriu.

—Está bem mocinha, sorte sua que desceu a tempo porque eu já estava saindo. –Ele se levantou, me deu um suave beijo na testa e seguimos para o carro. Assim que meu pai deu a partida eu suspirei aliviada, eu não chegaria tããããããããããõ atrasada assim.

—Clary, eu comprei um carro novo ontem, assim que ele chegar eu vou dar esse aqui pra você ok? –Olhei pro meu pai e tenho certeza que meu rosto parecia estranho, pois ele começou a rir. –Você vai me dar um carro? Como assim? Você e a mamãe nem me deixavam dirigir direito até semana passada. –Meu pai deu um sorriso e soltou uma mão do volante para segurar a minha. –Querida, você já está grande e agora que você não pega mais carona com a Maia, precisa de um meio de se locomover, sua mãe não ficou contente com a minha decisão, mas aceitou afinal nem sempre um de nós dois vai estar aqui pra te levar onde você precisa. –Olhei pra minha bolsa e falei evitando encarar meu pai. –Então, vocês perceberam que eu não estou mais pegando carona com a Maia? –Ele suspirou e aumentou a pressão em minha mão. –Meu bem, somos seus pais e é claro que percebemos, já faz um tempo que vimos que algo está acontecendo, sua mãe queria te confrontar, mas achei melhor esperar pois eu sei que no seu tempo você vai nos contar o que está acontecendo.

Sorri e olhei pro meu pai, eu tinha sorte de tê-lo.

—Por que a mamãe não podia ser como você? Ela quer tudo do jeito dela, não se importa se me incomoda ou não. –Meu pai suspirou e olhou pra estrada, soltou a minha mão da sua para poder trocar de marcha. –Querida, sua mãe te ama. Ela é difícil eu admito, mas Jocelyn foi criada em uma vida de aparências, é normal ela pensar que tudo gira em torno do que os outros pensam de você, mas uma hora ou outra ela vai acordar e perceber que está enganada e tenho o pressentimento que você vai mostrar isso a ela.

Percebi meu pai parando o carro e vi que já estávamos na porta da escola.

—Eu sempre estarei do seu lado Clary, não esqueça que pode contar comigo pra qualquer coisa. –Dei um beijo na bochecha do meu pai e saí do carro, definitivamente era mais fácil lidar com ele do que com minha mãe.

Encarei a fachada da escola e comecei a andar vagarosamente, eu estava me sentindo mal, uma sensação horrível gelava minhas veias e eu sabia que algo de ruim estava para acontecer.

—Claaaaaaaaaaaaaaaaaaary. –Olhei pra trás e vi Maia e Emma se aproximando. –Você sumiu, aconteceu algo? –Olhei pras duas e suspirei. –Não, tá tudo bem. Mas eu preciso ter aquela conversa com vocês hoje, pode ser? –As duas sorriram alheias a tudo o que estava acontecendo e assentiram. –Ok, pode ser depois da aula? Aline ligou pra Emma e disse que tinha uma surpresa pra todas nós, pediu pra que a encontrássemos no refeitório, vamos pra lá no final da aula e depois conversamos, tudo bem? –Eu apenas assenti em concordância e começamos a caminhar em silencio para a aula.

Que surpresa era essa que Aline tinha pra mostrar? Eu tinha quase certeza que nada de bom sairia disso.

...

—O que será que a Aline quer com a gente? –O sinal havia acabado de tocar e caminhávamos rapidamente para o refeitório, a cada passo que eu dava meu coração se apertava um pouco mais e uma náusea começava a se apoderar de mim. –Ah, provavelmente nada demais, Emma disse que ela estava normal no telefone, não é Emma? –A loira apenas assentiu e continuou a andar, elas estavam curiosas.

Entramos no refeitório e meu coração parou, dei passos involuntários pra trás querendo sair dali o mais rápido possível.

Eu sabia que nada de bom sairia disso, deveria ter ficado em casa!

Aline se virou pra nós, ela sorriu e acenou pra que nos aproximássemos. As meninas vendo que eu não me movia começaram a me arrastar, queria gritar pra que me soltassem, queria correr, não queria chegar perto daquilo. Ela estava sentada ao lado dele...

Sebastian!

