Under The Chicago Sky escrita por Dayna


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic no site. Estou escrevendo para me frustrar menos com o rumo dos personagens na série. Bem que os produtores podiam Shippar nosso casal favorito! rsrsrs Por favor deixe um feedeback para que eu possa ir melhorando a história. Mas já aviso que talvez eu não seja tão boa pra escrever.



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Do you ever feel

Feel so paper thin

Like a house of cards

One blow from caving in

“Firewoork – Katy Perry”

“Droga! Droga! Droga”

É a terceira vez que eu tento escapar de minha mãe e de sua “ajudinha Sara” para que eu fosse a madrinha perfeita para a minha prima. Única prima aliás, já que meu pai era filho único e Phoebe era filha de minha tia. Phoebe tinha mais três irmãos mais velhos que “zelavam” da irmã caçula. Coitado do Bryan, seu noivo, três caras “machões” deviam ser incentivo suficiente para não fazer coisa errada. Meu primo Tyler iria me acompanhar, ao menos era isso que minha mãe me disse.

Desço do ponto de ônibus perto a estação de metrô central. “Firework Academy” um nome esquisito eu penso olhando o pedaço de papel que anotei da ultima ligação com Dona Stella.

“Deve ser aqui. Que impressionante”. Eu digo sarcasticamente. Parece mais com a fachada de um estúdio de Ballet que tem próximo ao Chicago Med.

“Tenha coragem Reese”  eu me repito enquanto me forço a passar pela porta da frente e adentrar em um saguão pequeno e moderno. Há uma mulher despreocupada no computador ouvindo U2.

— Olá.

— Em que posso te ajudar querida? – Ela deve ter uns 30 anos mas a forma como me diz querida me lembra muito a da minha mãe. Sem aparentar ser forçado.

— Estou aqui para aula de dança para casamentos. – eu digo no meu melhor sorriso de constrangimento. E ainda sem um par já que Joey preferiu me dar uma desculpa qualquer a vir.

— Aula de salão – ela diz consultando uma agenda – Seu nome?

— Sarah Reese.

— Estúdio 3 – ela diz sorrindo enquanto guarda fecha o livro novamente – É só subir a escada e no corredor encontrar a sala. Pode trocar de roupa no banheiro no início do corredor acima se quiser. – Ela adiciona ao me ver de jeans, casaco e camisa social com os quais sai do turno.

— Obrigada. – Eu digo e me dirijo pela escada novamente tirando o pequeno sorriso do rosto. Obrigada mãe. Mais uma chance para Reese se envergonhar em público, porque é claro que eu não levo jeito para dança.

Encontro a porta dupla que tem o numero 3 estampado e sem cerimônias entro. Olho rapidamente e vejo umas 20 pessoas espalhadas pelo amplo espaço. Há espelhos na maior parte da sala e um armário em um canto ao qual me dirijo para deixar a bolsa com minhas roupas. Troquei apenas a camisa por uma camiseta estilo canoa confortável e prendi os cabelos num firme rabo de cavalo, os tênis teriam que servir também.

— Damas e cavalheiros – Um homem por volta de 50 anos e cabelos grisalhos acena para que nos juntemos ao centro. Acho que ele é o professor. Me apresso batendo sem querer em alguém.

— Desculpe – Eu digo e me viro para ver a Dra Robin a minha frente. Filha do Doutor Charles.

— Sem problemas – Ela me diz com um sorriso. – Você trabalha com meu pai certo?

Como se depois de dois anos ela ainda não tivesse me visto e recebido consultas minhas um monte de vezes. Mas é o que acontece com os Médicos do hospital, pra que se lembrar de uma simples estagiária muito inferior em nível ainda em relação a você.

— Sim. – Confirmo fingindo que também não nos conhecemos. Ao contrário de mim eu vejo que ela colocou um vestido e sapatos de salto.

— Vai por mim que você deveria trazer um par de saltos na próxima aula – Ela diz percebendo a minha rápida analise.

"Se eu puder não vai ter próxima aula. " Eu penso e espero que ela não conte a ninguém do constrangimento que vai ser participar da aula. Eu olho a sala e a saída e decido que não vale a pena ir embora e ouvir a minha mãe e prima dizendo que não tenho me esforçado. O que pode acontecer de pior? Robin comentar com o pai que a sua residente é descoordenada pra dançar?

— Acho que prefiro me sentir confortável antes.

