Candy Doll escrita por Hirameji-Miya


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ningyou-chibi no Jutsu - Jutsu da boneca pequena.
Imouto - Irmã mais nova.
Nee-chan - Irmã mais velha.

Boa leitura a todos



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Capítulo 7

 

-Amanhã terei alta do hospital, Gaara-kun! – Diz a boneca à mesa de Gaara.

-Que bom. Sua recuperação demorou até, não acha?
-É... Eu não tenho a cicatrização muito boa. Mas foi mais rápida graças aos remédios que tive que tomar... Com muita dificuldade, diga-se de passagem...

-Hm...

-Gaara-kun... Você virá me visitar depois?

-Hoje não poderei, tenho que terminar de preencher esses requerimentos.

-Entendo, queria poder te ajudar... Mas não acho que conseguiria. Hehehe...

-Não se preocupe com isso.

-Tá... Gaara, eu vou indo. Depois nos falamos!

-Está bem. Cuide-se.

-Sim! Você também! – A boneca cai sobre a mesa de Gaara que em seguida pega-a e admira-a por alguns segundos, colocando-a nas vestimentas.

 

Kuki abre os olhos e avista o quarto hospitalar em que estava instalada, deitada na cama. Ela tira da gaveta que havia ao seu lado um pano branco com uma linha e uma agulha enfiadas nesse, dando continuidade a sua costura. Após algumas alfinetadas, lágrimas começam a rolar sua face, caindo sobre o pano branco. Não conseguira segurar seu choro, seu sofrimento e encolhia-se na cama, abraçando o tal pano. Chorava baixo, pois já era de costume, dizendo a si mesma para parar, mas não conseguia obedecer.

A garota levantava a cabeça para tomar ar, respirava fundo e enxugava as lágrimas.

-Não é hora de chorar, tenho que terminar isso. – Ela voltava com a agulha no pano.

Alguns minutos depois, uma menina loira de cabelos cacheados entra pela porta, fazendo uma visita a sua irmã.

-Ah! Oi Imouto!! – Kuki virava para a garota, com um sorriso no rosto, feliz em ver a irmãzinha.

-E aí, Nee-chan, como tá?

-Tô bem... E as coisas lá em casa, como estão? – Voltava sua atenção ao pano.

-Bom... Papai e mamãe estão preocupados com você, diria que até feliz que você voltará amanhã.

-Que bom né, afinal, são nossos pais.

-Só que eles nunca mais te deixaram ver Gaara-sama, definitivamente agora. Eles acham que a culpa de você ter ficado aqui é dele.

-De certa forma, é... Mas já não me deixavam antes mesmo, agora não vai fazer diferença.

-Não acho, acho que agora eles vão privar você de usar o Ningyou-chibi no Jutsu. – Ao ouvir as palavras da pequena irmã, Kuki para sua ação por alguns instantes, pensativa, e mexendo na agulha, voltando a costurar o pano logo em seguida.

-Imagino que sim.

-... E você já contou pro Gaara-sama?

-Não... Talvez... – Algumas lágrimas apareciam em seu rosto novamente – Nem dê para eu contar. Hoje ele não poderá vir, se ele não aparecer amanhã, antes de eu ir... Será o fim...

-Por que você não conta pela boneca?

-Não quero contar através dela... Queria falar cara a cara...

-...

-Mas nossos pais são uns amargurados! Não conseguem acreditar na mudança de Gaara-kun!

-E isso por que já faz alguns anos que ele é o Kazekage, e está fazendo um bom trabalho.

-Mesmo assim... Ahhh!!! Que odioo! Aqueles cabeças duras! E nem adianta discutir!!! Errrrr!!

-Calma, Nee-chan. – Nesse momento, a enfermeira entra no quarto, fazendo um anuncio.

-Mari-san, o horário de visitas encerrou-se por hora.

-Está bem. – Ela vira-se para a irmã na cama – Nee-chan, eu vou indo. – Dá-lhe um beijo na testa – Até amanhã! E vê se tenta falar com ele, insiste um pouco.

-Tá, até! – Ela fazia uma pequena pausa de sua costura para despedir-se da irmã e voltava ao afazer.

Gaara não foi ao hospital aquele dia e Kuki não entrou em contato aquela noite, pois estava ocupada terminando o pano. Gaara achou estranho e perguntava-se se algo tinha acontecido. Decidiu ir ver a menina na hora do almoço amanhã, lembrou-se que ela não havia dito que horas mais ou menos sairia do hospital, mas tinha confiança de que ela o esperaria.

 

No dia seguinte, Gaara estava contando os segundos para vê-la, mas as horas não passavam tão rápido, e ainda era de manhã.

Kuki havia virado a noite, terminando a peça e logo de manhã foi chamada para fazer um exame geral para, finalmente, ser liberada. Ela estava aliviada de poder sair daquele quarto, mas ao mesmo tempo, realmente triste. E Gaara ainda não havia vindo falar com ela. Antes que ela pudesse usar o Jutsu da boneca, a enfermeira veio buscá-la para fazer os exames.