—Aline, o que você queria falar com a gente? E quem é o seu amigo? –Aline sorriu maliciosamente e se levantou, Sebastian fez o mesmo. –Ah não, ele não é meu amigo. É amigo da Clary, por que você não explica pra elas querida? –Eu estava muda, paralisada, enjoada. Eu iria contar a verdade pra elas hoje, mas não desse jeito, não assim. Agora elas nunca acreditariam em mim.

—Bem, já que a Claryzinha perdeu a língua eu explico. Meninas, esse aqui é o Sebastian Verlac. –Na mesma hora Maia e Emma me olharam confusas. –Como assim? Aline, a gente conheceu o Sebastian no dia do baile, não é ele. –Emma estava totalmente atordoada e Sebastian finalmente decidiu se pronunciar. –Sou sim, eu terminei com a Clary no dia do baile, porque eu achava que ela era egoísta, fútil e mimada. Achei que eu tinha errado, mas parece que não, o status é uma coisa tão importante pra você não é? O qual baixo você chegou Fray?

Meus olhos já estavam cheio de lágrimas e eu não conseguia falar nada. Eu sabia que aquela mensagem me chamando de mentirosa tinha sido enviada por ela, Aline sempre quis me ver pelas costas e agora ela conseguiria.

—Clary, o que tá acontecendo? –Olhei pra Maia e abri a boca pra tentar explicar, mas Aline foi mais rápida. –Deixa, eu explico. O Sebastian aqui terminou com ela e pra não pagar de otária ela contratou um qualquer pra se passar por ele, aquele cara que fingiu ser o namorado dela, na verdade é um tal de Jace Lightwood , irmão daquela esquisita com quem a Clary anda de amizade ultimamente. Parece que fingir um namoro não foi o suficiente, ela resolveu tirar uma casquinha do loiro e depois mentiu pro Sebastian, atitude típica de uma vagab...

—Cala a boca! Não ouse terminar o que você ia dizer, se tem alguém aqui que merece esse adjetivo, esse alguém é você. –Aline sorria ironicamente pra mim, enquanto Emma e Maia me encaravam chocadas. Emma deu um passo à frente e se aproximou de mim. –Clary, isso é verdade? –Abaixei o rosto sem conseguir olhar pra ela e Emma colocou as mãos sobre a boca em choque, eu podia ver Maia com lágrimas nos olhos e as minhas já caiam sem parar. –Como você pode fazer isso com a gente Clary? –Eu estava desesperada, não era pra ser assim. –Olha eu sei que eu errei tá e eu ia contar pra vocês, era sobre isso que eu estava tentando conversar a tantos dias. A Aline sempre estava insinuando que meu namorado era de mentira e ai esse babaca terminou comigo no estacionamento da escola, eu sabia que se entrasse no ginásio sozinha ela ia ter a confirmação de que meu namoro era realmente falso e vocês acreditariam nela, então eu vi o Jace no estacionamento e ele me ajudou.

—Ajudou? Você chama isso de ajudar? Você arruma um qualquer pra me substituir e se passar por mim e ainda vem se fazer de vitima? Você mentiu pra mim quando eu te liguei, ficou se fazendo de sonsa. Provavelmente estava dando pra ele. –Meu sangue ferveu nessa hora e em um impulso eu peguei uma cadeira e joguei na direção dele, por pouco ele não foi atingido. –Você me respeita seu idiota, o que eu faço da minha vida particular não é problema seu e mesmo que fosse pra sua informação eu nunca dormi com o Jace, ele me ajudou sem me cobrar nada e quando você me ligou eu não fingi nada, até porque você mal me deixou falar, veio com um papo estranho de arrumar as coisas e em seguida desligou na minha cara. Você nunca mais fala desse jeito comigo se você preza pelos dentes que você tem na boca. –Eu gritava a plenos pulmões e Aline parecia se divertir vendo o meu descontrole, as meninas continuavam chocadas e eu não sabia o que fazer.