— Robin vamos? – Eu vejo o Dr Rhodes chama-la. Agora eu sei o que seria pior. Connor Rhodes conhece a maioria dos amigos que tenho no Med. Oh my god! Eu estou começando a hiperventilar com o pensamento de alguma gravação cair na rede de WiFi. – Reese! – Ele me cumprimenta e eu aceno enquanto ele e Robin sentam-se mais a frente.

É só uma aula. Eu repito indo me sentar no chão e vendo os vários pares já formados de prováveis casais fazendo aula. Espero que algum milagre aconteça e ninguém me note durante a aula.

 

XXXXX

 

— Reese! – Maggie me chama da estação de enfermagem quando entro dois dias depois no Med pela emergência.

— Oi Maggie, Oi April! – Eu as cumprimento. Sinto falta das conversas que tínhamos quando eu era residente na emergência ano passado. Com a rotina da minha residência na psiquiatria com Doutor Charles não me sobrava muito tempo para parar e conversar ou mesmo vir para emergência, exceto quando pediam consultas com ele e ele me designava como estagiária para atender casos menos complexos com seu acompanhamento.

— Você faz aulas de dança? – Ela me pergunta mostrando algo pelo celular. Vejo April sorrir e sair discretamente. Só pode ser uma coincidência os risos que ouvi na entrada. E paranoia de psiquiatra de achar que tudo se refere a mim.

Droga. Alguém filmou Rhodes e Robbin numa parte da aula de dança e lá estou eu sendo guiada por um “desconhecido” que depois de três minutos pediu para trocar de par. “eu deveria aprender primeiro a me mover sem machucar o companheiro” foi a grosseria que eu escutei. Ai que vergonha. Dava pra ver a hora que o “infeliz” me deixou sozinha pelo vídeo.

— Cortesia de minha mãe – eu digo com uma careta de descontentamento.

— Bem se vê que você andaria precisando de umas aulas… - Maggie diz enquanto sorri. Estou mortificada.

— Onde você conseguiu isso Maggie? - Eu perguntei desolada já sabendo que não houve milagre, e quem teria mostrado o vídeo. Nesse caso um dos dois médicos que vi ontem. Se bem que eu descartaria a Robbin, ela e Maggie não eram tão “amigas” assim.

— Connor me mostrou hoje cedo. - Ela disse piscando pra mim. - Acho que ele queria mostrar sua evolução com a Robbin. Mas cá entre nós ele disse que apesar de descoordenada você até pode levar jeito. - Ela disse rindo pra mim.

Ai meu Deus! Aquele infeliz do Dr Rhodes achava que podia por um acaso rir de mim? Só Deus sabe quantas pessoas não tinham já dado risada da minha cara.

— Calma querida. Connor só fez uma brincadeira. - Maggie disse parecendo ver no meu semblante o quanto eu não havia gostado daquilo.

— Mas foi o maior mico Maggie! - Eu bufei enquanto escondia meu rosto entre as mãos. - Ele podia ao menos não ter feito isso e não mostrado isso aqui pra ninguém. - Eu estava totalmente constrangida. E mais um ponto pra Joey meu namorado, que mais parecia sabão molhado, e mais uma vez me deu uma desculpa pra não irmos como casal fazer dança de salão. Se bem que no caso dele eu daria até um desconto porque do que já tinha visto em um dia em minha casa ele conseguia ser pior que eu em matéria de dança.

— Leve na esportiva querida. - Maggie me aconselhou.

A uns três anos atrás eu trabalhei com o Doutor Rhodes aprendendo na emergência. Depois disso e de minha frustrada tentativa de reverter minha combinação para emergência o Dr Charles me deu uma oportunidade como residente de psiquiatria. Eu aprendi bastante com ele durante os anos em que trabalhamos juntos, com ele como mentor, e tenho gostado da área com que trabalho, mas ainda é meu plano me especializar em uma área cirúrgica e quem sabe voltar a tentar a emergência. Lembrando do Dr Rhodes ele nunca me pareceu do tipo que faria um vídeo e exibiria depois, melhor, ele nunca me pareceu alguém que procuraria aulas de dança pra fazer. Além do obvio fato dele continuar lindo, se é que é possível ainda mais bonito do que quando entrou no Med, o jeito dele denotava alguém confiante e que conseguia aquilo a que se propunha sempre. Sem falar no olhar. Não que ele fizesse o meu tipo. Ou que mais certamente ele se envolveria com alguém com a aparência tão inexperiente quanto a minha. O Dr Rhodes era o que certamente era a versão masculina de um Don Juan fatal.

