Marcas de uma Lágrima escrita por Android


Capítulo 13
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

"Fim - o que resta é sempre o princípio feliz de alguma coisa." BESSA-LUÍS, Agustina



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— Tio Victor, tio Victor. - A voz doce e animada de Alice preenche a casa enquanto a invade correndo a procura de seu tio.

— Alice, venha ajudar sua mãe. - Grito enquanto abro o porta-malas do carro.

— Ah, não! Mamãe, você consegue né? - Retruca ela voltando ate a porta por um momento. Ari e May já estão aqui papai. Ela grita enquanto corre novamente para dentro extremamente energética.

— Esse gênio dela é inteirinho seu, Lukas. - Ri Emília enquanto abre a porta do carro com cuidado para não derrubar a torta que carregava.

— Ma... - Sou interrompido pelas crianças correndo e gritando para fora da casa. Alice é a primeira a sair correndo ate sua mãe. 

— Mamãe, Ari não acreditou quando eu disse que trouxe torta! - Ela esbraveja enquanto aponta para a torta na mão de Lia para o casal de irmãos. 

— Tio Luk! - Ariel corre em minha direção, logo saltando em meu pescoço se pendurando pelos braços e rindo.

— Ari, seu tio não aguenta mais isso não. Ele já está velho. - Zomba VIh da porta me olhando balançar seu filho pelos braços.

— Você realmente se tornou uma dona de casa desesperada em? Olha esse avental. - Debocho enquanto termino de retirar as coisas do carro.

— Venham, Ana e Cris devem estar chegando já já. - Ele fala enquanto se encaminha para dentro. Lia já havia entrado e então caminho carregando algumas coisas para nossa festa. A casa parece um recanto de madeira, o assoalho brilhoso e as paredes em tom pastel me passam total sensação de que era uma casa rústica. Não faço a mínima ideia de como Victor conseguia manter aquela casa arrumada e as crianças sozinho. Parecia um trabalho para três, mas pelo que vejo ele nunca esteve tão bem desde que Gavriel foi chamado pelo exército. Se não me engano já faz quase dois anos que ele está no Afeganistão. 

Nos aconchegamos perto da lareira com uma boa e doce taça de vinho enquanto relembrávamos nossos tempos de faculdade. Os gritos das crianças ecoam pela casa, porém não ligamos. A campainha toca e nos alinhamos melhor no sofá, Ana chegou. Ela está trazendo seu marido pela primeira vez ao Brasil, seu cabelo esta grande e sua pele rosada por causa do frio. Eles entram e se juntam a nos perto da lareira e por conseguinte Cris chega com seu filho Mat, ele era mais velho do que as outras crianças, mas como a maioria deles cresceram juntos eles eram muito amigos.

 

. . .

 

— Venham! Vamos explorar! - Eu disse enquanto corro pelo jardim da casa do Tio Vih. - É um ótimo lugar aqui, tem um quintal gigante como se fosse um rancho, será que é um rancho? Não sei, nunca fui em um rancho. -

— Alice, papai disse que tem um riacho por ali. Podíamos ir la! - Disse Ariel enquanto arrumava o boné em sua cabeça.

— Ah, não! Ari! Eu tenho medo de ir lá. - Resmunga Mayara enquanto cruza seus braços fincando seus pés mais firme na grama.

— Ah, vamos sim! - Disse Mat enquanto corre na frente chutando pedrinhas pelo caminho. Sigo ele e os irmãos acabam por nos seguir também.

É uma manha esplêndida essa, o sol batia em minha pele me fazendo brilhar por causa do protetor solar e meu cabelo caí atras de meus ombros dividido em duas tranças. Finalmente chegamos no riacho. Ariel começa a pular dentro da água jogando para todos os lados como um peixe se debatendo.

— Gente, vamos voltar! - Reluta May que já estava começando a aceitar a brincadeira. Mat recolhe uma pedrinha do rio e tenta a jogar para quicar na água, porém ele erra e a pedra ultrapassa o rio. O rio é estreito e não muito fundo então ele corre por ele e se afasta de nós.

Me assusto com um grito, caindo na água sentada. - Argh - Gemo de dor por ter batido a bunda no chão com força, me levanto limpando minhas mãos e com a roupa encharcada. Corremos para onde Mat estava e uma imagem estranha preenche nossa visão e começo a gritar. Ali no rio, flutuando como um barquinho. Os cabelos pretos e a pele extremamente branca me assusta. Não consigo ver a feição, mas era um corpo. Sim, um corpo!


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Notas finais do capítulo

AAAAAH Gente! Que emoção finalizar minha última história e ainda terminar dessa forma mostrando um pouco sobre o que aconteceu com os personagens, deixando um mistério e quem sabe talvez uma continuação em aberto.

Queria agradecer muito por todos que leram e me deram forças para continuar escrevendo, mesmo quando eu desisti da história vocês estavam lá não me deixando desistir.

Também gostaria de agradecer ao Mat, a Lua, a Ana, a Ursula, a Carol e a Maria por me autorizar a usar nossas memórias e a deixar eu criar personagens extremamente caricatos em cima de suas personalidades e suas histórias.

Para os curiosos de plantão, só um fato curioso, Lukas e Emília juntos formam o Loony. Curioso isso se inspirar em mim para criar um casal que inicialmente é disfuncional, mas que no fim dá certo kkk

Chega de Notas pq ja já está maior que o próprio prólogo.

Bjs ♥ ♥ ♥

Te vejo nos meus sonhos.



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