Overcome escrita por Downpour


Capítulo 32
Capítulo 31 - I need your help




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Bangtan Boys - Park Jimin

Overcome

Capítulo 31 - I need your help

Assim que eu desliguei a ligação, eu me sentei novamente no banco do parque e comecei a olhar para os lados com uma expressão desolada. Segurei o aparelho em minhas mãos tentando me certificar de aquilo era real. Um incêndio, durante uma reunião. Por quê eu sabia que algo estava extremamente errado durante aquela noite? Suspirei mexendo nos meus cabelos, os desalinhando. Tinha custado algumas boas horas no salão de beleza para poder deixa-los macios e sedosos como agora, mas eu realmente não me importava. Não estava me sentindo confortável daquela maneira, então apenas prendi os fios em um rabo de cavalo.

— O quê vai acontecer agora? — arrisquei perguntar para Oh Minjoo que parecia estar com o pensamento distante, me senti estúpida por ter falado com uma fantasma justamente no momento em que uma senhorinha passou olhando para mim assustada.

— Hm, — ela murmurou — tem algo mais nessa história que eu não consigo perceber.

— Mas eu sim. — forcei um sorriso torto, fazendo com que Minjoo voltasse sua atenção para mim. — Minha harmeoni planejou isso, eu já deveria esperar.

Sua harmeoni?

— Sim, minha mãe nunca gostou de abordar esse assunto, então eu acabei por descobrir sozinha quando ainda era pequena durante uma das discussões intermináveis dos meus pais — disse com uma expressão vazia, me sentindo refém daquelas memórias que mesmo depois de tanto tempo ainda pareciam estar frescas na minha mente. — Acontece que minha avó tinha problemas com o meu avô, talvez pelo fato de a minha mãe ficar com a responsabilidade de liderar a empresa no lugar da esposa dele.

“É claro que minha avó ficou revoltada com aquilo, tanto que ela depreciava a minha mãe durante toda a sua adolescência. Talvez seja exatamente por isso que minha mãe resolveu fazer a faculdade fora da cidade, ela não aguentava mais toda aquela hipocrisia. Quando Moonseol morreu minha harmeoni deve ter surtado, pois ela era a sua filha favorita, a filha que faria tudo para ter aquele império em suas mãos”

— Agora eu consigo entender. — disse revirando os olhos — Sempre se tratou sobre a minha avó e Kwon Moonseol e o egoísmo delas. Sempre.

— Isso faz sentido. — Oh Minjoo me encarou triste, como se não soubesse o que pudesse dizer para me reconfortar. O que na verdade eu não precisava, meu único conforto seria acabar com aquilo de uma vez por todas.

— O quê não faz sentido é a minha avó ter se machucado durante o incêndio e estar no hospital.

— Na verdade, isso faz sentido sim. — ela balançava a cabeça negativamente enquanto raciocinava, — considerando que as duas estejam trabalhando juntas todo esse tempo, então ela armou tudo isso.

— Como o acidente se encaixa nisso?

— Eu não sei. Talvez ela queira ser vista como vítima de toda essa situação. — disse.

Eu enrolei uma mecha do meu rabo de cavalo entre os meus dedos enquanto suspirava pesadamente, só podia agradecer o fato de ninguém ter se machucado durante o incêndio. Sentia como se aquilo fosse um aviso, um aviso de Kwon Moonseol para que eu parasse de procurar por ela e deixar que ela fizesse o que quisesse. Uma pena que eu não poderia deixar aquilo acontecer.

Não deixaria aquela mulher esboçar um sorriso em seu rosto.

Estava tão cansada de tudo aquilo que ela tinha planejado todo esse tempo, estava cansada de ser mais um peão em seu jogo de xadrez. Era exaustivo pensar em como tudo aquilo que eu tinha vivido tinha sido manipulado por ela, era justamente por isso que eu não a daria descanso. Queria expor tudo o que ela tinha feito, não a daria descanso enquanto ela não pagasse pelo o que ela tinha feito.

— Ou talvez ela esteja fazendo isso para desviar a minha atenção de algo, — procurei respirar fundo tentando entender a linha de raciocínio daquela mulher. —, ou talvez mesmo ela simplesmente estivesse fazendo isso para mostrar que quem está no comando é ela. Esse incêndio pode ser o estopim da ruína da Empresa Kwon, e isso é justamente o que ela está procurando. Agora qualquer passo que eu tome está sendo supervisionado.

— Essa versão faz mais sentido. — Oh Minjoo analisou.