Eu já tinha perdido a conta de vezes que escutei enfermeiras e colegas comentarem o quanto morreriam por estar com ele. Não que alguém tivesse chance. Samantha Zanetti e Robin Charles. O padrão de concorrência certamente era mais do que alto. Connor Rhodes continuava a ser um partidão para o bando de solteironas do hospital, principalmente as interesseiras, já que a sua carreira como cardiologista começava a alavancar juntamente com a fama que Chicago Med adquiriu com Dr Downey.

— E o que você acha que eu iria fazer Maggie? - Eu inquiri arqueando as sombrancelhas. Não era do meu feitio tirar satisfação. Ainda mais com alguém que já não falava a anos.

— Só não quero que fique aborrecida como parece. E todo mundo não é bom em algo.

— Isso é verdade. - eu sorri convencida - Vou ser ainda uma ótima médica de emergência.

— Assim que se fala Reese.

— Por favor apaga isso?! - Eu pedi pra ela com a minha melhor cara de cachorro pidão.

— Ai Reese. Daqui uns dias isso não funciona mais. - Ela disse como costumava dizer antigamente pra mim quando eu estava perdida na emergência precisando de ajuda.

— Obrigada Maggie. Adoro você. - Eu sorri e sai andando para ala de psiquiatria para começar mais um plantão de trabalho.

 

XXXXXX

 

—Reese! - Joey acenou pra mim quando adentrei na lanchonete aquela tarde.

— Joey. - Eu o cumprimentei secamente, sabendo o objetivo da mensagem para aquele lanche na cantina.

— Ah qual é - ele disse com aquele olhar de repreensão, como se eu não fosse madura suficiente para ponderar sobre a nossa relação, ou como me portar nela. - Não diga que já esta me analisando de novo.

— Não preciso analisar nada Joey. - Eu disse convicta. Ele sempre jogava com "análise" ultimamente. Principalmente quando eu cobrava algo dele como namorado. Eu gosto do Joey e sei que ele consegue ser mais tímido e introspectivo que eu, mas ele tinha que me apoiar mais como namorada, é o que dizem: nada é perfeito num relacionamento principalmente quando você vê o apartamento dele e a bagunça que ele espera que você o ajude a arrumar. – Você se negou a ir participar da aula de dança comigo. – Eu o acuso mesmo sabendo que talvez eu fizesse o mesmo com ele se a situação fosse contrária. Eu estava mortificada: Natalie, Will, Dr Charles e alguns colegas já tinham me falado e rido comigo do episodio que pelo visto tinha virado algum tipo de viral.

— Minha querida, você sabe que amo você baby! – ele diz de novo acariciando com o polegar meu rosto. E sério que ele diz isso de forma tão fofa que eu seriamente penso que não há com o que brigar com ele. Mesmo estando tão chateada com o vídeo.

— Ok Joey. – eu digo me rendendo – Mas saiba que eu paguei o maior mico de todos. – Eu digo escondendo o rosto com uma mão.

— Você estava tão linda baby – ele diz enquanto pega na minha mão. – Você só tem que melhorar o compasso com o companheiro…

— Espera! – Eu o interrompo sentindo bile subir pela minha garganta. – Quer dizer que você viu? – Eu digo calmamente, mas Joey parece entender que eu estou lidando bem com a situação.

— Claro! Pedi a Susan para gravar pra mim.

— Pediu pra quem? – Eu rosno pra ele que me olha espantado. Como é possível ele ser tão insensível assim?

— A mulher da recepção, a dona do lugar é uma amiga de colégio. – Eu tento respirar profundamente e me controlar. – Ela gravou parte da aula e me mandou dizendo que você depois de umas aulas levaria jeito pra isso…

— Ok. – Eu digo tentando me acalmar. – Da próxima vez me pergunte se eu quero que algo assim seja feito ou vá pessoalmente. Porque você não vai acreditar mas a Maggie e um monte de gente tinha um vídeo e justo o que eu quase cai com o parceiro de dança…

— Ah querida eu tenho certeza que foi muito sincronizado pra ser uma queda… - Joey sorriu. – Passei pra um monte de gente só pra mostrar o quanto me orgulho de você…

— Você é ingenuo? Ta de brincadeira? – Eu disse me levantando sem me importar que metade da cantina agora observava a minha explosão. – Você acha que espalhar o maior mico que foi a aula pro hospital inteiro é prova de amor? Você é um imbecil Joey – eu estou com a mão a centímetros do rosto dele – E me faz o favor de não cruzar na minha frente.

 


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