—Eu nunca pensei que você fosse capaz de fazer isso com a gente Clary, nós confiávamos em você, nós éramos amigas e é lógico que acreditaríamos em você se tivesse contado que o Sebastian tinha terminado o namoro, mas escolheu mentir pra gente, fazer a gente de trouxa. Aposto que aquele seu encontro a cegas deve ter sido com esse tal de Jace também né. –Maia parecia prestes a pular em cima de mim enquanto Emma escutava tudo em silencio. –Não, vocês não acreditariam. Acham que eu não via que conforme os meses iam passando vocês acreditavam nela, acreditavam que eu estava inventando um namorado? Eu errei e errei feio, mas foi por desespero, medo de perder as minhas amigas. –Emma pareceu perder o controle e começou a gritar. –Amigas? Como você pode chamar isso de amizade? Você mentiu pra gente, isso não tem perdão. Eu te adorava, mas agora tô com nojo de você. Você é a pessoa mais falsa e fingida que eu conheço, eu sabia que algo estava errado assim que eu vi você andando com aquela esquisita.

—Chega, você não vai falar da Izzy assim, ela é uma pessoa muito legal e é melhor que todas vocês juntas. Você tem razão, nós nunca fomos amigas porque vocês sim são fúteis e egoístas, vocês criaram uma Clary totalmente diferente de quem eu sou de verdade e sempre me reprimiram quando eu não agia do jeito que vocês queriam. Durante todos esses anos eu fui uma pessoa mesquinha e mimada por vocês, mas a verdade é que eu não sou assim. Eu amo ler, amo ver seriados na netflix, odeio ficar perambulando pelo shopping pra comprar coisas completamente inúteis, odeio ficar no salão toda semana fofocando sobre as roupas de alguém, odeio sentar com o time de futebol e aguentar a superioridade deles, odeio ver vocês achando que são melhores que os outros. Vocês não são melhores que ninguém e você Aline é uma vadia. Eu menti, sei que errei feio e me arrependo de verdade por isso, mas só por isso. Porque se tem uma coisa da qual eu nunca vou me arrepender é de sair por essa porta e deixar vocês pra trás, vocês não merecem tudo o que eu já fiz por vocês.

Caminhei em direção à porta, ganhando nada mais do que o silencio atrás de mim. As lagrimas caiam em cascatas pelos meus olhos embaçados e eu sentia vontade de me encolher em um canto e ficar lá até sumir. Quando coloquei a mão na maçaneta, olhei pra trás e vi Aline abraçando Emma e Maia fingindo sentir muito.

—Você conseguiu Aline, elas são todas suas agora.

Saí do refeitório e comecei a correr, esbarrando em algumas poucas pessoas que ainda estavam na escola, ouvi alguém gritando meu nome, mas não olhei pra trás, na verdade eu nem sequer consegui reconhecer a voz da pessoa. Não era assim que as coisas deveriam ter sido, eu contaria a verdade pra elas e por mais que elas me odiassem eu ainda teria a consciência tranquila, agora Aline fez parecer que eu mentiria pra sempre, que se não fosse ela ter descoberto a verdade eu continuaria fingindo.

Agora elas pensam que eu sou uma pessoa mentirosa e egoísta. Aline conseguiu o que queria, ela conseguiu me destruir. E o Sebastian fazendo aquela cena de ex-namorado traído? Ele é tão falso quanto ela, meu Deus como é que eu nunca percebi isso antes?

Eu estava respirando pesadamente e quando dei por mim, vi que tinha corrido pra longe da escola. Eu não sabia o que fazer, eu não sabia pra onde ir. Olhei em volta através dos olhos embaçados pelas lágrimas e vi que eu estava perto do IHOPE, decidi me refugiar lá, há essa hora o movimento era fraco e eu poderia ficar no banheiro por alguém tempo sem ninguém pra me incomodar.

Recomecei a corrida e assim que cheguei à lanchonete, adentrei como um raio em direção ao banheiro. Encarei meu rosto pelo espelho e tive uma visão deplorável de mim mesma, retirei os óculos e joguei água gelada no rosto, me escorei na parede e comecei a descer lentamente em direção ao chão, coloquei o rosto molhado contra as pernas e passei a respirar fundo na tentativa de me acalmar.

Alguns minutos se passaram e eu escutei o barulho da porta se abrindo, levantei minha cabeça para olhar quem era e...

—Jordan?


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Notas finais do capítulo

Tadinha da nossa Clary gente, olha o que essa vaca da Aline fez com ela. E o que será que o Jordan está fazendo ali no banheiro em?
Comentem, favoritem, recomendem. Façam essa autora feliz!
Até o próximo capitulo meus leitores maravilhosos,
Xoxoxoxoxoxo!!!