Segurei o meu celular forte, desbloqueei a tela, esperando novamente receber uma mensagem de Jimin, mas como sempre, nada. Eu não entendia como aquilo doía tanto, eu não tinha me sentindo assim pelo meu ex namorado, então porque Jimin me faria se sentir assim? Ninguém tinha me machucado tanto com o simples fato de estar longe. O quê será que tinha acontecido para ele estar assim?

— Eu acho melhor voltar para casa, — resmunguei me levantando enquanto a fantasma me seguia — preciso trocar de roupas e arrumar a minha mochila.

— O quê você pretende fazer? — MInjoo perguntou curiosa.

— Dar o fora daqui.

[...]

Assim que entrei no quarto do hotel suspirei aliviada por finalmente me encontrar sozinha, o quarto era bem silencioso e eu me sentia livre das minhas responsabilidades ali. Sentia que poderia dormir quando quisesse, a hora que quisesse. Poderia fazer o que quisesse sem me preocupar com nada. Embora aquilo fosse uma breve ilusão, soava bom para mim.

Me despi deixando as roupas no chão enquanto preparava a banheira para um banho morno, entrei na banheira e fiquei de olhos fechados esperando que aquilo tudo acabasse.

Eu sabia que a minha mãe ficaria preocupada, mesmo que eu tivesse deixado um bilhete e pedido para que ela não se preocupasse, que eu estava bem e tinha apenas saído aquela noite. Estava me sentindo sufocada demais e precisava daquilo por tudo. Tinha desligado o GPS do meu celular e qualquer outra coisa que pudesse entregar a minha localização.

Afundei na água quente sentindo os meus cabelos esvoaçarem enquanto a água me abraçava, era uma sensação boa, ficar lá embaixo sem nenhuma preocupação, apenas deixando a água lavar os meus problemas da minha mente. Aquilo seria melhor ainda se realmente durasse.

Saí da banheira me enrolando em uma toalha, liguei a televisão enquanto algum programa de variedades aleatório passava. Me vesti sem pressa, um shorts simples e uma blusa rosa pastel larga de mangas. Sentei-me na cama assistindo o programa esperando que o sono viesse.

Acordei no dia seguinte me sentindo incrivelmente bem, embora nos dois próximos segundos que eu acordei eu quisesse ter desabado, estava tudo bem. Lavei o meu rosto, me prometendo que não iria chorar ou algo do gênero e saí do quarto do hotel.

Aquele dia eu estava determinada a encontrar a localização de Kwon Moonseol nem que eu tivesse que rebaixar o meu orgulho para tal, eu realmente não me importava mais. E se tinha uma pessoa que podia me ajudar era Oh Chaeswa. Não sabia como convencê-la a me ajudar, mas eu daria o meu melhor. Coloquei um boné para esconder o meu rosto pálido e saí rua afora.

Foi questão de quarenta minutos e eu me encontrei diante a casa de Oh Chaeswa, talvez eu realmente não tivesse vergonha na cara para me rebaixar ao ponto de ir implorar por ajuda para ela. Contudo, aquela no momento era a única jogada que eu tinha na manga. Aquilo sempre se tratou de um jogo para Kwon Moonseol, e desde então ela estava no comando, então talvez fosse a minha vez de mudar as coisas um pouquinho.

— O quê você está fazendo aqui? — Chaeswa me olhou de cima a baixo, eu podia ver por trás das lentes redondas de seu óculos a surpresa em seu olhar. Ainda era difícil acreditar que ela não era a culpada por tudo, ainda era difícil de acreditar, que estava errado o tempo todo era eu e não ela. Era difícil imaginar que aquilo tinha sido apenas mais uma manipulação que tinha dado certo.

Engoli em seco, eu não tinha planejado nenhum discurso emocional ou algo do gênero.

— Eu preciso da sua ajuda. — respondi depois de ficar alguns momentos pensando no que eu poderia fazer.

— Hm? — ela franziu a sobrancelha, prestes a fechar a porta na minha cara.

— Espera. — eu reclamei. — Eu vim pedir desculpas também, eu sei, estou terrivelmente atrasada para pedir desculpas.

— Me disseram que você apanhou na escola porque foi atrás de uma estranha que achou ser eu. — a garota me olhou como se tivesse com um enorme ponto de interrogação em sua testa, desviei o meu olhar, não querendo admitir que tinha apanhado por que achei que Chaeswa era Oh Moonsuk.

— É, — controlei o meu revirar de olhos, talvez eu precisasse ser um pouquinho mais empática com ela, embora não estivesse funcionando e eu não me tornaria um amor de pessoa do dia para o outro, eu estava me esforçando. — eu ia te pedir desculpas naquela noite.

— Por quê?