Kuki pedia para que os exames demorassem e implorava para que Gaara viesse vê-la. Ele teria que chegar antes de seus pais que, assim que terminassem os exames, viriam buscá-la para trancafiá-la em casa. Ela, acima de tudo, queria ter se declarado para Gaara, contado sua história, saber mais e mais sobre o Gaara, queria que ele se importasse tanto com ela, a ponto de seqüestrá-la de casa, mas isso só iria piorar o que os pais pensam de Gaara. Tantos pensamentos passavam-se na cabeça de Kuki em quanto fazia os exames.

-Bom! Agora você está recuperada, já pode ir para casa. Só não se esforce muito, está bem? – Dizia o médico que cuidava da menina.

-Sim.

-Vou ligar para seus pais virem te buscar.

-Tá... – Ela, mesmo que quisesse, não podia sair do hospital vestindo roupas do hospital. Seus pais levaram a roupa que estava suja de sangue, deixando-a sem opção no hospital e, assim que viesse, trariam uma troca de roupa para ela.

Kuki voltava para seu quarto e olhava para a janela a fora. Deixando cair umas três lágrimas, fazendo seus pensamentos voltarem para a situação atual. Ela talvez teria um tempo para falar com Gaara pela boneca. Mas realmente queria falar com ele pessoalmente.Ela voltou seu olhar para o pano branco, ela pegou-o e dobrou adequadamente. Pensou então em deixar uma carta, pois achava a idéia melhor do que falar pela boneca. Pegou um papel e uma caneta que havia na gaveta ao lado de sua cama e começou a fazê-la.

Minutos depois, a enfermeira entrara em seu quarto, trazendo-lhe uma troca de roupas.

-Seus pais chegaram, é para você vestir isso. – Estendia as roupas para Kuki vestir – Precisa de ajuda?

-Sim... Mas não para isso... Po-Pode me fazer um favor? – Estava com vergonha de pedir ajuda para a enfermeira.

Na recepção, os pais esperavam ansiosos para rever a filha, que logo aparecia ao longo do corredor. Foi capturada pelos olhos de seus pais e ao chegar perto deles, agarrada em um grande abraço de alívio. A irmãzinha não tinha ido, estaria esperando-a em casa.

Eles partiram do hospital antes do horário do almoço, Kuki virava seus olhares para a torre de Gaara e voltava com um rosto tristonho, quase chorando.

Gaara estava terminando seus afazeres no escritório, preenchendo papeis e tudo mais. Ainda contava os segundos para o almoço, dando 12h no relógio do escritório, ele levantou-se da cadeira e se retirou da sala, dirigindo-se ao hospital.

No hospital, ele para na secretaria.

-Vim visitar a paciente Kuki.

-Ela já teve alta, já foi para casa.

-Já?!... – Gaara estava meio decepcionado – E onde fica a casa dela?

-Essa informação é confidencial. Os responsáveis pela paciente exigiram sigilo. – Gaara ficou sem ação, pois, sendo ele um Kazekage, era o que mais deveria respeitar a lei.

-Entendi. – Ele vira-se e dirigi-se para a porta, mas é interrompido pela enfermeira que atendia Kuki.

-Gaara-sama, a paciente Kuki pediu para entregar-lhe isso. – Ela estende o pano branco que Kuki revirou a noite fazendo com uma carta alfinetada a peça. Gaara olha a peça e pega-a.

-Obrigado. – Ele leva a peça até seu escritório, ele desalfineta a carta e deixa-a de lado, para dar uma olhada na peça. Era uma vestimenta nova para ele com alguns detalhes, escrito “Kazekage Sabaku no Gaara” e outros enfeites que ela tinha feito em vermelho. Gaara ficou impressionado com a roupa e experimentou-a, servia perfeitamente nele. Logo, virou seu olhar para a carta, pegando-a na mão para ler.

“Gaara-kun

 

Eu não queria dizer isso por carta, muito menos pelo meu Jutsu, mas acho que não poderei vê-lo novamente, por isso... Tinha que falar com você de algum modo.

Eu sempre te admirei, desde quando você era temido por todos até agora, em que você é admirado. Sempre quis estar ao seu lado, desde pequena, porém, meus pais o temiam, por isso não me deixavam aproximar de você, mesmo agora, eles não confiam em você, porém, com o Jutsu da boneca, consegui, finalmente, me aproximar de você. Essa foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, poder te ver todo dia, falar com você todo dia, te fazer rir, te fazer sorrir... Seu sorriso ilumina a minha vida, Gaara-kun. Só que agora, eles sabem sobre meu Jutsu e certamente não me deixarão usá-lo. Quero te ver mais uma vez, Gaara-kun. Não quero poder ficar sem te dizer “olá”, não quero não poder olhar em seus olhos todos os dias, ver o seu sorriso todos os dias... Não quero partir sem dizer que eu te amo!!!

 

...Me perdoe, Gaara-kun”

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e por favor ;3 deixem um review o/



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