Toudou gemeu quando sentiu o corpo de Arakita pressionado contra o seu. As mãos do assistente percorriam todos os lugares, dos ombros às coxas, e até por baixo do uniforme.

Os beijos de Arakita eram quase tão agressivos quanto ele, e Toudou adorava ter seu lábio inferior mordido daquele jeito.

Pegação no armário de produtos de limpeza estava longe de ser uma situação bonita. Arakita chutou um balde acidentalmente, e Toudou derrubou dois rodos da mesma forma, e o cheiro de água sanitária deixou os dois nauseados. Mas isso não importava. O que importava era a língua de Toudou dançando na boca de Arakita.

E entre mordidas e carícias, os dois foram, de alguma forma, parar no chão, as costas de Toudou e os antebraços de Arakita pressionados contra o azulejo frio.

— Ora ora, Arakita — Toudou disse quase sem fôlego enquanto os beijos desciam por seu pescoço, enfiando um joelho entre as pernas dele. — Já está assim?

— Você também não está muito diferente — ele rosnou, mordendo a curva do pescoço de Toudou e fazendo-o gemer.

— Aí não! O que eu disse sobre deixar marcas? — Ele bufou e empurrou Arakita pelos ombros.

E o sinal soou antes que Arakita pudesse responder. Toudou se levantou sem dizer nada, ajeitou sua tiara e arrumou as roupas.

Pelo menos, não havia ninguém por perto para vê-los saindo juntos daquela salinha.

×××

— Yasutomo, o que é isso?

— Ah? — Arakita olhou para onde Shinkai apontava. Era para a perna de sua calça, que tinha uma mancha esbranquiçada na parte do joelho. — Que porra é essa?

— Parece uma mancha de água sanitária. — Shinkai fechou seu armário, já vestindo o uniforme de ciclismo. — Essa mancha não vai sair nunca mais.

E assim que Shinkai deixou a sala do clube, Arakita olhou para o próprio joelho e com o cenho franzido.

— “Não deixar marcas”, é?