— Eu sei que armaram para a sua mãe soar como a errada da história. — disse simplesmente, sem sequer pensar. O que fez com que Chaeswa recuasse um pouco assustada por eu saber daquilo. — Por isso que eu vim pedir desculpa, não faz muito tempo que eu descobri isso, e sinceramente, ainda é algo um pouco difícil de processar. Então eu vim te pedir para me ajudar a encontrar essa pessoa.

A garota suspirou como se estivesse avaliando e reavaliando os prós e contras daquela situação, e por fim em deu passagem para entrar em sua casa.

— O quê você pretende fazer?

— Invadir as câmeras de segurança da empresa da minha mãe.

— Você só pode estar louca. — Chaeswa balançou a cabeça negativamente enquanto se dirigia para seu computador.

[...]

Estava sendo trabalhoso conseguir acessar as filmagens das câmeras de segurança, mas eu sabia que Chaeswa era boa em qualquer coisa que envolvesse informática, então estava tudo bem. Acabei tendo que fazer ramén para nós duas comermos enquanto ela me ensinava alguns comandos para tentar invadir as filmagens. Depois de um bom tempo diante do computador ela conseguiu algumas filmagens com certo custo.

— Eu não sei por quê, mas sinto que outra pessoa está tentando nos impedir de pegar outras filmagens. — ela disse franzindo a testa e olhando sugestivamente para mim — Tem algo que eu deveria saber.

— A pessoa que está nos impedindo de ver algumas filmagens é exatamente quem armou para a sua mãe. — bufei enquanto abria um dos arquivos de filmagens.

— Você sabe o que acontece se isso for mais um dos seus joguinhos, não sabe?

— Sinta-se a vontade. — dei de ombros enquanto me ajeitava na cadeira pronta para ver um dos vídeos. Era de ontem a noite, uma filmagem do elevador. Franzi a minha testa enquanto observava um rapaz cabisbaixo de boné entrar no elevador, logo após vi eu entrar no elevador e ficar encarando o meu reflexo. — Você pode dar zoom no rosto dele?

Era impossível não reconhecer o rosto de Park Jimin ao lado do meu eu do passado, ele me olhava de canto enquanto eu olhava para o meu celular, esperando uma mensagem dele.

Senti meus olhos começarem a lacrimejar enquanto meus punhos se cerravam, o quê raios era aquilo?

— Eu consegui mais um vídeo, esse parece ser da sala do seu irmão.

— Coloque para reproduzir. — disse secamente.

Agora era um vídeo de Jimin entrando na sala de Suho inserindo um pendrive no computador dele, eu não sabia como Chaeswa conseguia aquelas filmagens, mas ela era realmente boa em hacking, isso eu tinha que admitir.

 Eu observava a tela do computador, Jimin saía sorrateiramente da sala enquanto falava algo pressionando algo em seu ouvido, uma escuta.

Fechei meus olhos com força, não querendo acreditar naquilo.

— Mais outra filmagem! — ela anunciou.

Era um vídeo da cobertura, durante o jantar. Me distraí enquanto olhava para a tela do computador que quase esqueci de clicar para reproduzir aquele vídeo, o abri com um suspiro cansado que por acaso não passou despercebido por Chaeswa. Era como se ela silenciosamente me observasse, esperando que eu dissesse o significado de tudo aquilo. Embora eu não fosse me abrir com ela de maneira alguma.

Observava a minha harmeoni sem tirar meus olhos dela, podia perceber que ela tinha me encarado durante o jantar com um sorriso vitorioso. Assim que eu me retirei da mesa, ela mandou uma mensagem para alguém e se retirou para fazer uma ligação para um número desconhecido.

— O quê isso quer dizer, Eunji? — a garota perguntou já cansada.

A olhei procurando as palavras para explicar, mas elas simplesmente não saíam da minha boca. Era tanta coisa que mesmo que eu tentasse não conseguia explicar, era demais para mim. Por mais que eu tentasse, as imagens de Jimin no elevador preenchiam os meus pensamentos. Eu não queria acreditar naquilo, não queria acreditar que todo aquele tempo ele estava contra mim.

Eu tinha sido enganada de novo?

Porque eu não me sentia surpresa?

Antes mesmo que eu pudesse me pronunciar, uma mensagem de alerta apareceu no computador, fazendo com que nós voltássemos nossa atenção para a tela.

— Alguém esta tentando apagar os vídeos! — a garota começou a digitar uma série de comandos em uma velocidade surpreendente enquanto eu apenas a observava alheia a tudo que estava acontecendo. — Nós...Perdemos. — murmurou incrédula.

— Eu não acredito nisso. — sussurrei afundando o meu rosto na mesa enquanto bagunçava os meus cabelos com as minhas mãos.


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